No hospital.Depois que os resultados dos exames saíram, o médico deu uma olhada na ficha e disse: — Você só comeu algo estragado, não é nada sério. Basta descansar alguns dias.— Sério? — Ao ouvir essa resposta, Roberto parecia um pouco mais desapontado do que imaginava.Quando chegaram ao hospital, Jaqueline correu para o banheiro para vomitar. Roberto ouviu tudo claramente e sentiu seu coração apertar de preocupação. Ele estava com suspeitas.Agora, o médico dizia que ela só havia comido algo estragado.Jaqueline suspirou de alívio. Ela sorriu e disse: — Eu disse que não era nada. Foi só uma comida estragada. Vamos para casa.Roberto pegou o relatório médico da mesa do doutor e o examinou cuidadosamente. Os resultados dos exames confirmavam o que o médico havia dito.— Então, prescreva algum medicamento para ela. — Disse Roberto.O médico receitou alguns medicamentos para Jaqueline, e Roberto se preparou para levar ela embora.No corredor, Jaqueline viu Hebe à distância, vestida
— Fica aqui sentado esperando por mim um momento, um homem grande parado na porta do banheiro feminino, como que é isso? Você não se sente constrangido, mas eu fico envergonhada.O homem ficou em silêncio por um momento e soltou a mão dela. — Tudo bem, eu espero por você.Jaqueline imediatamente colocou a garrafa de água mineral na mão dele e se virou rapidamente, caminhando apressada.— Vai devagar, cuidado para não cair. — Ele a lembrou por trás, com um tom sério e cheio de preocupação.As pessoas que passavam olhavam com inveja.Jaqueline desacelerou o passo, apertando firmemente o tecido na frente do peito, com as sobrancelhas franzidas.Infelizmente, a preocupação dele já não era oportuna.Jaqueline correu para o banheiro e fechou a porta, imediatamente se inclinou sobre o vaso sanitário e colocou os dedos na garganta para se forçar a vomitar.— Ugh...Uma sensação intensa de desconforto subiu do estômago e da garganta.Ela conseguiu vomitar as três pílulas que tinha engolido à f
"Srta. Jaqueline" essas duas palavras continuaram a assombrar Jaqueline durante todo o caminho.Quando chegou em casa, ela se sentiu mal e quis deitar um pouco. Ela caminhou cambaleando e acabou chutando o lixo sem querer. Quando foi o ajeitar, percebeu que havia um celular dentro da lixeira. A tela do celular estava quebrada. "Esse celular não era do Roberto?"Ela se lembrou de que, pela manhã, quando saiu de casa, ouviu algo caindo no quarto. Agora parecia que era esse celular. Mas o chão era todo de carpete, então, mesmo que caísse no chão, não faria tanto barulho e não quebraria a tela assim. Parecia que havia sido quebrado de propósito....Jaqueline não via Roberto há quatro dias, desde aquela discussão no carro.Eles não se falaram e era como se ele tivesse desaparecido. Jaqueline sentia uma dor no coração todos os dias. Assim que acordava, sentia um aperto no peito, mas precisava seguir em frente com a vida.Diante da avó, ela tinha que fingir que estava tudo bem e que era
— Ele é o principal acionista da Universidade da Cidade A, Sr. George.Aplausos estrondosos encheram a sala.Um jovem de terno elegante subiu ao palco com graça, acenando levemente com a cabeça para a plateia antes de se posicionar ao lado de Jaqueline.Ao ver ele, Jaqueline ficou surpresa.Não era ele o homem com quem ela havia compartilhado uma mesa no restaurante alguns dias atrás?George também ficou um pouco surpreso ao ver ela na plateia, mas não demonstrou. Ele pegou o diploma das mãos do diretor.Jaqueline se aproximou, recebeu o diploma e fez uma leve reverência, mantendo a cabeça baixa.A franja do capelo pendia para a frente.Seguindo a tradição, George levantou a mão e gentilmente moveu a franja para a frente do capelo dela!A cerimônia foi concluída.Jaqueline ergueu a cabeça, prestes a agradecer, quando de repente sentiu uma tontura e quase caiu!George imediatamente a segurou, puxando ela para seus braços de maneira bastante íntima.— Você está bem? Não está se sentindo
