— Ok.Jaqueline não disse muito mais, afinal, era a casa dele e ele podia ficar se quisesse.Mesmo sendo algo tão normal, Jaqueline sentiu uma leve alegria secreta em seu coração.Na hora do almoço, Jaqueline não tinha muito apetite e praticamente só comeu vegetais, enquanto Roberto colocava carne em seu prato.— Por que você só está comendo vegetais? Coma um pouco de carne.Jaqueline sentia náuseas só de olhar para a carne, não conseguia comer.Mas, com medo de que ele desconfiasse, ela se forçou a comer a carne. Ainda bem que ela tinha tomado um pouco de remédio antiemético para grávidas antes, então, com algum esforço, conseguiu segurar o enjoo.— O que você quer fazer? — Roberto perguntou de repente.— O quê? — Jaqueline levantou a cabeça para olhar para ele.— Não falamos antes que depois de se formar eu arranjaria um emprego para você? O que você precisa de mim?— Eu mesma vou procurar um emprego, não preciso que você arranje para mim.— Você mesma vai procurar, não vai para o Gr
Depois que Roberto foi embora, Jaqueline ligou para a escola para perguntar sobre a situação de George. Ao saber que ele estava no hospital, ela conseguiu o endereço e foi imediatamente para lá.Jaqueline encontrou o quarto de hospital de George, a porta estava aberta e quando ela entrou, viu o médico examinando ele. Quando George viu Jaqueline, ele sorriu levemente e disse: — Srta. Jaqueline, você veio.Jaqueline se aproximou rapidamente e perguntou: — Doutor, como ele está?— O Sr. George fraturou duas costelas. — O médico respondeu.— O quê? — Jaqueline ficou muito preocupada. — Ele está em perigo?George estava prestes a dizer que estava bem, mas ao ver a expressão preocupada da mulher, ele ficou um pouco atordoado e engoliu as palavras.O médico balançou a cabeça e disse: — Não se preocupe, não é grave. As costelas já foram realinhadas, mas ele precisa ficar no hospital para observação durante a noite.— Que alívio. — Jaqueline suspirou de alívio. — Obrigada.O médico assentiu
— Vamos dar uma volta.— Hã? — Jaqueline pensou que tinha ouvido errado. — Para onde você quer ir?— Não quero sair do hospital, só quero dar uma volta aqui por perto. Pode ser?— Claro que pode. — Jaqueline respondeu. — Mas isso não é simples demais? Só quer que eu te acompanhe?— O que foi? Você não quer ir?— Claro que quero. Você consegue andar?— Consigo, minhas pernas não estão quebradas. — George desceu da cama.Depois de dar apenas dois passos, ele de repente segurou o peito, franzindo levemente a testa.Jaqueline imediatamente o amparou. — Vou pegar uma cadeira de rodas para você.— Não precisa, eu quero caminhar um pouco.Vendo que George insistia, Jaqueline não disse mais nada, apenas o apoiou enquanto saíam.Os dois acabaram de virar o corredor e se depararam com um casal.Jaqueline se assustou e olhou para eles surpresa.Roberto e Ângela, que coincidência!Roberto estava apoiando Ângela, que parecia muito debilitada, com a expressão cansada.Roberto fixou o olhar nas mãos
Jaqueline achou que George faria algumas perguntas a ela, afinal, a situação anterior foi realmente embaraçosa e complicada, qualquer um ficaria curioso. Mas George não perguntou nada, se sentou ao lado dela em silêncio, sem dizer uma palavra. Justamente, Jaqueline não queria responder a esse tipo de pergunta, então o silêncio dele foi bem apropriado.Depois de um longo período de silêncio, Jaqueline foi a primeira a falar:— Sr. George, eu não sabia que você era o maior acionista da Universidade da Cidade A.George assentiu e respondeu:— O Grupo Cardoso investiu em várias escolas.— O Grupo Cardoso? — Ao ouvir essas palavras, Jaqueline ficou um pouco surpresa. — Você é do Grupo Cardoso...O homem estendeu a mão e sorriu: — Vamos nos reintroduzir, eu me chamo George Cardoso, presidente do Grupo Cardoso.Foi então que Jaqueline percebeu o quão reservado George era. O Grupo Cardoso era um grande grupo, todos os anos inúmeras pessoas se esforçavam para entrar e aproveitar os melhores
