(Ariel)
Semanas depois… Noite de natal.
A cozinha estava cheia de aromas deliciosos: o assado no forno, o purê de batatas que eu misturava com cuidado e a panela com molho borbulhando suavemente no fogão. As luzes natalinas piscavam devagar nas janelas, iluminando o ambiente com um calor aconchegante, enquanto uma música de Natal tocava baixinho ao fundo.
Por mais que minha mente insistisse em divagar, eu estava determinada a fazer daquela noite algo especial.
Enquanto mexia o purê, minha mente, como sempre, traiu minha determinação. Thomaz. O peso do que aconteceu com ele parecia uma sombra constante, mesmo que eu soubesse que não havia outra escolha.
Ele destruiu tanto da minha vida, e embora eu
ArielBen voltou cerca de meia hora depois, segurando um pequeno saco de farmácia com a empolgação de uma criança com um presente de Natal. Ele me entregou o teste, e eu senti como se o peso do mundo estivesse em minhas mãos.— Respira fundo. — Ele disse, dando um tapinha no meu ombro. — Vamos lá.Assenti e entrei no banheiro da minha sala, o coração disparado. Minhas mãos tremiam enquanto eu abria a embalagem e seguia as instruções. Depois de terminar, coloquei o teste sobre a pia e saí para esperar com Ben. Ele já estava roendo as unhas, andando de um lado para o outro da sala.— Quanto tempo leva? — Ele perguntou, impaciente. ChristianSaí da empresa às seis da tarde com um peso enorme saindo junto comigo. A reunião foi mais longa do que deveria, e só faltei mandar aquele idiota do conselho para o inferno umas três vezes. Só não o fiz porque Ariel me pediu para ser paciente e lidar com isso com calma. Calma.Algo que definitivamente não era meu ponto forte. Mas, por ela, engoli o que tinha vontade de dizer e fiquei até o fim.Quando saí da minha sala, Isadora estava esperando na recepção com o buquê de rosas que encomendei.— Aqui estão as rosas, senhor Christian. — Ela estendeu o buquê com um sorriso profissional, masCapítulo 131 - Eu sou o papai.
ArielA praça de alimentação do shopping estava cheia e barulhenta, mas a companhia de Jess e Alicia fazia aquele ambiente se tornar confortável. Nós havíamos passado horas correndo de loja em loja, e agora finalmente tínhamos um momento para respirar enquanto tomávamos um suco e comíamos algo leve.Alicia, sempre animada, começou a falar sobre os últimos detalhes do casamento dela. Eu sorria, ouvindo-a falar sobre flores e vestidos, mas, como sempre, o assunto logo voltou para Christian.— E como está o nosso querido Christian? — Alicia perguntou com um sorriso curioso.Suspirei e mexi no canudo do meu suco.— Mais protetor do que n
ArielA rotina havia voltado ao normal, com Alicia aproveitando sua lua de mel nas Maldivas e Christian e eu focando nos preparativos do nosso casamento. Eu não sabia como o tempo estava passando tão rápido, mas sentia que havia tanto a fazer antes do bebê chegar. Estávamos decididos a casar antes de ele nascer, uma maneira de garantir que nossa família começasse de uma forma sólida e oficial.Eu estava em minha sala, respirando fundo, tentando afastar o enjoo que vinha e ia em ondas. A gravidez estava me dando mais desafios do que eu imaginava, mas a ideia de que nosso filho estava a caminho me dava forças. Eu estava tentando me concentrar nos detalhes dos preparativos do casamento, mas a pressão das responsabilidades e as náuseas me atrapalhavam.
ArielRespirei fundo, tentando me acalmar, mas meu coração estava martelando no peito. O barulho da briga ecoava pela casa, e eu sabia exatamente de onde vinha.Nicholas e Henry estavam se enfrentando de novo, e a situação parecia mais grave do que o normal. Olhei para Olivia, assustada, encolhida no canto, sem saber como reagir. Eu precisava fazer algo.– Nicholas! Henry! – gritei, minha voz firme, mas sentindo o peso da tensão no ar. – Parem agora!Eles continuaram, mas então Christian entrou, com um olhar de autoridade.– Vocês dois, parem agora!Quando ele falava daquele jeito, nã
Nova YorkJunho, 16 Cheguei em casa e me joguei no sofá, sentindo uma vontade de chorar e gritar para todos ouvirem. A pressão no meu peito era insuportável. — Amiga, aconteceu alguma coisa? — Jéssica, minha melhor amiga, perguntou, se aproximando com a expressão preocupada. Levantei o rosto, vendo-a terminar de arrumar o cabelo antes de voltar ao trabalho.— Fui demitida. — A resposta saiu como um sussurro, quase um lamento.A expressão de curiosidade de Jéssica se transformou em susto. Ela calçou os saltos e se sentou ao meu lado no sofá, com um olhar preocupado.— Foi o seu chefe? — Ela perguntou, a voz tremendo. — Sim. — Respirei fundo, sentando-me. — Ele disse que se eu não cooperasse com ele, iria me demitir. E quando ele veio com aquelas mãos imundas na minha perna, eu não aguentei e gritei, chamando a atenção do escritório inteiro. — Ele tocou em você? — A raiva dela era nítida.— Não deu tempo. Eu levantei e saí. Mas ele me alcançou e disse uma coisa que eu já sabia.— O
ArielAssim que cheguei em casa, joguei minha bolsa em um canto e deixei-me cair no sofá. Teddy, meu pequeno furacão peludo, não perdeu tempo. Ele correu em minha direção, pulando em meus braços como se eu fosse sua maior alegria. — Oi, meu amor! — disse, envolvendo-o com carinho. — Sentiu saudades? Ele balançou o rabinho, cheio de entusiasmo, e começou a lamber meu braço, como se estivesse me dando boas-vindas depois de um longo dia. — Vamos dar uma volta, então? — sugeri, levantando-me.Com um pulo animado, Teddy desceu do meu colo e correu até o lugar onde guardo sua coleira. Peguei-a, colocando-a com cuidado em seu pescoço, enquanto ele se contorcia de alegria. Saímos para o parque ali perto do apartamento. O sol estava começando a se pôr, e o céu estava pintado de laranja e rosa. Enquanto caminhava, minha mente se distraiu e fui levada de volta a todas as dificuldades que passei desde que deixei Thomaz. A vida não tinha sido fácil, mas agora que eu tinha um novo emprego, eu
ChristianEu estava numa correria total quando percebi que havia perdido a hora e perdido as reuniões da manhã. O coração disparou, mas não tinha como deixar de aproveitar a situação. Levantei da cama o mais rápido que pude e vi Katherine deitada ali, nua, depois da noite quente que tivemos.Ela me lançou um olhar sorridente, cheio de malícia, e rapidamente começou a se vestir.Chegamos na empresa e ela subiu comigo no elevador.— Vamos aproveitar os últimos segundos? — disse ela, com um brilho nos olhos.— Não custa nada aproveitar até os últimos segundos, né? — respondi, dando um meio sorriso. Não tinha como recusar aquela oferta. O elevador seria só nosso.Assim que entramos no elevador, eu a puxei para mim, envolvendo minha mão em sua cintura. A sensação de tê-la tão perto me deixou em um estado de euforia. — Você precisa ser silenciosa. - Disse, beijando seus lábios.Katherine sorriu, e eu não pude resistir. Comecei a explorar seu corpo, sentindo-a se derreter em meus braços. M