— Você sabe que está colocando a vida de todos em risco, não sabe?
— Desculpa, papai! Não quis prejudicá-lo, eu o amo — falei com tristeza no olhar. — Veja o que essa sua irresponsabilidade causou — ele disse, bravo.— Se os Mallardo desistirem do contrato, será o nosso fim.
Eu odeio esse jeito que meu pai tem de falar. Não é justo o que ele está fazendo comigo. Eu não sou uma moeda de troca, não sou um objeto, e não quero esse casamento. Estou abrindo mão de tudo por eles, e olha como ele me trata, ainda mais na frente desse velhote. — Que desistam, estou cansada disso… Eu não sou um troféu! — respondi, irritada. — Filha, não fale assim na frente do seu noivo — A minha avó disse, tentando me acalmar. Foi então que me dei conta de que ele estava presente. Viktor estava encostado na parede, de braços cruzados, observando a cena que meu papá estava criando. — Não posso desistir, a menos que sua filha não seja mais virgem — Viktor disse, me olhando dos pés à cabeça. — Pronto, agora virei um lanche… — Cruzei os braços e revirei os olhos. — Você não seria capaz, não é mesmo, filha? — papá me olhou com desconfiança. — Deveria, só assim vocês me deixariam em paz! — respondi ríspida. Em seguida, senti meu rosto queimar com o tapa que ele me deu. Olhei para ele, segurando o rosto, com os olhos cheios de lágrimas. No mesmo instante, ele tentou se desculpar, se aproximando, mas eu me afastei. — NÃO SE APROXIMA DE MIM! — gritei.— VOCÊ JUROU QUE NUNCA ME BATERIA E OLHA O QUE ESTÁ FAZENDO POR UM MALDITO CONTRATO!
— Desculpa, filha. Me perdoa, eu me excedi… — Ele tentou mais uma vez se aproximar, mas eu recuei. — NUNCA VOU TE PERDOAR, PAPAI — gritei e subi as escadas correndo. Fui para o quarto e bati a porta com força. Tranquei-a com a chave e me joguei na cama, querendo esquecer o dia de hoje, esquecer que eles existem e, principalmente, esse maldito contrato. Eu deveria ter perdido minha virgindade só para eles me deixarem em paz. Só de pensar que tive a chance dias atrás e não fiz isso por medo… Peguei meu celular e comecei a ligar para Carlos, desesperada. Precisava tentar me explicar, fazê-lo entender que nada estava em minhas mãos e que eu não tinha culpa pelo que estava acontecendo. Ele desligava todas as chamadas. Na décima tentativa, finalmente alguém atendeu, mas, para minha infelicidade, era uma voz feminina.— Olá, Carlos está um pouco ocupado agora, liga depois...
— Quem é você e o que está fazendo com o celular do meu namorado? — perguntei, nervosa.
Minhas pernas começaram a tremer, minhas mãos suavam, o nervosismo tomou conta de mim. — Seu namorado? — ela riu.— Ele não parece nem um pouco comprometido.
— Passa essa porcaria de telefone para ele, sua vadia! — respondi, irritada.— Ele não quer falar com você.
— Passa essa.... — Quanto tentei dizer mais alguma coisa, a vadia desligou na minha cara.
Não podia ser verdade. Como assim ele está com outra? Eu era única para ele. Não é possível que eu tenha sido enganada. Agora sim, minha vida acabou de vez. A única pessoa que eu achava que me amava incondicionalmente mal se separou de mim e já está com outra. Eu preciso ver isso com meus próprios olhos. O problema é passar pelo meu pai sem ser vista, além da segurança, e sem que Ruiz venha atrás de mim. Fiquei alguns minutos sentada na ponta da cama, pensando em como sair dali. Não é possível que eu não consiga… Que droga! Peguei meu celular, um pouco de dinheiro e desci as escadas correndo. Papá ainda estava na sala quando desci. Ele foi até a porta de entrada e começou a me questionar. — Onde você pensa que vai a essa hora, filha? — ele perguntou. Abri a porta e respondi sem ao menos olhar para ele. — Não venha atrás de mim, papai. Não destrua minha vida mais do que já fez! — falei e bati a porta com força. Atravessei o jardim até chegar ao portão principal, chamei um táxi e pedi que me levasse ao endereço do Carlos. Pedi também que ele se certificasse de que não estávamos sendo seguidos. Tudo parecia certo, então seguimos. O desespero tomava conta de mim. Meu corpo estava exausto, como se eu estivesse sob o efeito de medicamentos muito fortes. O medo me consumia. Se ele realmente estiver com outra garota, vou ter a prova de que até ele estava mentindo para mim, e isso me apavora. Só de pensar que