“Era a minha primeira noite com o meu estranho marido. Ele era tão misterioso, elegante, e eu tremia de desejo. Eu nunca pensei que sentiria aquilo, ele era bem mais velho, e extremamente lindo, naturalmente sedutor” Essa história incrível aconteceu há muito tempo. Eu vou dividir com vocês! Eu fui prometida ao filho do sócio do meu pai. Eu cresci ouvindo essa história absurda, mas a mim, parecia normal, até o dia em que eu fiz dezesseis anos e o meu pai me chamou para lembrar que em dois anos eu me casaria com um estranho. Meu mundo caiu, eu passei a agir com rebeldia, fugindo da escola, frequentando festinhas proibidas, até que um mascarado surgiu na minha vida. Naquele baile de máscara, no estacionamento, eu me entreguei para o homem mais sedutor que eu já tinha visto. Eu tinha bebido muito e mal lembraria da sua voz no dia seguinte. O homem sumiu do baile e eu fui arrastada para a minha sorte. O meu pai me retirou de lá com os seus seguranças, como se eu fosse um animal fugitivo. Nessa noite terrível, caindo de tão bêbada, eu fui comunicada que não me casaria mais com o filho que morava fora do Brasil, mas com o pai, que ficara viúvo recentemente. Eu chorei horrores, eu vi esse homem, quando era ainda bem pequena! Uma surpresa me reservava no altar. Ele não era velho, nem feio, ele era um príncipe. Eu quase desmaiei na porta da igreja. Eu pisei fundo e fui, mesmo sabendo que podia estar grávida do misterioso mascarado.
Ler maisSaímos daquele lugar numa tensão muito grande. Minha mãe caminhava rápido até o carro, enquanto falava: — Como está o seu casamento? — Perfeito, por quê?— fiquei curiosa. — Seu pai não vai gostar de saber que vai ter outro herdeiro! Me indignei. Parei já na porta do carro em que um segurança me esperava. — Não vou ter um herdeiro, vou ter um filho! Fiquei contrariada, confusa, gesticulando vagamente. — Nem sei se estou grávida mesmo, mas se estiver, é o meu marido quem tem que estar feliz, não o seu! Entrei no carro aborrecida e partimos. Minha mãe ficou preocupada comigo. Devia mesmo, até me provocou cólicas! Desci em casa e fui direto para o banheiro, também estava enjoada. Antônia saiu atrás de mim. — O que está sentindo, senhora?— ela parou na porta do lavabo social. Eu a olhei, depois de forçar o vômito. — Você não acredita, mas o estilista acha que estou grávida! Antônia ergueu as sobrancelhas. — İsso é maravilhos
Minha mãe se foi, confusa, perdida, chorosa até. Essa história da gravidez da Merielle mexeu com todo mundo. Romeu chegou já me procurando. — Onde está a minha mulher? Antônia tentou responder mas ele não esperou e subiu as escadas, apressado. Januária veio da cozinha com Júnior nos braços e resmungou: — Esse aí anda desorientado! Nem chega mais perguntando pelo menino! Júnior fez cara de choro. — Papai!— disse olhando as escadas. Antônia ficou agitada. — A verdade, Januária, é que os pais de Juliette estão colocando muita pressão nela, coitada! Quando Antônia passou para a cozinha, Júnior chamou por mim, sem tirar os olhos da escada. — Mamãe! Januária suspirou impaciente e carregou o menino para a cozinha, seguindo os passos de Antônia. Romeu abriu a porta do quarto, me procurando ansioso. — Juliette! Eu me virei surpresa. — Romeu! Ele avançou para me abraçar. — Meu amor, eu te amo tan
Ele veio, desesperado, se despindo ansioso. — Meu amor, que saudade!— ele disse entrando na banheira. Eu me entreguei. Foram muitos beijos e carícias. Fizemos um amor gostoso, marcante até. Depois de tudo, o receio. — Foi tão profundo!— ele suspirou. — Eu não pretendo ter um filho agora — eu disse preocupada. Romeu deu de ombros. — Acho muito difícil, conseguirmos fazer um filho aqui na banheira. Respirei aliviada. Ótimo, só que fomos para a cama e fizemos amor novamente. Outra vez fomos irresponsáveis, não usamos preservativo. — Querida, não usamos preservativo há muito tempo! Não fique preocupada! — Como não, Romeu? Você se derramou dentro de mim e não se preveniu? Eu já levantava da cama, nervosa. — Eu já disse que não é o momento de termos outro filho! — Juliette, você toma anticoncepcional e ainda exige que eu use preservativo! Isso me parece uma neura já! Eu bufei e o expulsei do meu quarto. Assim que a porta ba
Minha mãe ficou apavorada em me ver daquele jeito. — Filha, acalme-se! Só precisa pensar friamente! O seu marido não pode ficar carente, é só isso! Encarei minha mãe, nervosa. — Eu fiquei mendigando o amor dele até que o meu filho começasse a andar e nunca me senti insegura como agora! O que a senhora esperava? Que eu ficasse tranquila? Era nítido que a minha mãe estava preocupada em Romeu saber que ela veio me contar a respeito da tal Merielle, mas quem poderia conter o ciúme que me acometia? — Por favor, Juliette, não brigue com o seu marido. Eu só vim na intenção de lhe prevenir, não gostaria de estremecer o seu casamento, pelo amor de Deus! Eu bufei, parecia uma fera ferida! — Deixe-me mãe, já foi feito mesmo o estrago! Vou esperar o meu marido e tirar essa história a limpo! Minha mãe saiu preocupada. Coitada, desceu as escadas totalmente desorientada! Lá embaixo, meu pai a esperava no carro. — E então, falou com ela, Marlene? Abriu
