O amor não é feito de aparências. Para fugir da vergonha de ser considerada uma conquista fácil, Juliana Ribeiro adotou o trabalho como modo de consolo. Em seu mundo nada perfeito, jamais imaginou que sua vida mudaria totalmente através de um pequeno acidente em uma lanchonete. Rafael Novaes tinha tudo o que desejasse. Dono de uma das maiores empresas de publicidade do Brasil, viajara a Sergipe à negócios, mas isso não o impediu de observar sua empregada a distância e ver o seu potencial. Mas os rótulos que ela colocou entre eles não permitiu que ele se aproximasse. Rafael propõe a Juliana um relacionamento diferente, tudo o que ela precisava fazer era ser sua acompanhante em alguns eventos e em retribuição, a ajudaria a crescer em sua vida profissional. Sem laços emocionais. Mas o que ambos não sabiam é que no coração não se manda. "Seja minha baby por um mês e vou te dar tudo o que merece." Um Amor Inesperado - Livro 1 Um Amor Perigoso - Livro 2 (EM BREVE)
Ler maisA noite transcorreu tranquilamente e eu não podia estar mais maravilhada. Nossos amigos conversavam entre si aos risos enquanto a comida maravilhosa do bufê era servida. Todos conseguiram esconder as coisas de mim com maestria e conseguiram me pegar de surpresa. Olhei para o homem charmoso ao meu lado, que segurava minhas mãos com amor e eu não pude me sentir mais feliz. Rafael encontrou meu olhar e meu batimento cardíaco aumentou. Um leve rubor tomou minhas bochechas e ele começou a rir, deu um beijo em meu roso e sussurrou: — Gostou da surpresa? Sua voz era profunda, rouca e sensual. — Isso foi muito além do que eu esperava. Tudo está perfeito. Ele sorriu, mas não respondeu. Levou minha mão aos lábios e depositou um beijo gentil, a mesma mão que colocara o anel. Seu beijo era cheio de promessas e isso não impediu que eu me mexesse na cadeira. Rafael arqueou a sobrancelha e quando se inclinou para me beijar, Erick o interrompeu com uma risada. — Vocês terão todo o tempo do mun
Não demorei muito no banho, mas passei tempo o bastante para ficar totalmente limpa. Não fazia ideia que estava tão suja e cansada. O banho me ajudou a tirar a tensão que estava sobre meus ombros e relaxar um pouco. Enquanto caminhava até a sacola com as roupas que Mandy me entregou, pensei nas minhas atitudes em relação a Rafael. Ele tinha o direito de permanecer em silêncio. Talvez suas preocupações fossem tão grandes que não queria me chatear com elas. Apesar dessa atitude me irritar, depois de extravasar minha frustração na lanchonete, consegui ver com clareza. Rafael não era de me esconder as coisas, não a maioria, pelo menos. Se for algo relacionado a mim, em algum momento ele iria me falar, certo? Tudo o que podia fazer era esperar. Abri a sacola e franzi o cenho. Que roupas eram aquelas? A lingerie era extremamente sexy, não era algo que eu usasse sem me sentir incomodada. Corri a mão pela calcinha pensando no olhar que Rafael faria ao me ver nela. Meu corpo corou e balance
Alguns dias se passaram e o clima entre Rafael e eu não mudou muito. Ele continuava evitando algumas perguntas minhas, porém, me dava um pouco mais de atenção. Os hematomas daquela noite sumiram gradualmente e agora eram apenas pequenas manchas amarelas, o que era um alivio, pois via Rafael se culpando pelo que aconteceu. Seu ‘amigo’ permaneceu na casa de Rafael e foi algo no mínimo incômodo. Estava consciente de seus olhares em mim e esforcei-me para o ignorar. Eu poderia estar errada com minhas suspeitas, mas precisava ter certeza que ele não era uma ameaça a Rafael ou a qualquer um de nós. No dia seguinte à conversa do escritório, meu namorado sugeriu que passássemos um tempo juntos. A justificativa dele era que eu precisava conhecer seu amigo para poder criar meu próprio julgamento. Evan apenas permaneceu quieto, escutando as palavras de Rafael com um olhar debochado. Fiquei tentada a recusar, mas isso não era uma opção, segundo ele. Passei os dias ‘passeando’ com Evan, apresen
Rafael suspirou quando a porta se fechou, sentindo que algo estava errado. Ignorar? Quando ele havia ignorado ela? Será que ela estava pensando que ele a ignorava de propósito? A frustração tomou conta de seu corpo. Queria resolver o mal entendido, mas não podia. Se queria surpreendê-la, precisaria ter paciência e esperar que Juliana não interprete mal a situação. Seu amigo porem, estava rindo dele com um olhar divertido. Evan pigarreou, tentando controlar a risada que ameaçava sair, mas falhando terrivelmente. — Não sei o que você fez, cara. Mas ela está muito irritada com você. Rafael cerrou a mandíbula. Seguir a ideia daqueles dois não estava ajudando. Na verdade, estava arruinando seu relacionamento. Mas Juli me perdoará quando ver o que fiz para ela, ele pensou e se agarrou a isso como um bote de salvação. Evan continuava ali, rindo como se aquilo fosse engraçado. Estava tentado a bater nele, mas foi contagiado pela risada do amigo. Acenou para ele e os dois foram para o escr
