ANNA NARRANDO
Uma semana se passou desde o acontecimento no cassino. Eu não vi mais o Carlos, nem ouvi falar dele até hoje. Também não tenho muitos amigos além da Tânia. Sempre que ela vem aqui, evita falar sobre a escola ou sobre o Carlos. Eu não voltei mais para a escola. Meu pai, com suas influências, conseguiu que eu fosse aprovada no último ano sem fazer as provas finais. Enquanto isso, estou sendo instruída sobre a máfia e tudo o que envolve o casamento que terei que cumprir. Após o casamento, seremos obrigados a ir para a Itália. O casamento precisará ser consumado lá. — Está pronta, filha? — Meu pai perguntou. — Sim, papai — respondi de forma seca. Peguei minha bolsa e fiz sinal para que a Tânia me acompanhasse. Eu não queria ir no mesmo carro que meu pai, então, como a Tânia veio dirigindo, era melhor irmos no carro dela. Descemos as escadas, cada um foi para o seu carro. Entrei no banco da frente e coloquei o cinto de segurança. Tânia entrou e deu partida no carro. — Isso tudo é um saco… — resmunguei. — Imagino que sim, amiga… — Tânia tentou me apoiar. — Mas será só por um ano. Depois disso, você pode pedir o divórcio e seguir sua vida. — O problema é que eu não quero perder minha virgindade com um homem que mal conheço — falei, revirando os olhos. — Amiga, o cara é mais velho, mas é um gato! Eu adoraria estar no seu lugar — Tânia falou, sorrindo. — Não seja boba, Tânia… — falei, olhando pela janela do carro. Senti meu coração apertar, e meus olhos começaram a lacrimejar. Passamos em frente a um barzinho onde havia um grupo de jovens da escola, e lá estava ele: Carlos, com aquela garota que vi na casa dele. Abaixei a cabeça e tentei não olhar, já que o carro estava parado no semáforo. Enquanto os jovens da minha idade vivem suas vidas, conhecendo pessoas, se apaixonando, eu estou aqui, presa a um contrato para evitar um massacre e permitir que um velho assuma o controle da máfia. É injusto, tão injusto que decidi parar de me lamentar. Vou ser forte para enfrentar esse ano que está por vir. Mas se esse homem acha que vai mandar em mim ou me usar, ele está muito enganado. Não vou deixar ninguém me tratar como um objeto. Vou mostrar quem manda aqui e fazer com que ele se arrependa de ter aceitado esse contrato. Ele vai implorar para que esse ano acabe rápido! — Anna, não fique assim… — Tânia falou, notando meu olhar triste. Abri a janela do carro e olhei para fora até o semáforo abrir. Quando estávamos saindo, vi Carlos olhando para mim e abaixando o olhar, como se estivesse triste. Aquilo partiu meu coração por dentro. Será que ele falou tudo aquilo só para se proteger? Será que mentiu? — Não vou deixar isso me afetar. Daqui a duas semanas será o maldito casamento, e aí eu vou desaparecer da vida dele! — falei, desviando o olhar. — Não será para sempre… — Tânia sorriu e estacionou o carro em frente à mansão dos Mallardo. — Vou fazer da vida dele um inferno! — sorri. — É assim que se fala! — Tânia disse, saindo do carro. Descemos, e um homem engravatado nos aguardava na entrada da mansão. Ele perguntou nossos nomes e me disse que me acompanharia, pois eu era a noiva. Chegamos à enorme sala de estar, onde estavam meu pai, minha avó, o Sr. Mallardo, mal-encarado como sempre, sua esposa de aparência desagradável, e o irmão de Viktor, acompanhado de uma jovem muito bonita. Viktor veio até mim e ofereceu o braço para me guiar, mas o ignorei e fui direto até minha avó, com Tânia sempre ao meu lado. — Avó… — a abracei forte e sussurrei: — Me ajuda… Ela assentiu com a cabeça e soltou o abraço. Sentamos ao lado dela. — Boa noite! — Falei alto para todos. — Boa noite, menina — o Sr. Mallardo respondeu. — Acho que você esqueceu de cumprimentar seu noivo… — Ah, não… — sorri ironicamente. — Não esqueci. Só teremos obrigações depois de assinar o contrato. Meu pai arregalou os olhos e quase engasgou com o champanhe. — Que menina mais insolente! — murmurou a esposa de Viktor. — Não se intrometa na família, você é só a esposa do meu pai, não minha mãe — Viktor a repreendeu, e ela se calou. — Melhor ouvir… — Pisquei. — Vou me divertir muito com você, sogrinha! — Basta, filha! — Meu pai falou, me entregando uma taça de suco. — Justo agora que estava ficando interessante? — O irmão de Viktor