Uma mãe para a filha do Don
Uma mãe para a filha do Don
Por: Edi Beckert
É minha

Capítulo 1

Maria Luíza Duarte

Desci as escadas de casa correndo, com um sorriso no rosto e um envelope na mão. Eu queria surpreender o Marco, contar sobre o laudo médico e como os resultados foram bons.

A porta de Marco estava apenas encostada. Coloquei a mão na maçaneta e a abri devagar. Meu coração acelerou imediatamente.

— Marco? — Uma dor aguda atravessou meu peito. Marco estava ali... completamente nu, sobre outra mulher, que gemia enquanto se agarrava ao pescoço dele. No mesmo sofá onde eu estive ontem, onde ele tentou me tocar, mesmo sabendo que era um dos soldados do meu pai, e eu poderia ser exilada por isso.

A cena ficou gravada em minha mente. Ele parecia tão satisfeito com ela. Ouvi seus gemidos de prazer quando ele se afundou entre suas pernas, e aquilo queimou dentro de mim.

Amassei o envelope na mão e joguei com força em Marco, e ele se levantou num salto, surpreso.

— MALU? CO... COMO VEIO PARAR AQUI? — gritou, ainda nu, enquanto avançava na minha direção. Mas antes que ele pudesse me tocar com aquelas mãos nojentas, eu peguei um vaso de flores e joguei a água sobre os dois, espalhando cacos de vidro pelo chão com o impacto quando lancei contra a parede."

— FICA LONGE DE MIM!

Bati a porta com força e saí correndo de volta para meu quarto em lágrimas.

Eu só queria me sentir livre, só queria um relacionamento saudável, e um namorado que me ama. Mas estava enganada. Marco apenas era um fantoche masculino, “ele me traía!"

“Não vou perder o controle, não vou!“ — Disse a mim mesma, olhando pelo espelho. Limpei o rosto, apliquei uma maquiagem leve e decidi passear no jardim como se nada tivesse acontecido.

Quando passei pelo escritório do meu pai, meu nome foi mencionado.

“Meu pai está planejando uma surpresa para mim?“

Aproximei-me lentamente, colocando meu ouvido perto da porta. Quando eu estava prestes a escutar, num descuido me assustei com uma figura forte e imponente que passou por mim, me fazendo derrubar a bandeja com tudo no chão..."

— Presta atenção, porra! — estremeci com a voz grossa e alta, praticamente gritando comigo quando me ajoelhei para juntar os cacos.

Ergui a cabeça rapidamente, colocando a mão no peito com o susto.

Era um homem lindo, cheirava muito bem, seus olhos azuis chegavam a brilhar, contrastando com seus cabelos naturais e loiros. Pensei que teria um enfarto, mas me lembrei que o diavolo era o anjo mais bonito do céu, e voltei à realidade.

— Quem é você? — perguntei e vi que o homem me olhou por dois segundos, bufou e me ignorou.

De repente meu pai abriu a porta do escritório, e me deparei com vários homens bem vestidos, de terno e gravata que me olhavam estranho, ao lado do Don.

— Filha, esse é Alexei Kim, o Don Antony acabou de fechar um novo acordo, você se casará com ele em três dias — soltei o pedaço de louça da mão, deixando cair.

— A... Alexei? — gaguejei, parecendo olhar para o próprio demônio. — M...Mas ele já não tem esposa?

— Filha, a esposa de Alexei faleceu no parto. Ele é o novo Don da Rússia, precisa de uma esposa imediatamente — meu pai parecia apenas me informar.

— Então, essa substituta seria... eu? — soltei as palavras pausadamente, sentindo algo amargo na garganta. Vingança é um prato que se come frio, não é?

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