Anna Contini é filha de um dos maiores mafiosos da Espanha e foi prometida ao filho de um clã rival desde pequena. O casamento deve ocorrer quando ela completar 18 anos, sendo parte de um acordo de paz entre as famílias. Viktor Mallardo, com 28 anos, é o filho do mafioso rival e está prestes a assumir a liderança no lugar de seu pai. A união entre Viktor e Anna é vista como a única maneira de encerrar os ataques e conflitos entre as famílias, responsáveis pela morte da mãe de Anna. Com um contrato de casamento de pelo menos um ano, essa aliança pode trazer estabilidade, mas será que o casamento forçado trará a paz que ambos esperam, ou novas batalhas surgirão?
Ler maisTânia narrando.Esse tempo todo de espera tem sido uma tortura para mim. Eu não aguentava mais ficar ao lado deles, mantendo a farsa de continuar sendo amiga da Anna. Às vezes eu sumia, deixava de dar a atenção de antes, e agora estou aqui, aguardando o momento certo para colocar o maldito plano em prática e finalmente conseguir o poder da máfia para mim e para o meu pai.Stela ainda estava escondida aqui em casa. Nós nos aproximamos muito, e percebi nesse tempo que ela era apenas uma mulher incompreendida, querendo um pouco de atenção da pessoa que ama.Tudo estava planejado. Com o acidente da mulher do Raul, as coisas iriam ficar bagunçadas e eles se descuidariam. Era o momento perfeito para colocar o plano em prática.— Então vai ser hoje? — Stela perguntou.— Sim, quanto antes fizermos, melhor… Vamos aproveitar que esse acidente com a nojenta da Vitória deixou tudo um caos. — Eu ri. — Está tudo no esquema: eu entro na casa, os dois seguranças vêm comigo, vamos amarrar as velhotas,
Anna Narrando.Assim que chegamos na frente da minha casa, Nathan estava na porta me esperando, com o celular na mão. Ele andava de um lado para o outro sem parar e, quando viu o carro parando, ele abriu a porta para mim, me dando espaço para correr para dentro de casa, enquanto ele retirava as coisas do carro e fazia o pagamento.Eu corri para dentro de casa com o coração na mão, eu tinha que saber o que estava acontecendo. Quando cheguei, Julieta estava dormindo no colo da Nathaly, a Rosa estava com os braços machucados e alguns hematomas, e a outra babá também estava ferida.Olhei para todos os lados e não vi o pequeno, o meu filho não estava lá.Todos me olharam com os olhos marejados, e eu já poderia imaginar o que estava acontecendo: levaram o meu filho. A desgraçada da Stela levou o meu filho e vai fazer mal a ele…Mas, se ela levou o Eduardo, por que, na ligação, Raul disse que tentaram entrar aqui, mas, por sorte, não conseguiram fazer nada? Nada está fazendo sentido, e eu es
Anna Narrando.Eu fiquei no hotel como o Viktor pediu. Não estava feliz de ficar ali, sozinha e longe dos meus filhos, e muito menos longe dele, mas não tive escolha… no momento, era o ideal, segundo seus argumentos. Muita coisa estava estranha, e uma delas era o tio Arthuro… Ele se comprometeu a trazer o olho grego para nos ajudar a encontrar Stela, mas ele não veio e não deu mais notícias. Eu não havia mais ficado sozinha para poder falar com ele sem que as pessoas ouvissem, então hoje era o momento que eu tinha para aproveitar e resolver essa questão, mesmo que meu marido já tivesse desistido.Antes de falar com ele, eu pedi comida, estava louca de fome. Enquanto não chegava, peguei o celular e disquei o número de Bernardo, mas ele não atendeu… Em seguida, antes mesmo de buscar o nome do tio Arthuro na agenda do meu celular, ele me ligou.Início da ligação.Anna: Oi, tio Arthuro… Tudo bem por aí?Arthuro: Anna, desculpa por desaparecer… Tivemos algumas surpresas indesejadas e acaba
Viktor narrando.— Cadê o traidor? — Falei descendo do carro.— Tá preso, chefe. Quando chegamos aqui, ele desconfiou e quis fugir, mas eu tive que dar uma chave de braço nele e prendi numa cadeira. — Um dos homens falou rindo. — Vê lá, chefe, ele tá se cagando de dor com o braço quebrado.— Agora é que ele vai sentir dor. Traidor não tem segunda chance na máfia, e esse vai sofrer mais do que o meu sogro sofreu com o ataque na casa dele, que com certeza foi comandado por ele. — Falei sorrindo, enquanto pegava a mala de tortura e jogava para o Raul. Os outros homens foram buscar o desgraçado.Eles trouxeram o traidor preso à cadeira, e ele gritava como um covarde, implorando para ser solto.— Viktor, que porra tá acontecendo? — Ele perguntou, apavorado.— O que tá acontecendo? Você está me perguntando o que tá acontecendo, seu desgraçado? — Me aproximei e dei um soco na boca dele, fazendo-o cuspir sangue.— Que merda, garoto, você pegou o cara errado. — Ele disse, tentando limpar a boc
