Alice, uma estudante de Direito que vive sob a pressão dos sonhos de seus pais, tem sua vida drasticamente transformada ao ser atropelada ao sair da faculdade. Quando desperta, percebe que está presa dentro do livro que estava lendo, vivendo a vida de Angelina, uma personagem secundária destinada a morrer. Enquanto luta para mudar seu trágico destino, Alice, agora Angelina, se depara com uma figura misteriosa e perigosa: o temível Duque do Norte. Embora ele seja conhecido por sua frieza e brutalidade, uma inesperada conexão começa a se formar entre os dois. Contra todas as probabilidades, Alice se apaixona pelo Duque, complicando ainda mais sua tentativa de escapar desse enredo cruel. Com o tempo se esgotando e o destino de Angelina se aproximando, Alice precisa descobrir como salvar sua vida, ao mesmo tempo em que lida com sentimentos conflituosos por um homem que, a princípio, parecia ser seu maior inimigo.
Leer másO jardim ainda guardava o calor do fim da tarde, mas o ar agora estava mais denso, como se algo invisível houvesse passado por ali — e permanecido.Atrás de uma trepadeira florida, quase imperceptível, Lilibeth se encolhia.Não era por acaso que estava ali.Ela vira Kelliny sair do salão do chá com o rosto mais pálido do que o normal, passos calmos demais para uma dama em paz. Havia algo na forma como ela caminhava que alertou Lilibeth.E onde havia tensão... havia segredos.Por isso, seguiu-a.E esperou.E então, Asher apareceu.Lilibeth apertou os dedos na lateral da saia.Ela já suspeitava. Já sentia algo no ar — mas ver os dois juntos a poucos metros de distância, mesmo em uma conversa breve, foi o bastante para acender um alarme dentro dela.“Ela está bem. Mais forte do que nunca, na verdade.”A voz de Asher. Firme. Orgulhosa.Lilibeth fechou os olhos por um instante. Ela conhecia aquela voz. Já a ouvira suavizada em conselhos, dura em batalhas, serena em juras de proteção à irmã
O sol da tarde atravessava os vitrais do salão leste, pintando o chão com cores suaves, como se o mundo lá fora não estivesse em colapso.O salão leste era um mundo à parte.Lá dentro, tudo reluzia — as janelas, os vestidos, os sorrisos. A luz do fim de tarde entrava pelos vitrais coloridos, manchando o mármore com tons suaves de rosa e dourado. As risadas eram contidas, melodiosas, como se cada palavra tivesse passado por um filtro de açúcar antes de ser dita.Ela só havia comparecido ao chá por obrigação.Na ponta da longa mesa ornamentada, a princesa servia chá com delicadeza estudada, cercada por damas jovens e ansiosas para dizer a coisa certa na hora certa.Kelliny Francis Kulrich ocupava um lugar discreto, mas visível. Como sempre.Ela era uma presença constante em eventos como aquele — nobre o bastante para estar à mesa, mas não tão importante para ser o centro dela. E isso era confortável. Preferia as sombras sutis aos holofotes falsos.Com os dedos delicados, girava a colher
O silêncio do quarto era sufocante.Karl estava deitado na poltrona, ainda com o rosto contraído de dor, apesar das compressas e poções aplicadas desde que fora levado de volta ao palácio. Nenhuma curandeira ousava tocar muito nas “joias reais” desde o incidente. Aparentemente, o orgulho era o órgão mais afetado.Ele apertou os olhos, lembrando da última imagem que teve dela — da noiva que antes mal ousava encará-lo, e que agora o chutara com a força de um touro enraivecido.Angelina.Não, ele pensou, ela não era mais a Angelina que ele conhecia. Aquela jovem submissa, de olhos baixos e fala doce. Agora ela falava com sarcasmo, ria de suas flores, desafiava sua autoridade... e o chutava. Literalmente.A porta se abriu, e o rei entrou sem bater. Como sempre.Karl, ainda na poltrona, endireitou-se por reflexo. Mesmo ferido, mesmo humilhado, jamais ousaria demonstrar fraqueza diante dele.Era o rei.Karl se ajeitou na poltrona, apertando os dentes para não demonstrar o desconforto físico
“Sempre desconfiei que Asher fosse adotado, dentre todos os membros da família Bryston que eu pude conhecer, ele e Luke eram tão diferentes, mas a verdade era inevitável, a adotada talvez fosse eu, quer dizer, Angelina” Alice, como Angelina questionava seriamente o seu “irmão”, ele era grande mas não muito inteligente ou talvez ele fosse muito inteligente mas gostasse de fazer cena, ela ainda tentava descobrir. Enquanto a carruagem se distanciava da residência da família da jovem e entrava em outro terreno ela suspirou, ainda tentando digerir todos os acontecimentos, não sabia como havia chegado a tal situação. A não morte dela no acidente causou um efeito borboleta, a história havia desandado. — Senhorita, soube que sua alteza tem estado trancado em seu quarto e não recebe visitas, se recusa a comparecer a qualquer evento que seja. Ela já sabia disso, essa poderia ser dita como a vantagem de ter ao seu lado um grêmio de informações, já h
