Quando ela estava grávida de dois meses, ele, de repente, apresentou um acordo de divórcio, com a justificativa: — Ângela voltou. Mesmo sendo sua companheira desde a infância, com dez anos de convivência, ela não conseguiu competir com o retorno da ex-namorada. Sem se queixar ou insistir, ela se afastou, permitindo que eles vivessem seu romance. Até que um dia, Roberto Santana encontrou um exame de gravidez e enlouqueceu completamente!
Leer más— Tudo bem, eu prometo, agora fala.Jaqueline estava cada vez mais curiosa.George pensou um pouco e começou:— Lembra que meu pai achava que nós éramos namorados? Se...— George! — Jaqueline subitamente gritou seu nome, o interrompendo. Ela já tinha compreendido completamente o que George queria dizer. — Você não vai me pedir em casamento, vai?Ele ainda não tinha terminado de falar, mas com a grande reação de Jaqueline, as palavras seguintes foram engolidas.— Você prometeu que não ficaria brava comigo, vamos fingir que você não ouviu.George olhava para ela com um olhar de compaixão.Jaqueline olhou para aqueles olhos cheios de mágoa de George e imediatamente amoleceu um pouco.— George, eu não estou brava, mas como você pôde pensar em algo tão radical? Somos amigos.— Eu sei, eu tinha pensado que nós dois poderíamos ter um casamento falso, mas eu senti que você não concordaria, então eu estava hesitante. Eu sei que não deveria ter mencionado isso, desculpe, não devia ter pensado ne
Foi o próprio Reginaldo quem lhe disse, que mesmo que George deixasse a Mansão dos Cardoso, faria com que sua vida se tornasse insuportável, impedindo o filho até mesmo de deixar o país.George, com uma expressão confusa, perguntou:— Jaqueline, ele falou algo com você?Jaqueline assentiu:— Sim, ele ainda deseja que eu te convença a se casar, mas agora eu também não sei o que fazer. Se você se casar, vai casar com uma mulher que não ama, mas se não se casar, ele vai destruir sua vida.De qualquer forma, George não seria feliz.— Eu já fiz minha escolha. — Disse George, com determinação. — Não vou me casar, mesmo que perca tudo. Passei a vida sendo manipulado e não quero mais viver assim.Jaqueline mal conseguia imaginar como George se sentia, caindo do céu ao inferno."O pai dele tem um forte desejo de controle e certamente pode fazer algo que complique a vida de George. Se por acaso George não conseguir lidar com a situação e algo ruim acontecer?"— Ah, é verdade. — Jaqueline de repe
— Você é tolo? Eu te dei a senha, você poderia ter entrado e me esperado lá dentro. Por que ficou esperando aqui embaixo?George sorriu suavemente:— Você não estava em casa, e eu não me sentiria à vontade ficando lá sem você. Afinal, é a sua casa.Ele demonstrava um grande senso de limite.Jaqueline, sem opções, disse:— Seu tolo. Se lembre, minha casa é sua casa também. Você pode entrar. Não faça isso novamente. E se fosse inverno? E se estivesse nevando? Você ficaria aqui fora esperando?George assentiu:— Tudo bem, entendi.Ele parecia realmente um pouco tolo, mas, estranhamente, sua aparência extremamente atraente fazia dele um tolo charmoso, o que de alguma forma o tornava irresistivelmente encantador.Jaqueline suspirou resignada. "Por que alguns homens são tão canalhas, enquanto outros são tão bondosos?"— O que aconteceu aqui? — Jaqueline levantou a mão e tocou delicadamente os lábios dele, notando que estavam secos e rachados, até mesmo sangrando um pouco.Esse gesto simples
Jaqueline foi levada ao carro por Nádia. Ela estava muito silenciosa, sentada no banco do passageiro, e até esqueceu de colocar o cinto de segurança. Nádia, gostando de cuidar dela, colocou o cinto em Jaqueline e dirigiu para longe.Nádia dirigiu por vários minutos. Durante esse tempo, nenhuma das duas falou. Ela olhou várias vezes para Jaqueline, preocupada, até que finalmente não aguentou e disse:— Eu sei que fui eu quem errou, não deveria ter trazido você aqui, eu não imaginava que Roberto iria...— Sogra. — Interrompeu Jaqueline. — Não é sua culpa, você não queria que isso acontecesse, está tudo bem, eu já estou acostumada.Vendo a expressão indiferente de Jaqueline, Nádia podia imaginar quanta dor ela já tinha suportado. Muitas vezes, as pessoas se tornam insensíveis não porque nasceram frias, mas porque passaram por tantas coisas que sabem que não podem mudar a situação e já se conformaram.Depois de pensar um pouco, Nádia falou:— Sobre você estar grávida, não conte a ele. Re
