Quando a terra ainda era uma tapeçaria de raças, e a única preocupação dos humanos era plantar e colher, a ameaça do clã dos demônios apareceu, Kael filho do rei dos demônios foi mandado a terra para espalhar caos e destruição até encontrar Andrômeda sacerdotisa do céu filha de uma divindade suprema, os dois se tornaram amigos, vendo a aproximação do filho com a sacerdotisa o rei dos demônios queria usar isso ao seu favor, ele enviou o exército demoníaco para erradicar os humanos e tomar a terra como o 9 círculo do inferno, A divindade suprema porém não permitiria isso e junto com outros clãs enviou seu exército e exigiu que Andrômeda estivesse na linha de frente, para evitar que seu amor se ferise Kael recuou mas alguns demônios atacaram mesmo sem ordem. durante a batalha Andrômeda se feriu gravemente, ao vê-la entre a vida e a morte Kael entrou em estado de fúria e matou 100 deo seus homens, trazendo para si a fúria do pai que o acusou de traição e o exilou com a tarefa de matar Andrômeda com as próprias mãos para assim conseguir voltar para casa. não é só isso, ficou curioso ? continue lendo ... vem maldição por aí... tem amigos na jogada e muitooo fogo.
Leer másKael não sabia por quanto tempo ficou ali, encarando a noite escura como se o vento frio pudesse apagar o caos que estava crescendo dentro dele. Mas o silêncio foi interrompido quando um gemido fraco ecoou pelo ambiente.Ele se virou no mesmo instante.Kaito foi o primeiro a se mexer, levando a mão à cabeça como se tivesse sido atingido por um trovão. Os olhos dele estavam turvos, mas, assim que percebeu onde estava, a confusão logo se transformou em pânico.— Onde está Ágata? — A voz dele saiu carregada de urgência, os olhos varrendo o ambiente. Ele tentou se levantar, mas as pernas fraquejaram.Leon despertou logo depois, piscando como se tentasse afastar um sonho ruim. Mas ao ver a expressão de Kael, o pânico cresceu.— Ela... ela se foi? — A voz dele era fraca, como se ele não quisesse acreditar.Kael apenas assentiu.E então veio Boldar. Ele acordou de um sobressalto, o peito subindo e descendo rápido. E antes mesmo de perguntar qualquer coisa, o desespero já estava estamp
O lago refletia a luz pálida da lua, as águas agitadas pelos resquícios da fúria de Kael. Seu peito subia e descia de forma descompassada, os punhos cerrados, as chamas ao seu redor se dissipando aos poucos.— Eu vou quebrar essa maldição! — sua voz rasgou o silêncio da noite, ecoando entre as árvores.Um movimento sutil atraiu sua atenção. Passos leves sobre a terra úmida. Ágata emergiu das sombras, os olhos baixos, segurando Rarim pelo pulso. A jovem estava tonta, os lábios pálidos, mas ainda assim, consciente.— Ágata? — Kael franziu a testa, seus instintos em alerta.Ela ergueu o rosto, os olhos agora âmbar brilhando sob a luz fraca. Mas não havia arrogância, nem sorriso cruel. Havia apenas uma calma perturbadora.— Me desculpe, Kael. — Sua voz era suave, mas carregada de uma decisão irrevogável. — Mas eu não posso ficar.A inquietação cresceu dentro dele. Algo estava errado.— O que você está dizendo? — Ele deu um passo à frente, mas parou quando sentiu outra presença.Di
Na manhã seguinte, os ânimos não estavam dos melhores. Alinna, Ágata, Rarim e Andrômeda se arrastaram até a cozinha, despertadas pelo tilintar de pratos e copos. Todos os quartos tinham isolamento acústico — um capricho de Ágata — então, provavelmente, os rapazes deixaram as portas abertas. O caos reinava na cozinha. Boldar estava encostado em Yoran, ambos rindo da cena que se desenrolava diante deles. Kael, Leon e Kaito lutavam para preparar o café da manhã. Kaito e Leon até tinham alguma habilidade na cozinha, mas Kael... era um desastre completo. — Acho que sua amiga deveria contratar uma cozinheira, capitão. Se o senhor continuar se aventurando na cozinha, é capaz de criar um monstro de gororoba. — Yoran gargalhava, enterrando o rosto no ombro de Boldar. — Fique à vontade para ajudar. — Kael respondeu distraído, no exato momento em que queimou a mão. O grito de dor arrancou mais uma gargalhada de Yoran. Ordam entrou calmamente, mas, ao ver a bagunça, paralisou, boqui
Ágata caminhava de loja em loja, um sorriso travesso nos lábios, arrastando Andrômeda e Rarim como duas bonecas de pano para experimentar roupas.— Não precisa ser necessariamente um vestido, não é, capitão? — Kael perguntou, olhando para Andrômeda com um brilho nos olhos.— Não, algo confortável já serve. Olha esse tecido, bem macio — respondeu, deslizando a mão sobre a roupa de Andrômeda... e seus seios.Antes que pudesse se dar conta, um espartilho atingiu seu rosto com força.— TIRA A MÃO, SEU SAFADO! — Rarim e Ágata gritaram juntas.Kael apenas riu, enquanto Andrômeda ajeitava a roupa, o rosto ruborizado.— Kaito, gostou desse? — Ágata perguntou, girando diante do espelho.Ele nem levantou os olhos do livro que lia com fervor, um presente de Yoran: "A Arte de Atrair Mulheres".— Difícil dizer, Ágata... Você ficaria linda até sem nada. Mas devo admitir que esse vestido exalta sua beleza de uma forma quase indecente. Até um cego veria o quanto você é deslumbrante — disse, f
A noite caiu. Andrômeda se moveu furtivamente pelo corredor, seus passos leves como o vento.Kael estava deitado, suando frio, o corpo tremendo. Andrômeda se aproximou e segurou sua mão.— Saray disse que eu devia confiar em você. Disse que cuidaria de mim.Ela fez uma pausa, seus olhos observando o rosto vulnerável de Kael.— Eu não preciso que faça isso. Mas... gostaria muito de me sentir segura em algum lugar. Então, se puder se esforçar para voltar... eu ficaria muito grata.Sem perceber, adormeceu ao lado dele.Kael abriu os olhos e a encontrou ali, serena. Por um momento, não se moveu. Era a visão mais linda do mundo.Lembrou-se da primeira vez que a viu... O vento bagunçando seus cabelos, sua risada tornando qualquer melodia sem graça. Nunca vira nada brilhar mais do que os olhos dela. Qualquer estrela sentiria inveja daquele brilho.Ela era a mulher mais linda do mundo.E ele rejeitaria tudo — o trono do inferno, todo o poder que carregava — só para tê-la outra vez nos braços.