— Meu amor, espere!— ele segurou o meu braço, seus olhos suplicantes. Respirei fundo, tentando disfarçar minha ansiedade. — Vamos nos casar. Eu quero que volte a ser uma Martins! Não vamos deixar que uma bobagem dessa nos atinja, querida! Soltei o ar pela boca e baixei a cabeça. — Está bem, Romeu, como quiser. Ele franziu a testa e procurou os meus olhos, inclinando-se. — Diga que me ama, por favor! Preciso saber se não é uma simples conveniência dessa vez! Ergui os olhos emocionados. — Sabe que eu te amo. Você é o amor da minha vida! Vamos nos casar e não me peça mais nada! Eu saí na frente, pisando fundo, fingindo estar aborrecida, mas já imaginava como seria o meu vestido. Dessa vez, eu mesma iria pensar em cada detalhe. Mandaria um estilista famoso confeccioná-lo. — Poderia pedir-lhe que me desse um outro filho?— ele brincou, apressando o passo atrás de mim. — O quê — Me virei nervosa. — Daqui há alguns anos, querida! — Muitos anos!— eu disse voltando a
Romeu chegou pisando macio, desconfiado, mas mantinha ainda o seu jeito sedutor, olhando-me enquanto se despia, para entrar na banheira onde eu o esperava ansiosa, cercada pela espuma cheirosa. Os meus olhos brilhavam e o meu corpo vibrava com a aproximação dele. — Vem meu amor!— eu disse-lhe estendendo os braços. Ele colocou um pé, depois o outro e adentrou, espalhando a espuma que cedeu, se subjugando ao seu tamanho. — Meu amor, que saudade!— eu disse indo me sentar sobre ele. — Por que acha que estou distante, querida? Eu sou o mesmo homem que se encantou por você desde que pisou os pés naquela igreja! Meu coração acelerou, lembrando-me do dia em que o vi me esperando no altar. A voz dele soava como bálsamos para os meus ouvidos. — Eu guardava de você uma imagem de menina, e não podia sequer sonhar como tinha se tornado uma mulher tão linda! Suspirei profundamente. Eu precisava ouvir aquelas palavras. De repente, Romeu levantou-se assu
Virei-me assustada. — O que está insinuando? Está querendo dizer que o meu marido pode se interessar por outra mulher, simplesmente por não estar casado legalmente comigo? Isso faz tanta diferença assim? Arrumando o paletó, meu pai respondeu caminhando a minha volta: — No mundo em que o seu marido vive faz toda diferença, Juliette! Acredite, ele é visto como um homem livre, um bom partido, estando nessa condição de amancebado! — Amancebado!— Quase surtei. Meu pai veio me apontando o dedo, falando alterado: — Amancebado sim! É isso que vocês são, amancebados! Acorde, Juliette, se case logo de uma vez e se garanta, antes que outra o faça! Mexeu comigo, meus olhos lacrimejaram. — Ele não faria isso comigo, pai! — Não só faria, como você ainda teria que aceitar outra mulher no seu lugar, e você seria apenas a mãe do filho dele! — Não! Isso que está me falando é um completo absurdo! — Então pague pra ver, Juliette! Eu não posso ficar de braç
— Acredite, pai. O Romeu está deslumbrado! Eu conheço o meu marido! Ele não está nem um pouco apressado em se casar novamente comigo! Meu pai ficou fora de si. — Você não pode achar isso normal, Juliette! Vocês têm que se casar! Minha mãe também estava preocupada. — İsso mesmo, minha filha, escute o seu pai! — Por favor, não coloquem caraminholas na minha cabeça! Me sinto casada, muito bem casada com o Romeu! Meu pai me apontou o dedo na cara, falando alterado: — Mas não está casada, ouviu? Tem que se garantir! Não seja tola, não pense que vai prender o seu marido com um filho! Depois disso, ele saiu pisando fundo. A minha mãe, aproximou-se de mim, tentando me alertar. — O seu pai tem razão filha. Pense no que lhe falou, ele tem experiência para saber que as coisas funcionam bem melhor quando estão amparadas pela lei! Eu fiquei desolada. — Meu casamento não é mais um simples negócio! Minha mãe me abraçou e se foi atrás do meu
Na verdade, Júnior era irmão do Arthur, portanto, Tina era sua cunhada! Uma confusão! Voltamos para casa, apesar de Arthur e Tina insistirem para que fossemos comemorar só nos quatro num outro lugar. — Nem pensar! Eu preciso ver o meu filho e contar-lhe que sou o seu pai!— Romeu disse puxando a minha mão. Arthur achou graça e saiu com a Tina para pagar a conta. Enquanto esperávamos no estacionamento, eu tentava acalmar meu marido. — Amor, o Júnior é muito novinho ainda, fique calmo para não assustá-lo! — Eu vou ensiná-lo a me chamar de papai, vai ver como ele aprende rápido! Arthur chegou agitado. — Vamos! Também quero ver a cara do Júnior quando souber a verdade! Eu e a Tina nos olhamos surpresas. — Eles acreditam mesmo que isso é possível? O Júnior ainda é muito novinho!— Tina cochichou. Apenas dei de ombros e fui atrás do Romeu que entrava no carro. Tina e Arthur nos seguiram em outro carro. Chegamos em casa e encont