George viu a cena à sua frente e pareceu adivinhar algo, mas não disse nada.Jaqueline se desvencilhou com força dos braços de Roberto. Se sentindo desconfortável sob os olhares de tantas pessoas, ela ficou um pouco apreensiva. — Desculpe, Sr. George, você quer ir ao hospital?Ela ignorou o olhar sombrio de Roberto, focando sua preocupação em George. — Eu estou bem. — George respondeu, segurando o peito e franzindo ligeiramente a testa, claramente com dor.Jaqueline estava prestes a se aproximar para verificar, mas Roberto agarrou seu pulso e a puxou bruscamente de volta. Sua expressão era assustadoramente sombria.— Me solte! — Jaqueline tentou se libertar, mas ele estava segurando ela com força.Roberto a segurou pela cintura, puxando ela para junto de si, enquanto lançava um olhar hostil a George. Com Jaqueline nos braços, ele tirou um cheque do bolso e o enfiou no bolso do paletó de George, em um gesto desafiador, dizendo em voz alta: — Obrigado por salvar minha esposa, isso é p
— Jaque, você quer alguma coisa?Ele não respondeu diretamente à pergunta dela, mas de fato, Ângela era sua colega.— Eu preciso preencher o formulário de inscrição para o vestibular. Você tem alguma sugestão sobre qual curso escolher?Roberto, sem levantar a cabeça do trabalho, disse: — Escolha algo que você goste.— Então, vou escolher...— Desculpe interromper. — Ângela estava na porta do escritório. — Sr. Roberto, o Sr. Johnson já está online, aguardando você.Roberto acenou com a cabeça para mostrar que entendia, fechando os documentos na mão. — Estou indo. — Ele se levantou e ao passar por Jaqueline, disse. — Estou um pouco ocupado agora. Podemos conversar mais tarde?— Ah, tudo bem. — Jaqueline abaixou a cabeça, aparentemente um pouco desapontada.Roberto percebeu que ela não se mexeu, então parou e se virou.No final, ele se aproximou e segurou os ombros dela. — O que foi?— Nada, pode ir trabalhar. — Ela não queria atrapalhar.— Me diga, qual curso você quer fazer? — Ele nã
— Jaqueline, quantas vezes mais eu preciso te lembrar que nós ainda não estamos divorciados!— Você... — Jaqueline queria dizer que isso não tinha nada a ver com o fato de estarem ou não divorciados, mas ao ver a expressão sombria do homem, ela sabia que continuar a discussão só colocaria mais lenha na fogueira. Ela não sabia quando ele havia se tornado tão irracional.De repente, sentiu uma onda de náusea e, rapidamente, desfez o cinto de segurança, abriu a porta do carro e saiu correndo, começando a vomitar.Roberto saiu do carro rapidamente e se agachou ao lado dela.Jaqueline segurou a roupa na altura do peito e respirou fundo. Ainda bem que ela não tinha comido nada pela manhã, senão teria vomitado ainda mais.— Já faz dias, você não tomou remédio?Ele acariciou as costas dela.Jaqueline, preocupada que ele suspeitasse de algo, se virou com fingida indignação.— A culpa é sua, você freou de repente, me deixou enjoada. Eu já sou propensa a enjoar no carro.Ao ouvir a recriminação d
— Ok.Jaqueline não disse muito mais, afinal, era a casa dele e ele podia ficar se quisesse.Mesmo sendo algo tão normal, Jaqueline sentiu uma leve alegria secreta em seu coração.Na hora do almoço, Jaqueline não tinha muito apetite e praticamente só comeu vegetais, enquanto Roberto colocava carne em seu prato.— Por que você só está comendo vegetais? Coma um pouco de carne.Jaqueline sentia náuseas só de olhar para a carne, não conseguia comer.Mas, com medo de que ele desconfiasse, ela se forçou a comer a carne. Ainda bem que ela tinha tomado um pouco de remédio antiemético para grávidas antes, então, com algum esforço, conseguiu segurar o enjoo.— O que você quer fazer? — Roberto perguntou de repente.— O quê? — Jaqueline levantou a cabeça para olhar para ele.— Não falamos antes que depois de se formar eu arranjaria um emprego para você? O que você precisa de mim?— Eu mesma vou procurar um emprego, não preciso que você arranje para mim.— Você mesma vai procurar, não vai para o Gr
