Christian
Eu estava numa correria total quando percebi que havia perdido a hora e perdido as reuniões da manhã. O coração disparou, mas não tinha como deixar de aproveitar a situação. Levantei da cama o mais rápido que pude e vi Katherine deitada ali, nua, depois da noite quente que tivemos.
Ela me lançou um olhar sorridente, cheio de malícia, e rapidamente começou a se vestir.
Chegamos na empresa e ela subiu comigo no elevador.
— Vamos aproveitar os últimos segundos? — disse ela, com um brilho nos olhos.
— Não custa nada aproveitar até os últimos segundos, né? — respondi, dando um meio sorriso.
Não tinha como recusar aquela oferta. O elevador seria só nosso.
Assim que entramos no elevador, eu a puxei para mim, envolvendo minha mão em sua cintura. A sensação de tê-la tão perto me deixou em um estado de euforia.
— Você precisa ser silenciosa. - Disse, beijando seus lábios.
Katherine sorriu, e eu não pude resistir. Comecei a explorar seu corpo, sentindo-a se derreter em meus braços. Meus dedos alcançaram seu clitóris e o acariciei, ouvindo um gemido baixo de seus lábios, então, sem aviso prévio, penetrei dois dedos em sua entrada quente e úmida.
Katherine se inclinou, pedindo mais, meus dedos aumentaram o ritmo até que a ouvi gemer, mordendo meu ombro enquanto suas paredes internas se contraiam em meus dedos.
Ela fechou os olhos, perdendo-se em prazer. Quando a vi chegar ao clímax, um gemido suave escapou de seus lábios. Aquela cena era a definição de perfeição para mim. Ver uma mulher se perder no prazer era tudo o que um homem queria.
Eu afastei as mãos lentamente e, antes que as portas se abrissem, a puxei para mais perto e a beijei, um último beijo.
As portas do elevador se abriram, e a primeira a olhar para fora foi Katherine. Eu a segui com o olhar e me deparei com uma mulher pequena parada na minha frente, nos encarando. Nunca a vi por aqui, e honestamente, isso não importava nem um pouco.
Mas, essa criatura minúscula parecia ter decidido que aquele era o lugar ideal para ficar. Fiquei irritado ao vê-la parada, bloqueando a saída. O tempo estava correndo, e eu não tinha paciência para isso.
— Dá pra você sair da frente? — pedi, tentando manter a calma, mas com um toque de ignorância na voz. Eu só queria passar.
— Desculpe, desculpe! — ela respondeu, os olhos arregalados, enquanto se movia um pouco para o lado, mas não o suficiente para me deixar passar.
Eu respirei fundo, forçando um sorriso que não tinha nada a ver com cordialidade. Como se tudo o que ela soubesse fazer fosse pedir desculpas.
— Só sabe se desculpar? — murmurei, já saindo apressado do elevador. Não tinha tempo para lidar com mais essa distração.
Assim que entrei na sala de reuniões, fui surpreendido pela carranca da minha irmã, Alicia. Ela estava me encarando de um jeito que, se eu fosse qualquer outra pessoa, me sentiria intimidado.
— O que foi? Onde estão os clientes? — perguntei, sentando-me em uma das cadeiras, já pensando que precisava me recuperar do atraso.
Alicia, que estava sentada, se levantou e cruzou os braços, me lançando um olhar fulminante.
— Eles vieram pela manhã.
— Mas a reunião que aconteceu pela manhã não era com os Knight? — insisti, tentando entender a situação.
— Também! Os compradores tiveram uma emergência e pediram para adiar a reunião. Eu te liguei várias vezes, e nada de você chegar. Eu nem quero saber onde você estava.
— Resolvido? — minha pergunta a deixou ainda mais brava.
— Sim, graças à Jéssica.
— O que a Jéssica tem a ver com isso? — questionei, surpreso.
— Ela estava por dentro do conteúdo da reunião, já que acompanhou os encontros passados. Juntas, conseguimos convencer os compradores a assinar o acordo.
