— Divórcio? E daí? Você não disse que me considera como um irmão?— Já que é um irmão, não deveria ser tão íntimo assim, é inapropriado. — Ela retrucou.— O que está acontecendo? Quem está sendo inapropriado? — Uma voz idosa soou de repente à distância.Os dois se viraram e viram Catarina apoiada em uma bengala, sendo ajudada pelo mordomo, vindo em sua direção.— Olhem para vocês, nem chegaram em casa e já estão abraçados desse jeito, realmente inapropriado.Embora Catarina dissesse isso, ela estava muito feliz por ver seu neto e sua neta tão amorosos.Jaqueline imediatamente se soltou dos braços do homem, ficou de pé e foi para o lado de Catarina, segurando seu braço.— Vovó, tão tarde, o que você está fazendo aqui?Pela aparência da avó, parecia que ela não tinha ouvido a conversa sobre o divórcio, caso contrário, não estaria tão calma.— Estava entediada, então vim ver se Roberto realmente te levou para comemorar seu aniversário. — Catarina parecia muito desconfiada deste neto, de u
Ele olhou fixamente para o pulso dela e falou profundamente: — Você se machucou.A escoriação no pulso dela era superficial, mas estava gravada profundamente nos olhos dele.— Estou bem, vou colocar um curativo depois. Você pode ir tomar banho primeiro.— Vamos tomar juntos. — Ele levantou a cabeça e a olhou com calma, tão naturalmente quanto antes de ele pedir o divórcio.Eles costumavam tomar banho juntos e às vezes, enquanto isso, não conseguiam se conter...Olhando nos olhos negros do homem, Jaqueline ficou nervosa e puxou a mão com força. — Não, você pode ir primeiro.Já que eles tinham decidido se divorciar, não havia sentido em ter um último momento de intimidade.A palma da mão do homem ficou instantaneamente vazia, quando ele voltou a si, Jaqueline já havia saído do quarto.Jaqueline entrou no quarto com uma sopa para curar ressaca e viu que Roberto ainda não tinha saído do banheiro.Preocupada, ela foi até o banheiro e ficou sem saber se ria ou chorava com a cena que viu.R
Os longos cílios do homem se moveram levemente e ele voltou a fechar os olhos, adormecendo novamente. Jaqueline empurrou suavemente seu ombro. Ele não se mexeu. Esse bêbado, uma hora confuso, outra hora lúcido. Ela só podia usar aquele método, alimentando ele gole a gole com a boca. Roberto não abriu mais os olhos, mas engoliu tudo. Finalmente, depois de terminar de dar a sopa para curar a ressaca, Jaqueline limpou o canto da boca dele com um guardanapo, viu que ele dormia tranquilamente, cobriu ele com o cobertor e foi para o banheiro.Depois de tomar banho e se secar, Jaqueline ficou ao lado da cama olhando para Roberto por um momento. Pensou que, como estavam prestes a se divorciar, dormir juntos não seria apropriado. Quando estava prestes a dormir no quarto ao lado, de repente, o celular no criado—mudo começou a vibrar. Jaqueline pegou o celular e viu que a ligação era de Ângela. Seu coração apertou.Lembrando-se de várias coisas do passado, Jaqueline sentiu um impulso rep
Ao ouvir o tom de questionamento do homem, Jaqueline achou até engraçado. Foi ele quem pediu o divórcio, foi ele quem estava ansioso para ficar com outra mulher. Com que direito ele ficava descontente?— Assina logo e acaba com isso, é melhor para você. — Disse ela, se levantando da cama e afastando o cobertor. Mesmo com o coração em pedaços, ela não iria chorar na frente dele. Antes do casamento, ela havia deixado claro: Se ele quisesse o divórcio, poderia pedir a qualquer momento e ela não iria se apegar. Ela precisava cumprir o que havia dito.O homem a observou sair, franzindo a testa. "Para ela que isso é melhor, não é?"Jaqueline chegou à porta do banheiro e de repente se virou: — Ah, Ângela ligou ontem à noite. Eu disse a ela que você estava dormindo. Desculpe por ter atendido o seu celular.Depois das palavras, entrou no banheiro.Depois de um tempo, Roberto pegou o celular e ligou para Ângela. — Alô, Roberto.— Você ligou ontem à noite por algum motivo? — A voz de Robert