Assim que seus pés tocaram o chão, Andrômeda sentiu o peso do próprio corpo e vacilou. Rarim estendeu a mão para ajudá-la a se erguer.Kael, por outro lado, não teve tanta sorte. Yoran o carregou até a cama, onde ele se contorcia em agonia. O suor escorria por sua pele, seu corpo tremia, e a dor parecia devorá-lo pouco a pouco.— Ninguém toca nele. — A voz de Ágata cortou o silêncio, firme e decidida.Os outros hesitaram, observando Kael sofrer.— Ele precisa sentir isso. — explicou Ágata. — Há anos, tomei metade da alma dele... depois que ele perdeu alguém muito importante.O silêncio pesou no ambiente. Rarim desviou o olhar para Andrômeda e, num gesto discreto, apontou para a porta, sugerindo que era hora de sair dali. Mas, antes que pudesse tocá-la, sentiu uma mão segurando a sua.— Como alguém tão calma se tornou tão imprudente? — Leon murmurou.Rarim soltou a mão dele e o encarou.— Se quer continuar sendo prisioneiro, fique. Eu vou morrer tentando ser livre.Leon suspir
— Por favor, Kaito, traga ela de volta, como fez comigo! Por favor! — Ágata gritava, os joelhos cravados no chão, as mãos tremendo enquanto seguravam a bainha da roupa de Kaito.Ele se ajoelhou diante dela, os olhos sombrios refletindo a dor que compartilhavam.— Agui, não funciona assim. A Rarim... ela não está ferida da mesma forma. A dor dela é diferente. Eu daria minha vida para trazê-la de volta, mas agora, ela tem que querer voltar. Algo prendia você aqui, você queria se curar... Mas ela desistiu.Ágata balbuciou palavras ininteligíveis entre soluços.— Não... não... Rarim, eu voltei! Rarim, acorda, por favor!Uma voz inesperada interrompeu seu desespero.— Eu posso ajudar. — Andrômeda surgiu, caminhando com dificuldade, apoiada em Kael. Seu rosto estava pálido, e o corte profundo em sua barriga mal havia parado de sangrar.Ágata levantou a cabeça, a esperança tingindo seus olhos molhados.— Você pode trazê-la de volta?Andrômeda apoiou-se mais firmemente em Kael e sorr
Kael esperou a chegada da guarda real e escoltou pessoalmente alguns dos escravos mais feridos até eles — talvez estivesse fugindo de si mesmo.— Capitão, devemos voltar agora. Não é seguro deixar Ágata e Boldar sozinhos, e Yoran precisa de cuidados — disse Ordan, observando a carruagem de escravos se afastar.— Sim, vamos — respondeu Kael, sem olhar para ele.Ele entrou sem pressa no quarto, que, por ora, era o único lugar disponível para tratar Andrômeda. Rarim estava mais ferida e precisou de atendimento urgente no laboratório, Yoran repousava em seu próprio cômodo, e Boldar e Leon apenas queriam dormir um pouco. Nada mais. Se o rei ordenasse, Kael se mataria sem hesitar. Afinal, sua vida não tinha mais sentido. Acomodou-se, então, no que antes era seu quarto, mas que agora se resumia à varanda.Ele olhou para Andrômeda com um turbilhão de emoções. Felicidade por tê-la ali, medo de que, ao acordar, ela não fosse mais a mesma, e desespero por vê-la assim, intocável. Seus olhos s
Kael apertou os braços ao redor dela e saiu do covil, sua mente fervilhando de perguntas. Ela estava viva. Mas ele a viu morrer. Como aquilo era possível?— Capitão? Está me ouvindo? — A voz de Alinna o trouxe de volta ao presente.— Sim. O que houve?— Temos um problema — ela disse, preocupada.Kael continuou carregando Andrômeda enquanto voltavam ao interior do covil. Ele a segurava como se fosse parte dele, recusando-se a soltá-la.Ao entrarem em um dos quartos, a cena diante deles foi um choque.Ágata estava ajoelhada sobre um corpo, chorando como uma criança enquanto tentava curar a pessoa.— Por favor, acorde. Abra os olhos, Rarim. Por favor... — sua voz era de puro desespero.O som do choro cortava o ar, deixando Kaito inquieto. Ele segurou as mãos de Ágata, tentando acalmá-la.— O lugar influencia. Vamos levá-la para casa. Sua irmã vai ficar bem.As palavras de Kaito deixaram Kael surpreso. Mas ele ainda era o capitão.— Boldar, leve-as de volta para casa. Kaito, vá