— Ótimo, então por que essa cara? — perguntei, apontando para a expressão dela.
— Porque esse é o seu trabalho, Chris.
— Eu sei qual é o meu trabalho aqui.
— Não parece! — ela disparou, saindo sem dar espaço para eu responder.
Maravilha, mais uma bronca da minha irmã mais nova sobre a empresa. Sempre fiz o máximo que pude para acertar aqui, e o único deslize ela acha que pode chegar reclamando. A raiva borbulhava em mim enquanto me dirigia para a minha sala.
Poucos minutos depois, minha assistente, Marissa, entrou. Essa mulher era uma beleza, e sempre me deixava louco. As horas extras que ela passava aqui em meu escritório eram bem-vindas, e esse era um dos motivos para ainda estar trabalhando aqui.
— Sr. Christian, a senhora Dulce está pedindo para falar com o senhor. Devo permitir a entrada dela? — perguntou Marissa, mantendo um tom profissional.
Dulce não era de me perturbar sem um bom motivo, e sendo a gerente do RH, eu devia dar atenção a ela.
— Pode deixá-la entrar.
— Sim, senhor. Com licença.
Uma das coisas que eu apreciava em Marissa era sua capacidade de diferenciar o pessoal do profissional.
Ouvi batidas leves na porta, e Dulce entrou, sentando-se na poltrona em frente à minha mesa. Percebi que ela estava com um iPad nas mãos.
— Desculpe atrapalhar o seu trabalho, mas é algo urgente.
— Prossiga...
— Senhor Mitchell, precisamos discutir uma contratação recente — ela disse, ajustando-se na cadeira.
Levantei uma sobrancelha, já impaciente.
— O que é que tem?
Dulce deslizou o dedo pelo iPad e virou a tela para mim, exibindo a ficha de uma funcionária. Uma mulher chamada Ariel Davis. A imagem dela não me era estranha, mas não dei muita importância.
— Essa moça, Ariel Davis — Dulce começou. — Ela tem uma ficha horrível.
Ela deu uma pausa dramática, o que, francamente, me irritava.
— Continue.
— Ela é formada em Literatura Inglesa, mas trabalhou em uma editora por dois meses antes de ser demitida, acusada de plágio.
Isso prendeu minha atenção. Eu detesto fraudes, especialmente as que afetam a imagem da empresa.
— Depois disso — Dulce prosseguiu —, não conseguiu emprego em outras editoras. Acabou trabalhando em diferentes setores, mas em todos há acusações contra ela. Desde comportamento impróprio até assédio. A esposa de um antigo chefe a demitiu por suspeitar de algo entre os dois.
Eu segurei o iPad, olhando para a foto da mulher mais uma vez. Era a garota do elevador, a que praticamente me bloqueou mais cedo com aquelas desculpas sem fim. Olhos grandes, expressão assustada.
Ela definitivamente não parecia o tipo de pessoa envolvida nesse tipo de coisa, mas como bem sei, aparências enganam.
— E mesmo assim você a contratou? — perguntei, seco, colocando o iPad de volta na mesa.
— Na verdade, senhor, foi ordem da sua irmã. Alicia a encontrou em algum lugar e, mesmo sabendo do histórico dela, pediu para que a contratássemos.
Aquilo me fez parar. Alicia estava interferindo de novo. Eu já tinha problemas suficientes com as escolhas dela, mas agora isso? Dulce se levantou com o iPad em mãos, continuando:
— A garota começa amanhã. Estou vindo até o senhor porque, se os outros funcionários descobrirem que aceitamos uma pessoa com esse tipo de passado, haverá preocupações. Isso pode afetar a reputação da empresa.
Eu a ignorei por um momento, desviando o olhar para o iPad enquanto a imagem de Ariel Davis permanecia na minha mente. Típico. Esse tipo de mulher aparece como uma vítima, mas sempre tem algo a esconder.
