SESSENTA E SETE

Alguns dias se passaram e o clima entre Rafael e eu não mudou muito. Ele continuava evitando algumas perguntas minhas, porém, me dava um pouco mais de atenção. Os hematomas daquela noite sumiram gradualmente e agora eram apenas pequenas manchas amarelas, o que era um alivio, pois via Rafael se culpando pelo que aconteceu.

Seu ‘amigo’ permaneceu na casa de Rafael e foi algo no mínimo incômodo. Estava consciente de seus olhares em mim e esforcei-me para o ignorar. Eu poderia estar errada com minhas suspeitas, mas precisava ter certeza que ele não era uma ameaça a Rafael ou a qualquer um de nós.

No dia seguinte à conversa do escritório, meu namorado sugeriu que passássemos um tempo juntos. A justificativa dele era que eu precisava conhecer seu amigo para poder criar meu próprio julgamento. Evan apenas permaneceu quieto, escutando as palavras de Rafael com um olhar debochado. Fiquei tentada a recusar, mas isso não era uma opção, segundo ele.

Passei os dias ‘passeando’ com Evan, apresen
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