a pessoa que eu amei todos os dias até hoje possa ter me enganado… Finalmente chegamos à casa simples onde Carlos mora. O taxista parou, paguei a corrida e ainda dei um dinheiro extra para que ele me esperasse. Seria difícil encontrar outro carro a essa hora. Desci do táxi com as pernas trêmulas. Mal conseguia andar sem achar que ia desabar a qualquer momento. Parei em frente ao portão e toquei o interfone várias vezes, até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo. Meu coração se encheu de esperança e, ao mesmo tempo, suor frio escorreu pelo meu rosto.Anna narrando:Eu desci do carro com as pernas trêmulas, estavam tão bambas que eu estava vendo a hora de cair no chão. Parei em frente ao portão e toquei o interfone diversas vezes até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo, o que me fez suar frio e, ao mesmo tempo, encher meu coração de esperança.— O que está fazendo aqui? — Ele perguntou ao abrir a porta.— Precisamos conversar, me escuta… Por favor… Somente dez minutos. — Praticamente implorei com o olhar.— Não sei se é uma boa hora. — Ele falou, abrindo um pouco mais a porta, me dando a visão de uma garota sentada no sofá.— Você é um cretino, usurpador! — Falei com os olhos cheios de lágrimas.— Anna, você achou mesmo que eu te amava? — Ele falou sorrindo, e eu olhei sem entender. — Entenda, você é rica, bonita, tem empresas em seu nome… Qual homem não se interessaria por você?— Você é nojento, como todos os outros! — Falei, dando um tapa em seu rosto. — Eu te odeio!Virei as costas e saí de lá chorando, entrei no p
ANNA NARRANDOUma semana se passou desde o acontecimento no cassino. Eu não vi mais o Carlos, nem ouvi falar dele até hoje. Também não tenho muitos amigos além da Tânia. Sempre que ela vem aqui, evita falar sobre a escola ou sobre o Carlos.Eu não voltei mais para a escola. Meu pai, com suas influências, conseguiu que eu fosse aprovada no último ano sem fazer as provas finais. Enquanto isso, estou sendo instruída sobre a máfia e tudo o que envolve o casamento que terei que cumprir. Após o casamento, seremos obrigados a ir para a Itália. O casamento precisará ser consumado lá.— Está pronta, filha? — Meu pai perguntou.— Sim, papai — respondi de forma seca.Peguei minha bolsa e fiz sinal para que a Tânia me acompanhasse. Eu não queria ir no mesmo carro que meu pai, então, como a Tânia veio dirigindo, era melhor irmos no carro dela. Descemos as escadas, cada um foi para o seu carro. Entrei no banco da frente e coloquei o cinto de segurança. Tânia entrou e deu partida no carro.— Isso tu
ANNA NARRANDO.Amanhã é o meu casamento, e estou completamente desanimada e triste. Mal tenho saído de casa, e desde o jantar, não vi mais o Viktor, nem qualquer pessoa daquela família, o que, pelo menos, é um ponto positivo.Hoje será o último ajuste do vestido. Amanhã é o casamento, e já está tudo pronto: malas arrumadas, passagens compradas. A cerimônia será simples, apenas na igreja, e depois vamos para a Itália. Eu escolhi não fazer recepção ou qualquer outra comemoração que pudesse fingir que estou feliz, e pelo menos dessa vez, meu pai me ouviu.Levantei por obrigação, tomei um banho rápido e vesti um vestido leve. Desci para o café da manhã, e felizmente não havia ninguém lá, nem mesmo a minha avó. Comi rápido e voltei para o quarto. Fazia dias que eu não olhava o celular ou as redes sociais.Quando abri o Instagram, vi uma mensagem no direct. No início, não liguei muito, até notar comentários na minha foto com a Tânia, tirada no jantar na casa dos Mallardo. Resolvi abrir o di
ANNA NARRANDO. Viktor abriu a porta do carro para mim, e eu entrei. Ele logo veio em seguida, ligou o carro e começou a dirigir, sem que eu soubesse para onde estávamos indo. Encostei minha cabeça no vidro, observando a rua passar. Eu não sei o que estou sentindo. Fui violada pelo meu papá, estou sendo tratada como mercadoria por um homem que nem conheço e ainda vou ser obrigada a ficar longe da minha abuela. Tantas coisas foram perdidas nesse tempo… Meu namoro acabou, minhas aulas foram cortadas, e fui aprovada sem nem ao menos fazer uma prova. Agora, estou indo morar longe da minha melhor amiga e da mulher que me criou, que me fez ser quem sou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Um peso enorme se acumulava dentro de mim, um desespero que não consigo explicar. Limpei as lágrimas e tentei me focar no que preciso fazer agora: deixar esse homem tirar minha virgindade e assumir a Máfia. – Você quer passar em casa para trocar de roupa? – Viktor perguntou. – Onde estão
