Após anos de tirania sob o comando de Klaus, o mundo sobrenatural está à beira do colapso. Enquanto Ivy lidera a rebelião com coragem, Violet é consumida pela necessidade de respostas sobre a misteriosa conexão que ainda sente com Dylan, seu alfa e amor perdido. Entre os escombros do laboratório de Alaric, ela descobre um pergaminho antigo que promete alterar o destino de todos. Determinada a trazer Dylan de volta, Violet se vê diante de um dilema: mudar o passado e arriscar o futuro em um perigoso salto temporal. Mas estaria ela disposta a sacrificar tudo — inclusive a si mesma — por uma chance de reverter a morte de Dylan? — Violet, você não pode fazer isso — alerta Agnes, segurando seu pulso com firmeza. — Não pode seguir os passos de sua mãe. Viagens no tempo vão te destruir. — Eu já estou morta, não percebe? — Violet retruca com um sorriso amargo, afastando-se. — Sem Dylan, nosso mundo está condenado. Acha mesmo que um feitiço pode piorar as coisas? — Você ainda não está pronta para a necromancia, ainda mais depois de um salto temporal. Isso pode te matar! — Agnes tenta arrancar o Sanguináculum das mãos de Violet, mas ela o segura com determinação. — Não importa o que custe, eu trarei Dylan de volta. A ascensão da lua livro 2 Livro 1: A Propriedade Do Alfa Livro 2: Em Busca do Alfa Livro 3: Prometida Ao Alfa (Em breve)
Ler maisOlhei-me no espelho, ajustando a barra do vestido gótico que Gwen havia escolhido para mim. O tecido preto de veludo caía elegantemente até o chão, com detalhes em renda nas mangas e no corpete, que deixava meus ombros expostos. O decote acentuava meus seios de uma forma que me incomodava um pouco, dando a ilusão de serem maiores do que realmente eram. Suspirei, puxando o tecido de leve, tentando me acostumar com a visão que o espelho refletia.Meu cabelo estava preso em um coque baixo, alguns fios soltos emolduravam meu rosto. As luvas de renda cobriam meus braços até o cotovelo, completando o visual de uma época que eu nunca imaginei viver, quanto mais encenar. Gwen se aproximou silenciosamente, segurando um frasco de perfume. — Um toque final, senhorita — ela disse suavemente, borrifando uma fragrância leve ao redor de mim. Fechei os olhos ao sentir o aroma familiar. Orquídea negra com toques sutis de baunilha. Meu coração apertou no peito. — Esse perfume... — murmurei, minha
Caminhei até a cama imensa e sentei na beirada, deixando meus dedos deslizarem pelo tecido macio do dossel. Tudo ao meu redor gritava luxo e realeza, mas para mim, não passava de uma fachada. Uma ilusão cuidadosamente criada para me prender em um conforto opressivo.Meus pensamentos foram interrompidos pelo som suave de uma porta se abrindo. Virei-me rapidamente, surpresa ao ver uma jovem entrando. Ela parecia ter a minha idade, com cabelos castanhos ondulados que caíam sobre seus ombros e olhos castanhos que brilhavam de forma tímida. Ela parou na entrada, segurando o vestido simples que vestia com nervosismo.— Peço desculpas por entrar sem bater... — ela começou, a voz baixa e hesitante. — O senhor Jason disse que eu podia entrar assim.Observei-a por um momento, percebendo que ela não tinha a aparência de uma vampira. Parecia humana, tão humana quanto eu.— Está tudo bem — eu disse, tentando aliviar a tensão evidente em seus ombros.Ainda assim, ela permaneceu tensa, como se cada
Jason me arrastava pelos corredores do castelo, sua mão firme segurando meu braço como se temesse que eu pudesse escapar a qualquer momento. A dor nos meus músculos e o som ecoante de nossos passos me deixavam tensa, mas o que mais me incomodava era a sensação de estar à mercê de Klaus novamente.— Jason, você sabe onde está minha irmã? — perguntei, tentando esconder o desespero na voz.Ele hesitou por um instante, mas finalmente respondeu, sem olhar para mim:— A última vez que vi Sarah, ela estava bem. Mas já faz alguns dias. Fui enviado em uma missão e não tive mais notícias.Apesar de tudo, senti um breve alívio. Se Jason não a havia visto, ao menos significava que Klaus ainda não tinha feito algo com ela. Meu maior temor era que ele tivesse cumprido a ameaça que pairava como uma espada sobre minha cabeça.— Se ele encostar um dedo nela… — murmurei, mais para mim mesma do que para Jason.Ele não respondeu. Continuamos caminhando por um trecho que eu não reconhecia. Era uma parte n
Antes que eu pudesse dizer mais, o som de passos anunciou a volta de Caleb e Bryan. Jason e eu trocamos um olhar rápido, e ambos fingimos que nada havia acontecido. Caleb entrou no carro, o olhar desconfiado. — O que estava acontecendo aqui? — perguntou, a voz cortante. Eu falei antes que Jason pudesse reagir, fingindo raiva: — Ele é um idiota! Me agrediu porque eu queria fazer xixi nos arbustos! Jason percebeu minha intenção e entrou na onda. — Ela sabe que não pode sair do carro. Se quiser, que faça nas calças. — Ele revirou os olhos com sarcasmo. Caleb riu. — Finalmente, Jason, você está agindo como homem! — Ele empurra com força o ombro de Jason, fazendo-o gemer de dor. — Gostaria de ter visto você bater nessa vagabunda! Bryan surge na janela do carro, seu rosto irritado. — Abre logo, idiota! — gritou furioso. Caleb apenas riu, travando a porta propositalmente. — Eu vou quebrar essa merda! Sabe que tenho força pra arrancar essa porta! Caleb revirou os olhos e