— Espere mais um pouco. Ontem à noite, ela ainda nos pediu para ficarmos bem. Se de repente dissermos que vamos nos divorciar, ela não vai aguentar.— Ok, tudo bem. — Jaqueline de repente se lembrou de algo e acrescentou. — Fique tranquilo, não importa quando dissermos, eu vou contar para a vovó que o divórcio foi minha ideia. No começo, eu só me casei com você para não decepcionar ela. Embora você seja muito bom para mim, eu não sou feliz com você. Não é sua culpa, é que eu gosto de outra pessoa. A vovó me ama muito, se ela ouvir isso de mim, não deve te culpar.Mesmo querendo o divórcio, Jaqueline ainda pensava em Roberto, quebrando a cabeça para fazer com que a avó não o culpasse.Roberto mexia a colher na tigela de canja, sem comer uma colherada sequer por um bom tempo. Seus lábios se contraíram algumas vezes, como se estivesse sorrindo, mas também parecia estar reprimindo algo.Após um longo tempo, ele falou com uma voz sombria:— Por que eu sinto que isso parece ser a verdade? —
— Me solta, eu disse que estou bem, você não entende?Jaqueline sempre foi uma pessoa calma, nunca tinha brigado com Roberto, essa era a primeira vez.Se ela fosse ao hospital, certamente descobririam que ela estava grávida.Já que eles iam se divorciar, ele não poderia saber da existência desse filho, caso contrário, ele pensaria que ela queria amarrar ele com a criança e a odiaria para sempre.— Se está bem ou não, quem decide é o médico, fique quieta.Ele a pegou à força e a levou para fora do quarto.— Roberto, você estava certo, aquilo que você disse era o que eu realmente pensava, eu não sou feliz ao seu lado!Os passos de Roberto pararam de repente, ele franziu ligeiramente a testa.Ela suportou a dor e continuou:— Eu te suporto há muito tempo, então quando você me perguntou, eu fiquei um pouco emocionada. Eu não tenho nada, só estou cansada de aguentar esse casamento por tanto tempo, agora finalmente estou me libertando, quero ficar sozinha, me solta!Os punhos dela se apertar
No hospital.Depois que os resultados dos exames saíram, o médico deu uma olhada na ficha e disse: — Você só comeu algo estragado, não é nada sério. Basta descansar alguns dias.— Sério? — Ao ouvir essa resposta, Roberto parecia um pouco mais desapontado do que imaginava.Quando chegaram ao hospital, Jaqueline correu para o banheiro para vomitar. Roberto ouviu tudo claramente e sentiu seu coração apertar de preocupação. Ele estava com suspeitas.Agora, o médico dizia que ela só havia comido algo estragado.Jaqueline suspirou de alívio. Ela sorriu e disse: — Eu disse que não era nada. Foi só uma comida estragada. Vamos para casa.Roberto pegou o relatório médico da mesa do doutor e o examinou cuidadosamente. Os resultados dos exames confirmavam o que o médico havia dito.— Então, prescreva algum medicamento para ela. — Disse Roberto.O médico receitou alguns medicamentos para Jaqueline, e Roberto se preparou para levar ela embora.No corredor, Jaqueline viu Hebe à distância, vestida
— Fica aqui sentado esperando por mim um momento, um homem grande parado na porta do banheiro feminino, como que é isso? Você não se sente constrangido, mas eu fico envergonhada.O homem ficou em silêncio por um momento e soltou a mão dela. — Tudo bem, eu espero por você.Jaqueline imediatamente colocou a garrafa de água mineral na mão dele e se virou rapidamente, caminhando apressada.— Vai devagar, cuidado para não cair. — Ele a lembrou por trás, com um tom sério e cheio de preocupação.As pessoas que passavam olhavam com inveja.Jaqueline desacelerou o passo, apertando firmemente o tecido na frente do peito, com as sobrancelhas franzidas.Infelizmente, a preocupação dele já não era oportuna.Jaqueline correu para o banheiro e fechou a porta, imediatamente se inclinou sobre o vaso sanitário e colocou os dedos na garganta para se forçar a vomitar.— Ugh...Uma sensação intensa de desconforto subiu do estômago e da garganta.Ela conseguiu vomitar as três pílulas que tinha engolido à f