Acordo İnsano com o Ceo
Acordo İnsano com o Ceo
Por: Ieda Lemos
Capítulo 1°—O Começo de Tudo

Um acordo İnsano entre o meu pai e seu sócio, iria decidir o meu destino. Eu teria que me casar com o único herdeiro do império deles, além de mim, claro!

Eu me lembrava pouco desse garoto, que podia ter seus sete anos e eu cinco. Ele sempre foi mimado e chato, e eu também devia ser. Éramos filhos únicos de dois sócios do ramo de joias no Brasil. Esse negócio se estendia até os Estados Unidos, pois tinha um escritório lá, onde o doutor Romeu, era assim que minha mãe se referia a ele, ia muitas vezes.

Eu brincava, à beira da piscina ouvindo a mesma conversa de sempre.

— Casando Juliette com o filho do doutor Romeu, nossos negócios estarão seguros!— o meu pai me olhava, como se esperasse que eu crescesse muito rápido para seguir com o seu plano insano.

Minha mãe, percebendo a minha presença, Inclinou-se para sussurrar:

— Jaime, você não devia esperar para saber se os dois vão se gostar? Eles se viram, já faz um tempo! O garoto foi estudar nos Estados Unidos e…

Meu pai alterou-se imediatamente.

— Cale-se! Não ouse falar deste assunto como se as coisas pudessem ser de outra forma!

Eu olhei para eles, depois de ouvir a voz alterada do meu pai.

— Você teve escolha? Eu tive escolha? Então porque eles vão ter?

Minha mãe me olhou assustada e baixou a cabeça.

— Está assustando a menina!— ela disse num fio de voz.

Eu já tinha nove anos e aquele assunto para mim era corriqueiro. Eu ouvia como se fosse algo natural, que eu pudesse simplesmente discordar com ele no futuro.

Eu não imaginava que vivia em um universo, onde os casamentos não precisavam que houvesse amor, mas comum acordo visando o bem dos negócios.

Eu era a garota mais rica da escola, que tinha motorista e seguranças, desde sempre.

Três anos depois ficou pior, porque eu comecei a criar corpo. O meu pai passou de ditador a opressor. Ele me falava coisas que eu não entendia.

— Cuidado para não sair da linha! O seu destino já está traçado, garota!

Os meus olhos castanhos bem claros, cor de mel estavam já lacrimejando.

A minha mãe vinha sempre e me tirava da frente dele.

— Pare de falar assim com a menina, Jaime! Ela é só uma criança!

Eu saía correndo, como sempre, assustada. Mas especialmente neste dia, eu voltei para escutar atrás da porta.

— Ela não é mais uma criança, Marlene! Você mesma falou que ela já menstruou! Eu tenho que ser pulso firme, e você também! Se ela der um passo errado, a culpa será sua!

Eu tinha doze anos e não entendia bem o que ele queria dizer com:” um passo errado”.

Eu fiquei olhando para minha mãe, ela estava sempre arrumada para agradar o meu pai, mas ele a tratava sempre tão mal. Eu sentia que ela era infeliz.

Pouco antes de dormir, ela veio conversar comigo. Ela fazia sempre isso, mas ali eu entendi que era ele quem mandava.

— E então, como foi o seu dia? Conheceu pessoas diferentes?

Dessa vez eu a olhei de outra forma. Eles tinham medo que eu me interessasse por algum menino da escola.

Eu fiquei a observando por um longo tempo. Os olhos dela eram iguais aos meus, tinham um brilho intenso, pareciam um sol.

— A senhora é muito linda, mãe! — eu disse de repente, como se a tivesse vendo pela primeira vez.

Ela sorriu surpresa.

— Nossa, obrigada, filha! Sabia que somos muito parecidas? Você se parece muito comigo, quando eu era mais nova!

Eu fiquei pensativa.

— Meu pai se encantou ao vê-la pela primeira vez?— eu quis saber.

Ela ficou boquiaberta e eu suspirei penalizada.

— Ele não queria casar, não é?

Ela engoliu em seco, mas preferiu o silêncio .

— A senhora é feliz?

— Claro!— ela respondeu subitamente.

Eu soltei um longo suspiro e disse:

— Eu só vou me casar se eu gostar do meu futuro marido, mãe, caso contrário, eu sumo no mundo!

Minha mãe ficou desesperada. Olhou para trás, com receio de que o meu pai pudesse me ouvir.

— Pelo amor de Deus, não diga uma coisa dessa! O seu pai ficaria uma fera, filha!

Eu não me alterei, mas saí com uma pergunta apenas:

— A senhora o ama?

Ela paralisou, congelou mesmo. Eu tirei minhas próprias conclusões:

— Casou sem amor e nunca conseguiu aceitar esse casamento, não é? É assim que funciona os casamentos arranjados, os homens podem tudo e as mulheres nada!

Ela me olhou incrédula.

— Do quê está falando?

— Das saídas noturnas do meu pai! Ele não se importa com a senhora, não é?

Minha mãe levantou-se e foi até a sacada. Ela ficou observando o meu pai sair num carro com seguranças e suspirou entristecida.

Quando ela voltou, eu a interroguei:

— Não se importa que ele saia com outras mulheres?

Ela apertou as mãos, cabisbaixa.

— Você ainda é muito Jovem para falar desses assuntos!

Ela saiu do meu quarto e eu fiquei pensando que nunca seria igual a ela. Eu entendia que para o bem dos negócios seria ideal que aquele casamento com o garoto chato desse certo, mas eu não seria boba e submissa igual a minha mãe!

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