— Minha noiva eu… — Guarde uma coisa nessa sua cabeça. — ela o olhava com ódio — Não sou e nunca serei sua, Alteza! — Angelina, por favor, não faça isso conosco. — ele se adiantou e a segurou em seus braços a abraçando, ela se contorceu tentando sair — Eu te amo, você sabe disso, melhor que ninguém jamais será capaz de ocupar seu lugar em meu coração. — ela parou e ele viu que ela estava mais alma. “Palavras doces.” — seu pai dissera uma vez. — “Isso será capaz de acalmar até as mais bravas e valentes mulheres.” Ela tentou se afastar um pouco e ele permitiu, mas não permitindo que ela fosse muito longe de seu alcance. Ela ergueu a cabeça e ele pode ver, pela primeira vez que os olhos antes opacos, sem vida e resignados, aqueles olhos que o fizeram implorar ao pai quando pequeno que o noiva-se com a jovem, ardiam, cardiam com intenso fogo, como se
“A vida é feita de escolhas e eu acredito que em algum momento eu devo ter escolhido o que estou passando hoje, pois não era possível que alguém poderia não passar para a paz eterna e ter que aturar uma vida conturbada. Senhor, se em algum momento eu reclamei da minha, me perdoe, mas não foi isso que pedi não.” Angelina pensou com um suspiro.Ela esperou.Após a conversa com o grã-duque, ela realmente esperou, mas ele não veio, ela não o viu ou sentiu sua sombra, e isso tinha dois dias, ela estava ansiosa.Enquanto isso, Asher estava de volta, quando seus pais o questionaram sobre o motivo, ele apenas informou que estava ali a mando do senhor Norte, O salafrário, como sua irmã se referia a ele agora, servia ao templo, mas continuava a obedecer ao duque, o motivo era simples, todos aquele mandados ao Norte, mesmo sob o tí
Uma ideia lhe veio a mente, e de todas as formas o não ela já tinha, e ele já teria uma justificativa na ponta da maldita língua.— Então case comigo!— Você está noiva.— Isso não nos impediria, pelo contrário ajudaria a romper o noivado.Eles ficaram em silêncio. Não ousando dizer uma palavra se quer, com medo de que o que quer que fosse dito, os levassem para um caminho sem volta. Pela primeira vez desde que esse assunto começou o Calix não tinha uma resposta, ele não sabia o que dizer.— Você não sabe o que está dizendo. — ele disse por fim.— Pelos céus! — ela exclamou e se levantou revoltada — você está sendo misógino!
— Lorde Graham, acredito que tenha sido surpreendido por minha carta.— Bem, imagine como eu me senti ao ver que uma jovem de vinte e poucos estava me pondo contra a parede quando uma resposta e que não se tratava de um compromisso. — ele se encontrou no sofá, cruzou os braços a olhou — Imagine minha surpresa quando essa mesma jovem ao fim de sua carta me disse que seríamos atacados, não só me deu o local como estava certa. — ele semicerrou os olhos.Ela engoliu em seco.— Veja... eu... bem…— Você não é uma traidora, isso tenho certeza, também sei que não comprou informações ou algo do tipo do outro lado, você é calada, reclusa, comparece a pouco eventos sociais e estuda muito para ser adequada para o cargo de princesa he
Eles estavam se encarando.Ela não entendia, como ele poderia ser tão lindo e tão sério ao mesmo tempo.— Acredito que temos assuntos a tratar, acho que você não deseja discutir isso em um beco. Venha comigo. — ele estendeu a mão para ela.— Estou com minha criada, preciso que…— Eu digo a ela. — Kelliny se pronunciou — Se o Grã-duque veio até você para conversar, não acho que você deva desviar do proposto.— Não posso deixá-la sozinha, você me disse que sua criada a espera perto da floricultura.— Não é muito longe, consigo ir sozinha, ninguém vai apontar o dedo para mim e dizer nada, sou Kelliny Francis Kulrich, a filha de um duque, quem ousaria me difamar? — um leve sorriso de canto de lábios surgiu na dama.Angelina sabia que a nova amiga, era realmente uma pessoa que reles mortais não ousariam difamar, mas ela era uma mulher, em qualquer sociedade e época, sempre foi perigoso, não que exista algo como sexo frágil, mas existem pessoas ruins no mundo, que olham o gênero antes de at