Obsessão Abissal

Obsessão Abissal PT

Sofia Rivera   Em andamento
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Resumo
Índice

Tessar Vrynn é um pirata arrogante e cruel, de poucas palavras. Seu lema é: "Governe o mar e governe o mundo." Durante o saque a uma vila, sem sequer saber o nome do lugar, Tessar salvou a vida de uma garota que aparentava ter 16 ou 17 anos. Ela lhe disse que, a partir daquele momento, sua vida pertencia a ele, pois não sabia nadar e havia se lançado ao mar para morrer. Tessar se apaixonou por ela na primeira vez que a viu. Como prova desse momento, tatuou a data em que se conheceram em sua costela e jurou que voltaria para buscá-la em dez anos. E ele realmente voltou — no dia mais oportuno possível: quando ela estava prestes a ser sacrificada ao Deus do Mar, acusada de bruxaria. Sem hesitar, Tessar a salvou, sem imaginar que ela era filha de Seraphine D’Abyss, a própria Deusa do Mar. Seraphine nunca sentiu nada por sua filha, mas quando se trata de destruir os homens humanos, ela não mede esforços. E agora, usará a própria filha para acabar com Tessar, que ousou se intitular o Rei dos Sete Mares.

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18 chapters
capítulo 1: um passado inesquecível
Oi, meus amores! O livro Obssessão Abissal foi editado para aprofundar mais a história. Espero que vocês gostem! Votem bastante e sigam a escritora. Beijos. --- Liora nix Eu sempre me perguntei como Baltazar havia se sentido quando a onda o arrastou para o fundo do mar. Perguntei-me se ele havia sofrido em seus últimos momentos ou se finalmente conseguiu encontrar a liberdade que tanto desejava. Agora, enquanto sinto o abraço do mar, creio que só na hora da morte ele foi livre. A água salgada invadiu minha garganta. Meus pulmões imploravam por ar. Meus olhos arderam como se alguém os estivesse esfregando com vidro moído. Mas eu sorri. Sorri porque doía menos do que no convento. Porque, pelo menos, eu sabia que o mar não me batia por prazer. Eu estava afundando, os braços abertos, minha roupa se enchendo de água e me arrastando para o fundo. A dor me trouxe as lembranças que eu queria esquecer. Lembrei-me do convento, de tudo que vivi lá, de tudo que provavelmente não teria acon
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CAPÍTULO 2: PENITÊNCIA
Quando despertei, o padre veio até mim. Disse que as freiras haviam pago pelo meu pecado, mas que, para entrar no céu, eu também teria que pagar uma penitência. As dez chicotadas que se seguiram não doeram tanto quanto o cheiro que ficou na praça naquele dia: corda queimada, sangue velho e o perfume de lavanda que Madre Lourdes sempre usava, agora misturado ao fedor da morte. Dez chicotadas. Uma para cada ano da vida de Baltazar. A primeira arrancou minha carne. A nona me fez morder a própria língua. Na décima, já não sentia mais nada. O açougueiro sorria ao lado do padre ao me ver sem forças para levantar. Foi a última vez que chorei na frente de alguém. Nunca mais faria isso. Mas, naquele dia, aprendi algo: a dor tem limite. Se passar dele, vira apenas... silêncio. Quatro dias se passaram até que as novas freiras chegaram. Elas tinham cheiro de álcool e suor. Elas não eram como as outras. Nem pareciam freiras. Se o mundo dos mortos tiver portas, eu garanto que essas m
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CAPÍTULO 3: A FUGA
Como a felicidade não dura para sempre... Mãos grossas me arrancaram da água. "Que porra é essa?", um homem rosnou, cuspindo água salgada. Tinha olhos mais escuros que a meia-noite e uma cicatriz cruzando o pescoço. "Me deixe!", gritei, arranhando seu rosto. "Eu não quero viver!" Ele riu. Um som áspero, como pedras se batendo. Minha raiva não me deixou ouvir o que ele falava. Meu coração batia tão forte que eu só pensava em voltar para o mar e terminar o que comecei. Mas ele me jogou sobre o ombro como um saco de farinha e me arrastou até a praça da cidade, tornando-me a atração principal da vila outra vez. Ele parecia ter uns 22 ou 23 anos. Não importava. Eu só queria machucá-lo. Seus olhos estavam fixos em mim enquanto meu corpo congelava de frio e medo. As freiras me encontraram. Meu Deus, aquele com toda certeza seria meu fim. Mesmo ouvindo o que ele dizia, eu não prestava atenção. Não me importava. Eu não era mal-educada, só não estava mais viva, e isso significava n
