Medusa

Medusa PT

Romance
Ashira Guedes  concluído
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30Capítulos
1.6Kleituras
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Resumo
Índice

Mackenzie entra na Universidade São Antônio para reencontrar sua antiga paixão Sarah, e quando não é bem recebida pela mesma, Mack se vê entre antigas amizades e muitos segredos perturbadores que vão fazê-la perder o sono. Quem diz a verdade? Qual o terrível segredo que Sarah esconde?

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Último capítulo

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Capítulo 1 - Without me
O sol surgiu no horizonte lentamente, lançou seus raios por entre as frestas da janela de madeira, tocando suavemente a pele do meu rosto. Meus olhos cansados presos no teto, fruto de uma noite sem dormir acompanhavam a escuridão se curvar perante a magestosa luz do dia. Impulsionei meu corpo para cima me sentando sobre a cama, inclinei meu rosto para baixo procurando o celular. Virei o rosto e admirei as malas prontas, senti uma pontada na boca do estômago, estou fazendo a coisa certa? Saltei da cama, caminhei pelo corredor silencioso desenhado por quadros e enfeites, empurrei a porta do banheiro e meu reflexo surgiu no espelho me encarando. Apoiei as mãos na pia, puxei o ar até meus pulmões se encherem completamente e soltei lentamente. O reflexo não parecia ser meu, tinha meus traços, mas não a minha essência, como uma máscara de silicone ocultando minha alma. Entrei no box, abri o chuveiro e enfiei a cabeça em baixo da água, fechei os olhos e senti a água quente deslizar por meu
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Capítulo 2 - A Festa
Camila apresentou o garoto que dirigia o carro como Chance, seu namorado. Ele vestia o casaco oficial do time de futebol da universidade, vermelho com as mangas cinzas e o logotipo da universidade em branco. Sua pele negra combinava gentilmente com o casaco, cabelo preto penteado para cima, e um piercing transversal na orelha direita. Ele me lançou um sorriso pelo espelho retrovisor mas se manteve em silêncio o caminho todo. Estacionamos diante de uma mansão isolada em uma estrada arborizada, saltamos do carro, Camila e Chance sussurravam de forma agressiva como uma briga sufocada, dei as costas e caminhei até a porta de entrada da casa, cruzei os braços e aguardei. De repente ouvi um som de impacto, como se alguma coisa pesada se chocasse com a lataria do carro, virei o rosto e Camila caminhou até mim olhando para o chão e esfregando os braços como se estivesse com frio, Chance passou por ela e jogou um sorriso forçado. -Você é a melhor amiga da Zuri? - Chance perguntou
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Capítulo 3 - Finais Mentem
No som a música "Ginga - Iza com participação especial Ricon Sapiência", tocava no último volume. Alice dançava diante de mim, movendo seu corpo suavemente com a batida da música, sensualizando sem ser vulgar. Eu joguei um sorriso malicioso, meus olhos passeavam por suas curvas e fazia minha mente deslizar por seu corpo. De repente uma garota bateu o ombro no meu peito perdendo o equilíbrio, seu corpo desceu como se perdesse a consciência. Inclinei meu corpo para baixo e agarrei a blusa da garota puxando seu corpo para cima. -Carson? - perguntei. Ela jogou seus olhos vazios para meu rosto, como se não estivesse totalmente consciente. Empurrei o corpo dela para trás sobre uma cadeira, ela levantou o rosto e passou os olhos ao redor como se não soubesse onde está. -Carson - gritei sobre seu rosto. Ela não reagiu, estava totalmente aeria. -Fica aqui, vou pegar uma garrafa de água - Sussurrei. Dei as costas e caminh
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Capítulo 4 - Ecos Da Minha Consciência
Joguei meu corpo na cama, enfiei os fones no ouvido, coloquei a playlist no aleatório e a música "Nós 2 - Jade Baraldo" começou a tocar bem baixinho. Fechei os olhos, respirei fundo e deixei a batida da música me envolver. Minha mente atravessou as paredes de tijolos e visitou o quarto da Sarah, me imaginei batendo na porta, ela abrindo vestindo apenas um hobby transparente, dei um passo para frente ficando a centímetros do seu rosto. Ela levantou os olhos me devorando silenciosamente, mordeu o lábio inferior como se tentasse controlar seus desejos, enfiei a mão dentro de seu hobby, deslizei os dedos nas suas costas e a puxei contra meu corpo, toquei seus lábios com um beijo apaixonado. Ela abriu o hobby e o deixou se desmanchar no chão, levantou o rosto e soltou um gemido abafado enquando meus lábios deslizavam por seu pescoço, desci as mãos desenhando as curvas de sua bunda e a empurrei sobre a cama. Tirei minha blusa jogando para trás, subi na cama sobre ela, toquei seu seio com
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Capítulo 5 - Começo
Joguei meu corpo na cama, lancei meus olhos para o teto, senti uma pontada no topo da cabeça que se estendeu para a testa. Camila se sentou na cama dela em silêncio, esfregou a palma das mãos na calça. Virei o rosto para ela. -Está tudo bem? - perguntei. Camila balançou a cabeça de forma positiva. O celular dela acendeu a tela, ela virou o rosto e soltou um suspiro desanimado. -Você precisa denunciá-lo - comentei. -Não posso. -Por quê? - perguntei. -Ele é o melhor amigo do Daniel. -É daí? - perguntei. -Se eu fizer qualquer coisa contra o Chance - Camila fez uma pausa - Daniel vai fazer da minha vida um inferno. -Você prefere apanhar? - perguntei. -Eu prefiro que ninguém saiba o que aconteceu. -Se você não denunciá-lo, vai fazer ele ac