À noite, Jaqueline estava dormindo profundamente quando de repente sentiu alguém sobre ela.Ela se assustou e gritou:— Ah!— Sou eu. — Roberto tapou sua boca.A luz do quarto foi acesa, Jaqueline viu o homem em cima dela e suspirou de alívio. Ela olhou para o relógio, era uma da manhã.— Por que você voltou?— É estranho eu voltar para casa? — Ele parecia ter bebido, seu corpo cheirava a álcool. Ele abaixou a cabeça e beijou seus lábios, enquanto suas mãos habilmente abriam sua camisola.— Hmm... — Jaqueline quase usou toda sua força para empurrar Roberto, desesperadamente colocou a mão na boca dele. — Me solta!Roberto agarrou suas mãos e as pressionou firmemente para os lados.— O que foi, não quer mais que eu te toque?— Você não estava com Ângela? Vai ficar com ela, por que voltou?Esse homem achava que podia ter tudo? Ficar com Ângela até se cansar e depois voltar, e quando se cansasse de novo, podia ir para Ângela novamente. Onde já se viu uma coisa dessas?— Eu preciso de um mo
Roberto ajeitou a gravata, se virou e disse: — Vá ao meu escritório ao meio-dia.— Para assinar os papéis do divórcio? — Jaqueline perguntou diretamente, esperando que pudessem assinar logo e terminar com isso, para não prolongar a tristeza.Ao ver a urgência no rosto da mulher, Roberto franziu a testa. — Você vai saber quando chegar lá.Depois de dizer isso, ele saiu da sala abruptamente, visivelmente irritado.Cheia de dúvidas, Jaqueline esperou até o meio-dia.Ela não sabia se deveria ir antes ou depois do almoço. Após pensar um pouco, decidiu ligar para Roberto.Quando ele atendeu, Jaqueline disse imediatamente: — Já é meio-dia, vou direto para o seu escritório agora?— Pode vir.— Você já almoçou? — Jaqueline perguntou por hábito.— Ainda não.— Então, que tal eu preparar uma marmita e levar para você?Ela sabia que Roberto muitas vezes estava tão ocupado que mal conseguia almoçar. Quando comia, era algo rápido, às vezes apenas um café.Às vezes, ela fazia questão de preparar u
Roberto colocou as marmitas na mesa, precisamente duas, uma para ele e outra para Ângela. Ele abriu as embalagens e, embora os ingredientes fossem os mesmos em ambas, notou que uma continha pimenta e a outra não. Com uma expressão de confusão, ele questionou:— Por que você adicionou pimenta?Jaqueline, cujos pensamentos estavam desordenados, foi interrompida pela pergunta e respondeu distraidamente:— Coloquei sem querer. Se não quiser, pode deixar de lado.Percebendo o tom indiferente de Jaqueline, Roberto sentiu que algo não estava certo, mas considerou que nem ele nem Jaque gostavam de pimenta, então provavelmente foi um engano.— Sra. Santana, você já almoçou? — Indagou Ângela com cortesia, seu rosto exibia sinais de cansaço e fragilidade.— Ela já comeu. — Interveio Roberto por ela.Jaqueline sempre preparava o almoço em casa, então Roberto presumiu que naquele dia não seria diferente.Jaqueline confirmou, de forma sucinta:— Sim, já comi.Ela costumava se preocupar que comer co
Roberto prontamente pegou um lenço de papel para enxugar as lágrimas de Ângela, oferecendo a ela conforto:— Não chore.Se voltou para Jaqueline e explicou:— Jaque, quanto à questão do nosso divórcio, Ângela se sente culpada, por isso pedi que você viesse hoje para esclarecer pessoalmente que o divórcio não é culpa dela.Jaqueline ficou sem palavras.Era esse o propósito de Roberto, fazer com que ela declarasse pessoalmente que Ângela não era a culpada.Isso parecia ridículo, e Jaqueline quase riu alto. Roberto estava disposto a humilhar sua esposa para fazer Ângela se sentir melhor. Talvez ele não percebesse isso como humilhação, mas para Jaqueline, era exatamente o que parecia.Ela estava prestes a responder quando, de repente, a secretária bateu na porta e disse:— Presidente Roberto, o Sr. Ademir precisa falar urgentemente com o senhor por videochamada.Roberto se levantou imediatamente e instruiu:— Conecte o computador da sala de reuniões, estarei lá em breve.— Certo.Depois q