— Vamos dar uma volta.— Hã? — Jaqueline pensou que tinha ouvido errado. — Para onde você quer ir?— Não quero sair do hospital, só quero dar uma volta aqui por perto. Pode ser?— Claro que pode. — Jaqueline respondeu. — Mas isso não é simples demais? Só quer que eu te acompanhe?— O que foi? Você não quer ir?— Claro que quero. Você consegue andar?— Consigo, minhas pernas não estão quebradas. — George desceu da cama.Depois de dar apenas dois passos, ele de repente segurou o peito, franzindo levemente a testa.Jaqueline imediatamente o amparou. — Vou pegar uma cadeira de rodas para você.— Não precisa, eu quero caminhar um pouco.Vendo que George insistia, Jaqueline não disse mais nada, apenas o apoiou enquanto saíam.Os dois acabaram de virar o corredor e se depararam com um casal.Jaqueline se assustou e olhou para eles surpresa.Roberto e Ângela, que coincidência!Roberto estava apoiando Ângela, que parecia muito debilitada, com a expressão cansada.Roberto fixou o olhar nas mãos
Jaqueline achou que George faria algumas perguntas a ela, afinal, a situação anterior foi realmente embaraçosa e complicada, qualquer um ficaria curioso. Mas George não perguntou nada, se sentou ao lado dela em silêncio, sem dizer uma palavra. Justamente, Jaqueline não queria responder a esse tipo de pergunta, então o silêncio dele foi bem apropriado.Depois de um longo período de silêncio, Jaqueline foi a primeira a falar:— Sr. George, eu não sabia que você era o maior acionista da Universidade da Cidade A.George assentiu e respondeu:— O Grupo Cardoso investiu em várias escolas.— O Grupo Cardoso? — Ao ouvir essas palavras, Jaqueline ficou um pouco surpresa. — Você é do Grupo Cardoso...O homem estendeu a mão e sorriu: — Vamos nos reintroduzir, eu me chamo George Cardoso, presidente do Grupo Cardoso.Foi então que Jaqueline percebeu o quão reservado George era. O Grupo Cardoso era um grande grupo, todos os anos inúmeras pessoas se esforçavam para entrar e aproveitar os melhores
À noite, Jaqueline estava dormindo profundamente quando de repente sentiu alguém sobre ela.Ela se assustou e gritou:— Ah!— Sou eu. — Roberto tapou sua boca.A luz do quarto foi acesa, Jaqueline viu o homem em cima dela e suspirou de alívio. Ela olhou para o relógio, era uma da manhã.— Por que você voltou?— É estranho eu voltar para casa? — Ele parecia ter bebido, seu corpo cheirava a álcool. Ele abaixou a cabeça e beijou seus lábios, enquanto suas mãos habilmente abriam sua camisola.— Hmm... — Jaqueline quase usou toda sua força para empurrar Roberto, desesperadamente colocou a mão na boca dele. — Me solta!Roberto agarrou suas mãos e as pressionou firmemente para os lados.— O que foi, não quer mais que eu te toque?— Você não estava com Ângela? Vai ficar com ela, por que voltou?Esse homem achava que podia ter tudo? Ficar com Ângela até se cansar e depois voltar, e quando se cansasse de novo, podia ir para Ângela novamente. Onde já se viu uma coisa dessas?— Eu preciso de um mo
Roberto ajeitou a gravata, se virou e disse: — Vá ao meu escritório ao meio-dia.— Para assinar os papéis do divórcio? — Jaqueline perguntou diretamente, esperando que pudessem assinar logo e terminar com isso, para não prolongar a tristeza.Ao ver a urgência no rosto da mulher, Roberto franziu a testa. — Você vai saber quando chegar lá.Depois de dizer isso, ele saiu da sala abruptamente, visivelmente irritado.Cheia de dúvidas, Jaqueline esperou até o meio-dia.Ela não sabia se deveria ir antes ou depois do almoço. Após pensar um pouco, decidiu ligar para Roberto.Quando ele atendeu, Jaqueline disse imediatamente: — Já é meio-dia, vou direto para o seu escritório agora?— Pode vir.— Você já almoçou? — Jaqueline perguntou por hábito.— Ainda não.— Então, que tal eu preparar uma marmita e levar para você?Ela sabia que Roberto muitas vezes estava tão ocupado que mal conseguia almoçar. Quando comia, era algo rápido, às vezes apenas um café.Às vezes, ela fazia questão de preparar u
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde
— Eu não quis dizer isso. — Jaqueline estava um pouco irritada.Se ela tivesse essa intenção, como poderia ter deixado ele se aproximar na noite passada, estando grávida?Roberto não disse mais nada, carregou ela de volta para o quarto e a colocou na cama, cada movimento era suave e atencioso.Jaqueline quase levou toda a sua força para conter as lágrimas.Ele arrumou as roupas dela e sua mão grande acidentalmente tocou sua barriga.O coração de Jaqueline deu um salto e ela rapidamente empurrou a mão dele.Mesmo com sua barriga ainda plana, ela se sentia instintivamente culpada, preocupada que ele descobrisse algo.Roberto fez uma pausa.— O que houve?Estava para se divorciar, então agora não o deixava tocar ela?— Nada, apenas não dormi bem, minha cabeça está um pouco confusa. — Ela inventou uma desculpa.— Vou chamar um médico para vir aqui, você não está com uma boa aparência. — Ele disse e colocou a mão na testa dela, a temperatura estava normal, mas ele sentia que algo estava err
— Eu ainda te vejo como um primo, assim como você me vê como uma prima.A garganta de Jaqueline estava ficando cada vez mais dolorida, a ponto de quase não conseguir emitir mais um som, caso contrário, ela se revelaria, levantaria o cobertor e correria para os braços dele, chorando e dizendo “Eu nunca te vi como um primo, te amo!”.Ela se conteve para não fazer algo tão humilhante, já que ele tinha outra mulher em seu coração, por que ela deveria se rebaixar para manter ele?— Assim está bom. — Roberto esboçou um leve sorriso. — Você pode encontrar um homem que você realmente ame.O coração dolorido de Jaqueline foi cortado mais uma vez.Ela sorriu e disse:— Sim, está bom.Então ele poderia ficar com seu amor livremente.— Jaque. — Ele a chamou de repente.— Sim? — Ela respondeu com dificuldade.— Eu... — Ele de repente parou.Ela ficou em silêncio e esperou.— Eu vou embora agora, descanse bem.Roberto se virou e saiu.Jaqueline se encolheu debaixo do cobertor e começou a chorar.Ela