Depois de algumas horas andando de um lado para outro, ansiosa, desesperada para ver Sarah e o bebê, senti um toque no ombro. A mesma enfermeira que nos recebeu quando chegamos me lançou um sorriso.
-Calma Mãe - disse ela - Eles estão bem, mas a mamãe precisa descansar.
-Eles vão sair ainda hoje? - perguntei.
-Esta previsto para recebermem alta hoje a noite - disse ela.
Eu precisava ir para casa, pois a cadeirinha foi instalada no meu carro. Minha mãe disse que ficaria no hospital com a Sarah, e me manteria informada. Eu, meu pai e nossos amigos fomos para casa, pedimos comida, passamos o dia conversando e ao entardecer voltei sozinha para o hospital. Passei na floricultura, comprei uma cesta com flores, ursinho de pelúcia, chocolates e muffin. Saltei do carro no estacionamento, subi de elevador até a recepção, uma enfermeira me acompanhou até o quarto da Sarah. Empurrei a porta lentamente, Sarah estava pronta para sair, com jeans, cas
Lindsay trouxe os filhos para a Sarah conhecer na semana seguinte, a ligação entre os irmãos foi instantânea, o amor transbordou o coração de Sarah e escorreu por seu rosto iluminado. Desde então vamos almoçar na casa de Lindsay todo o domingo. Robert abraçou a ideia de ter Sarah como filha e aceitou Ian como seu neto, ele é sempre atencioso e prestativo, e tenta estar sempre presente na vida do neto. O bebê da Carson nasceu em poucos meses, saudável e linda. May escolheu o nome e a pequena Amanda se tornou a alegria da família, e por coincidência a primeira palavra que ela disse foi "Manda". Alice e Peny abriram uma empresa para qualificar pessoas transexuais para o mercado de trabalho, também da total apoio psicológico e financeiro para as pessoas que são expulsas de casa pelos pais. Pedro e May abriram uma academia e ensinaram defesa pessoal para mulheres e homens que precisavam se sentir mais confiantes depois de algum trauma. Pedro e Taylor tiveram filhos gêmeos, dois meninos,
Eu, Peny, Pedro e Phelipe fomos comprar carne no açougue enquanto nossos demais amigos foram para a casa do lago pois faríamos um churrasco para comemorar a vida é a liberdade. Pedro e Phelipe discordavam de qual carne seria mais macia enquanto Peny de braços cruzados balançava o corpo de um lado para outro demonstrando estar ansiosa. Seu olhar perdido deslizava sobre o vidro da vitrine como se procurasse uma resposta por entre as peças de carne.-Está tudo bem? - perguntei.-Sim.Seria emoção reprimida do momento emocionante que tivemos?-Precisa conversar? - perguntei.-Não se preocupe.-Não pode guardar tudo pra você, pois uma hora isso vai acabar te sufocando.-Estou confusa - Disse Peny - agora que nossa empresa cresceu e conseguimos o apoio do governo estamos ajudando muitas pessoas, mas também conhecendo muitas histórias tristes.-Entendo.-Recentemente uma criança de n
Meus pais me buscaram em casa e me levaram até a casa do lago. Desci do carro diante da casa, respirei fundo sentindo um frio na barriga, minhas mãos suavam e tremiam. Minha mãe ficou diante de mim com um sorriso largo e lágrimas nos olhos.-Está linda.-Obrigada mãe.Meu pai me abraçou controlando as lágrimas.-Estou orgulhoso de você filha - disse ele.-Obrigada Pai. Quem vai entrar comigo?-Nós vamos entrar com você - disse minha mãe.Meu pai ficou do meu lado direito e minha mãe ficou do meu lado esquerdo, pegaram em meu braço e caminharam comigo, demos a volta na casa e diante de nós surgiu um lugar lindo, cheio de flores, fitas coloridas, uma banda tocava a música "Se eu não te amasse tanto assim - Geórgia Castro" e o lago ao fundo. Caminhei com as pernas trêmulas até o juiz de paz que me lançou um sorriso orgulhoso.-Oi - cumprimentei.-Oi - Ele respondeu.E
