Jaqueline achou que George faria algumas perguntas a ela, afinal, a situação anterior foi realmente embaraçosa e complicada, qualquer um ficaria curioso. Mas George não perguntou nada, se sentou ao lado dela em silêncio, sem dizer uma palavra. Justamente, Jaqueline não queria responder a esse tipo de pergunta, então o silêncio dele foi bem apropriado.Depois de um longo período de silêncio, Jaqueline foi a primeira a falar:— Sr. George, eu não sabia que você era o maior acionista da Universidade da Cidade A.George assentiu e respondeu:— O Grupo Cardoso investiu em várias escolas.— O Grupo Cardoso? — Ao ouvir essas palavras, Jaqueline ficou um pouco surpresa. — Você é do Grupo Cardoso...O homem estendeu a mão e sorriu: — Vamos nos reintroduzir, eu me chamo George Cardoso, presidente do Grupo Cardoso.Foi então que Jaqueline percebeu o quão reservado George era. O Grupo Cardoso era um grande grupo, todos os anos inúmeras pessoas se esforçavam para entrar e aproveitar os melhores
À noite, Jaqueline estava dormindo profundamente quando de repente sentiu alguém sobre ela.Ela se assustou e gritou:— Ah!— Sou eu. — Roberto tapou sua boca.A luz do quarto foi acesa, Jaqueline viu o homem em cima dela e suspirou de alívio. Ela olhou para o relógio, era uma da manhã.— Por que você voltou?— É estranho eu voltar para casa? — Ele parecia ter bebido, seu corpo cheirava a álcool. Ele abaixou a cabeça e beijou seus lábios, enquanto suas mãos habilmente abriam sua camisola.— Hmm... — Jaqueline quase usou toda sua força para empurrar Roberto, desesperadamente colocou a mão na boca dele. — Me solta!Roberto agarrou suas mãos e as pressionou firmemente para os lados.— O que foi, não quer mais que eu te toque?— Você não estava com Ângela? Vai ficar com ela, por que voltou?Esse homem achava que podia ter tudo? Ficar com Ângela até se cansar e depois voltar, e quando se cansasse de novo, podia ir para Ângela novamente. Onde já se viu uma coisa dessas?— Eu preciso de um mo
Roberto ajeitou a gravata, se virou e disse: — Vá ao meu escritório ao meio-dia.— Para assinar os papéis do divórcio? — Jaqueline perguntou diretamente, esperando que pudessem assinar logo e terminar com isso, para não prolongar a tristeza.Ao ver a urgência no rosto da mulher, Roberto franziu a testa. — Você vai saber quando chegar lá.Depois de dizer isso, ele saiu da sala abruptamente, visivelmente irritado.Cheia de dúvidas, Jaqueline esperou até o meio-dia.Ela não sabia se deveria ir antes ou depois do almoço. Após pensar um pouco, decidiu ligar para Roberto.Quando ele atendeu, Jaqueline disse imediatamente: — Já é meio-dia, vou direto para o seu escritório agora?— Pode vir.— Você já almoçou? — Jaqueline perguntou por hábito.— Ainda não.— Então, que tal eu preparar uma marmita e levar para você?Ela sabia que Roberto muitas vezes estava tão ocupado que mal conseguia almoçar. Quando comia, era algo rápido, às vezes apenas um café.Às vezes, ela fazia questão de preparar u
Roberto colocou as marmitas na mesa, precisamente duas, uma para ele e outra para Ângela. Ele abriu as embalagens e, embora os ingredientes fossem os mesmos em ambas, notou que uma continha pimenta e a outra não. Com uma expressão de confusão, ele questionou:— Por que você adicionou pimenta?Jaqueline, cujos pensamentos estavam desordenados, foi interrompida pela pergunta e respondeu distraidamente:— Coloquei sem querer. Se não quiser, pode deixar de lado.Percebendo o tom indiferente de Jaqueline, Roberto sentiu que algo não estava certo, mas considerou que nem ele nem Jaque gostavam de pimenta, então provavelmente foi um engano.— Sra. Santana, você já almoçou? — Indagou Ângela com cortesia, seu rosto exibia sinais de cansaço e fragilidade.— Ela já comeu. — Interveio Roberto por ela.Jaqueline sempre preparava o almoço em casa, então Roberto presumiu que naquele dia não seria diferente.Jaqueline confirmou, de forma sucinta:— Sim, já comi.Ela costumava se preocupar que comer co