George viu a cena à sua frente e pareceu adivinhar algo, mas não disse nada.Jaqueline se desvencilhou com força dos braços de Roberto. Se sentindo desconfortável sob os olhares de tantas pessoas, ela ficou um pouco apreensiva. — Desculpe, Sr. George, você quer ir ao hospital?Ela ignorou o olhar sombrio de Roberto, focando sua preocupação em George. — Eu estou bem. — George respondeu, segurando o peito e franzindo ligeiramente a testa, claramente com dor.Jaqueline estava prestes a se aproximar para verificar, mas Roberto agarrou seu pulso e a puxou bruscamente de volta. Sua expressão era assustadoramente sombria.— Me solte! — Jaqueline tentou se libertar, mas ele estava segurando ela com força.Roberto a segurou pela cintura, puxando ela para junto de si, enquanto lançava um olhar hostil a George. Com Jaqueline nos braços, ele tirou um cheque do bolso e o enfiou no bolso do paletó de George, em um gesto desafiador, dizendo em voz alta: — Obrigado por salvar minha esposa, isso é p
— Jaque, você quer alguma coisa?Ele não respondeu diretamente à pergunta dela, mas de fato, Ângela era sua colega.— Eu preciso preencher o formulário de inscrição para o vestibular. Você tem alguma sugestão sobre qual curso escolher?Roberto, sem levantar a cabeça do trabalho, disse: — Escolha algo que você goste.— Então, vou escolher...— Desculpe interromper. — Ângela estava na porta do escritório. — Sr. Roberto, o Sr. Johnson já está online, aguardando você.Roberto acenou com a cabeça para mostrar que entendia, fechando os documentos na mão. — Estou indo. — Ele se levantou e ao passar por Jaqueline, disse. — Estou um pouco ocupado agora. Podemos conversar mais tarde?— Ah, tudo bem. — Jaqueline abaixou a cabeça, aparentemente um pouco desapontada.Roberto percebeu que ela não se mexeu, então parou e se virou.No final, ele se aproximou e segurou os ombros dela. — O que foi?— Nada, pode ir trabalhar. — Ela não queria atrapalhar.— Me diga, qual curso você quer fazer? — Ele nã
— Jaqueline, quantas vezes mais eu preciso te lembrar que nós ainda não estamos divorciados!— Você... — Jaqueline queria dizer que isso não tinha nada a ver com o fato de estarem ou não divorciados, mas ao ver a expressão sombria do homem, ela sabia que continuar a discussão só colocaria mais lenha na fogueira. Ela não sabia quando ele havia se tornado tão irracional.De repente, sentiu uma onda de náusea e, rapidamente, desfez o cinto de segurança, abriu a porta do carro e saiu correndo, começando a vomitar.Roberto saiu do carro rapidamente e se agachou ao lado dela.Jaqueline segurou a roupa na altura do peito e respirou fundo. Ainda bem que ela não tinha comido nada pela manhã, senão teria vomitado ainda mais.— Já faz dias, você não tomou remédio?Ele acariciou as costas dela.Jaqueline, preocupada que ele suspeitasse de algo, se virou com fingida indignação.— A culpa é sua, você freou de repente, me deixou enjoada. Eu já sou propensa a enjoar no carro.Ao ouvir a recriminação d
— Ok.Jaqueline não disse muito mais, afinal, era a casa dele e ele podia ficar se quisesse.Mesmo sendo algo tão normal, Jaqueline sentiu uma leve alegria secreta em seu coração.Na hora do almoço, Jaqueline não tinha muito apetite e praticamente só comeu vegetais, enquanto Roberto colocava carne em seu prato.— Por que você só está comendo vegetais? Coma um pouco de carne.Jaqueline sentia náuseas só de olhar para a carne, não conseguia comer.Mas, com medo de que ele desconfiasse, ela se forçou a comer a carne. Ainda bem que ela tinha tomado um pouco de remédio antiemético para grávidas antes, então, com algum esforço, conseguiu segurar o enjoo.— O que você quer fazer? — Roberto perguntou de repente.— O quê? — Jaqueline levantou a cabeça para olhar para ele.— Não falamos antes que depois de se formar eu arranjaria um emprego para você? O que você precisa de mim?— Eu mesma vou procurar um emprego, não preciso que você arranje para mim.— Você mesma vai procurar, não vai para o Gr