Anna narrando:
Eu desci do carro com as pernas trêmulas, estavam tão bambas que eu estava vendo a hora de cair no chão. Parei em frente ao portão e toquei o interfone diversas vezes até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo, o que me fez suar frio e, ao mesmo tempo, encher meu coração de esperança. — O que está fazendo aqui? — Ele perguntou ao abrir a porta. — Precisamos conversar, me escuta… Por favor… Somente dez minutos. — Praticamente implorei com o olhar. — Não sei se é uma boa hora. — Ele falou, abrindo um pouco mais a porta, me dando a visão de uma garota sentada no sofá. — Você é um cretino, usurpador! — Falei com os olhos cheios de lágrimas. — Anna, você achou mesmo que eu te amava? — Ele falou sorrindo, e eu olhei sem entender. — Entenda, você é rica, bonita, tem empresas em seu nome… Qual homem não se interessaria por você? — Você é nojento, como todos os outros! — Falei, dando um tapa em seu rosto. — Eu te odeio! Virei as costas e saí de lá chorando, entrei no primeiro táxi que vi e pedi que o motorista dirigisse até o primeiro bar que encontrasse. Eu estou no chão, fui enganada de todas as formas possíveis, traída pelo meu pai, enganada todo esse tempo por um homem que dizia me amar e que eu amava com todo o meu coração. E ainda tem a história do maldito casamento por contrato. Não é possível que eu esteja tão na merda assim… O que eu fiz para receber tanta coisa ruim ao mesmo tempo? O taxista parou em frente a um bar famoso da região. Eu paguei e entrei no bar sem ao menos olhar ao redor para ver se tinha alguém conhecido. Sentei na cadeira em frente ao balcão e pedi três doses de tequila. O garçom simpático trouxe, e eu virei as doses, uma seguida da outra. Ele me olhou confuso e perguntou se eu estava bem. Balancei a cabeça negando e pedi que trouxesse mais três e depois um whisky. Assim ele fez. Virei mais três doses, peguei o copo de whisky e fiquei olhando para o líquido até alguém chegar e se sentar ao meu lado. — Se você servir mais alguma bebida alcoólica para essa garota menor de idade, mandarei fechar este estabelecimento! — O homem falou, e eu reconheci a voz na mesma hora. — Me desculpe, senhor! — O garçom respondeu, saindo de perto de nós. Virei o copo de whisky de uma vez para provocar e bati o copo com força no balcão. Abri minha bolsa, peguei uma nota de cinquenta euros e deixei ali. Desci da cadeira e dei uma cambaleada para o lado. Fechei meus olhos por causa da tontura, e logo percebi que alguém já estava me segurando e me arrastando para fora do bar. Ele me pegou no colo e me levou até o carro. Eu permaneci com os olhos fechados e entrelacei meus braços em volta de seu pescoço para não cair. Apoiei minha cabeça em seu ombro e pude sentir seu perfume. Imediatamente, minha mente pensou que o velhote até que é cheiroso. Ele entrou comigo no banco de trás e me deixou deitada em seu colo. Minha respiração estava acelerada, e eu me sentia péssima. Eu sou uma piada para todo mundo mesmo… — Me leva para casa, por favor! — Pedi com a voz um pouco embargada. — É para lá que estamos indo… — Ele falou, e em seguida eu apaguei em seu colo. Não tenho ideia de quanto tempo levou até chegarmos à minha casa, muito menos como ele me achou naquele bar… Só falta esse imbecil estar me seguindo ou pagando alguém para fazer isso. Depois de um tempo, comecei a ouvir algumas vozes, e uma delas eu reconheci. Era a voz da Abuela. Ela estava perguntando onde ele tinha me achado e o que eu estava fazendo. Por alto, entendi que meu pai estava pedindo para que ele me levasse até o meu quarto e me deixasse lá, porque depois a Abuela e a empregada cuidariam de mim. Viktor subiu as escadas devagar, ainda comigo nos braços, e tentou adivinhar qual era o meu quarto. Ele entrou em uma das portas e me colocou deitada na cama. Colocou um cobertor por