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CAPÍTULO 4: O Pulo para a morte
Pela manhã, dois padres entraram no meu quarto, acompanhados pela madre. Diziam que eu estava possuída por um demônio, que seria purificada pelo fogo santo e enviada ao purgatório. As palavras deles não me interessavam. Eu entendi que ia morrer. E ponto. Isso não era relevante. Eu já tinha morrido há doze anos, quando perdi a madre e as irmãs. Agora, só faltava o meu coração parar de bater. Apenas assenti. Me despi e vesti o vestido fino que me deram — leve como uma folha, únutil contra o calor do sol escaldante. Minha pele queimava. Fechei os olhos e pedi que a chuva viesse, que acalmasse meu coração. O padre começou a rezar. Antes de me amarrar à fogueira, disse que eu deveria aceitar a morte como punição, de bom grado. Olhei ao redor. Todos estavam ali. O açougueiro, parado à frente da multidão, me encarava com ódio. O sorriso satisfeito no rosto dele dizia que esperou muito por esse momento. Ele se aproximou. Talvez quisesse ver de perto. Mas eu não queria morrer assim.
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CAPÍTULO 5: O Capitão Vrynn
TESSAR VRYNN Estávamos finalmente em Tallinn. Sempre ancorando longe do cais, atrás dos rochedos, o cheiro de sal e sangue velho entupindo minhas narinas. A aldeia de Tallinn era um cemitério de pedra à beira-mar, onde as ondas batiam como punhos famintos. A sensação de déjà vu tomava conta de mim enquanto o bote se aproximava do cais. Aquela garota estava de pé na borda do penhasco, os pulsos amarrados com corda de cânhamo, o vestido branco colado ao corpo por causa do vento e da brisa salgada. Sangue escorria da barriga dela, onde uma adaga ainda estava cravada. Ela estava irreconhecível — magra como um fantasma, cabelos curtos e embaraçados onde antes eram longos. Estávamos distantes, mas eu ainda conseguia ver o sorriso dela. — Ela vai se jogar? — Bjorn perguntou. Antes que eu respondesse, o corpo dela despencou no mar, e meu instinto reagiu antes da razão. O choque da água gelada me roubou o fôlego, mas eu já estava nadando para alcançá-la. A escuridão do mar engoliu
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CAPÍTULO 6: Vingança
Eu tinha assuntos a resolver, e qualquer um que tentasse me atrapalhar morreria. — Aqui é um lugar santo! Um demônio como você mo... — Com essa cara de quem chupou limão, você quer me dizer que pareço um demônio, velha? — interrompi, erguendo-a pelo pescoço. Ela se contorceu, buscando ar. — Leve-me até Otávio Sepol e talvez eu não mate todas vocês. Seus olhos arregalaram, e ela sacudiu a cabeça freneticamente. Quando se soltou, seguiu de cabeça baixa pelo convento até uma porta pequena. — Lá embaixo. O porão. Ele está lá. Observei seu rosto. Não havia sinal de mentira. — Madre... posso chamá-la assim? — Sim... — ela assentiu, a voz quase um sussurro. — A garota morena, de cabelos cacheados e olhos verdes. O que aconteceu com ela depois que eu a deixei aqui? Ela ficou tensa, a voz vacilando. — Ela... ela morreu há alguns dias. Mentira. — Tudo bem, madre. Me trouxe até Otávio, então deixarei você ir. Mas eu sei que mente. Não faça isso outra vez. — Seg
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CAPÍTULO 7: A todo pano para a ilha dos prazeres