O sol surgiu no horizonte lentamente, lançou seus raios por entre as frestas da janela de madeira, tocando suavemente a pele do meu rosto. Meus olhos cansados presos no teto, fruto de uma noite sem dormir acompanhavam a escuridão se curvar perante a magestosa luz do dia. Impulsionei meu corpo para cima me sentando sobre a cama, inclinei meu rosto para baixo procurando o celular. Virei o rosto e admirei as malas prontas, senti uma pontada na boca do estômago, estou fazendo a coisa certa? Saltei da cama, caminhei pelo corredor silencioso desenhado por quadros e enfeites, empurrei a porta do banheiro e meu reflexo surgiu no espelho me encarando. Apoiei as mãos na pia, puxei o ar até meus pulmões se encherem completamente e soltei lentamente. O reflexo não parecia ser meu, tinha meus traços, mas não a minha essência, como uma máscara de silicone ocultando minha alma. Entrei no box, abri o chuveiro e enfiei a cabeça em baixo da água, fechei os olhos e senti a água quente deslizar por meu
Camila apresentou o garoto que dirigia o carro como Chance, seu namorado. Ele vestia o casaco oficial do time de futebol da universidade, vermelho com as mangas cinzas e o logotipo da universidade em branco. Sua pele negra combinava gentilmente com o casaco, cabelo preto penteado para cima, e um piercing transversal na orelha direita. Ele me lançou um sorriso pelo espelho retrovisor mas se manteve em silêncio o caminho todo. Estacionamos diante de uma mansão isolada em uma estrada arborizada, saltamos do carro, Camila e Chance sussurravam de forma agressiva como uma briga sufocada, dei as costas e caminhei até a porta de entrada da casa, cruzei os braços e aguardei. De repente ouvi um som de impacto, como se alguma coisa pesada se chocasse com a lataria do carro, virei o rosto e Camila caminhou até mim olhando para o chão e esfregando os braços como se estivesse com frio, Chance passou por ela e jogou um sorriso forçado.-Você é a melhor amiga da Zuri? - Chance perguntou
No som a música "Ginga - Iza com participação especial Ricon Sapiência", tocava no último volume. Alice dançava diante de mim, movendo seu corpo suavemente com a batida da música, sensualizando sem ser vulgar. Eu joguei um sorriso malicioso, meus olhos passeavam por suas curvas e fazia minha mente deslizar por seu corpo. De repente uma garota bateu o ombro no meu peito perdendo o equilíbrio, seu corpo desceu como se perdesse a consciência. Inclinei meu corpo para baixo e agarrei a blusa da garota puxando seu corpo para cima.-Carson? - perguntei.Ela jogou seus olhos vazios para meu rosto, como se não estivesse totalmente consciente. Empurrei o corpo dela para trás sobre uma cadeira, ela levantou o rosto e passou os olhos ao redor como se não soubesse onde está.-Carson - gritei sobre seu rosto.Ela não reagiu, estava totalmente aeria.-Fica aqui, vou pegar uma garrafa de água - Sussurrei.Dei as costas e caminh
Joguei meu corpo na cama, enfiei os fones no ouvido, coloquei a playlist no aleatório e a música "Nós 2 - Jade Baraldo" começou a tocar bem baixinho. Fechei os olhos, respirei fundo e deixei a batida da música me envolver. Minha mente atravessou as paredes de tijolos e visitou o quarto da Sarah, me imaginei batendo na porta, ela abrindo vestindo apenas um hobby transparente, dei um passo para frente ficando a centímetros do seu rosto. Ela levantou os olhos me devorando silenciosamente, mordeu o lábio inferior como se tentasse controlar seus desejos, enfiei a mão dentro de seu hobby, deslizei os dedos nas suas costas e a puxei contra meu corpo, toquei seus lábios com um beijo apaixonado. Ela abriu o hobby e o deixou se desmanchar no chão, levantou o rosto e soltou um gemido abafado enquando meus lábios deslizavam por seu pescoço, desci as mãos desenhando as curvas de sua bunda e a empurrei sobre a cama. Tirei minha blusa jogando para trás, subi na cama sobre ela, toquei seu seio com
Joguei meu corpo na cama, lancei meus olhos para o teto, senti uma pontada no topo da cabeça que se estendeu para a testa. Camila se sentou na cama dela em silêncio, esfregou a palma das mãos na calça. Virei o rosto para ela.-Está tudo bem? - perguntei.Camila balançou a cabeça de forma positiva. O celular dela acendeu a tela, ela virou o rosto e soltou um suspiro desanimado.-Você precisa denunciá-lo - comentei.-Não posso.-Por quê? - perguntei.-Ele é o melhor amigo do Daniel.-É daí? - perguntei.-Se eu fizer qualquer coisa contra o Chance - Camila fez uma pausa - Daniel vai fazer da minha vida um inferno.-Você prefere apanhar? - perguntei.-Eu prefiro que ninguém saiba o que aconteceu.-Se você não denunciá-lo, vai fazer ele ac