Depois que Roberto foi embora, Jaqueline ligou para a escola para perguntar sobre a situação de George. Ao saber que ele estava no hospital, ela conseguiu o endereço e foi imediatamente para lá.Jaqueline encontrou o quarto de hospital de George, a porta estava aberta e quando ela entrou, viu o médico examinando ele. Quando George viu Jaqueline, ele sorriu levemente e disse: — Srta. Jaqueline, você veio.Jaqueline se aproximou rapidamente e perguntou: — Doutor, como ele está?— O Sr. George fraturou duas costelas. — O médico respondeu.— O quê? — Jaqueline ficou muito preocupada. — Ele está em perigo?George estava prestes a dizer que estava bem, mas ao ver a expressão preocupada da mulher, ele ficou um pouco atordoado e engoliu as palavras.O médico balançou a cabeça e disse: — Não se preocupe, não é grave. As costelas já foram realinhadas, mas ele precisa ficar no hospital para observação durante a noite.— Que alívio. — Jaqueline suspirou de alívio. — Obrigada.O médico assentiu
— Vamos dar uma volta.— Hã? — Jaqueline pensou que tinha ouvido errado. — Para onde você quer ir?— Não quero sair do hospital, só quero dar uma volta aqui por perto. Pode ser?— Claro que pode. — Jaqueline respondeu. — Mas isso não é simples demais? Só quer que eu te acompanhe?— O que foi? Você não quer ir?— Claro que quero. Você consegue andar?— Consigo, minhas pernas não estão quebradas. — George desceu da cama.Depois de dar apenas dois passos, ele de repente segurou o peito, franzindo levemente a testa.Jaqueline imediatamente o amparou. — Vou pegar uma cadeira de rodas para você.— Não precisa, eu quero caminhar um pouco.Vendo que George insistia, Jaqueline não disse mais nada, apenas o apoiou enquanto saíam.Os dois acabaram de virar o corredor e se depararam com um casal.Jaqueline se assustou e olhou para eles surpresa.Roberto e Ângela, que coincidência!Roberto estava apoiando Ângela, que parecia muito debilitada, com a expressão cansada.Roberto fixou o olhar nas mãos
Jaqueline achou que George faria algumas perguntas a ela, afinal, a situação anterior foi realmente embaraçosa e complicada, qualquer um ficaria curioso. Mas George não perguntou nada, se sentou ao lado dela em silêncio, sem dizer uma palavra. Justamente, Jaqueline não queria responder a esse tipo de pergunta, então o silêncio dele foi bem apropriado.Depois de um longo período de silêncio, Jaqueline foi a primeira a falar:— Sr. George, eu não sabia que você era o maior acionista da Universidade da Cidade A.George assentiu e respondeu:— O Grupo Cardoso investiu em várias escolas.— O Grupo Cardoso? — Ao ouvir essas palavras, Jaqueline ficou um pouco surpresa. — Você é do Grupo Cardoso...O homem estendeu a mão e sorriu: — Vamos nos reintroduzir, eu me chamo George Cardoso, presidente do Grupo Cardoso.Foi então que Jaqueline percebeu o quão reservado George era. O Grupo Cardoso era um grande grupo, todos os anos inúmeras pessoas se esforçavam para entrar e aproveitar os melhores
À noite, Jaqueline estava dormindo profundamente quando de repente sentiu alguém sobre ela.Ela se assustou e gritou:— Ah!— Sou eu. — Roberto tapou sua boca.A luz do quarto foi acesa, Jaqueline viu o homem em cima dela e suspirou de alívio. Ela olhou para o relógio, era uma da manhã.— Por que você voltou?— É estranho eu voltar para casa? — Ele parecia ter bebido, seu corpo cheirava a álcool. Ele abaixou a cabeça e beijou seus lábios, enquanto suas mãos habilmente abriam sua camisola.— Hmm... — Jaqueline quase usou toda sua força para empurrar Roberto, desesperadamente colocou a mão na boca dele. — Me solta!Roberto agarrou suas mãos e as pressionou firmemente para os lados.— O que foi, não quer mais que eu te toque?— Você não estava com Ângela? Vai ficar com ela, por que voltou?Esse homem achava que podia ter tudo? Ficar com Ângela até se cansar e depois voltar, e quando se cansasse de novo, podia ir para Ângela novamente. Onde já se viu uma coisa dessas?— Eu preciso de um mo