VIKTOR NARRANDO.
Eu não sou um homem muito cativante. Sou tranquilo e não gosto de me meter nos problemas dos outros, especialmente nos do meu irmão, Nathan. Esses últimos dias têm sido cansativos. Meu pai descobriu que está com câncer em fase terminal e precisa que eu me case urgentemente para assumir a direção da máfia Mallardo. Mas há um detalhe: ele fez um pacto com os Contini. Em troca de assumir a liderança, devo me casar com a filha deles, uma virgem, por um contrato de um ano. Não estou feliz com isso, mas farei o que for necessário para garantir meu lugar. Curiosamente, meu irmão não quis disputar a cadeira comigo, sabe que a preferência é sempre do filho mais velho. Contudo, o que mais me incomoda é ter que me casar com uma garota de apenas 18 anos. Hoje pela manhã, pedi à minha secretária que comprasse um vestido para presentear a moça. Como hoje é o dia da troca das alianças, ela precisava estar com algo que eu escolhesse. O dia passou depressa. Quando cheguei ao cassino dos Contini junto da minha mãe e do papá, meu irmão não quis vir. Disse que preferia enfiar agulhas nos olhos a me ver noivo de uma criança. — Bem-vindos — disse Angelo Contini, ao nos receber. — Fiquem à vontade. — Obrigado — meu pai respondeu, estendendo a mão com dificuldade. — Estamos em casa… — Obrigado pela recepção — falei, apertando a mão de Angelo, e logo ele cumprimentou minha mãe. — Onde está a moça? — Papá perguntou. — Está chegando, saí um pouco na frente — Angelo respondeu. Enquanto ele dizia que ela estava a caminho, meus olhos percorreram o salão, buscando a garota. Algum tempo depois, estávamos jogando uma partida quando vi uma jovem incrivelmente linda. Cabelos negros, olhos azuis, um corpo perfeito, parecia desenhada à mão. Ela veio até a nossa mesa e conversou com o pai. Era mal-educada demais para o meu gosto. — Veja, hijo, esta moça vai te trazer problemas — minha mãe sussurrou. — Vou saber lidar com ela… fique tranquila. — Não seja ridícula, Carmen — papá interrompeu. — Não confunda a cabeça do nosso filho. — Ninguém está confundindo minha mente — retruquei, irritado. — Calma, hijo, você consegue controlar essa fera — papá falou, sorrindo. — Quanto menos contato com essa garota, melhor para mim. — Tire sua virgindade e, depois de um ano, o contrato termina. Ficamos conversando até que Angelo nos chamou à frente para oficializar o noivado. — Boa noite a todos. Estamos aqui para celebrar o compromisso de minha filha Anna Contini com Viktor Mallardo. Através do casamento, as duas famílias se unirão para evitar ataques e ajudar a quem precisar. Estou completamente feliz de receber Viktor Mallardo como meu genro — Angelo disse ao microfone. — Venham até aqui, Viktor e Anna… Fui até a frente, levando duas taças de champanhe. Mais uma vez, estava levando algo para aquela mal-educada beber. Talvez bêbada, ela falasse menos besteiras… Ela fez cara de poucos amigos, mas veio até mim e ficou ao meu lado. — Faço minhas as palavras do meu futuro sogro. Gostaria de pedir a mão de Anna em casamento diante de todos, prometendo ser fiel, carinhoso, respeitoso e amoroso durante todos os dias de nossas vidas. Anna, aceitaria este anel que simboliza nossa união? — perguntei, entregando um anel de diamante. Percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas, e ela olhava para um jovem no meio da multidão. Quem seria ele? Será que essa garota é mesmo virgem? Angelo está assumindo total responsabilidade caso alguma regra seja descumprida. O rapaz saiu correndo em direção à saída. Anna deu um passo à frente, provavelmente para ir atrás dele, mas seu pai a segurou pelo braço e cochichou algo em seu ouvido. Ela recuou, fingiu estar feliz com o anel, apoiou a taça em uma mesa e abriu a caixinha. — Sim, aceito — disse ela, com olhar triste. Eu sabia que ela tinha algo com aquele garoto. Claro, não posso negar que ela é linda, mas tenho 28 anos, sou um homem, e não quero me colocar na situação de destruir um relacionamento. Vou conversar com Angelo. Ele terá que resolver isso o mais rápido possível. Ele conhece bem as regras da máfia: se houver traição ou mentira sobre a virgindade, a pena é a morte. Coloquei o anel em seu dedo, e a cerimônia logo terminou. Após os cumprimentos, ela saiu correndo pela porta principal, me deixando com os convidados. Algum tempo depois, fui atrás dela sem que ninguém percebesse. Quando me aproximei da entrada do barco, vi a cena: o rapaz estava lá com ela. — Você destruiu minha vida, sua vagabunda — ele disse, apontando o dedo na cara dela. — Você me enganou esse tempo todo, e vai pagar por isso. Vai se arrepender de fingir que me amava. — Carlos, deixa eu te explicar… — ela implorava, chorando. — Me esquece, garota! — Carlos saiu como um furacão e esbarrou em mim de propósito antes de descer do barco. Anna me olhou com os olhos cheios de lágrimas e abaixou a cabeça. Eu não tenho intimidade com ela, então o que posso fazer é ir embora e deixá-la refletir. Contudo, preciso discutir essa questão da virgindade com Angelo. Se ela estiver envolvida com aquele rapaz, tudo pode mudar no nosso acordo.Anna narrando.A tortura começou. Meu pai chamou a mim e ao velho à frente para consumar nosso noivado. Parece que todos os chefes dos clãs espanhóis estão presentes, e se eu fizer uma cena agora, vou prejudicar todos. Sem contar o líder da máfia Carroma, que veio direto da Itália para prestigiar nossa união, achando, coitado, que estou de acordo com tudo, e que isso não passa de um contrato.— Boa noite a todos. Estamos aqui para comemorar o noivado da minha filha Anna Contini com Viktor Mallardo. Através deste casamento, as duas máfias se unirão para evitar ataques e ajudar todos aqueles que precisam de nós. Estou muito feliz em receber Viktor Mallardo como meu genro — disse meu pai ao microfone. — Venham até aqui, Viktor e Anna…Assim que ele nos chamou à frente, caminhei devagar, contra minha vontade. Meu rosto estava tão fechado que qualquer pessoa sensata fugiria ao passar por mim.O velho, Viktor, veio caminhando com um sorriso de lado. Que vontade de dar um tapa bem no meio d
Anna narrandoDesci as escadas devagar. Quando cheguei ao fim, pude ouvir vozes masculinas conversando na sala de jantar. Fiquei com medo do que Viktor estava contando para o meu papá, pois ele ouviu parte da minha discussão com Carlos e, com certeza, estava revelando tudo o que aconteceu.O pior de tudo nessa história seria meu papá descobrir que menti para ele esse tempo todo. Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas espero que ele não vá atrás do Carlos. Eu sei que erramos, principalmente eu. De certa forma, ele não teve culpa, fui eu quem mentiu.O pior é que meu papá pode achar que estou mentindo até sobre a minha virgindade. Sei que isso pode prejudicar a vida dele e, pior ainda, colocar a vida da Abuela em risco. A Tânia me avisou desde o início, e eu deveria ter ouvido. Como pude me deixar levar pelos meus sentimentos e acreditar que meu papá um dia aceitaria tudo isso?Quando entrei na sala, todos me olharam surpresos. Lá estavam papai, Viktor e minha abuela.— N
Anna narrando:Eu desci do carro com as pernas trêmulas, estavam tão bambas que eu estava vendo a hora de cair no chão. Parei em frente ao portão e toquei o interfone diversas vezes até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo, o que me fez suar frio e, ao mesmo tempo, encher meu coração de esperança.— O que está fazendo aqui? — Ele perguntou ao abrir a porta.— Precisamos conversar, me escuta… Por favor… Somente dez minutos. — Praticamente implorei com o olhar.— Não sei se é uma boa hora. — Ele falou, abrindo um pouco mais a porta, me dando a visão de uma garota sentada no sofá.— Você é um cretino, usurpador! — Falei com os olhos cheios de lágrimas.— Anna, você achou mesmo que eu te amava? — Ele falou sorrindo, e eu olhei sem entender. — Entenda, você é rica, bonita, tem empresas em seu nome… Qual homem não se interessaria por você?— Você é nojento, como todos os outros! — Falei, dando um tapa em seu rosto. — Eu te odeio!Virei as costas e saí de lá chorando, entrei no p
ANNA NARRANDOUma semana se passou desde o acontecimento no cassino. Eu não vi mais o Carlos, nem ouvi falar dele até hoje. Também não tenho muitos amigos além da Tânia. Sempre que ela vem aqui, evita falar sobre a escola ou sobre o Carlos.Eu não voltei mais para a escola. Meu pai, com suas influências, conseguiu que eu fosse aprovada no último ano sem fazer as provas finais. Enquanto isso, estou sendo instruída sobre a máfia e tudo o que envolve o casamento que terei que cumprir. Após o casamento, seremos obrigados a ir para a Itália. O casamento precisará ser consumado lá.— Está pronta, filha? — Meu pai perguntou.— Sim, papai — respondi de forma seca.Peguei minha bolsa e fiz sinal para que a Tânia me acompanhasse. Eu não queria ir no mesmo carro que meu pai, então, como a Tânia veio dirigindo, era melhor irmos no carro dela. Descemos as escadas, cada um foi para o seu carro. Entrei no banco da frente e coloquei o cinto de segurança. Tânia entrou e deu partida no carro.— Isso tu
ANNA NARRANDO.Amanhã é o meu casamento, e estou completamente desanimada e triste. Mal tenho saído de casa, e desde o jantar, não vi mais o Viktor, nem qualquer pessoa daquela família, o que, pelo menos, é um ponto positivo.Hoje será o último ajuste do vestido. Amanhã é o casamento, e já está tudo pronto: malas arrumadas, passagens compradas. A cerimônia será simples, apenas na igreja, e depois vamos para a Itália. Eu escolhi não fazer recepção ou qualquer outra comemoração que pudesse fingir que estou feliz, e pelo menos dessa vez, meu pai me ouviu.Levantei por obrigação, tomei um banho rápido e vesti um vestido leve. Desci para o café da manhã, e felizmente não havia ninguém lá, nem mesmo a minha avó. Comi rápido e voltei para o quarto. Fazia dias que eu não olhava o celular ou as redes sociais.Quando abri o Instagram, vi uma mensagem no direct. No início, não liguei muito, até notar comentários na minha foto com a Tânia, tirada no jantar na casa dos Mallardo. Resolvi abrir o di
ANNA NARRANDO. Viktor abriu a porta do carro para mim, e eu entrei. Ele logo veio em seguida, ligou o carro e começou a dirigir, sem que eu soubesse para onde estávamos indo. Encostei minha cabeça no vidro, observando a rua passar. Eu não sei o que estou sentindo. Fui violada pelo meu papá, estou sendo tratada como mercadoria por um homem que nem conheço e ainda vou ser obrigada a ficar longe da minha abuela. Tantas coisas foram perdidas nesse tempo… Meu namoro acabou, minhas aulas foram cortadas, e fui aprovada sem nem ao menos fazer uma prova. Agora, estou indo morar longe da minha melhor amiga e da mulher que me criou, que me fez ser quem sou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Um peso enorme se acumulava dentro de mim, um desespero que não consigo explicar. Limpei as lágrimas e tentei me focar no que preciso fazer agora: deixar esse homem tirar minha virgindade e assumir a Máfia. – Você quer passar em casa para trocar de roupa? – Viktor perguntou. – Onde estão
ANNA NARRANDO. Depois que comemos a pizza, ficamos deitados juntos assistindo à série que eu estava vendo. De vez em quando, Viktor olhava o celular, parecia que esperava uma ligação ou mensagem de alguém. Eu estava agoniada com a situação, sem saber se ele iria tomar a iniciativa para transarmos ou se eu deveria fazer isso. Estava completamente perdida, e a única coisa que eu queria era que aquilo acabasse logo. Viktor tirou a roupa e deitou-se novamente. Não pude deixar de notar o quanto ele era bonito e seu corpo bem definido. Ele percebeu que eu o estava observando, então se virou para mim e acariciou meu rosto, me fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque. — Pele macia— Viktor sussurrou, me fazendo arrepiar. — Não precisa ter medo de mim, eu não quero te machucar. — Acaba com essa tortura de uma vez, por favor. — pedi, de olhos fechados. Viktor se levantou um pouco e me puxou para mais perto de seu corpo, tirando lentamente minha camisola de seda preta, revelando meu corp
VIKTOR NARRANDO. Eu fui encaixando meu membro dentro dela devagar, não queria machucar, queria que fosse algo prazeroso para ela tanto quanto para mim. Um homem sabe o quanto é gostoso ficar com uma mulher virgem, e eu estou tendo essa experiência mais uma vez, mas não posso falhar com ela. Preciso que ela se sinta à vontade diante de toda essa situação. Eu percebi que ela estava com um pouco de dor, mas não podia desistir. Se eu tirar agora, vai ser pior porque ela já vai estar dolorida e vai sentir tudo de novo. Olhei para o seu rosto e vi uma lágrima escorrer de seus olhos, o que me deixou preocupado. — Está tudo bem? Quer que eu pare?— perguntei, olhando-a preocupado. —Está doendo muito…— ela falou com os olhos cheios de lágrimas. — Me desculpa… Não quero te machucar.— eu disse, olhando-a, enquanto limpava uma lágrima em seu rosto com o meu polegar. — Continua, se parar agora, vai ter que começar tudo de novo…— ela falou um pouco mais calma. —Tem certeza, Anna? — ela confi