Não se gabe tanto

CAPÍTULO 8

Maria Luíza Duarte

Foram as horas mais detestadas da minha vida. Cada vez que Alexei me encarava, eu fazia pior, deixando claro que não me intimidaria.

Ele me ignorava o tempo todo, mas não sou tonta, via quando olhava para minhas pernas.

Acabei dormindo na poltrona, e acordei toda torta, assustada com aquela voz grossa, me chamando:

— Vamos descer. — A voz de Alexei cortou o silêncio da cabine do jato como uma lâmina, me arrancando de um sono perturbado.

Me esforcei para abrir os olhos e me orientar. Estava tão cansada que não sabia quanto tempo tinha passado desde que o jato pousou. Meu corpo doía de estar torta na poltrona e, ao levantar, me estiquei um pouco, soltando um suspiro frustrado. Alexei estava impassível na porta, me esperando, e, sem dizer mais nada, desci logo atrás dele.

Assim que saímos do jato, ele caminhou na minha frente, sem olhar para trás. Ao longe, vi um carro preto esperando. Aquele silêncio todo me dava nos nervos. Ele achava que po
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