ANNA NARRANDO. Depois que comemos a pizza, ficamos deitados juntos assistindo à série que eu estava vendo. De vez em quando, Viktor olhava o celular, parecia que esperava uma ligação ou mensagem de alguém. Eu estava agoniada com a situação, sem saber se ele iria tomar a iniciativa para transarmos ou se eu deveria fazer isso. Estava completamente perdida, e a única coisa que eu queria era que aquilo acabasse logo. Viktor tirou a roupa e deitou-se novamente. Não pude deixar de notar o quanto ele era bonito e seu corpo bem definido. Ele percebeu que eu o estava observando, então se virou para mim e acariciou meu rosto, me fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque. — Pele macia— Viktor sussurrou, me fazendo arrepiar. — Não precisa ter medo de mim, eu não quero te machucar. — Acaba com essa tortura de uma vez, por favor. — pedi, de olhos fechados. Viktor se levantou um pouco e me puxou para mais perto de seu corpo, tirando lentamente minha camisola de seda preta, revelando meu corp
VIKTOR NARRANDO. Eu fui encaixando meu membro dentro dela devagar, não queria machucar, queria que fosse algo prazeroso para ela tanto quanto para mim. Um homem sabe o quanto é gostoso ficar com uma mulher virgem, e eu estou tendo essa experiência mais uma vez, mas não posso falhar com ela. Preciso que ela se sinta à vontade diante de toda essa situação. Eu percebi que ela estava com um pouco de dor, mas não podia desistir. Se eu tirar agora, vai ser pior porque ela já vai estar dolorida e vai sentir tudo de novo. Olhei para o seu rosto e vi uma lágrima escorrer de seus olhos, o que me deixou preocupado. — Está tudo bem? Quer que eu pare?— perguntei, olhando-a preocupado. —Está doendo muito…— ela falou com os olhos cheios de lágrimas. — Me desculpa… Não quero te machucar.— eu disse, olhando-a, enquanto limpava uma lágrima em seu rosto com o meu polegar. — Continua, se parar agora, vai ter que começar tudo de novo…— ela falou um pouco mais calma. —Tem certeza, Anna? — ela confi
ANNA NARRANDO.Eu senti uma mão leve deslizando por meus cabelos, era um toque tão doce, tão suave que me fez lembrar do Carlos; ele amava mexer em meus cabelos. Fui abrindo os olhos lentamente e me dei conta de quem era. Não estava feliz com isso, mas precisava fazer um esforço para me sentir menos violada com tudo o que estava acontecendo.Viktor estava sorrindo, e quando abri meus olhos, seu rosto mudou. Ele rapidamente afastou a mão de mim, e eu não entendi a reação dele.— Algum problema? — Perguntei com a voz sonolenta.— Não queria te acordar… — Ele falou sem graça. — Eu saí cedo, fui até a máfia, e agora oficialmente sou um membro.— Compreendo… — Me levantei devagar e senti um desconforto por todo o meu corpo, parecia que tinha levado uma pancada, principalmente na minha parte íntima. — Ai…Sem querer, acabei reclamando de dor, e Viktor olhou para mim, confuso.— O que foi? Está doendo, Anna? — Ele perguntou preocupado.— Pra ser sincera, sim… Estou completamente dolorida. —
ANNA NARRANDO. Ser provocada por ele está sendo um tanto engraçado, porque ele realmente acha que vai conseguir me desestabilizar de alguma forma. Mas o negócio é que eu sei quem eu sou, e sei que qualquer homem ficaria louco por estar comigo. Vou usar isso a meu favor hoje à noite. Quero fazer ciúmes ao grande idiota do Viktor. Na verdade, só quero saber se ele sente alguma coisa… Escolhi um vestido vermelho que desenha meu corpo perfeitamente, com as costas nuas e uma fenda infinita. Se eu não conseguir tirá-lo do sério esta noite, não vou conseguir nunca mais na vida. Viktor estava se arrumando, e embora eu não tenha convivido muito com ele, conheço homens o suficiente para saber que, quando se arrumam demais, é porque vão encontrar outra mulher. Ele estava parado em frente ao espelho, terminando de ajustar a roupa. Decidi pedir para ele me levar a um salão de beleza perto da sede Carroma, só para ver a reação dele. — Viktor, poderia me levar ao salão perto da sede Carroma? — p