Já encontrei várias delas ao longo dos anos — todas querendo o mesmo: dinheiro, status, uma vida fácil.
— Então, cancele a contratação — ordenei, seco, voltando o olhar para Dulce. — Eu não quero essa mulher trabalhando aqui. Vou falar com a Alicia.
Dulce assentiu, pedindo licença antes de sair do escritório. Assim que a porta se fechou, soltei um suspiro irritado.
— Só o que me faltava — murmurei para mim mesmo.
A manhã seguia tranquila até Alicia entrar na minha sala como uma tempestade. Eu estava respondendo e-mails, focado em limpar minha caixa de entrada, mas a presença furiosa dela me fez desviar o olhar do monitor.
Já sabia que vinha encrenca.
— Eu também sou dona de metade disso aqui, como você passa por cima de um pedido meu? — ela praticamente gritou, sem rodeios, os olhos faiscando de raiva.
Suspirei e cruzei os braços, apoiando-me na cadeira. Sabia exatamente do que ela estava falando.
— Aquela garota não é qualificada para trabalhar aqui — disse, frio, sem tirar os olhos de Alicia.
Ela bufou, cruzando os braços como se não acreditasse no que estava ouvindo.
— Aliás, ela não é qualificada para trabalhar em lugar nenhum — acrescentei, cortante. — Você viu a ficha dela? Como pôde permitir a contratação de alguém assim?
Alicia bufou, visivelmente irritada, mas firme como sempre.
— Porque eu sei muito bem como homens idiotas podem tornar a vida de uma mulher um inferno, só porque ela teve a audácia de dizer "não"! — Ela deu um passo em minha direção. — É exatamente o que está acontecendo com Ariel.
Revirei os olhos, sem esconder o desprezo.
— Ah, já decorou o nome dela... — falei, com sarcasmo pesado.
— Não seja ridículo, Christian! — Ela estalou, quase batendo o pé. — Eu só vim aqui te avisar que ela vai trabalhar aqui, e se for preciso, tiro do meu próprio dinheiro para pagar o salário dela.
Soltei uma risada curta, mas não de diversão.
— Quanta idiotice... O que essa garota fez pra você defendê-la desse jeito? Ela te contou que foi acusada de plágio? E das outras acusações? Alguma coisa sobre assédio ou a demissão que levou?
Alicia hesitou por um segundo, e eu vi a dúvida nos olhos dela.
— Não, ela não falou... — admitiu, mas não com menos firmeza.
Levantei uma sobrancelha, minha expressão desafiadora.
— E você acha que sabe que ela não tem culpa? Alicia, você tá sendo ingênua. Acha que só porque ela tem um rostinho de vítima, isso apaga o que ela fez? — Dei uma pausa, tentando medir minha irritação. — Essa garota, essa Ariel, deve ter percebido o quanto você é fácil de manipular. Ela está se aproveitando de você.
Alicia ficou tensa. Eu podia ver o conflito estampado no rosto dela.
— Você sabe o que aconteceu comigo... — ela disse, sua voz mais baixa, mas ainda resoluta. — Eu não vou deixar isso acontecer de novo. E eu só vim aqui te avisar que, querendo ou não, ela vai trabalhar aqui.
Fiquei em silêncio por alguns segundos, olhando diretamente para ela. Sabia que minha irmã não era de voltar atrás tão facilmente. Mas também não sou de engolir desaforo, nem de permitir que alguém não qualificado comprometa minha empresa.
— Veremos — soltei, a voz fria, deixando claro que aquilo ainda não estava decidido.
Alicia bufou, irritada, e saiu da sala, batendo a porta com força.
Eu amava minha irmã, mas ela estava errada dessa vez. E talvez cega. Ariel era mais uma oportunista que percebeu uma brecha. E se ela achava que iria se dar bem nessa empresa, estava muito enganada.
