— Espere mais um pouco. Ontem à noite, ela ainda nos pediu para ficarmos bem. Se de repente dissermos que vamos nos divorciar, ela não vai aguentar.— Ok, tudo bem. — Jaqueline de repente se lembrou de algo e acrescentou. — Fique tranquilo, não importa quando dissermos, eu vou contar para a vovó que o divórcio foi minha ideia. No começo, eu só me casei com você para não decepcionar ela. Embora você seja muito bom para mim, eu não sou feliz com você. Não é sua culpa, é que eu gosto de outra pessoa. A vovó me ama muito, se ela ouvir isso de mim, não deve te culpar.Mesmo querendo o divórcio, Jaqueline ainda pensava em Roberto, quebrando a cabeça para fazer com que a avó não o culpasse.Roberto mexia a colher na tigela de canja, sem comer uma colherada sequer por um bom tempo. Seus lábios se contraíram algumas vezes, como se estivesse sorrindo, mas também parecia estar reprimindo algo.Após um longo tempo, ele falou com uma voz sombria:— Por que eu sinto que isso parece ser a verdade? —
— Me solta, eu disse que estou bem, você não entende?Jaqueline sempre foi uma pessoa calma, nunca tinha brigado com Roberto, essa era a primeira vez.Se ela fosse ao hospital, certamente descobririam que ela estava grávida.Já que eles iam se divorciar, ele não poderia saber da existência desse filho, caso contrário, ele pensaria que ela queria amarrar ele com a criança e a odiaria para sempre.— Se está bem ou não, quem decide é o médico, fique quieta.Ele a pegou à força e a levou para fora do quarto.— Roberto, você estava certo, aquilo que você disse era o que eu realmente pensava, eu não sou feliz ao seu lado!Os passos de Roberto pararam de repente, ele franziu ligeiramente a testa.Ela suportou a dor e continuou:— Eu te suporto há muito tempo, então quando você me perguntou, eu fiquei um pouco emocionada. Eu não tenho nada, só estou cansada de aguentar esse casamento por tanto tempo, agora finalmente estou me libertando, quero ficar sozinha, me solta!Os punhos dela se apertar
No hospital.Depois que os resultados dos exames saíram, o médico deu uma olhada na ficha e disse: — Você só comeu algo estragado, não é nada sério. Basta descansar alguns dias.— Sério? — Ao ouvir essa resposta, Roberto parecia um pouco mais desapontado do que imaginava.Quando chegaram ao hospital, Jaqueline correu para o banheiro para vomitar. Roberto ouviu tudo claramente e sentiu seu coração apertar de preocupação. Ele estava com suspeitas.Agora, o médico dizia que ela só havia comido algo estragado.Jaqueline suspirou de alívio. Ela sorriu e disse: — Eu disse que não era nada. Foi só uma comida estragada. Vamos para casa.Roberto pegou o relatório médico da mesa do doutor e o examinou cuidadosamente. Os resultados dos exames confirmavam o que o médico havia dito.— Então, prescreva algum medicamento para ela. — Disse Roberto.O médico receitou alguns medicamentos para Jaqueline, e Roberto se preparou para levar ela embora.No corredor, Jaqueline viu Hebe à distância, vestida
— Fica aqui sentado esperando por mim um momento, um homem grande parado na porta do banheiro feminino, como que é isso? Você não se sente constrangido, mas eu fico envergonhada.O homem ficou em silêncio por um momento e soltou a mão dela. — Tudo bem, eu espero por você.Jaqueline imediatamente colocou a garrafa de água mineral na mão dele e se virou rapidamente, caminhando apressada.— Vai devagar, cuidado para não cair. — Ele a lembrou por trás, com um tom sério e cheio de preocupação.As pessoas que passavam olhavam com inveja.Jaqueline desacelerou o passo, apertando firmemente o tecido na frente do peito, com as sobrancelhas franzidas.Infelizmente, a preocupação dele já não era oportuna.Jaqueline correu para o banheiro e fechou a porta, imediatamente se inclinou sobre o vaso sanitário e colocou os dedos na garganta para se forçar a vomitar.— Ugh...Uma sensação intensa de desconforto subiu do estômago e da garganta.Ela conseguiu vomitar as três pílulas que tinha engolido à f