Quando terminei de falar, o quarto estava em silêncio enquanto assimilavam a informação. Mantive meu rosto erguido para não restar dúvidas sobre o que relatei. Não pude parar de pensar no que aconteceu com Márcia e que a mesma coisa aconteceria comigo. Um misto de sensações incômodas tomou conta de mim e me segurei para não estremecer. — Recrutar mulheres para depois chantageá-las é muito doentio. — Mauro comentou. — Principalmente quando recorrem ao estupro. — Erick completou. — Era o que iria acontecer comigo. Essa forma de ter poder para conseguir o que queria foi simplesmente insano. Márcia passou por isso e até aquele momento, ela só queria lidar com a situação. Uma investigação foi iniciada para apurar as acusações. Rafael veio para perto de mim, sentou-se ao meu lado e segurou minha mão. — Eu lembro disso. Vários empresários tiveram a visita da polícia. Ficou nas mídias por três semanas seguidas por conta da repercussão do caso. — ele passou a mão no queixo, pensativo. —
Na manhã seguinte tive alta do hospital, porém, a medica alertou que eu deveria ter cuidado e que qualquer sintoma suspeito eu deveria voltar ao hospital imediatamente. Passou também uma dieta restrita que me fez revirar os olhos. Eu iria me cuidar para não retornar a esse lugar. Rafael, por outro lado, agia como um perfeito cavalheiro, cuidando de mim e despertando suspiros na equipe de enfermagem. Não pude deixar de me sentir irritada com a situação e o mandei voltar várias vezes pra casa. Meu namorado apenas revirava os olhos e sorria para todos como se não fosse nada. Na delegacia foi outro tormento. Repassei meu depoimento várias vezes enquanto o delegado fazia muitas perguntas. Minha cabeça doía, estava irritada e queria apenas descansar. Por outro lado, Sônia agiu com maestria. Nunca a tinha visto atuando como advogada. Aquela senhora de rosto sorridente e comidas deliciosas era implacável quando exercia sua profissão. Mesmo quando conversava sobre leis com o delegado. Sônia r
O que se seguiu foi uma série de acontecimentos difíceis de explicar. A polícia chegou ao lugar com uma rapidez assombrosa, seguido por uma ambulância. Recebi os primeiros socorros enquanto David urrava de dor e fazia ameaças enquanto era levado. Para a sorte dele, a bala o acertou de raspão, além do prego enferrujado em seu braço. Esperava que o desgraçado sentisse muita dor no hospital. Homens como ele não mereciam ter a mínima dignidade. Os policiais pegaram meu depoimento e me pediram para fazer exames de corpo de delito. Eu iria prestar queixa contra ele pelo que aconteceu. E com as provas que Márcia tinha entregado e os relatórios de fraude de Jorge, as acusações contra David iriam aumentar. Uma parte do pesadelo tinha acabado, graças a Deus. Agora faltava o mandante. O pai da filha de Márcia. Olhei para ela enquanto os policiais pegavam seu depoimento e notei suas mãos trêmulas. Por mais demonstrações de exaustão que seu corpo apresentasse, seu rosto não deixara transparec
Quando recobrei a consciência, minha cabeça latejava de dor. Só então encarei a realidade de que o plano tinha ido pelo ralo. Percebi que estava no chão sujo de algo que julguei ser o velho galpão da cidade. Felizmente estava sozinha e não estava amarrada, o que me deu tempo de olhar em volta e procurar algo que eu pudesse usar para me defender. A luz era mínima, mas foi o bastante para me familiarizar com o lugar. Encontrei um prego enferrujado em alguns escombros e o guardei no bolso da calça. Estar com o prego me daria uma vantagem. Se David aparecesse sozinho, eu poderia usar o objeto contra ele e criar um curto espaço de tempo para escapar. Mas se houverem mais pessoas, teria que ser criativa com a situação. Sentimentos conflitantes dominavam meus pensamentos. Rafael perceberia que a escuta não estava comigo? Saberia onde me encontrar? Chegaria a tempo de algo pior acontecer? Por mais que eu odiasse admitir, estava com medo, assustada com o desenrolar da situação e a incerteza
Três dias se passaram e como prometido, David entrou em contato comigo. Márcia tinha me dado seu celular, adaptando o aparelho para meu próprio uso. Não me opus a isso, ela parecia ter algo em mente, então confiei nela. Combinamos de nos encontrar em um restaurante, mas deixei claro que ele não precisava me buscar. A ideia de ficar com ele dentro de um carro, mesmo que por um curto espaço de tempo era grotesco. Vesti uma calça jeans e uma regata preta. Prendi meus cabelos em rabo de cavalo e optei por não usar maquiagem, mantendo minha aparência mais normal possível. Não iria passar a impressão errada para aquele cretino. Olhei para o celular, nervosa. David tinha marcado nossa “reunião” ao entardecer e isso levantou sinais de alerta alarmantes. Olhei o pequeno equipamento que Mauro me entregou antes de sair, instruindo-me a esconder entre minhas roupas. Era algum aparelho de escuta, então tudo o que eu deveria fazer era conseguir uma confissão. Porém, duvido muito que David caia e