Mais tarde, já longe do caos do porto, fui procurá-la. Ela estava encolhida num canto, envolta no meu casaco, tremendo feito um filhote de foca. Cheirava a medo. A morte. Aproximei-me, e ela encolheu os ombros. — Precisa de alguma coisa, Capitão Vrynn? — sua voz era áspera, quebrada. — O corte na sua barriga... Como curou? Ela engoliu seco. Seus olhos eram verdes. Verdes como a porra do mar antes de uma tempestade. — Não curou… De que corte está falando? Segurei seu braço, forçando-a a me encarar. — Tinha uma adaga cravada na sua barriga quando você se jogou do penhasco. Ela ainda estava lá até pouco antes de sairmos do mar. Seu vestido tem um rasgo… o corte que a lâmina fez. — O vestido rasgou quando fugi dos aldeões. Não viu? Eles estavam armados. O sangue não era meu. Enquanto falava, percebi que seus olhos fitavam a porta do camarote, como se estudassem o lugar. Soltei-a e recuei, os nós dos dedos brancos de tanto segurar minha raiva. — Você vai tra
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Capítulo 8: Uma noite agitada
O cheiro dela me perseguia. Não importava quantos litros de rum eu afogasse na garganta, quantas vezes eu esfregasse o rosto com água salgada. Lavanda e sangue. Era o que ela exalava, mesmo depois de eu ter jogado aquele vestido podre ao mar. Lavanda das freiras mortas. Sangue do corte que ela dizia nunca ter existido no ventre. Eu a observei da escotilha, escondido nas sombras como um cachorro faminto. Ela estava no meu camarote—meu espaço, minhas paredes marcadas por facas e mapas roubados—sentada no chão, encolhida contra a cama. Os dedos dela traçavam o contorno de uma mancha de vinho no madeirado, como se ali estivesse escrito algum tipo de salvação. — Vai ficar a noite toda encarando ou vai entrar? — a voz dela saiu rouca, mas firme. Entrei, fechando a porta com o pé. O Arraia Negra rangia como um velho reclamão, mas ali, naquela sala apertada, o único som era a respiração dela. Curta. Controlada. Assustada. — Você devia estar dormindo — gritei, mais para me convencer d
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CAPÍTULO 9: Lembrança
Alguns minutos depois, ela acordou. Quando me viu, ficou claramente assustada, mas manteve a postura agressiva. — O que quer? Já sabe o que eu sou! Sabe que posso matar todo mundo aqui. Não se aproxime. Caminhei até a escrivaninha com passos calmos. — Perguntei se era virgem porque Dolphin é a cidade do prazer. Uma virgem seria morta, estuprada ou presa depois de roubar comida. Ela não pareceu se acalmar, então continuei. — Não somos bárbaros... bem, algumas vezes, mas nem sempre. Deixaremos você em Timer. Um colega tem uma estalagem. Você não será rica, mas não vai passar fome ou frio. Ela me olhou desconfiada. — Por que está fazendo isso? — perguntou, se encolhendo no canto da parede do camarote. Eu gostaria de ter resposta para essa pergunta. — Salvei sua vida, tenho que me responsabilizar agora — uma mentira bastante convincente, pensei comigo mesmo. — Sendo assim, vou garantir que você viva, pelo menos até descer do navio. Puxei a gaveta da minha escrivaninha e
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CAPÍTULO 10: TRAIÇÃO
Passei muito tempo com ela, e cheguei a pensar que era só mais uma entre tantas mulheres na minha vida. Mas me enganei. Me apaixonei. "Você é diferente dos outros", ela sussurrou na primeira noite que passamos juntos, seus dedos traçando as cicatrizes nas minhas costas. Eu era jovem e estúpido o suficiente para acreditar. Depois de um ano ao lado dela, me sentindo o homem mais feliz do mundo, decidi pedi-la em casamento. Mas, na noite anterior, Hedrien entrou no meu quarto, apressado, olhando pela janela como se temesse ser ouvido por alguém além de mim. "Tess, acorda!" Hedrien sacudiu meu ombro com força, o rosto pálido à luz da lamparina. "Olha isso." Os documentos que ele espalhou sobre minha cama cheiravam a tinta fresca e sigilo. "O velho Dain está desviando suprimentos dos postos fronteiriços", ele sussurrou, os olhos ardendo com aquela luz de justiça que sempre o condenaria. "Vou viajar depois de amanhã até o quartel de Nailli. Preciso pegar mais algumas informações e, depoi
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