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Capítulo 06/ Não passou de uma grande mentira.

Anna narrando:

Eu desci do carro com as pernas trêmulas, estavam tão bambas que eu estava vendo a hora de cair no chão. Parei em frente ao portão e toquei o interfone diversas vezes até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo, o que me fez suar frio e, ao mesmo tempo, encher meu coração de esperança.

— O que está fazendo aqui? — Ele perguntou ao abrir a porta.

— Precisamos conversar, me escuta… Por favor… Somente dez minutos. — Praticamente implorei com o olhar.

— Não sei se é uma boa hora. — Ele falou, abrindo um pouco mais a porta, me dando a visão de uma garota sentada no sofá.

— Você é um cretino, usurpador! — Falei com os olhos cheios de lágrimas.

— Anna, você achou mesmo que eu te amava? — Ele falou sorrindo, e eu olhei sem entender. — Entenda, você é rica, bonita, tem empresas em seu nome… Qual homem não se interessaria por você?

— Você é nojento, como todos os outros! — Falei, dando um tapa em seu rosto. — Eu te odeio!

Virei as costas e saí de lá chorando, entrei no primeiro táxi que vi e pedi que o motorista dirigisse até o primeiro bar que encontrasse.

Eu estou no chão, fui enganada de todas as formas possíveis, traída pelo meu pai, enganada todo esse tempo por um homem que dizia me amar e que eu amava com todo o meu coração. E ainda tem a história do maldito casamento por contrato.

Não é possível que eu esteja tão na merda assim… O que eu fiz para receber tanta coisa ruim ao mesmo tempo?

O taxista parou em frente a um bar famoso da região. Eu paguei e entrei no bar sem ao menos olhar ao redor para ver se tinha alguém conhecido.

Sentei na cadeira em frente ao balcão e pedi três doses de tequila. O garçom simpático trouxe, e eu virei as doses, uma seguida da outra. Ele me olhou confuso e perguntou se eu estava bem. Balancei a cabeça negando e pedi que trouxesse mais três e depois um whisky.

Assim ele fez. Virei mais três doses, peguei o copo de whisky e fiquei olhando para o líquido até alguém chegar e se sentar ao meu lado.

— Se você servir mais alguma bebida alcoólica para essa garota menor de idade, mandarei fechar este estabelecimento! — O homem falou, e eu reconheci a voz na mesma hora.

— Me desculpe, senhor! — O garçom respondeu, saindo de perto de nós.

Virei o copo de whisky de uma vez para provocar e bati o copo com força no balcão. Abri minha bolsa, peguei uma nota de cinquenta euros e deixei ali. Desci da cadeira e dei uma cambaleada para o lado.

Fechei meus olhos por causa da tontura, e logo percebi que alguém já estava me segurando e me arrastando para fora do bar. Ele me pegou no colo e me levou até o carro.

Eu permaneci com os olhos fechados e entrelacei meus braços em volta de seu pescoço para não cair. Apoiei minha cabeça em seu ombro e pude sentir seu perfume. Imediatamente, minha mente pensou que o velhote até que é cheiroso.

Ele entrou comigo no banco de trás e me deixou deitada em seu colo. Minha respiração estava acelerada, e eu me sentia péssima. Eu sou uma piada para todo mundo mesmo…

— Me leva para casa, por favor! — Pedi com a voz um pouco embargada.

— É para lá que estamos indo… — Ele falou, e em seguida eu apaguei em seu colo.

Não tenho ideia de quanto tempo levou até chegarmos à minha casa, muito menos como ele me achou naquele bar… Só falta esse imbecil estar me seguindo ou pagando alguém para fazer isso.

Depois de um tempo, comecei a ouvir algumas vozes, e uma delas eu reconheci. Era a voz da Abuela. Ela estava perguntando onde ele tinha me achado e o que eu estava fazendo.

Por alto, entendi que meu pai estava pedindo para que ele me levasse até o meu quarto e me deixasse lá, porque depois a Abuela e a empregada cuidariam de mim.

