Quero a cabeça

CAPÍTULO 5

Don Alexei Kim

— Don Alexei... desculpe interromper, mas perdemos o sinal do avião que traria sua noiva — paro de contar as armas no mesmo instante, olhando para meu soldado parado na porta.

— Porra! Por que diabos perdemos o sinal do avião? Você não disse que estava tudo certo? Acabei de falar com Maria Luíza, merda! — joguei a última pistola na caixa, fechando com raiva. Em seguida, peguei meu celular para ligar pra ela.

— Nenhum dos nossos homens estão atendendo, Don. Eu estou tentando ligar, mas não estou conseguindo, nem mesmo o médico atende — olhei com raiva para o soldado com vontade de explodir sua cabeça, e comecei a xingar no telefone:

— Atende, porra! Pra perturbar me ligou agora mesmo, caralho! — a ligação nem chamava, estava desligado.

“Você não vai escapar de mim, Maria Luíza, não vai!“

— Devemos mandar uma equipe pra Roma, Don? — respiro fundo.

— Já localizaram o avião?

— Deu algum problema no localizador, não fazemos ideia de onde está, se aconteceu alguma coisa... — bati com a mão na mesa.

— SÓ PODE SER ALGUMA ARMADILHA DA MÁFIA STRONDDA! VOU LIGAR AGORA MESMO PARA O ANTONY, ELE QUE HONRE COM A PALAVRA! — Gritei e vi meu pai entrar pela porta com meu irmão, Anton.

— Filho, se acalme... não ligue para o Don italiano, ainda. Pode ter acontecido alguma coisa.

— Que se foda, pai! Ele terá que devolver a minha noiva, ou invadiremos Roma e traremos muitas cabeças! — meu pai continuou falando, mas ignorei.

Fiz a ligação e quando atendeu, fui logo colocando tudo em pratos limpos:

— Aqui é Alexei Kim, onde está a minha noiva?

— É você quem deveria me dizer. Tenho informações concretas que ela entrou no seu avião, não tem nem uma hora...

— Escuta só, Antony... do nada perdemos o sinal do avião e não consigo falar com ela, nem ninguém. Ou vocês devolvem a Maria Luíza e ela chega aqui no horário combinado, ou começaremos uma guerra! — falei bem alto, me impondo.

— Eu não acredito que desapareceu com a minha prima! Eu vou te matar seu maledetto! Vou enviar seus pedaços para os cachorros do reduto!

— TEM MEIA HORA PRA DIZER ONDE ELA ESTÁ, ANTONY! MEIA HORA, OUVIU? DEVERIA TER PENSADO BEM ANTES DE ME DAR ALGUÉM DA SUA FAMÍLIA EM CASAMENTO, PORQUE JÁ FUI TRAPACEADO UMA VEZ E NÃO SEREI NOVAMENTE — desliguei o celular e chamei todos os homens, indo para o lado de fora da propriedade e fazendo sinais, irritado.

— Quero todos atrás de resolver isso! Vamos, quero computadores trabalhando, celulares, encontrem a localização dela!

Anton soltou uma risada.

— Eu avisei que aquelas vadias não prestam, mas você não me ouviu... é uma pior que a outra, deveria ter casado com uma das putas daqui, pelo menos nos respeitam.

— Você é idiota ou o quê? O que eu quero com putas? Nunca quis uma puta, caralho! Tenho minhas mulheres, mas são só minhas, se derem pra outro, morrem! — meu pai se aproximou, balançando a cabeça.

— Terá que consumir com elas, agora vai casar de novo. — balancei as mãos, fazendo qualquer sinal.

— Tá que seja, depois vou ver sobre isso.

Saí novamente e entrei no meu carro, um “Aurus Senat”.

Em outra ligação, achei que deveria dar um susto nos italianos, então liguei para conhecidos, assassinos de aluguel, que moram na ilha de Elba, na Itália.

— Fala chefia...

— Quero a cabeça do Don da máfia Strondda.

— Don Antony? Por quê? Ele não parece alguém ruim.

— Ele me enganou. Fechou um acordo de paz e prometeu uma esposa em três dias e não cumpriu. A mulher ainda não chegou na minha casa, deveria estar a caminho e não está. Estou farto desses acordos de merda que eles oferecem e depois dão pra trás, essa foi a última chance, isso acabou!

— Tem certeza? Não quer esperar até amanhã? — respirei fundo. Pelo acordo, o casamento seria amanhã, mas como saber se não era uma armadilha? Outra armadilha?

— Vou dar três horas a eles. Vou te enviar uma mensagem mais tarde, saberá o que fazer.

— Certo, Alexei.

— Cinco milhões pela cabeça do Don, então não discuta e não pense, porque não é pago pra pensar e sim, executar.

— Claro que não... Farei como queira, sabe que temos um acordo também — não sei porque não me senti seguro com esse cara. Tenho a impressão de que não quer esse alvo. Ou tem o rabo preso com Don Antony.

Dirigi até o nosso aeroporto, assim que localizarem o avião, irei atrás dela.

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