"Srta. Jaqueline" essas duas palavras continuaram a assombrar Jaqueline durante todo o caminho.Quando chegou em casa, ela se sentiu mal e quis deitar um pouco. Ela caminhou cambaleando e acabou chutando o lixo sem querer. Quando foi o ajeitar, percebeu que havia um celular dentro da lixeira. A tela do celular estava quebrada. "Esse celular não era do Roberto?"Ela se lembrou de que, pela manhã, quando saiu de casa, ouviu algo caindo no quarto. Agora parecia que era esse celular. Mas o chão era todo de carpete, então, mesmo que caísse no chão, não faria tanto barulho e não quebraria a tela assim. Parecia que havia sido quebrado de propósito....Jaqueline não via Roberto há quatro dias, desde aquela discussão no carro.Eles não se falaram e era como se ele tivesse desaparecido. Jaqueline sentia uma dor no coração todos os dias. Assim que acordava, sentia um aperto no peito, mas precisava seguir em frente com a vida.Diante da avó, ela tinha que fingir que estava tudo bem e que era
— Ele é o principal acionista da Universidade da Cidade A, Sr. George.Aplausos estrondosos encheram a sala.Um jovem de terno elegante subiu ao palco com graça, acenando levemente com a cabeça para a plateia antes de se posicionar ao lado de Jaqueline.Ao ver ele, Jaqueline ficou surpresa.Não era ele o homem com quem ela havia compartilhado uma mesa no restaurante alguns dias atrás?George também ficou um pouco surpreso ao ver ela na plateia, mas não demonstrou. Ele pegou o diploma das mãos do diretor.Jaqueline se aproximou, recebeu o diploma e fez uma leve reverência, mantendo a cabeça baixa.A franja do capelo pendia para a frente.Seguindo a tradição, George levantou a mão e gentilmente moveu a franja para a frente do capelo dela!A cerimônia foi concluída.Jaqueline ergueu a cabeça, prestes a agradecer, quando de repente sentiu uma tontura e quase caiu!George imediatamente a segurou, puxando ela para seus braços de maneira bastante íntima.— Você está bem? Não está se sentindo
George viu a cena à sua frente e pareceu adivinhar algo, mas não disse nada.Jaqueline se desvencilhou com força dos braços de Roberto. Se sentindo desconfortável sob os olhares de tantas pessoas, ela ficou um pouco apreensiva. — Desculpe, Sr. George, você quer ir ao hospital?Ela ignorou o olhar sombrio de Roberto, focando sua preocupação em George. — Eu estou bem. — George respondeu, segurando o peito e franzindo ligeiramente a testa, claramente com dor.Jaqueline estava prestes a se aproximar para verificar, mas Roberto agarrou seu pulso e a puxou bruscamente de volta. Sua expressão era assustadoramente sombria.— Me solte! — Jaqueline tentou se libertar, mas ele estava segurando ela com força.Roberto a segurou pela cintura, puxando ela para junto de si, enquanto lançava um olhar hostil a George. Com Jaqueline nos braços, ele tirou um cheque do bolso e o enfiou no bolso do paletó de George, em um gesto desafiador, dizendo em voz alta: — Obrigado por salvar minha esposa, isso é p
— Jaque, você quer alguma coisa?Ele não respondeu diretamente à pergunta dela, mas de fato, Ângela era sua colega.— Eu preciso preencher o formulário de inscrição para o vestibular. Você tem alguma sugestão sobre qual curso escolher?Roberto, sem levantar a cabeça do trabalho, disse: — Escolha algo que você goste.— Então, vou escolher...— Desculpe interromper. — Ângela estava na porta do escritório. — Sr. Roberto, o Sr. Johnson já está online, aguardando você.Roberto acenou com a cabeça para mostrar que entendia, fechando os documentos na mão. — Estou indo. — Ele se levantou e ao passar por Jaqueline, disse. — Estou um pouco ocupado agora. Podemos conversar mais tarde?— Ah, tudo bem. — Jaqueline abaixou a cabeça, aparentemente um pouco desapontada.Roberto percebeu que ela não se mexeu, então parou e se virou.No final, ele se aproximou e segurou os ombros dela. — O que foi?— Nada, pode ir trabalhar. — Ela não queria atrapalhar.— Me diga, qual curso você quer fazer? — Ele nã