Maria Luíza aceitou um casamento arranjando com Alex Kim, Don da máfia russa, quando sofreu uma traição do homem que ela gostava. O problema foi que Alexei agora era um viúvo e com uma garotinha recém-nascida nos braços, que ao chorar, despertava o transtorno que Maria Luíza pensava estar controlado. Alexei era um homem frio e que a afastava com facilidade: “O mínimo que eu esperava, era que a minha esposa pudesse cuidar da minha filha”. — ele falou puxando a pequena dos braços de Maria Luíza quando ela se desesperou com o choro da bebê. “Se era de uma babá que precisava, deveria ter explicado. Eu arrumaria uma para você.“ — falou rudemente, apertando o cobertor da menina que ficou sobre os seus braços. Porém, quando Alexei saiu, não viu a tristeza que deixou no rosto de Maria Luíza, que cheirava a coberta da pequena, e mesmo com medo... queria ter a oportunidade de tê-la nos braços. Livro indicado para maiores de 18 anos. Contém cenas de sexo explícito, tortura e pode ser considerado um romance dark.
Ler maisCapítulo 22 Don Alexei Assim que entramos no carro, Maria Luíza se acomodou ao meu lado, e Nazar, atento, deu a partida. A noite estava estranhamente silenciosa para uma cidade sempre em movimento. Observei Malu, que parecia inquieta, o olhar fixo no retrovisor. Notei que ela hesitava, mas não demorou a se virar para mim, sussurrando com desconfiança. — Alexei, aquele carro… saiu logo atrás do nosso. Acho que está nos seguindo — ela disse, mantendo a voz controlada, mas a tensão era evidente. Olhei pelo retrovisor e percebi o carro mantendo uma distância suspeita. Fiz sinal para Nazar manter a velocidade e observei por alguns segundos, analisando a situação. Eu sabia que alguém estava nos testando, ou pior, nos ameaçando. — Nazar, acelera. Vamos ver até onde eles vão — ordenei, a voz firme, e ele prontamente obedeceu. O carro acelerou pelas ruas, cortando o silêncio com o som do motor, enquanto o veículo atrás de nos manteve o ritmo, sem intenção de ultrapassar.
Capítulo 21 Don Alexei Entrei no hospital segurando Maria Luíza nos braços, ainda sem conseguir pensar com clareza. A raiva e a incerteza se misturam dentro de mim, mas agora o medo falava mais alto. Caminhei rapidamente pelos corredores, e assim que o médico nos viu, veio na nossa direção. Ele já a atendeu antes na minha casa, sabe das condições dela. — O que aconteceu? — ele pergunta, abrindo caminho até a sala de exames. — Ela desmaiou, sem motivo aparente — digo, com a voz mais áspera do que pretendia. — Ela estava bem, e de repente… isso aconteceu. Ele me observa por um momento, o olhar avaliador. Sinto que ele enxerga através de mim. — Desmaios em situações de estresse não são incomuns para quem já tem um histórico de crises — ele começa, enquanto examina os sinais vitais de Maria Luíza. — Mas, pelo que vejo, é algo mais profundo, e não é apenas físico. Ela pode ter outros gatilhos emocionais. Nervosismo intenso, talvez? A pergunta me incomoda, mas preciso da ver
Capítulo 20 Alexei Kim Eu saí do quarto, o celular ainda colado na orelha enquanto andava pelo corredor. Do outro lado da linha, ouvi a voz familiar de Irina, com seu sotaque russo inconfundível e tom carregado de malícia. — Don Alexei, sinto sua falta. Você não vai mais vir até o meu apartamento? — Se foi pra isso que ligou, vou desligar. Só atendi porque quero deixar as coisas claras entre nós. Agora estou casado. Me esqueça. — Mas Don, parece que só você está casado. Liguei porque preciso te alertar sobre algo. Eu não deveria me intrometer, mas... o que vi não consegui ignorar — ela começou, com um ar de falsa preocupação. Meu corpo ficou tenso. Eu sabia que Irina não me ligaria sem uma razão séria. Ela era calculista demais para perder tempo com trivialidades. — O que você viu? — Perguntei, tentando manter a calma, mas já sentia uma desconfiança crescente. — Vi sua esposa, Maria Luíza... com um soldado chamado Marco. Estavam no corredor, próximos demais, D
Capítulo 19 Maria Luíza Duarte — Não, não pode ser. Vá embora, eu não quero você aqui! — ele tentou segurar meus braços, mas dessa vez eu estava vacinada, não conseguiu me encostar. — Você deve odiar esse cara. Comigo aqui, as coisas podem ficar mais divertidas, você não acha? — tentou me encostar novamente, o empurrei. — Você é louco? Deveria ter dito que me odeia para o Don, porque eu também te odeio, e não é mentira! Sei lá, falasse qualquer coisa pra não vir. Por que não disse que sua noiva teria um filho? Que droga, Marco — ele veio pra cima de mim e fui andando de costas, olhando para os lados, com medo de alguém nos ver, encostei na parede do corredor. — Não, eu tenho desejo por você, é diferente. Você não quis dar pra mim quando tivemos oportunidade, eu não consegui ficar na seca, mas isso não significa que eu não continue te desejando. — Meti um tapa na cara dele que estalou fazendo eco pelo corredor. — Cínico! Você vai morrer, Marco. Alexei é o próprio de