disse. — Estava quase pegando pipoca. — Cale-se, Nathan! — O Sr. Mallardo disse. O silêncio tomou conta do ambiente, e todos pareciam desconfortáveis, principalmente Viktor, que me olhava com raiva. — O jantar está servido, senhor — uma senhora simpática anunciou. — Obrigado — Viktor respondeu e se levantou. Todos o seguimos. Os lugares estavam marcados com plaquinhas. Sentei ao lado de Viktor, em frente à jovem ruiva. Tânia estava à minha frente. Mas uma vez, sou obrigada a ficar perto desse troglodita. É melhor ele parar de causar problemas para mim.ANNA NARRANDO.Amanhã é o meu casamento, e estou completamente desanimada e triste. Mal tenho saído de casa, e desde o jantar, não vi mais o Viktor, nem qualquer pessoa daquela família, o que, pelo menos, é um ponto positivo.Hoje será o último ajuste do vestido. Amanhã é o casamento, e já está tudo pronto: malas arrumadas, passagens compradas. A cerimônia será simples, apenas na igreja, e depois vamos para a Itália. Eu escolhi não fazer recepção ou qualquer outra comemoração que pudesse fingir que estou feliz, e pelo menos dessa vez, meu pai me ouviu.Levantei por obrigação, tomei um banho rápido e vesti um vestido leve. Desci para o café da manhã, e felizmente não havia ninguém lá, nem mesmo a minha avó. Comi rápido e voltei para o quarto. Fazia dias que eu não olhava o celular ou as redes sociais.Quando abri o Instagram, vi uma mensagem no direct. No início, não liguei muito, até notar comentários na minha foto com a Tânia, tirada no jantar na casa dos Mallardo. Resolvi abrir o di
ANNA NARRANDO. Viktor abriu a porta do carro para mim, e eu entrei. Ele logo veio em seguida, ligou o carro e começou a dirigir, sem que eu soubesse para onde estávamos indo. Encostei minha cabeça no vidro, observando a rua passar. Eu não sei o que estou sentindo. Fui violada pelo meu papá, estou sendo tratada como mercadoria por um homem que nem conheço e ainda vou ser obrigada a ficar longe da minha abuela. Tantas coisas foram perdidas nesse tempo… Meu namoro acabou, minhas aulas foram cortadas, e fui aprovada sem nem ao menos fazer uma prova. Agora, estou indo morar longe da minha melhor amiga e da mulher que me criou, que me fez ser quem sou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Um peso enorme se acumulava dentro de mim, um desespero que não consigo explicar. Limpei as lágrimas e tentei me focar no que preciso fazer agora: deixar esse homem tirar minha virgindade e assumir a Máfia. – Você quer passar em casa para trocar de roupa? – Viktor perguntou. – Onde estão
ANNA NARRANDO. Depois que comemos a pizza, ficamos deitados juntos assistindo à série que eu estava vendo. De vez em quando, Viktor olhava o celular, parecia que esperava uma ligação ou mensagem de alguém. Eu estava agoniada com a situação, sem saber se ele iria tomar a iniciativa para transarmos ou se eu deveria fazer isso. Estava completamente perdida, e a única coisa que eu queria era que aquilo acabasse logo. Viktor tirou a roupa e deitou-se novamente. Não pude deixar de notar o quanto ele era bonito e seu corpo bem definido. Ele percebeu que eu o estava observando, então se virou para mim e acariciou meu rosto, me fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque. — Pele macia— Viktor sussurrou, me fazendo arrepiar. — Não precisa ter medo de mim, eu não quero te machucar. — Acaba com essa tortura de uma vez, por favor. — pedi, de olhos fechados. Viktor se levantou um pouco e me puxou para mais perto de seu corpo, tirando lentamente minha camisola de seda preta, revelando meu corp
VIKTOR NARRANDO. Eu fui encaixando meu membro dentro dela devagar, não queria machucar, queria que fosse algo prazeroso para ela tanto quanto para mim. Um homem sabe o quanto é gostoso ficar com uma mulher virgem, e eu estou tendo essa experiência mais uma vez, mas não posso falhar com ela. Preciso que ela se sinta à vontade diante de toda essa situação. Eu percebi que ela estava com um pouco de dor, mas não podia desistir. Se eu tirar agora, vai ser pior porque ela já vai estar dolorida e vai sentir tudo de novo. Olhei para o seu rosto e vi uma lágrima escorrer de seus olhos, o que me deixou preocupado. — Está tudo bem? Quer que eu pare?— perguntei, olhando-a preocupado. —Está doendo muito…— ela falou com os olhos cheios de lágrimas. — Me desculpa… Não quero te machucar.— eu disse, olhando-a, enquanto limpava uma lágrima em seu rosto com o meu polegar. — Continua, se parar agora, vai ter que começar tudo de novo…— ela falou um pouco mais calma. —Tem certeza, Anna? — ela confi