Jason suspirou ao ver Caleb e Bryan desaparecerem na escuridão da floresta. O som do vento contra o carro era a única coisa que preenchia o silêncio sufocante. Ele estava nervoso; isso era óbvio. Sua mão segurava o painel com força, e eu percebia o tremor nos seus dedos, como se ele estivesse se segurando para não explodir. Minha cabeça latejou de novo. Aquela sensação estranha voltou com força total, como uma onda prestes a me engolir. O formigamento começou atrás dos meus olhos e se espalhou pela minha testa, descendo para o nariz. Eu gemi baixo e, quando toquei o rosto, lá estava: sangue quente escorrendo de novo. — O que... — tentei falar, mas minha voz falhou. O mundo ao meu redor girou. Os assentos do carro pareciam se distorcer, como se fossem feitos de algo líquido e instável. Por um instante, eu vi algo. Era como se uma energia emanasse de Jason, uma névoa azul fraca que pulsava ao seu redor, viva, densa, sufocante. Ele me observava, os olhos arregalados. Não era medo. Era
Capítulo 6Eu mantinha os olhos fixos em Ivy enquanto o carro deslizava pela estrada deserta, iluminada apenas pelos faróis que cortavam a escuridão. Ela estava ao meu lado, encostada no vidro da janela, mas algo estava errado. Sua respiração era lenta, irregular, e seu peito mal se movia.— O que fizeram com ela? — perguntei, minha voz soando mais firme do que eu me sentia por dentro. Meu coração batia pesado no peito, e a preocupação latejava na minha mente como um tambor.Caleb, que dirigia com uma expressão entediada, riu baixo e revirou os olhos.— Ela está dormindo, Violet. Só isso. Jason a colocou sob hipnose para que não criasse problemas. — Ele lançou um olhar rápido e maldoso para o loiro sentado no banco do carona. — Nosso bom e velho Jason sempre arruma um jeito... delicado de lidar com as coisas.Jason virou-se ligeiramente, os olhos azuis parecendo hesitantes antes de se fixarem em mim. Havia algo em sua expressão que me fez pausar. Vergonha, talvez. Ou arrependimento.—
Eu podia sentir meu coração pulsando em meus ouvidos, como se fosse explodir a qualquer momento. O ar ao meu redor parecia rarefeito, e minha mente lutava para processar o que estava acontecendo. Caleb estava ali, a poucos metros de mim, sua silhueta sombria iluminada pela fraca luz da lua que penetrava a copa das árvores.Ele deu um passo à frente, rápido como uma sombra que desliza no escuro. Antes que eu pudesse reagir, senti sua mão fria envolver meu pescoço. Ele me levantou do chão com uma facilidade assustadora, meus pés suspensos, chutando o vazio em uma tentativa desesperada de me soltar.O mundo parecia girar. Minha garganta ardia enquanto tentava puxar o ar que não vinha.— Ah, Violet... — Caleb disse, sua voz gotejando sarcasmo e prazer. — Você realmente acha que pode escapar de tudo isso? É tão divertido ver você assim, tão... frágil.Ele riu, uma risada baixa que fez cada célula do meu corpo gritar em alerta. Eu sentia meu rosto queimar pela falta de oxigênio.— Sabe, eu
A luz da lua entrava pela janela, lançando sombras suaves pelo meu quarto. A madeira escura das prateleiras estava repleta de livros antigos de magia, muitos deles já com páginas desgastadas pelo tempo. Sentada na poltrona próxima à cama, eu passava os olhos pelas linhas de um grimório antigo. As palavras pareciam saltar da página, como se carregassem uma energia própria. Porém, mesmo tentando me concentrar, minha mente estava inquieta.Havia uma sensação estranha no ar, algo que eu não conseguia explicar. Era como se um peso invisível pressionasse meus ombros, me deixando inquieta. Passei a mão pela testa, suspirando, e voltei a focar no livro.De repente, tudo ao meu redor se desfez.Era como se eu não estivesse mais no meu quarto. Meus olhos estavam abertos, mas não via mais as páginas do grimório. Em vez disso, uma floresta seca e desolada passava rapidamente diante de mim, como se eu estivesse correndo através dela.Eu não conseguia controlar meus movimentos; era como se estivess
O jardim estava imerso em um silêncio quase confortante enquanto eu e Ivy cuidávamos das flores. As gotas de água brilhavam ao cair das folhas como pequenas jóias líquidas, e o aroma fresco da terra molhada preenchia o ar. Mesmo assim, a tensão pairava entre nós. Ivy estava visivelmente distraída, seu olhar perdido enquanto regava mecanicamente os canteiros. Eu tentei puxar assunto algumas vezes, mas nada parecia quebrar o muro invisível que ela havia erguido desde a nossa conversa mais cedo. A única coisa que interrompeu o incômodo silêncio foi a voz grave de Logan, surgindo atrás de nós como um trovão abafado. — Está na hora de irmos. — Ele falou como quem não admite contestação. Virei-me, encontrando seu olhar penetrante. Ele estava parado ali, com as mãos nos bolsos, como se tivesse todo o tempo do mundo. Ivy olhou para mim, indecisa, mordendo o lábio inferior, como se esperasse que eu dissesse algo. E eu disse. — Acho melhor Ivy ficar aqui. Logan soltou uma risada baixa