Capítulo 18 Maria Luíza O som de risadas e conversas preenchia o ar da grande mesa, onde todos estavam reunidos para comer. Eu segurava Sofia, filha de Alexei, nos braços. Ela estava mais calma do que eu poderia imaginar, e sorria enquanto brincava com meus dedos. Um sentimento estranho me invadiu. Não era exatamente familiar, mas havia algo reconfortante em segurar a pequena assim. Parecia natural, e isso, por mais estranho que fosse, me deixava em paz. Minha mãe, Larissa, estava sentada ao meu lado, sempre alerta, observando cada detalhe. Ela olhava para Sofia com uma preocupação evidente. — Filha... se ela começar a chorar, o que vai fazer, Malu? — perguntou em voz baixa, mas o suficiente para que todos na mesa ouvissem. Senti o olhar de todos se voltarem para mim. Meu pai, sentado ao lado da minha mãe, ajeitou o guardanapo no colo, uma expressão de curiosidade e preocupação cruzando seu rosto. Ele nunca foi muito de intervir, mas estava sempre presente, silencioso e atent
Capítulo 17 Don Alexei Kim Observei Maria Luíza enquanto ela voltava ao seu lugar, o vestido branco impecável, o sorriso confiante nos lábios. A maneira como ela lidou com Anton, como o desarmou e humilhou na frente de todos, era algo que, internamente, me impressionava profundamente. Ela se movia com uma graça mortal, a frieza em seus olhos desmentindo o calor que algumas vezes eu já havia visto quando estávamos a sós. Mas não era hora de demonstrar o que realmente pensava. Manter a feição era crucial, especialmente diante dos meus homens e da sociedade russa. Anton era um idiota, mas tem quem goste dele aqui. O que Maria fez foi necessário, porém, eu não poderia mostrar que aplaudia isso abertamente, não agora. Um sorriso discreto foi tudo o que permiti enquanto olhava para ele, ainda no chão, sem forças nem para se levantar. Ele aprenderia com essa humilhação... ou acabaria como tantos outros que desafiaram o poder errado. Enquanto os convidados começavam a retom
CAPÍTULO 16 Maria Luíza Fiquei louca da vida quando o idiota do Anton resolveu "me roubar" e me carregar para fora do salão como parte daquela estúpida tradição russa que conheço. Eu já o detestava pelo que fez com a Duda, e sabia que seria a oportunidade perfeita para mostrar que ninguém me controlava. Ele me soltou no chão assim que chegamos ao jardim, rindo como se tudo aquilo fosse uma grande brincadeira. Vi Alexei na porta, com seus homens e arma em punho, se eu demorasse não daria tempo de acabar com esse idiota. Anton riu tentando esconder o dente que faltava que Maicon quebrou, mas ainda olhando para mim com aquele ar de superioridade. — Agora, é só esperar o noivo vir te resgatar. Até lá, aproveite a vista. — veio bem perto. Eu fiquei em silêncio por um momento, endireitando o vestido enquanto sentia meus pés tocarem o chão firme. A raiva borbulhava dentro de mim, mas eu não deixaria transparecer. Ele achava que eu era uma coitada? Desequilibrada? A
CAPÍTULO 15 Alexei Casamentos. Uma das mais irritantes invenções da humanidade. Toda essa encenação, as palavras decoradas, os sorrisos falsos dos convidados. Um verdadeiro desperdício de tempo, mas necessário. Era o preço que pagávamos pelo poder e pela paz. Não perdi tempo em olhar diretamente para Maria Luíza. Para quê? Ela já sabia que isso era um acordo, uma obrigação para manter nossas famílias no topo. Quando Don Antony começou seu discurso, meu corpo parecia adormecer em pé. Toda essa formalidade, esse teatro para os convidados e aliados. Era cansativo. Poderíamos ter selado o acordo com uma simples assinatura, sem toda essa festa. Mas, claro, as famílias precisavam ver o show. E Maxim, meu pai, sempre gostou de impressionar. Depois que meu pai fez seu brinde final, a verdadeira tortura começou: cumprimentar os convidados. Cada um deles vinha com sorrisos estampados, oferecendo seus presentes luxuosos como se estivessem entregando partes de um reino. Um
CAPÍTULO 14 Maria Luíza Com cada passo em direção ao altar, o meu coração parecia perder o compasso. Sentia uma pressão crescente, mas não podia fraquejar. Eu era parte da máfia Strondda, conhecida por sua força e domínio. Não seria eu a envergonhar a minha família agora. Quando os meus olhos finalmente encontraram o noivo, ele estava de pé, ao lado do altar. Alexei não olhava na minha direção, como se a cerimônia não passasse de uma obrigação enfadonha. Parecia mais preocupado com outra coisa, perdido em pensamentos, talvez na memória de sua falecida esposa, aquela que ele realmente amava. Finalmente, cheguei ao altar. Ele se aproximou de mim e estendeu a mão sem sequer me olhar diretamente. Apertei a sua mão com a formalidade devida, e assim que meu pai me soltou, senti um arrepio percorrer meu corpo ao toque frio de Alexei. — Espero que tenha lido o contrato... — sussurrou ele, com um tom seco. Franzi o cenho, tentando lembrar de qual contrato ele falava, at