ArielEstava de boa no banho, relaxando com a água quente, quando a notificação do meu celular me tirou do meu momento zen. Com as mãos cheias de sabão, tentei pegar o celular, mas ele escorregou e caiu direto na banheira.— Não… — falei, horrorizada, olhando o aparelho afundar.Em um ato reflexo, estendi a mão e o puxei de volta, mas ao olhar para a tela, vi que estava toda azul escuro, com umas listras brancas dançando por ali. — Perfeito! — resmunguei, com uma pitada de sarcasmo.Respirei fundo, tentando não entrar em pânico. Saí da banheira e me enrolei em uma toalha, correndo para o computador. Comecei a pesquisar o que fazer com um celular molhado. As dicas eram variadas e bizarras: “coloque em um pote de arroz” e “não ligue o aparelho”. Fechei a tela do laptop e encarei o meu celular. Ótimo, só o que faltava.Me vesti rápido, sentindo a ansiedade aumentar, e quando olhei pela janela, percebi que a noite já estava caindo. Desci correndo as escadas, com o coração acelerado, em
ArielAssim que Alicia saiu, Jess a seguiu, me deixando sozinha com os outros funcionários. Eles começaram a se arrumar, mas três mulheres ficaram me encarando de maneira estranha, seus olhares julgadores faziam minha insegurança crescer. Tentei me concentrar em qualquer outra coisa até que uma mulher de pele negra, cabelos cacheados e olhos verdes veio até mim, exibindo um sorriso caloroso.— Não liga para elas, estão sempre com essa cara fechada — disse ela, estendendo a mão de maneira amigável. — Sou Emily, mas pode me chamar de Mily.Senti meu corpo relaxar um pouco diante de sua atitude gentil. Apertei sua mão, devolvendo o sorriso.— Prazer, sou Ariel.— Aquelas são Bethy e Maya. Nós três cuidamos da limpeza por aqui. Você é a nova contratada, certo? — perguntou Mily, seus olhos brilhando.— Sim — respondi, tentando soar mais confiante.— Ótimo! Você vai ser minha parceira. Vou te mostrar tudo o que precisa saber. Primeiro de tudo, os outros andares não são problema nosso, têm
A comida chegou, fumegante e perfumada, e tentei me concentrar no prato à minha frente, mas a conversa sobre o noivado do meu irmão e a sensação de desconfiança em relação à noiva dele ainda pairavam sobre mim como uma nuvem carregada. Tentamos mudar de assunto, mas a questão continuava ali, pendente, silenciosa, como algo prestes a eclodir.Enquanto eu mexia distraidamente na comida, ouvimos uma batida suave na janela ao nosso lado. Jess e eu viramos, curiosas, e encontramos Alicia acenando para nós com um sorriso caloroso. Ela fez um gesto com a mão, indicando que esperássemos, e logo a vimos entrando pela porta do restaurante. Ela parecia elegante e segura, como sempre, movendo-se com uma graça natural até se aproximar da nossa mesa.— Oi, meninas! — Alicia cumprimentou, com o tom leve e amigável de sempre.— Oi — respondi, um pouco surpresa com sua presença, mas feliz por vê-la.— Oi, senhora — Jess disse, tentando manter o tom formal, mas logo percebendo o erro quando Alicia er
ChristianEu estava indo até a copa pegar um café quando, para minha irritação e satisfação, vejo exatamente quem eu queria ver: Ariel. Ela estava reabastecendo as cápsulas da máquina de café. Isso me deu uma oportunidade perfeita.Aproximei-me devagar, cada passo calculado. Quando cheguei mais perto, minha voz saiu em um tom baixo e frio.— Por que você correu de mim mais cedo? — perguntei. — Ficou com medo?Ela se assustou e, em sua tentativa de manter o equilíbrio, quase escorregou no balcão. Ariel me olhou, visivelmente nervosa, sua pele começando a corar, e disse:— Eu... eu não corri, senhor. — Sua voz tremeu, revelando o desconforto.Eu sorri internamente. Adorava vê-la intimidada assim. Cheguei mais perto, a poucos centímetros dela, a prendendo contra a bancada. Ela prendeu a respiração e desviou o olhar, sem saber o que fazer.Enquanto ela estava ali, sem saída, eu peguei uma xícara, coloquei a cápsula de café na máquina e comecei a preparar o meu. Virei-me novamente para ela