ANNA NARRANDO.Eu senti uma mão leve deslizando por meus cabelos, era um toque tão doce, tão suave que me fez lembrar do Carlos; ele amava mexer em meus cabelos. Fui abrindo os olhos lentamente e me dei conta de quem era. Não estava feliz com isso, mas precisava fazer um esforço para me sentir menos violada com tudo o que estava acontecendo.Viktor estava sorrindo, e quando abri meus olhos, seu rosto mudou. Ele rapidamente afastou a mão de mim, e eu não entendi a reação dele.— Algum problema? — Perguntei com a voz sonolenta.— Não queria te acordar… — Ele falou sem graça. — Eu saí cedo, fui até a máfia, e agora oficialmente sou um membro.— Compreendo… — Me levantei devagar e senti um desconforto por todo o meu corpo, parecia que tinha levado uma pancada, principalmente na minha parte íntima. — Ai…Sem querer, acabei reclamando de dor, e Viktor olhou para mim, confuso.— O que foi? Está doendo, Anna? — Ele perguntou preocupado.— Pra ser sincera, sim… Estou completamente dolorida. —
ANNA NARRANDO. Ser provocada por ele está sendo um tanto engraçado, porque ele realmente acha que vai conseguir me desestabilizar de alguma forma. Mas o negócio é que eu sei quem eu sou, e sei que qualquer homem ficaria louco por estar comigo. Vou usar isso a meu favor hoje à noite. Quero fazer ciúmes ao grande idiota do Viktor. Na verdade, só quero saber se ele sente alguma coisa… Escolhi um vestido vermelho que desenha meu corpo perfeitamente, com as costas nuas e uma fenda infinita. Se eu não conseguir tirá-lo do sério esta noite, não vou conseguir nunca mais na vida. Viktor estava se arrumando, e embora eu não tenha convivido muito com ele, conheço homens o suficiente para saber que, quando se arrumam demais, é porque vão encontrar outra mulher. Ele estava parado em frente ao espelho, terminando de ajustar a roupa. Decidi pedir para ele me levar a um salão de beleza perto da sede Carroma, só para ver a reação dele. — Viktor, poderia me levar ao salão perto da sede Carroma? — p
VIKTOR NARRANDO.Eu não sei o que essa mulher está causando em mim, ao mesmo tempo que ela é grossa e infantil, ela consegue ser elegante e extremamente sensual, isso acaba me tirando do sério e me deixando fora de mim.Não me lembro de uma mulher ter mexido tanto com os meus pensamentos como ela está fazendo.Eu quero arrumar um jeito de domá-la, eu estou completamente louco no corpo dela, desde o dia em que eu tirei a virgindade dela. Saber que eu fui o único a tocar aquele corpo completamente perfeito faz despertar algo dentro de mim que não sei explicar.Nos arrumamos para a festa e eu fiquei completamente hipnotizado, ela conseguiu ficar ainda mais perfeita com aquele vestido, ele tinha uma abertura que me dava livre acesso a suas costas bem definidas e sua pele lisa como um pêssego.Na festa, não tinha uma pessoa que não olhasse para ela, e aquilo despertou em mim uma coisa estranhamente nova, talvez ciúmes.Eu tenho medo desses sentimentos novos porque, ao mesmo tempo que sou u
ANNA NARRANDO.Viktor só pode estar ficando louco, ele não tem direito de sair me arrastando pela festa na presença de todos, ele não manda em mim e homem nenhum me encosta desse jeito.Se ele estiver pensando que vai me fazer de saco de pancadas, está muito enganado, eu não vou permitir que isso aconteça, jamais.— Você está louco? — Eu perguntei com os olhos cheios de raiva. — Quem te deu o direito de sair me arrastando na frente de todos?— Louca está você em permitir que aquele playboyzinho de merda te tocar. — Viktor respondeu alterado.— Estamos casados a DOIS DIAS e você já dá esse ataque? Qual é a sua? — Eu praticamente gritava.— Você é minha, não vou permitir que outro toque você. — Ele falou vindo na minha direção.— Eu estou casada com você por causa de uma PORRA DE UM CONT… — Ele colocou a mão na minha boca me impedindo de terminar de falar.— Cala a boca garota! — Ele falou ainda com as mãos na minha boca. — Você é minha mulher e enquanto estiver comigo, eu exijo respeit