OITO

Depois que li aquilo, não me senti a vontade perto de Rafael. Algo naquela frase estava me incomodando e eu não gostava disso. Aquelas duas palavras eram familiares, mas por conta dos acontecimentos, não consegui lembrar onde as tinha visto.

Olhei-o discretamente e quase suspirei. Aquela perfeição estava do meu lado, fodendo com meus sentidos. Odiei por me sentir insegura. Odiei o Rafael por me abalar tanto. E a musica não estava ajudando.

“Despacito

Quiero respirar tu cuello Despacito

Deja que te diga cosas al oido

Para que te acuerdes si no estás conmigo...”

Essa musica provocava minha mente e meus sentidos. Apertei minha bolsa com força para controlar o tremor de meu corpo. Rafael pareceu notar e sorriu para mim e virei o rosto, incomodada. Quase soltei um gemido de alivio quando ele parou na porta do escritório. Não sei se Rafael percebera meu desespero ao sair do carro e daquela atmosfera erótica. Adquiri a frieza profissional e olhei para ele.

– Obrigada pelo
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