(Ariel)Eu estava quase terminando de limpar o gabinete do pessoal de design gráfico quando percebi uma movimentação estranha. Vários deles se amontoavam, apressados, tentando caber no elevador de uma vez só. — Isso tem cara de reunião de emergência — comentou Emily. Antes que eu pudesse responder, ouvi alguém me chamar.— Ariel! — A voz era de Alicia, e ela parecia aliviada ao me ver. Me virei, sem entender muito bem o que estava acontecendo.— Oi, Alicia. Posso ajudar em algo? — perguntei, um pouco surpresa com a abordagem repentina.— Sim, por favor. Você é formada em Literatura Inglesa, certo? — perguntou, como se isso fosse uma informação importante naquele momento.— Sim, sou — respondi, ainda mais confusa.— E você gosta de ler, não é? — Alicia continuou, sem pausa.— Gosto... mas por que essas perguntas? pensei, mas não disse em voz alta. — Ótimo! — exclamou Alicia, me segurando pelo pulso com um brilho de alívio nos olhos. — Eu preciso de você, Ariel.— Para o quê? — perg
ArielAcordo com o som suave do alarme. Me espreguiço, sentindo os músculos ainda meio tensos da noite anterior. Depois da minha rotina matinal habitual, preparo-me para ir trabalhar. Decido sair mais cedo. Começo uma hora antes que Jess, e não quero que ela acorde por minha causa. Ela sempre tenta me convencer de que não é problema, mas hoje quero evitar isso.Coloco meu casaco, o clima ainda frio, mesmo com o sol começando a despontar no céu. Caminho até a estação de metrô, que fica a poucas quadras do nosso prédio. O sol, brilhando entre os edifícios, promete um dia mais quente, mas o vento gelado ainda é insistente.Assim que chego à estação, entro e me acomodo num banco enquanto espero o metrô. O ar lá dentro é abafado, contrastando com o frio da rua. Penso brevemente em começar a caminhar mais – uns minutos de caminhada e já estou ofegante, e isso nem deveria ser difícil. Quando o metrô finalmente chega, me junto à multidão, cada um no seu próprio mundo, esperando que o dia c
ArielPrendi a respiração como se isso pudesse me fazer desaparecer. Era ele. Christian estava aqui? E agora? — pensei baixinho, com o coração acelerado. Meus olhos estavam fixos na maçaneta da porta do banheiro que começava a se mover, lentamente, para baixo. A tensão no ar parecia interminável, e meu corpo estava paralisado. Cada centímetro que a porta se abria era uma tortura.De repente, a porta se abriu de uma vez, e quem apareceu ali foi Jessica, com um sorriso enorme e seu vestido justo, radiante como sempre.— Ei, eu queria saber se você pode trocar os brincos comigo? — ela perguntou, toda animada, como se nada estivesse acontecendo.Soltei a respiraç&atild
— Aqui, Ariel, pra você!— disse ela, balançando o copo na minha direção.Eu dei um sorriso meio forçado, tentando ser educada, mas balancei a cabeça em recusa. A lembrança do álcool ainda era algo que me deixava desconfortável. Nunca bebi, e as memórias que eu tinha dela — de Thomaz — ainda me assombravam. O cheiro da bebida, o som dos risos descontrolados... tudo isso ainda fazia meu estômago revirar e meu corpo entrar em alerta, como se estivesse revivendo aqueles momentos.— Não, obrigada. Eu não bebo... — disse com a voz mais firme do que eu esperava.Alicia me olhou surpresa.— Sério? Nunca vi você beber mesmo... — comentou, seu tom era mais de curiosidade do que julgamento.— Ela é toda certinha. — Jessica entrou na conversa, rindo e me cutucando com o cotovel