Viktor subiu as escadas devagar, ainda comigo nos braços, e tentou adivinhar qual era o meu quarto. Ele entrou em uma das portas e me colocou deitada na cama. Colocou um cobertor por cima de mim, saiu do quarto, apagou a luz e fechou a porta.

Viktor narrando:

Depois de tudo o que vi no cassino, fiquei com o pé atrás. Acabei contando tudo para o pai da garota e questionei sobre a virgindade dela, porque, para eu assumir a máfia no lugar do meu pai, preciso me casar com uma garota virgem. De nada adianta fazermos um acordo de paz em troca da filha dele se ela não for virgem.

A cena foi lamentável. Ângelo Contini agrediu a filha, e ela saiu igual uma louca para o quarto.

Depois de uma longa conversa com ele e a garantia de que a garota permanecia intacta, me despedi dele e da senhora Contini e fui embora.

Assim que entrei no meu carro, vi a porta da mansão se abrindo. A garota realmente é teimosa. Ela saiu gritando e entrou no primeiro táxi que viu pela frente. Ordenei que meu motorista a seguisse, mantendo descrição.

Acompanhamos até uma casa simples, onde deduzi ser a casa do tal namorado dela. Ela desceu do táxi, tocou a campainha e, depois de um tempo, ele abriu. Fiquei observando cada movimento deles, discutiram, e ela acertou a cara dele antes de ir embora.

Eu poderia ter deixado a situação para lá, mas o fato de ela estar alterada me deixou apreensivo e resolvi continuar seguindo-a. Ela entrou em um bar, e meu motorista foi atrás. Ele ficou observando até achar necessário minha interferência, pois ela estava bebendo demais.

Eu entrei no bar e fui imediatamente para onde ela estava, sentando-me ao seu lado.

— Se você servir mais alguma bebida alcoólica para essa garota menor de idade, mandarei fechar este estabelecimento! — Eu falei, e pude ver que ela me reconheceu.

— Me desculpe, senhor! — O garçom respondeu, saindo de perto.

Eu fiquei observando enquanto ela virava outro copo de whisky. Quando tentou sair do bar, estava tão bêbada que mal conseguia ficar de pé.

Peguei seu corpo pequeno e frágil nos meus braços e a levei para o carro. Entrei no banco de trás com ela ainda em meus braços, e o motorista dirigiu até a casa dela.

Quando chegamos, o Sr. Contini me olhou sem entender nada. A avó dela pediu que eu a levasse para o quarto, e assim o fiz.

Após deixá-la lá, desci as escadas e entrei no escritório de Ângelo, fechando a porta.

— Muito obrigado por trazer minha filha de volta — Ângelo falou, apertando minha mão.

— Fique de olho nela — falei, sentando-me em sua frente. — Uma jovem com o coração partido é capaz de muita coisa.

— Não se preocupe, mandarei um de meus investigadores descobrir tudo sobre esse infeliz — ele disse, decidido.

— Lhe enviarei por mensagem o endereço do rapaz — falei, me levantando. — Fique esperto, Ângelo Contini. Se ela não cumprir sua parte, o acordo será desfeito.

— Não se preocupe, Viktor Mallardo. Não queremos um banho de sangue… não é mesmo? — Ele disse, apertando minha mão novamente. Eu assenti com a cabeça.

Virei as costas e fui para o carro. Pedi para que o motorista me levasse para o clube. Eu precisava me distrair. Desde a morte da minha noiva, nunca consegui me envolver com ninguém. Nenhuma mulher me fez sentir o que Stela fazia.

Eu sinto muita falta da Stela. Ainda não entendo como tudo aconteceu. Só vou conseguir descobrir depois que assumir a máfia de vez e ter acesso aos registros guardados nos cofres da Máfia Carroma, na Itália.

Enquanto isso não acontece, sofro dia após dia, sem saber o que realmente aconteceu com ela e sem poder punir os culpados.

Cheguei ao clube e sentei na mesma mesa de sempre. Mas hoje a cara chorando de Anna veio á minha mente acidentalmente. Ela também não gosta de acordo.

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