Roberto prontamente pegou um lenço de papel para enxugar as lágrimas de Ângela, oferecendo a ela conforto:— Não chore.Se voltou para Jaqueline e explicou:— Jaque, quanto à questão do nosso divórcio, Ângela se sente culpada, por isso pedi que você viesse hoje para esclarecer pessoalmente que o divórcio não é culpa dela.Jaqueline ficou sem palavras.Era esse o propósito de Roberto, fazer com que ela declarasse pessoalmente que Ângela não era a culpada.Isso parecia ridículo, e Jaqueline quase riu alto. Roberto estava disposto a humilhar sua esposa para fazer Ângela se sentir melhor. Talvez ele não percebesse isso como humilhação, mas para Jaqueline, era exatamente o que parecia.Ela estava prestes a responder quando, de repente, a secretária bateu na porta e disse:— Presidente Roberto, o Sr. Ademir precisa falar urgentemente com o senhor por videochamada.Roberto se levantou imediatamente e instruiu:— Conecte o computador da sala de reuniões, estarei lá em breve.— Certo.Depois q
— Se você gosta, então use, mas depois que vocês se divorciarem, duvido que ele ainda possa te dar algum presente. — Ângela baixou a cabeça, um vislumbre de sombra passou por seus olhos. Ela pegou o garfo e provou o almoço feito por Jaqueline, acenando com a cabeça repetidamente. — É realmente bom, uma pena que Roberto não poderá mais desfrutar disso após o divórcio.O tom parecia lamentável, mas escondia um traço de satisfação.— Coma sem pressa, eu vou indo. Jaqueline não pretendia ficar ali cuidando de Ângela, uma mulher que claramente não precisava de seus cuidados.— Espere um segundo. — Ângela a deteve. — Roberto não te disse o motivo de você estar aqui? Se você simplesmente for embora agora, ele ficará desapontado.Sua voz era suave, mas carregada de advertência, era uma clara intimidação.— Srta. Ângela, o que exatamente você quer ouvir de mim? Os assuntos entre você e Roberto, não são vocês quem os entendem melhor? Eu me divorciando dele, você realmente sente algum remorso?E
— Por que estou à beira da morte! — Exclamou Ângela, com os olhos vermelhos. — Sofri de uma doença gravíssima e precisei de um transplante duplo de pulmão. Roberto finalmente encontrou um doador, mas você sabe o que a Catarina fez?— O que ela fez? — Perguntou Jaqueline.— Ela usou seu poder para impedir que o doador chegasse ao hospital. Minha cirurgia teve de ser interrompida enquanto eu estava deitada na mesa de operação, esperando pelos pulmões, eu morreria!— Isso é impossível! Minha avó nunca faria isso, eu não acredito! — Jaqueline retrucou, com os olhos muito vermelhos, balançando a cabeça em desespero.— Você tem que acreditar! Se não, pergunte ao Roberto ou vá diretamente perguntar à sua avó se ela fez isso!— Então, continue inventando! — Disse Jaqueline, incapaz de acreditar que a avó que a criou e cuidou dela faria tal coisa, só com base no que Ângela dizia.Ângela soltou um riso frio e continuou:— Quando minha vida estava em perigo, Roberto foi confrontar sua avó. Catari
Jaqueline permanecia em silêncio. Ela sentia o coração partido, como se sua cabeça estivesse prestes a explodir. Ângela sabia de tudo, parecia que o ano que ela passou casado com Roberto havia sido inteiramente compartilhado com Ângela, eles mantiveram contato o tempo todo.— Lembra quando Roberto teve que viajar a trabalho por dois meses? Ele estava comigo. — Revelou Ângela abertamente. — Ele ficou me acompanhando, viajando comigo, e estava mais feliz ao meu lado.Jaqueline ficou sem palavras. Cada revelação era um golpe pesado que atingia seu cérebro, deixando ela quase em um estado de torpor, desejando que tudo não passasse de um pesadelo para acordar rapidamente.Ela se lembrou da noite em que Roberto voltou apressado, querendo fazer amor com ela. Eles estavam há dois meses sem se ver, e ela ainda estava apaixonada por esse homem, então não o rejeitou.Todo o processo foi tranquilo, ele foi muito gentil e cuidou de seus sentimentos, mas, no dia seguinte, logo pela manhã, ele pedi