Viktor narrando.Eu desliguei o celular muito irritado. Queria contar para Anna o que estava acontecendo, mas sabia que não era o momento. Ela ia querer se vingar, e com a cabeça quente ninguém consegue fazer nada direito, falo por experiência própria.Eu faria o que fosse necessário para recuperar o controle da máfia e acabar com todos os traidores que tentassem nos prejudicar a partir de agora.Deitei na cama com Anna. Eu estava muito puto com tudo o que estava acontecendo, mas precisava descansar e clarear a mente.— Está mais calmo? — Ela perguntou, me abraçando.— Não muito… mas eu preciso tentar ficar, senão vou acabar fazendo besteira. — Respondi, retribuindo o abraço.— Quero que você pense bem nas coisas… Você tem chance de mudar tudo isso. — Ela falou, acariciando meu rosto.— Eu sei disso… Só que não consigo dormir. — Suspirei. — Está sendo um baque atrás do outro e preciso me manter firme para fazer a coisa certa e capturar a Stela, assim como fizeram com o homem que estav
Viktor narrando.Um mês se passou desde o dia em que falei com o desgraçado do Arthuro Carroma. Ele ficou de me ajudar, mas até hoje não apareceu… Liguei algumas vezes para tentar descobrir o que estava acontecendo, mas sem sucesso…Estávamos bastante tensos com tudo o que estava acontecendo. Algumas vezes consegui perseguir a Stela, mas a desgraçada sempre escapava de mim antes que eu conseguisse chegar perto.Para relaxar um pouco, resolvi trazer a Anna para um hotel. Precisávamos de um tempo só nosso, agora que o período de recuperação do parto havia terminado. Deixamos as crianças com a Rosa, e Nathaly e meu irmão ficaram de passar por lá para ajudar. Quis fazer uma surpresa, já que ela estava tão tensa quanto eu.Eu estava louco para tê-la nos meus braços de novo.Dentro do carro, Anna percebeu que não estávamos indo para casa. Ela me perguntou para onde eu a estava levando e eu respondi que íamos para um hotel.Ela começou a rir e em seguida disse que não poderia ir porque estav
Tânia narrando.A minha vida estava uma completa loucura, minha cabeça mais bagunçada do que a vida de um cego, e minha mente só pensava se eu realmente fiz certo em aceitar a proposta de ajudar a Stela ou se estava agindo errado. Eu ainda tinha um namorado, mas não sabia quanto tempo isso iria durar.Talvez eu devesse me desligar dos meus sentimentos e fazer as coisas do jeito que meu pai quer… Ele quer a máfia, e eu tenho o poder para ajudá-lo a conseguir isso.A primeira coisa que preciso fazer agora é terminar tudo com o Nathan, mesmo que seja por telefone, porque a essa altura, aposto que todos já tenham ligado os fatos e saibam que estou ajudando a Stela nos planos dela.Eu realmente gosto do Nathan, mas estou disposta a abrir mão disso para ver meu pai feliz e garantir que ele não morra, já que ele é um traidor e está tão ameaçado quanto eu e a Stela.– Merda… – resmunguei para mim mesma, tirando o celular do bolso logo que saí da casa onde a Stela estava escondida.Disquei o n
Stela Narrando.Estou cansada de ficar trancada nessa casa sem sequer conseguir ver a luz do sol. A única pessoa com quem tenho para conversar de vez em quando é a imbecil da Tânia. Ela sempre vem aqui para trazer algo de que preciso ou para me contar como andam as investigações do Viktor para tentar descobrir onde estou.Eu sempre disse que, se um dia me escondesse, ele jamais me encontraria, e agora ele está sentindo na pele o que eu disse.O único dia em que consegui sair daqui foi quando me envolvi no acidente e, por pouco, não consegui fugir. Aquele pau-mandado que o Viktor contratou é muito bom e quase chegou até mim.Venho recebendo algumas mensagens e aposto que tem dedo do meu pai nisso. Ele quer me encontrar a qualquer custo, e eu não sei o que fazer para convencê-lo a mudar de ideia.9:00 da manhã. A porta se abriu. Claro, era a Tânia… mas ela não estava sozinha. Ouvi uma voz e, quando me levantei e enxerguei direito, percebi que minha mãe tinha chegado. Por um momento, fiq
Anna narrando:Depois de um longo tempo cuidando do Eduardo, ele finalmente dormiu. O garotinho acabou de nascer e está sofrendo com cólicas. Eu sofro junto com ele. Nunca imaginei que choraria de desespero por ver meu bebê com dor.Coloquei-o no berço ao lado da minha cama, sentei-me e apoiei as costas no travesseiro. Fiquei alguns minutos sozinha, chorando e tentando organizar minha mente, que estava uma completa bagunça com tantas informações, até que me dei conta de que não estava mais sozinha.Viktor sentou-se ao meu lado e, sem dizer nada, me olhava com um semblante preocupado. Logo que percebi, sequei as lágrimas e encostei a cabeça na cabeceira da cama.— Tudo bem com você? — Viktor perguntou, ainda me fitando.— Hm-hum… — murmurei.— Não parece… — Ele abaixou a cabeça. — Tudo o que eu menos queria neste momento era te trazer problemas, princesa.— Faz parte… — Sorri, sem graça. — Nunca vamos ter paz. Quando não é alguém tentando nos matar, é alguém prejudicando quem amamos. J