Roberto estava prestes a responder, mas subitamente algo lhe ocorreu. Se virou para Ângela, um lampejo de seriedade atravessou seu olhar e, então, ele declarou:— Tudo bem, encontrarei você esta noite.— Assim está combinado, não esqueça o que você disse ontem à noite enquanto estava embriagado. Estou tentando te ajudar, não perca esta oportunidade, não cometa mais erros, vou desligar agora.Se não fosse seu próprio filho, ela não teria insistido tanto.Jamais iria advertir um tolo sobre a tolice dos outros. Deixaria que continuassem sendo tolos, morrerem tolos seria merecido.Mas, sendo seu filho, ela sentia a necessidade de alertá-lo sobre sua tolice e a urgência de mudança.Nádia estava prestes a desligar o telefone quando Roberto, apressado, interrompeu:— Mãe, você não deveria ter usado meu telefone para enviar aquela mensagem para Ângela ontem à noite.— Eu enviei, e daí? O que você pretende fazer a respeito? — Apesar de saber que era errado usar o telefone de outra pessoa para e
O tempo retrocedeu oito horas.Eram dez horas da manhã.Roberto ainda permanecia na casa de Nádia, adormecido profundamente no sofá.Ele abriu os olhos lentamente, sentindo uma dor de cabeça intensa, envolto por um cobertor de pelúcia, firmemente amarrado ao seu corpo, com uma corda atada, como se houvesse o temor de que ele o soltasse.Roberto olhou confuso para si mesmo e, em seguida, para o ambiente ao redor, uma sala de estar desconhecida, mas ele sabia onde estava.Os eventos da noite anterior inundaram sua mente como uma maré.Ele havia bebido demais e buscado sua mãe no meio da noite...Como uma criança de três anos, tinha chorado por consolo materno, dizendo que estava sendo intimidado lá fora.Roberto deu um forte tapa na própria cabeça."Que vergonha!"Ele desamarrou o cobertor e a corda de seu corpo, os atirando de lado e se levantou cambaleante em direção ao banheiro.Após se lavar, ele retornava, tocou o bolso e procurou ao redor, encontrando seu celular no canto do sofá.
— Sempre me senti culpada por não ter cumprido meu dever como mãe quando você era pequeno, por não ter estado ao seu lado o tempo todo. Acho que não tenho o direito de te repreender, mas esse tapa que te dei não foi como sua mãe, e sim como sogra de Jaqueline, como se estivesse protegendo minha própria filha.Jaqueline sentiu um aperto no peito, estava profundamente tocada. Ela nunca imaginou que sua sogra, com quem nunca teve muito contato e que não tinha nenhum vínculo de sangue, fosse capaz de fazer algo assim por ela. Às vezes, Jaqueline se sentia infeliz, sua vida amorosa e seu casamento eram um fracasso, mas em certos aspectos, ela era sortuda, porque quando chorava, quando sofria, quando era maltratada, havia quem a protegesse.Roberto tocou levemente sua própria bochecha com o dorso da mão e, de repente, sorriu, um sorriso carregado de ironia:— Realmente, mãe e filha, cada uma me dá um tapa. Estão se divertindo?Ao ver Roberto sorrir assim, em tal situação, Nádia ficou furios
Nádia apoiou ambas as mãos na mesa, entrelaçando os dedos:— Se você realmente quer evitar problemas, deveria se casar em segredo, em vez de convidar audaciosamente eu e seu pai para o casamento e ainda ter sua ex-esposa como dama de honra.Nádia não era conhecida por seu bom temperamento, mas naquele momento, ela estava surpreendentemente calma e paciente ao falar com Roberto.Às vezes, a superfície do mar parece calma, mas correntes subterrâneas turbulentas estão ocultas em sua profundidade.— Ela pode escolher não participar, eu não a forcei, apenas ofereci uma opção.Ouvindo o tom frio de Roberto, Jaqueline apertou os punhos, ela mal podia suportar ficar ali por mais um segundo.— Sogra, eu vou embora primeiro, vocês continuem conversando.— Espere um momento. — Nádia se virou. — Vamos voltar juntas mais tarde.— Mas...— Se sente. — Nádia apontou para a cadeira ao lado.Jaqueline franziu a testa.— Se sente. — Nádia enfatizou.Jaqueline suspirou suavemente e se sentou na cadeira a
Ao perceber que Roberto observava silenciosamente Jaqueline, Nádia se impacientou e, com um olhar penetrante, exigiu em voz alta:— Fale logo o que você tem para dizer!Nádia o achava insuportável.Ao lado, Fábio tremia interiormente, seus olhos surpresos se voltaram para Nádia, e, de repente, uma onda de admiração surgiu, como se um fã estivesse observando seu ídolo."Ela é tão legal e dominadora, eu realmente gosto dela. Sinto uma grande vontade de ser controlado por ela."Ninguém sabia que Fábio, sempre impecável em seu terno e com uma expressão autoritária, abrigava pensamentos tão vulgares.Afinal, o ser humano também é um animal e, embora a sociedade humana seja regulada por normas morais, os desejos animais primitivos no fundo da alma precisam ser liberados de vez em quando. Como o desejo de usar um chicote pequeno em alguém, ou de ser chicoteado por ele.De repente, Jaqueline percebeu que Nádia e Roberto pareciam não precisar de um esforço especial para cultivar seu relacioname