cima de mim, saiu do quarto, apagou a luz e fechou a porta. Viktor narrando: Depois de tudo o que vi no cassino, fiquei com o pé atrás. Acabei contando tudo para o pai da garota e questionei sobre a virgindade dela, porque, para eu assumir a máfia no lugar do meu pai, preciso me casar com uma garota virgem. De nada adianta fazermos um acordo de paz em troca da filha dele se ela não for virgem. A cena foi lamentável. Ângelo Contini agrediu a filha, e ela saiu igual uma louca para o quarto. Depois de uma longa conversa com ele e a garantia de que a garota permanecia intacta, me despedi dele e da senhora Contini e fui embora. Assim que entrei no meu carro, vi a porta da mansão se abrindo. A garota realmente é teimosa. Ela saiu gritando e entrou no primeiro táxi que viu pela frente. Ordenei que meu motorista a seguisse, mantendo descrição. Acompanhamos até uma casa simples, onde deduzi ser a casa do tal namorado dela. Ela desceu do táxi, tocou a campainha e, depois de um tempo, ele abriu. Fiquei observando cada movimento deles, discutiram, e ela acertou a cara dele antes de ir embora. Eu poderia ter deixado a situação para lá, mas o fato de ela estar alterada me deixou apreensivo e resolvi continuar seguindo-a. Ela entrou em um bar, e meu motorista foi atrás. Ele ficou observando até achar necessário minha interferência, pois ela estava bebendo demais. Eu entrei no bar e fui imediatamente para onde ela estava, sentando-me ao seu lado. — Se você servir mais alguma bebida alcoólica para essa garota menor de idade, mandarei fechar este estabelecimento! — Eu falei, e pude ver que ela me reconheceu. — Me desculpe, senhor! — O garçom respondeu, saindo de perto. Eu fiquei observando enquanto ela virava outro copo de whisky. Quando tentou sair do bar, estava tão bêbada que mal conseguia ficar de pé. Peguei seu corpo pequeno e frágil nos meus braços e a levei para o carro. Entrei no banco de trás com ela ainda em meus braços, e o motorista dirigiu até a casa dela. Quando chegamos, o Sr. Contini me olhou sem entender nada. A avó dela pediu que eu a levasse para o quarto, e assim o fiz. Após deixá-la lá, desci as escadas e entrei no escritório de Ângelo, fechando a porta. — Muito obrigado por trazer minha filha de volta — Ângelo falou, apertando minha mão. — Fique de olho nela — falei, sentando-me em sua frente. — Uma jovem com o coração partido é capaz de muita coisa. — Não se preocupe, mandarei um de meus investigadores descobrir tudo sobre esse infeliz — ele disse, decidido. — Lhe enviarei por mensagem o endereço do rapaz — falei, me levantando. — Fique esperto, Ângelo Contini. Se ela não cumprir sua parte, o acordo será desfeito. — Não se preocupe, Viktor Mallardo. Não queremos um banho de sangue… não é mesmo? — Ele disse, apertando minha mão novamente. Eu assenti com a cabeça. Virei as costas e fui para o carro. Pedi para que o motorista me levasse para o clube. Eu precisava me distrair. Desde a morte da minha noiva, nunca consegui me envolver com ninguém. Nenhuma mulher me fez sentir o que Stela fazia. Eu sinto muita falta da Stela. Ainda não entendo como tudo aconteceu. Só vou conseguir descobrir depois que assumir a máfia de vez e ter acesso aos registros guardados nos cofres da Máfia Carroma, na Itália. Enquanto isso não acontece, sofro dia após dia, sem saber o que realmente aconteceu com ela e sem poder punir os culpados. Cheguei ao clube e sentei na mesma mesa de sempre. Mas hoje a cara chorando de Anna veio á minha mente acidentalmente. Ela também não gosta de acordo.ANNA NARRANDOUma semana se passou desde o acontecimento no cassino. Eu não vi mais o Carlos, nem ouvi falar dele até hoje. Também não tenho muitos amigos além da Tânia. Sempre que ela vem aqui, evita falar sobre a escola ou sobre o Carlos.Eu não voltei mais para a escola. Meu pai, com suas influências, conseguiu que eu fosse aprovada no último ano sem fazer as provas finais. Enquanto isso, estou sendo instruída sobre a máfia e tudo o que envolve o casamento que terei que cumprir. Após o casamento, seremos obrigados a ir para a Itália. O casamento precisará ser consumado lá.