Capítulo 4
— Eu ainda te vejo como um primo, assim como você me vê como uma prima.

A garganta de Jaqueline estava ficando cada vez mais dolorida, a ponto de quase não conseguir emitir mais um som, caso contrário, ela se revelaria, levantaria o cobertor e correria para os braços dele, chorando e dizendo “Eu nunca te vi como um primo, te amo!”.

Ela se conteve para não fazer algo tão humilhante, já que ele tinha outra mulher em seu coração, por que ela deveria se rebaixar para manter ele?

— Assim está bom. — Roberto esboçou um leve sorriso. — Você pode encontrar um homem que você realmente ame.

O coração dolorido de Jaqueline foi cortado mais uma vez.

Ela sorriu e disse:

— Sim, está bom.

Então ele poderia ficar com seu amor livremente.

— Jaque. — Ele a chamou de repente.

— Sim? — Ela respondeu com dificuldade.

— Eu... — Ele de repente parou.

Ela ficou em silêncio e esperou.

— Eu vou embora agora, descanse bem.

Roberto se virou e saiu.

Jaqueline se encolheu debaixo do cobertor e começou a chorar.

Ela tinha medo de que alguém ouvisse, então cobriu a boca com as mãos, quase se sufocando.

Essa sensação desesperadora de afogamento a fez desejar sair desse mundo.

Não se sabe quanto tempo depois, uma batida na porta soou.

Jaqueline abriu os olhos cansados e perguntou com voz rouca:

— Quem é?

— Senhora, o assistente Osvaldo chegou. — Era a voz do mordomo.

Imediatamente, Jaqueline perdeu todo o sono.

Ela foi ao banheiro, lavou o rosto, se arrumou e passou uma maquiagem leve para não parecer tão abatida.

Quando estava prestes a sair do quarto, o celular emitiu um som, ela pegou o celular ao lado da cama e viu que era uma mensagem de Roberto.

[O assistente Osvaldo deve estar aí agora, se precisar de algo, peça a ele.]

Jaqueline não pôde evitar que os olhos se enchessem de lágrimas novamente, apagou a mensagem e não respondeu.

Dizer que ela não tinha nenhum ressentimento por ele era impossível.

Jaqueline apareceu na sala, toda arrumada, e ficou na frente de Osvaldo Frota.

— Assistente Osvaldo, você veio.

Jaqueline era bela como uma flor e estava cheia de energia.

O assistente Osvaldo pensou que, depois que o presidente pedisse o divórcio, ela ficaria devastada.

O presidente, em um momento de embriaguez, havia contado algo para ele. Pensando nisso, o assistente Osvaldo parecia entender a atitude atual de Jaqueline.

— Traga aqui, vou assinar. — Jaqueline foi direta.

"A senhora realmente tem outro em mente, mas que tipo de homem pode ser melhor que o presidente?", Osvaldo pensou consigo mesmo.

— Senhora, esse é o acordo de divórcio. Depois do divórcio, você receberá... — Osvaldo leu formalmente a generosa compensação pelo divórcio.

Mansão, carro, dinheiro, joias, ouro...

Mas Jaqueline não ouviu uma palavra. Ela parecia uma alma perdida.

Ela não queria nada disso. Ela só queria Roberto, era possível?

De repente, ela riu.

O extremo da tristeza talvez fosse rir assim.

Osvaldo ficou um pouco chocado.

Estava prestes a se divorciar e ela parecia tão feliz?

— Desculpe. — Jaqueline parou de rir. — Depois do divórcio, serei uma mulher rica.

Osvaldo ficou sem palavras.

"Então a senhora só amava o dinheiro?"

— Senhora, ainda não terminei de ler. De acordo com as regras, devo ler tudo. Espere um pouco mais.

Osvaldo continuou a ler, mas quando chegou à próxima linha, de repente disse:

— Droga. — Osvaldo fechou o acordo de divórcio. — Esse acordo não pode ser assinado.

Vendo a expressão séria de Osvaldo, Jaqueline perguntou:

— Por quê?
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