Ariel enfrenta desafios emocionais e profissionais após um relacionamento tóxico com seu ex-namorado, Thomas,que manchou sua reputação no mercado de trabalho. Aceitando um emprego como faxineira na empresa de Alicia e Christian, ela se vê confrontada com a hostilidade de Christian, o qual, apesar de inicialmente determinado a afastá-la, começa a sentir um complexo turbilhão de emoções, deixando incerto se esse relacionamento de antagonismo pode se transformar em algo mais profundo e verdadeiro.
Ler mais(Christian)Levantei a cabeça imediatamente.— Sim?— A senhorita Ariel saiu da cirurgia. Ela está estável e já foi transferida para um quarto.O alívio foi tão esmagador que precisei de um momento para respirar.— Posso vê-la?— Pode, mas ela ainda está sedada.Assenti, seguindo a enfermeira pelos corredores brancos e silenciosos. Meu coração parecia um tambor descompassado, e, ao entrar no quarto, me deparei com Ariel deitada, pálida, conectada a máquinas que monitoravam sua respiração e seus sinais vitais. — Como diabos você se soltou?! — Christian rosnou, apontando a arma para ele.Thomaz riu, um som baixo e cínico.— Você realmente acha que pode confiar em todo mundo, Christian?— Thomaz, me solta! — Eu gritei, tentando me soltar, mas ele segurava um pedaço de vidro contra meu pescoço. O toque frio e afiado pressionava minha pele, e um calafrio percorreu meu corpo quando senti a ponta perfurar levemente.— Fica quieta, Ariel. — A voz dele estava carregada de ameaça, e o cheiro de sangue misturado ao suor dele me dava náuseas.Olhei para Christian, desesperada. Ele parecia em conflito, seus olhos fixos no pedaço de vidro que Thomaz Capítulo 124 - Um som baixo e cínico.
Depois de minutos de caminhada, ouvi vozes. Imediatamente, me escondi atrás de uma árvore grossa. Dois homens estavam a poucos metros de mim, ambos armados. Suas vozes eram altas, descontraídas.— Não tem jeito, cara. O meu time leva esse campeonato fácil! — disse um deles, rindo.— Tá de brincadeira? O meu tá com tudo esse ano! — o outro respondeu, rindo também.Meu coração parou por um momento. Reconheci os dois. Eram seguranças de Christian. Se me vissem ali, ligariam para ele imediatamente e me tirariam do local. Não podia deixar isso acontecer.Esperei eles se afastarem o suficiente e os segui de longe, mantendo uma distância segura. Cada passo deles parecia me guiar mais perto do galpão. Quando finalmente avistei a construção, parei, me escondendo novamente.O galpão era grande, com vigias armados espalhados por
Eu só assenti, mas minha mente estava longe. Observei o corredor onde ele desapareceu, sentindo meu peito apertar. Ele não estava me dizendo tudo. Eu sabia disso.Eu estava perdida em pensamentos, observando o movimento das meninas ao saírem. Cada uma delas tentando lidar com a situação à sua maneira. Alicia foi a última a sair, me dando um sorriso suave, mas havia algo nos olhos dela que dizia que ela sabia o que eu estava sentindo. Eu forcei um sorriso, mas, por dentro, ainda estava cheia de perguntas não respondidas, com uma angústia que não conseguia dissipar.Quando a porta se fechou atrás delas, um silêncio absoluto tomou conta do apartamento. Eu me senti sozinha de uma maneira que não sabia como lidar, mas ao mesmo tempo, o peso que tinha me acompanhado o dia
O galpão era escuro e cheirava a ferrugem e óleo velho. Uma lâmpada solitária balançava no teto, iluminando o suficiente para eu ver os rostos tensos dos meus homens e do meu amigo policial, que estava ali para garantir que ninguém interrompesse o que estava prestes a acontecer.Suspirei, ajustando as mangas do meu paletó enquanto me dirigia ao centro do espaço, onde Thomaz estava preso a uma cadeira. Sua voz ecoava pelo galpão, gritando insultos e exigindo ser solto. Era engraçado, quase melodioso. Assim que me viu, ele se calou, os olhos estreitando-se em ódio enquanto ele me encarava.— Você vai pagar por isso, Christian — disse ele, com o tom cheio de veneno.Arrastei uma cadeira de metal até a frente dele, o som
O silêncio do jardim era quase opressor, apenas o som distante da fonte e o murmúrio do vento nas árvores preenchiam o espaço.Senti um calafrio subir pela espinha quando percebi o peso crescente das minhas pálpebras e a sensação estranha de leveza que tomava conta de mim. Balancei a cabeça, tentando me concentrar, mas tudo parecia se mover de forma lenta e distorcida.— Ariel, você está bem? — Selina perguntou, com uma voz que agora parecia levemente diferente, quase fria.— Não... acho que não. — Minha voz saiu rouca, e a tontura aumentou. — Preciso... preciso encontrar Christian.Antes que eu pudesse me levantar completamente, senti suas mãos fi
Ele deu um sorriso de canto, apertando levemente minha cintura como se quisesse transmitir confiança.— Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui.Enquanto caminhávamos pelo salão, as luzes suaves e a música ambiente tentavam criar uma atmosfera elegante, mas minha tensão não diminuía. Algumas pessoas começaram a se aproximar. A maioria eram mulheres, lindas e sofisticadas, com sorrisos que diziam mais do que palavras. Elas o cumprimentavam, algumas com abraços, outras com beijos no rosto que pareciam durar um segundo a mais do que o necessário.— Christian, que prazer vê-lo aqui! — uma delas exclamou, com um olhar curioso em minha direção.Ele as cumprimentava de forma ed
— Ei, ei! — Ela estava com o celular na mão, filmando tudo, e um sorriso travesso no rosto. — Você sabia que isso tudo seria perfeito para uma manchete? Como seria se a famosa Katherine fosse para um salão, brigasse com uma “faxineira” e saísse perdendo em todos os sentidos?Katherine, que já estava furiosa, ficou ainda mais incrédula, nos encarando com raiva, mas, sem dizer mais nada, se virou e saiu do salão, levando suas amigas com ela. Era como se o ar tivesse ficado mais leve assim que ela foi embora.Eu me sentei na cadeira, respirando fundo. O salão estava em silêncio, com todos observando o que acabara de acontecer. Eu olhei para a equipe, pedindo desculpas pelo que acabeide fazer.— Desculpem, eu realmente n&ati
(Ariel)Eu estava na cozinha, mexendo no café da manhã, tentando não demonstrar o nervosismo que se acumulava em mim. O dia do baile finalmente chegou e, apesar de tudo parecer perfeito, uma parte de mim estava em total frenesí. Desde o encontro com a ruiva na Suíça, não conseguia tirar isso da cabeça. O que aconteceria quando eu estivesse diante de todos? Os olhares, os comentários... Eu realmente não sabia o que esperar.Ouvi o som da porta se abrindo, e Alicia entrou animada, com aquele sorriso de quem estava esperando por esse dia há muito tempo. Ela estava radiante, cheia de energia.— Ei, você está pronta? — Ela perguntou com um brilho nos olhos, como se fosse um dia qualquer.