— Está pronta, filha? — Meu pai perguntou.— Sim, papai — respondi de forma seca.Peguei minha bolsa e fiz sinal para que a Tânia me acompanhasse. Eu não queria ir no mesmo carro que meu pai, então, como a Tânia veio dirigindo, era melhor irmos no carro dela. Descemos as escadas, cada um foi para o seu carro. Entrei no banco da frente e coloquei o cinto de segurança. Tânia entrou e deu partida no carro.— Isso tu
ANNA NARRANDO.Amanhã é o meu casamento, e estou completamente desanimada e triste. Mal tenho saído de casa, e desde o jantar, não vi mais o Viktor, nem qualquer pessoa daquela família, o que, pelo menos, é um ponto positivo.Hoje será o último ajuste do vestido. Amanhã é o casamento, e já está tudo pronto: malas arrumadas, passagens compradas. A cerimônia será simples, apenas na igreja, e depois vamos para a Itália. Eu escolhi não fazer recepção ou qualquer outra comemoração que pudesse fingir que estou feliz, e pelo menos dessa vez, meu pai me ouviu.Levantei por obrigação, tomei um banho rápido e vesti um vestido leve. Desci para o café da manhã, e felizmente não havia ninguém lá, nem mesmo a minha avó. Comi rápido e voltei para o quarto. Fazia dias que eu não olhava o celular ou as redes sociais.Quando abri o Instagram, vi uma mensagem no direct. No início, não liguei muito, até notar comentários na minha foto com a Tânia, tirada no jantar na casa dos Mallardo. Resolvi abrir o di
ANNA NARRANDO. Viktor abriu a porta do carro para mim, e eu entrei. Ele logo veio em seguida, ligou o carro e começou a dirigir, sem que eu soubesse para onde estávamos indo. Encostei minha cabeça no vidro, observando a rua passar. Eu não sei o que estou sentindo. Fui violada pelo meu papá, estou sendo tratada como mercadoria por um homem que nem conheço e ainda vou ser obrigada a ficar longe da minha abuela. Tantas coisas foram perdidas nesse tempo… Meu namoro acabou, minhas aulas foram cortadas, e fui aprovada sem nem ao menos fazer uma prova. Agora, estou indo morar longe da minha melhor amiga e da mulher que me criou, que me fez ser quem sou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Um peso enorme se acumulava dentro de mim, um desespero que não consigo explicar. Limpei as lágrimas e tentei me focar no que preciso fazer agora: deixar esse homem tirar minha virgindade e assumir a Máfia. – Você quer passar em casa para trocar de roupa? – Viktor perguntou. – Onde estão
ANNA NARRANDO. Depois que comemos a pizza, ficamos deitados juntos assistindo à série que eu estava vendo. De vez em quando, Viktor olhava o celular, parecia que esperava uma ligação ou mensagem de alguém. Eu estava agoniada com a situação, sem saber se ele iria tomar a iniciativa para transarmos ou se eu deveria fazer isso. Estava completamente perdida, e a única coisa que eu queria era que aquilo acabasse logo. Viktor tirou a roupa e deitou-se novamente. Não pude deixar de notar o quanto ele era bonito e seu corpo bem definido. Ele percebeu que eu o estava observando, então se virou para mim e acariciou meu rosto, me fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque. — Pele macia— Viktor sussurrou, me fazendo arrepiar. — Não precisa ter medo de mim, eu não quero te machucar. — Acaba com essa tortura de uma vez, por favor. — pedi, de olhos fechados. Viktor se levantou um pouco e me puxou para mais perto de seu corpo, tirando lentamente minha camisola de seda preta, revelando meu corp