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Capítulo 6 - Pouca Pausa
Camila empurrou a porta e entrou sorrindo, apanhou o copo de café da Alice e bebeu um gole. -Zuri vai chegar daqui a pouco - disse Camila apoiando o copo na mesa - Vai pegar seu biquíni. Alice saltou da cama, se inclinou e me deu um beijo suave, apanhou o copo de café e saiu do quarto. Camila me lançou um olhar malicioso. -Você é lésbica - Disse Camila com uma feição de espanto - E está com a Alice. -Sim. -Aquele abraço que nós demos é de amizade, tá? - Camila perguntou. -Tá bom. -Apenas estou esclarecendo para que não haja nenhum conflito de interesses - disse Camila. -Não se preocupe, você não faz meu tipo. -Que bom - Camila suspirou - Qual é seu tipo? -O tipo que gosta de mulher. -Ah, sim, isso é importante. - disse Camila com um sorriso tímido. -Ser heterossexual não te faz querer transar com todos os homens que você conhece. Você tem su
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Capítulo 7 - Certeza
Dormi muito bem durante a noite, acordei animada e ansiosa tanto para ver a Sarah quando para meu primeiro dia de aula. Saltei da cama antes do celular despertar, vesti a roupa que eu mais gosto, passei perfume, enfiei a carteira e o notebook na mochila e desci as escadas pulando os degraus. Atravessei a porta e me surpreendi, a rua estava lotada de estudante caminhando em direção ao prédio da universidade, desci a rua até o banco de pedra próximo a escada da praça e aguardei. Sarah surgiu entre a multidão, saltei do banco e me aproximei com um sorriso apaixonado. -Oi. -Oi - Sarah Sussurrou. Ela apertou os lábios e me lançou uma expressão fria, separei os braços e apertei a sobrancelha confusa. Ela passou por mim se encolhendo dentro do casaco, eu corri e saltei diante dela. -O que aconteceu? - perguntei. -Voltamos para a realidade. -Do que você está falando? - perguntei. Sarah arrastou os olhos para
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Capítulo 8 - Vemk
Abri os olhos lentamente, estava deitada em uma cama com o rosto voltado para cima, paredes brancas, alguns aparelhos acoplados a parede soltando um ruído agudo. Meu corpo estava pesado, com frio e levemente dolorido. Levantei a cabeça com dificuldade, minhas mãos estavam enfaixadas com sinais de sangue. Meu braço esquerdo estava enfaixado desde a ponta do dedo até o cotovelo. Virei o rosto e minha mãe estava sentada em uma poltrona de couro preta, apoiada em uma grande janela com grades que permitiam a entrada da luz do dia. Minha mãe estava com o rosto inclinado para baixo e os olhos fechados. De repente uma mulher entrou no quarto, com uniforme verde, com uma bandeja nas mãos e algumas seringas. Ela me lançou um sorriso gentil como se estivesse feliz em me ver. -Olá. -Oi - respondi. -Você está sentindo dor? -Não - respondi. Ela enfiou a agulha no suporte do soro e jogou um líquido amarelado a substância. -Iss
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Capítulo 9 - Amanhã Pode Ser Tarde
Não sei por quanto tempo dormi, mas quando abri os olhos Sarah ainda estava sentada na poltrona, com os braços cruzados sobre o peito, o rosto um pouco inclinado para baixo e os olhos fixos no meu rosto. Seu olhar parecia distante, acima de nós, por entre as lembranças claramente difíceis, uma expressão de sofrimento estampava seu rosto delicado. De repente desviou o olhar. -Está tudo bem? - perguntei. -Sim. Sua voz estremeceu, suas mãos agarraram o braço da poltrona, seus dedos afundaram o couro, seus olhos se arrastavam no chão para longe do meu rosto como um rato fugindo de um gato feroz. Sua pele como seda deu lugar a um tom de rosa claro, uma gota de suor deslizou por sua testa e explodiu na gola de sua blusa preta, seus olhos arregalados percorriam a linha do piso em direção a porta. Ela passou a lingua suavemente por entre os lábios, e mordiscou seu lábio inferior enquanto apertava a sobrancelha. -O que está te incomodando? - pe
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Capítulo 10 - Chamar a paz
Me escondi no quarto do hotel por uma semana, para me recuperar física e emocionalmente, ou apenas tentar lidar com as dores da carne e do peito. Minhas feridas estavam cicatrizando lentamente, as dores aos poucos se tornaram suportáveis, minhas mãos se fechavam com dificuldade, mas o hospital se tornou uma lembrança distante. Minha mãe precisava retornar para nossa cidade, por questões de trabalho, já que é a melhor dentista da cidade. Frustrada por não conseguir me convencer a retornar, decidiu me acompanhar para a universidade e conferir pessoalmente minha adaptação. Fomos direto até a sala da coordenação, nos sentamos diante de uma mesa de madeira envernizada. A Cordenadora é uma mulher de meia idade, cabelos loiros na altura dos ombros, pele clara com marcas de expressão, olhos grandes esverdeados, óculos redondo apoiado na ponta do nariz, blaser de linho cinza, camisa social branca, maquiagem discreta e longos brincos de ouro. Ela se inclinou e apoiou os cotovelos e antebraços
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