— Embora seja um casamento de fachada, ainda assim existe essa relação conjugal entre nós. Depois de nos casarmos, também não poderei conhecer outras mulheres. O coração de George já estava completamente ocupado por Jaqueline e, no amor, não havia espaço para uma terceira pessoa.Jaqueline observava George com um lampejo de dúvida nos olhos. Notando o olhar de Jaqueline, George perguntou:— O que foi? Tem algo no meu rosto?Ele estava concentrado dirigindo, mas o canto do olho percebeu que Jaqueline parecia estar duvidando de algo, e isso o deixou inquieto. "Será que ela percebeu alguma coisa?"Jaqueline sorriu:— Não é nada, só acho que você é um pouco...Ela hesitou, de repente sem saber que palavra usar para descrever George.Curioso, ele indagou:— Um pouco o quê?Jaqueline pensou por um momento e então encontrou a palavra:— Você é um pouco honesto.— Honesto? — Ao ouvir isso, George questionou com surpresa. — Você me acha honesto?Era a primeira vez que alguém o descrevia dessa
Os dois chegaram ao cartório civil, e o assistente de Reginaldo já os esperava lá, tudo correu bem, e eles pegaram a certidão de casamento. Jaqueline olhava para a certidão de casamento em suas mãos, com o coração batendo forte, se sentindo de repente sob grande pressão. Embora soubesse que era um casamento de fachada, apenas para ajudar um amigo, ao ver a certidão, ela não pôde deixar de pensar em quando ela e Roberto tinham pego a certidão deles. Parecia que havia acontecido há muitos anos, embora tivesse sido apenas há pouco mais de um ano atrás.Ao saírem do cartório civil, o assistente falou:— Sr. George, Sra. Jaqueline, agora que vocês têm a certidão de casamento, o Presidente Reginaldo disse que vocês deveriam voltar para casa para um almoço com a família.George concordou:— Certo, eu levarei Jaqueline.Após o assistente partir, tendo completado sua tarefa de vê-los oficialmente casados e não apenas fingindo, ele se foi.Com a certidão de casamento em mãos, eles se olharam.
Reginaldo disse: — Mesmo que eu explique, vocês não vão entender, mas provavelmente ficaremos fora de 15 dias a um mês. Nesse tempo, vocês dois terão que cuidar dos assuntos da família Cardoso.Para George, a possibilidade de seus pais ficarem fora por um tempo também era uma boa notícia. — Tudo bem, eu entendo, vou cuidar das coisas da empresa e de casa.Reginaldo respondeu: — Eu e Amanda vamos tirar férias, não vai ter ninguém em casa, então vocês podem ficar aqui por enquanto.George estava preocupado que Jaqueline se sentisse desconfortável ficando na casa de seus pais, então disse: — Pai, eu e Jaqueline estamos casados, naturalmente eu pretendo comprar uma nova casa, então eu acho...— Não é que você não possa comprar. — Disse Reginaldo. — É só que eu e sua mãe vamos estar fora por um tempo, vocês podem ficar aqui por enquanto. Você compra a sua casa, e quando eu e Amanda voltarmos, vocês se mudam. Eu sei que você não quer morar com os pais.— Isso... — George ainda queria rec
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde
— Eu não quis dizer isso. — Jaqueline estava um pouco irritada.Se ela tivesse essa intenção, como poderia ter deixado ele se aproximar na noite passada, estando grávida?Roberto não disse mais nada, carregou ela de volta para o quarto e a colocou na cama, cada movimento era suave e atencioso.Jaqueline quase levou toda a sua força para conter as lágrimas.Ele arrumou as roupas dela e sua mão grande acidentalmente tocou sua barriga.O coração de Jaqueline deu um salto e ela rapidamente empurrou a mão dele.Mesmo com sua barriga ainda plana, ela se sentia instintivamente culpada, preocupada que ele descobrisse algo.Roberto fez uma pausa.— O que houve?Estava para se divorciar, então agora não o deixava tocar ela?— Nada, apenas não dormi bem, minha cabeça está um pouco confusa. — Ela inventou uma desculpa.— Vou chamar um médico para vir aqui, você não está com uma boa aparência. — Ele disse e colocou a mão na testa dela, a temperatura estava normal, mas ele sentia que algo estava err
— Eu ainda te vejo como um primo, assim como você me vê como uma prima.A garganta de Jaqueline estava ficando cada vez mais dolorida, a ponto de quase não conseguir emitir mais um som, caso contrário, ela se revelaria, levantaria o cobertor e correria para os braços dele, chorando e dizendo “Eu nunca te vi como um primo, te amo!”.Ela se conteve para não fazer algo tão humilhante, já que ele tinha outra mulher em seu coração, por que ela deveria se rebaixar para manter ele?— Assim está bom. — Roberto esboçou um leve sorriso. — Você pode encontrar um homem que você realmente ame.O coração dolorido de Jaqueline foi cortado mais uma vez.Ela sorriu e disse:— Sim, está bom.Então ele poderia ficar com seu amor livremente.— Jaque. — Ele a chamou de repente.— Sim? — Ela respondeu com dificuldade.— Eu... — Ele de repente parou.Ela ficou em silêncio e esperou.— Eu vou embora agora, descanse bem.Roberto se virou e saiu.Jaqueline se encolheu debaixo do cobertor e começou a chorar.Ela
Osvaldo se endireitou e disse:— O acordo tem erros de digitação, preciso levá-lo de volta para corrigir, desculpe.Jaqueline ficou sem palavras.Erros de digitação?Ela pensou que havia alguma reviravolta.Haha, ela ainda estava se iludindo com uma esperança tola.Depois que Osvaldo saiu, Jaqueline voltou para o quarto. Ela não sabia como tinha passado o dia, mas almoçou e jantou direitinho.Talvez por causa da tristeza extrema, ou por ter comido demais, ela, que nunca tinha tido náuseas intensas, vomitou violentamente a noite toda.Enquanto vomitava, ela chorava. No final, se encolheu no chão, tremendo enquanto abraçava a barriga.Já passava das onze. Antes, se ele estivesse fora depois das dez, sempre ligava para avisar onde estava.Agora não precisava mais.De repente, o toque do celular ecoou.Jaqueline aguçou os ouvidos, o som do toque ficava cada vez mais claro.Ela se levantou rapidamente do chão e correu do banheiro para pegar o celular na cama.O identificador de chamadas mos