VIKTOR NARRANDO. Eu fui encaixando meu membro dentro dela devagar, não queria machucar, queria que fosse algo prazeroso para ela tanto quanto para mim. Um homem sabe o quanto é gostoso ficar com uma mulher virgem, e eu estou tendo essa experiência mais uma vez, mas não posso falhar com ela. Preciso que ela se sinta à vontade diante de toda essa situação. Eu percebi que ela estava com um pouco de dor, mas não podia desistir. Se eu tirar agora, vai ser pior porque ela já vai estar dolorida e vai sentir tudo de novo. Olhei para o seu rosto e vi uma lágrima escorrer de seus olhos, o que me deixou preocupado. — Está tudo bem? Quer que eu pare?— perguntei, olhando-a preocupado. —Está doendo muito…— ela falou com os olhos cheios de lágrimas. — Me desculpa… Não quero te machucar.— eu disse, olhando-a, enquanto limpava uma lágrima em seu rosto com o meu polegar. — Continua, se parar agora, vai ter que começar tudo de novo…— ela falou um pouco mais calma. —Tem certeza, Anna? — ela confi
ANNA NARRANDO.Eu senti uma mão leve deslizando por meus cabelos, era um toque tão doce, tão suave que me fez lembrar do Carlos; ele amava mexer em meus cabelos. Fui abrindo os olhos lentamente e me dei conta de quem era. Não estava feliz com isso, mas precisava fazer um esforço para me sentir menos violada com tudo o que estava acontecendo.Viktor estava sorrindo, e quando abri meus olhos, seu rosto mudou. Ele rapidamente afastou a mão de mim, e eu não entendi a reação dele.— Algum problema? — Perguntei com a voz sonolenta.— Não queria te acordar… — Ele falou sem graça. — Eu saí cedo, fui até a máfia, e agora oficialmente sou um membro.— Compreendo… — Me levantei devagar e senti um desconforto por todo o meu corpo, parecia que tinha levado uma pancada, principalmente na minha parte íntima. — Ai…Sem querer, acabei reclamando de dor, e Viktor olhou para mim, confuso.— O que foi? Está doendo, Anna? — Ele perguntou preocupado.— Pra ser sincera, sim… Estou completamente dolorida. —
ANNA NARRANDO. Ser provocada por ele está sendo um tanto engraçado, porque ele realmente acha que vai conseguir me desestabilizar de alguma forma. Mas o negócio é que eu sei quem eu sou, e sei que qualquer homem ficaria louco por estar comigo. Vou usar isso a meu favor hoje à noite. Quero fazer ciúmes ao grande idiota do Viktor. Na verdade, só quero saber se ele sente alguma coisa… Escolhi um vestido vermelho que desenha meu corpo perfeitamente, com as costas nuas e uma fenda infinita. Se eu não conseguir tirá-lo do sério esta noite, não vou conseguir nunca mais na vida. Viktor estava se arrumando, e embora eu não tenha convivido muito com ele, conheço homens o suficiente para saber que, quando se arrumam demais, é porque vão encontrar outra mulher. Ele estava parado em frente ao espelho, terminando de ajustar a roupa. Decidi pedir para ele me levar a um salão de beleza perto da sede Carroma, só para ver a reação dele. — Viktor, poderia me levar ao salão perto da sede Carroma? — p
VIKTOR NARRANDO.Eu não sei o que essa mulher está causando em mim, ao mesmo tempo que ela é grossa e infantil, ela consegue ser elegante e extremamente sensual, isso acaba me tirando do sério e me deixando fora de mim.Não me lembro de uma mulher ter mexido tanto com os meus pensamentos como ela está fazendo.Eu quero arrumar um jeito de domá-la, eu estou completamente louco no corpo dela, desde o dia em que eu tirei a virgindade dela. Saber que eu fui o único a tocar aquele corpo completamente perfeito faz despertar algo dentro de mim que não sei explicar.Nos arrumamos para a festa e eu fiquei completamente hipnotizado, ela conseguiu ficar ainda mais perfeita com aquele vestido, ele tinha uma abertura que me dava livre acesso a suas costas bem definidas e sua pele lisa como um pêssego.Na festa, não tinha uma pessoa que não olhasse para ela, e aquilo despertou em mim uma coisa estranhamente nova, talvez ciúmes.Eu tenho medo desses sentimentos novos porque, ao mesmo tempo que sou u