Amanda lançou um olhar sobre Jaqueline, seus olhos pareciam sorrir, deixando Jaqueline um pouco desconfortável. Mas Jaqueline ainda ofereceu um sorriso cortês, pois era a primeira vez que encontrava a mãe de George. Ela parecia muito bem cuidada, além de bonita e de ter uma grande presença. "A aparência excepcional de George, certamente foi herdada dos seus pais." — Por mim, está bom. — Disse Amanda casualmente. — Quando vocês dois vão se casar?Ao mencionar o casamento, Jaqueline ficou imediatamente nervosa, riu e disse: — George e eu ainda estamos discutindo sobre o casamento, nós... — O que mais há para discutir? — Interrompeu Reginaldo. Jaqueline hesitou e então sorriu: — Casar é uma grande decisão, claro que temos que discutir bem isso e então...— Vocês não se amam de verdade? — Reginaldo a interrompeu novamente. — Se vocês já estão juntos e até vieram correndo à noite para explicar a situação, não é para se casarem o mais rápido possível? — Pai. — Falou George, p
Chegando ao banheiro, Jaqueline começou a vomitar. George esperava ansiosamente do lado de fora da porta. Após algum tempo, ela saiu, pálida. — Jaqueline, a culpa é minha. Se você realmente não quer se casar, tudo bem. Eu vou falar a verdade para o meu pai, não tem problema. Você não precisa fazer isso por mim... — Eu estou bem. — Jaqueline consolou. — É apenas a reação normal do enjoo, não é nada sério, não tem a ver com você.Para que ele não se preocupasse, Jaqueline lhe lançou um sorriso gentil:— Está tudo bem, vamos sair, não vamos deixar eles esperando.Eles percorreram alguns corredores antes de voltar à sala de estar. Jaqueline fez questão de levar George para um banheiro mais afastado, preocupada que seu vômito de gravidez pudesse ser ouvido.Ela pensava que se a família Cardoso descobrisse que ela estava grávida do ex-marido e se casando com George, seria difícil explicar. Embora ela e George não estivessem realmente se casando, precisavam fazer parecer real.De volta
No dia seguinte, Jaqueline estava pronta e colocou seu documento de identidade na bolsa. Ela recebeu uma ligação de George, que disse que iria chegar em três minutos. Jaqueline, com a bolsa nas costas, desceu as escadas para esperá-lo, mas, assim que chegou lá embaixo, uma figura alta e atraente correu em sua direção:— Irmã, bom dia.Ao ver a pessoa à sua frente, Jaqueline se surpreendeu um pouco:— Heitor, que coincidência.Heitor, com uma mochila nas costas, possuía um físico esguio, mas não frágil, e seu sorriso era radiante.— Irmã, você está tão bonita hoje, tem um encontro?Naquele dia, Jaqueline usava um vestido azul claro, com mangas de renda e um pequeno decote em V, e um colar elegante no pescoço, o que a fazia parecer muito bonita.— Tenho alguns assuntos para resolver.Ela se arrumou um pouco, pois acreditava que, como estavam atuando, deveriam fazer tudo a rigor, especialmente porque Reginaldo tinha dito que enviaria um assistente para monitorar se eles realmente se cas
George perguntou, preocupado:— Ah, então ele te procurou ou você começou a conversa?Jaqueline respondeu:— Ele percebeu que eu parecia chateada, então veio perguntar o que havia de errado.— Você estava chateada? — Indagou George, ainda preocupado.Jaqueline explicou:— Não, eu estava apenas mais quieta do que o normal, não estava chateada.— Entendo. — George pareceu pensativo, sentindo que Jaqueline escondia algo dele. — Aquele Heitor parece ser bastante entusiástico contigo.Jaqueline piscou, confusa, e se virou para olhar George, com uma expressão incisiva como se estivesse o testando, sentindo que ele estava um pouco enciumado.Jaqueline sorriu e acrescentou:— Ele só tem dezoito anos.— Dezoito anos... — George franziu a testa levemente, parecendo relaxar um pouco com essa informação, mas então subitamente pensou em algo, Jaqueline tinha apenas vinte e um anos, era apenas três anos mais velha que Heitor.— Muitas garotas gostam de garotos de 18 anos hoje em dia. — Disse George.
— Embora seja um casamento de fachada, ainda assim existe essa relação conjugal entre nós. Depois de nos casarmos, também não poderei conhecer outras mulheres. O coração de George já estava completamente ocupado por Jaqueline e, no amor, não havia espaço para uma terceira pessoa.Jaqueline observava George com um lampejo de dúvida nos olhos. Notando o olhar de Jaqueline, George perguntou:— O que foi? Tem algo no meu rosto?Ele estava concentrado dirigindo, mas o canto do olho percebeu que Jaqueline parecia estar duvidando de algo, e isso o deixou inquieto. "Será que ela percebeu alguma coisa?"Jaqueline sorriu:— Não é nada, só acho que você é um pouco...Ela hesitou, de repente sem saber que palavra usar para descrever George.Curioso, ele indagou:— Um pouco o quê?Jaqueline pensou por um momento e então encontrou a palavra:— Você é um pouco honesto.— Honesto? — Ao ouvir isso, George questionou com surpresa. — Você me acha honesto?Era a primeira vez que alguém o descrevia dessa
Os dois chegaram ao cartório civil, e o assistente de Reginaldo já os esperava lá, tudo correu bem, e eles pegaram a certidão de casamento. Jaqueline olhava para a certidão de casamento em suas mãos, com o coração batendo forte, se sentindo de repente sob grande pressão. Embora soubesse que era um casamento de fachada, apenas para ajudar um amigo, ao ver a certidão, ela não pôde deixar de pensar em quando ela e Roberto tinham pego a certidão deles. Parecia que havia acontecido há muitos anos, embora tivesse sido apenas há pouco mais de um ano atrás.Ao saírem do cartório civil, o assistente falou:— Sr. George, Sra. Jaqueline, agora que vocês têm a certidão de casamento, o Presidente Reginaldo disse que vocês deveriam voltar para casa para um almoço com a família.George concordou:— Certo, eu levarei Jaqueline.Após o assistente partir, tendo completado sua tarefa de vê-los oficialmente casados e não apenas fingindo, ele se foi.Com a certidão de casamento em mãos, eles se olharam.
Reginaldo disse: — Mesmo que eu explique, vocês não vão entender, mas provavelmente ficaremos fora de 15 dias a um mês. Nesse tempo, vocês dois terão que cuidar dos assuntos da família Cardoso.Para George, a possibilidade de seus pais ficarem fora por um tempo também era uma boa notícia. — Tudo bem, eu entendo, vou cuidar das coisas da empresa e de casa.Reginaldo respondeu: — Eu e Amanda vamos tirar férias, não vai ter ninguém em casa, então vocês podem ficar aqui por enquanto.George estava preocupado que Jaqueline se sentisse desconfortável ficando na casa de seus pais, então disse: — Pai, eu e Jaqueline estamos casados, naturalmente eu pretendo comprar uma nova casa, então eu acho...— Não é que você não possa comprar. — Disse Reginaldo. — É só que eu e sua mãe vamos estar fora por um tempo, vocês podem ficar aqui por enquanto. Você compra a sua casa, e quando eu e Amanda voltarmos, vocês se mudam. Eu sei que você não quer morar com os pais.— Isso... — George ainda queria rec
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq