Amor entre Sombras e Brisas

Amor entre Sombras e BrisasPT

Fantasia
Skylar K. Shawn  Atualizado agora
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Resumo
Índice

No coração de uma floresta isolada, um casal de indígenas se torna alvo da lei e de caçadores de recompensas após serem acusados de crimes que não cometeram. Fugindo das forças da civilização e das próprias tribos que um dia os acolheram, Yara e Tupã precisam lutar não apenas pela liberdade, mas pela verdade, enquanto enfrentam dilemas morais, traições e segredos de um passado sombrio. Unidos pelo amor e pela sobrevivência, eles estão destinados a se tornar lendas numa épica jornada de honra, justiça e redenção

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Capítulo 1: A Alvorada da Fuga
A floresta ainda dormia sob o manto da madrugada. A névoa rasteira dançava sobre o solo úmido, conforme as folhas, orvalhadas pelo frescor da noite, sussurravam segredos ao vento. Lá, no coração desse antigo silêncio, duas sombras se moviam com a suavidade de felinos. Yara, de olhos afiados como a lâmina da sua adaga, conduzia seus passos compactos sobre as raízes da terra que tanto conhecia. Ao seu lado, Tupã, o caçador cuja respiração ritmada harmonizava-se com o pulsar da floresta, mantinha os sentidos aguçados, preparado para defender a mulher que amava. Unidos, eram como duas metades de uma mesma alma — um elo forjado pela necessidade de sobrevivência e temperado no fogo do amor.A alvorada não tardaria a banhar os céus de laranja e ouro, mas aquela manhã não seria como as outras. Desta vez, a luz do sol traria consigo caçadores — não de presas, mas de almas humanas.Yara olhou de relance para Tupã, os olhos expressando a certeza e a preocupação que tentava esconder. Ele não preci
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Capítulo 2: Nas Sombras da Floresta
A noite desceu sobre a floresta como um manto de veludo negro, ocultando os segredos e os medos que cresciam sob as copas altas das árvores. O vento murmurava canções antigas, que só aqueles de coração selvagem podiam compreender. Yara e Tupã caminhavam entre essas sombras, suas respirações sincronizadas com o pulsar da floresta viva, sentindo em cada passo o peso da perseguição que os rondava, como lobos famintos à espreita.A escuridão era um refúgio e um perigo. Ali, onde os raios da lua mal atravessavam o denso dossel de folhas, o casal sabia que a floresta poderia ser sua aliada ou sua ruína. As árvores, testemunhas silenciosas de séculos de histórias, pareciam abrigar segredos, oferecendo-lhes proteção, mas também alertando sobre o que viria.Tupã, com seus sentidos afiados, parou abruptamente e olhou para Yara. Um leve farfalhar de folhas ao longe indicava que seus perseguidores não estavam distantes. A tensão pairava no ar, espessa como o aroma úmido da terra.— Precisamos acha
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Capítulo 3: Inimigos por Todos os Lados
O sol nascente despontava no horizonte, tingindo de dourado as copas das árvores, mas a luz que quebrava a escuridão não trazia consolo. Pelo contrário, o amanhecer revelava o início de um novo desafio, e Yara e Tupã sabiam que a perseguição havia apenas começado.As marcas no solo eram inconfundíveis. Tupã, agachado junto a uma trilha de folhas amassadas, examinava os rastros com olhos atentos. Havia pegadas largas, impressas profundamente na terra úmida, pesadas como as intenções daqueles que as deixaram. Ele passou os dedos pelos sulcos no chão e estreitou os olhos.— Não são guerreiros comuns — murmurou Tupã, a voz grave cortando o silêncio da floresta. — São homens brancos, caçadores de recompensas. A paga deles é o peso de nossas cabeças.Yara se a
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Capítulo 4: Ecos do Passado
Os Guerreiros da Lua Negra avançavam lentamente, suas pinturas de guerra brilhando sob os raios de sol que filtravam pelas copas das árvores. Seus olhos não mostravam piedade, apenas a frieza de quem cumpre uma missão sagrada. Do outro lado, os caçadores de recompensas, armados até os dentes, começavam a se reorganizar após a queda de um dos seus. O despenhadeiro era uma ameaça silenciosa, um abismo que poderia ser tanto uma armadilha quanto uma saída.Tupã olhou para Yara, e em seus olhos ela viu não apenas a obstinação de um guerreiro, mas a resolução de alguém que já havia perdido tudo e não tinha mais medo de perder. Ele sussurrou, quase inaudível:— A floresta nos protege, mas só se a respeitarmos. Vamos agir. Depressa.Yara acenou com a cabeça, sua mente trabalhando em sincronia com a dele. Ela sabia que encarar tantos inimigos de uma só vez era imprudente, mas também tinha plena consciência de que a floresta estava do seu lado. Com um olhar ligeiro, ela indicou uma árvore próxim
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Capítulo 5: O Preço da Liberdade
A floresta, até então cúmplice silenciosa de Yara e Tupã, parecia respirar com um peso diferente naquela manhã. O ar, carregado de umidade e segredos, não trazia o frescor habitual. O vento que costumava sussurrar suas canções ancestrais agora se calava, como se os espíritos da selva pressentissem o que estava por vir.Yara e Tupã haviam fugido por tempo suficiente para conhecer o gosto amargo da liberdade. Mas, naquele momento, sob o céu cinzento que mal deixava o sol atravessar as nuvens, eles sabiam que não poderiam correr para sempre. A escolha que se aproximava era inevitável, como a maré que lentamente engole a areia da praia.— Tupã — Yara começou, seus olhos fixos no horizonte incerto —, até quando poderemos escapar? Até onde podemos ir sem nos perder de nós mesmos?A voz dela era suave, mas as palavras traziam consigo uma carga pesada. A pergunta que ela fizera não era apenas sobre a fuga física. Yara sentia, como um peso em seu peito, que cada passo dado na direção contrária
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Capítulo 6: Aliados Improváveis?
Os dois acordaram envoltos num caloroso abraço, os corpos despidos sob uma manta de pele. Sempre que o momento permitia, os instantes compartilhados a sós eram intensamente preenchidos por um misto de paixão e ternura. Ele ainda podia sentir o corpo macio de sua amada delicadamente posicionado sobre si, os generosos e gelatinosos seios gentilmente roçando em seu peito, conforme o calor aconchegante emanava de dentro dela, pulsando e vibrando, irradiando uma calorosa energia que dançava em sincronia com suas respirações.A floresta, em sua misteriosa imensidão e no constante contraste entre sombras e luz, era ao mesmo tempo refúgio e ameaça, num delicado equilíbrio. Yara e Tupã haviam aprendido isso em suas fugas constantes, cada passo entre as árvores uma escolha entre vida e morte. No entanto, a selva também reservava surpresas — e nem todas podiam ser previstas.Agora, avançavam em silêncio, os corpos ligeiramente cansados, mas os ânimos ainda ardentes, impulsionados pela certeza de
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Capítulo 7: Batalha pelo Território
O vento rugia com uma fúria desmedida, arrancando das árvores folhas que rodopiavam como espectros em frenesi. A própria floresta parecia ecoar a tensão que envolvia Yara, Tupã e Avelino, seu novo aliado. O silêncio, outrora um manto reconfortante, agora pesava como um presságio sombrio. Os caçadores se aproximavam, e a floresta, que antes os protegia, transformara-se no cenário de um iminente conflito. Não havia mais escapatória. O solo sagrado estava prestes a ser manchado pelo sangue.— Eles estão se aproximando — murmurou Tupã, seus olhos estreitos, focados no horizonte obscuro das árvores. Ele sentia a terra vibrar sob seus pés, como se a floresta quisesse avisá-lo da chegada dos inimigos.Yara mantinha a adaga firmemente empunhada, seus dedos cerrados ao redor do cabo, conforme seus sentidos aguçados varriam o ambiente. O tempo de correr havia se esgotado. Agora, era o momento de erguer-se, de encarar o que viesse, não apenas para defender suas vidas, mas para proteger aquela frá
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Capítulo 8: Dúvida Mortal
A floresta, que tantas vezes os acolhera com seu denso abraço, agora parecia carregada de uma tensão invisível. Yara sentia o peso dessa mudança, como se as árvores ao redor sussurrassem avisos antigos que apenas ela podia ouvir. O vento, outrora uma canção de liberdade, agora trazia murmúrios de desconfiança. Algo havia mudado entre eles. Algo invisível e perigoso, como uma serpente enroscada no silêncio noturno.Tupã estava agachado ao lado de Avelino, examinando as provisões que haviam conseguido após a batalha. O sol já se escondia atrás das montanhas, e a noite, sempre misteriosa e implacável, começava a desabar sobre eles. Yara, sentada a poucos metros de distância, observava o homem branco com os olhos apertados, como se tentasse decifrar um enigma que se recusava a ser resolvido.Havia algo nele. Algo que não se encaixava, como uma pedra fora do lugar em um caminho já traçado.— Ele sabe demais, — murmurou ela para si mesma, os olhos nunca deixando a figura de Avelino, que conv
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Capítulo 9: Refúgio nas Montanhas
A traição caiu sobre Yara e Tupã como o silêncio súbito que antecede uma tempestade. O que parecia ser uma aliança frágil com Avelino desmoronou como folhas secas ao vento, revelando o amargo sabor da desconfiança justificada. A dúvida havia florescido, e agora não havia mais tempo para esperar. A decisão de fugir novamente não era apenas uma escolha, mas uma necessidade crua, imposta pela traição que se revelava. A primeira luz da alvorada filtrava-se pelas árvores quando eles perceberam que estavam cercados. O som dos passos dos caçadores misturava-se ao farfalhar das folhas, uma melodia dissonante que a floresta ecoava em resposta. O tempo era escasso. — Para a árvore oca — murmurou Tupã, os olhos escuros e focados. Ele puxou Yara pelo braço, os dois se movendo com uma precisão característica de predadores que conhecem seu território como a palma da mão. A árvore, com seu tronco largo e antigo, parecia apenas mais uma entre tantas naquele mar verdejante, mas escondia um segredo.
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Capítulo 10: Pactos de Sangue
O ar nas montanhas era fino, quase sidéreo, como se a própria respiração fosse um esforço negociado com os espíritos que habitavam aquelas alturas. O refúgio que Yara e Tupã encontraram entre os anciãos da tribo montanhesa não era apenas uma pausa na fuga, mas uma nova batalha silenciosa que travavam, desta vez dentro de si. As condições impostas pelos líderes da aldeia ecoavam no coração de ambos como tambores distantes, cada batida trazendo a promessa de uma decisão que os mudaria para sempre.— Para ficarem entre nós, precisam provar sua lealdade — dissera o ancião de escuros olhos de pedra, sua voz carregada de uma ancestralidade que ressoava nas paredes rochosas ao redor deles. — Aqui, nada é dado de graça. A confiança é sagrada.Essas palavras, que inicialmente pareceram apenas uma formalidade, agora tomavam corpo. A tribo, isolada no alto das montanhas, era uma comunidade fechada, tecida por segredos e
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