Quando Gisele foi diagnosticada com câncer, seu mundo desmorona ainda mais quando seu marido a abandona. Enfrentando a batalha sozinha, ela encontra conforto e apoio no médico que a trata. À medida que sua relação profissional se transforma em um romance intenso, os dois enfrentam o dilema de um amor proibido. Após sua recuperação, eles finalmente podem estar juntos, mas o retorno do ex-marido traz um novo desafio, pois ele usa os filhos como arma para atormentá-la e tentar acabar com sua felicidade.
Ler maisCapítulo 43 – Encontros e ReencontrosO dia marcado para a visita das crianças à clínica psiquiátrica de Jean chegou mais rápido do que eu esperava. Passei os últimos dias preparando Lívia e Luan para o encontro, tentando explicar, com palavras simples, a situação do pai biológico deles. -Lembrem-se, ele está doente, mas isso não significa que ele não ame vocês. Ele só precisa de ajuda para melhorar.Expliquei, enquanto arrumava os dois para sair.Rodrigo, que sempre foi um exemplo de paciência e compreensão, também se esforçou para tranquilizá-los. -Vocês não precisam ter medo ou se sentir obrigados a falar qualquer coisa. Apenas sejam vocês mesmos, está bem?Os dois assentiram, embora fosse claro que Lívia estava mais nervosa do que Luan.Quando chegamos à clínica, um ambiente tranquilo e organizado nos recebeu. O advogado de Jean estava à porta, acompanhado por uma psicóloga que nos guiaria durante a visita. -O pai de
Capítulo 42 – Ajustando a Rotina Os dias após a chegada de Rafael foram uma mistura de aprendizado, caos e muito amor. A casa estava mais viva do que nunca, com as crianças assumindo seus papéis na nova rotina e Rafael exigindo atenção constante. Cada dia parecia uma pequena aventura, com desafios inesperados e momentos de pura alegria. Lívia foi a primeira a se adaptar ao papel de irmã mais velha novamente. Ela adorava segurar Rafael enquanto eu descansava e já sabia trocar fraldas, algo que me deixou surpresa e grata. -Mamãe, acho que ele gosta quando eu canto para ele. Disse, balançando Rafael suavemente em seus braços. Júlia, com sua personalidade prática e curiosa, queria ajudar em tudo. -Você acha que ele vai gostar das histórias que escrevo? Perguntou, enquanto folheava um de seus livros favoritos. -Tenho certeza de que ele vai, filha. Respondi, observando-a com
Capítulo 41 – Um Milagre no Meio da TempestadeOs últimos dias antes da chegada do Rafael foram uma mistura de ansiedade, preparação e muita expectativa. A casa estava mais organizada do que nunca, graças à dedicação de Rodrigo, das crianças e, claro, de Dona Rute. Tudo parecia estar no lugar, esperando apenas o momento certo para a nossa família crescer.Naquela manhã, quando acordei, senti uma leve pressão no abdômen. Era como se o meu corpo estivesse me avisando de que algo especial estava prestes a acontecer. Rodrigo percebeu minha inquietação e sugeriu que tirássemos o dia para descansar. -Vai ser um dia tranquilo, meu amor, não se preocupe com nada.Concordei, embora uma parte de mim sentisse que o descanso seria breve.No início da tarde, recebi uma ligação inesperada. Era Fernanda, minha comadre médica e amiga de longa data. -Gisele! Estou em Curitiba para um curso, e vim com a família. Vamos passar o final de semana e pensei e
Capítulo 40 – Laços e PreparativosOs meses pareciam voar. Enquanto eu me ajustava às mudanças do corpo e ao turbilhão de emoções que vinha com a gravidez, nossa casa pulsava com a energia e a expectativa pela chegada do Rafael.Rodrigo estava sendo um verdadeiro companheiro, assumindo muitas responsabilidades para que eu pudesse descansar mais. Ainda assim, conciliar a rotina de mãe, esposa e profissional com os preparativos para o bebê não era uma tarefa fácil. Foi então que recebi uma visita que iluminou minha semana: Dona Rute, minha ex-sogra, decidiu passar uns dias conosco para ajudar, ela passou muito tempo longe resolvendo as coisas do Jean e eu dei o tempo dela... -Minha filha, não se preocupe. Vim para pegar no batente!Ela disse assim que entrou pela porta, trazendo uma pequena mala e uma sacola cheia de quitutes caseiros. -Dona Rute, só a sua presença já ajuda. Não precisava se preocupar, estávamos com saudades. -Ora, Gis
Capítulo 39 – Preparativos e ExpectativasA notícia de que teríamos um menino deixou a casa em uma mistura de animação e agitação. Desde o jantar onde revelamos o sexo do bebê, as crianças pareciam não falar de outra coisa. Até o pequeno Luan, com sua inocência, ficou empolgado, embora a ideia de ser irmão mais velho ainda fosse um conceito estranho para ele.Naquela manhã de sábado, Rodrigo e eu nos sentamos à mesa com Júlia, Lívia e Luan para discutir algo muito importante: o nome do bebê. -Então, crianças, achamos que vocês podem nos ajudar a escolher um nome para o bebê. Rodrigo começou, enquanto Lívia praticamente pulava na cadeira de tanta empolgação. -Eu já pensei em um monte de nomes!Lívia anunciou, levantando a mão como se estivesse na escola. -Vamos ouvir, pequena planejadora.Rodrigo disse, rindo. -Que tal Alvo? Ou Dobby? Ou... Fred? — Lívia sugeriu, claramente inspirada pelo mundo de Harry Potter, ao qual começou a conhecer muito mais depois da viagem e tem se a
Capítulo 38 – Uma Nova História Para ContarOs dias após a descoberta da gravidez passaram voando. Entre consultas médicas e ajustes na rotina, Rodrigo e eu discutimos várias vezes como contaríamos a novidade para as crianças. Decidimos esperar até o ultrassom morfológico, para garantir que tudo estava bem e, com sorte, descobrir o sexo do bebê. A ideia era fazer desse momento algo especial para toda a família.Na manhã do ultrassom, Rodrigo insistiu em acompanhar, apesar de uma reunião importante que tinha ele achou melhor adiar para me acompanhar. -Nada é mais importante do que isso, Gisele.Ele disse, segurando minha mão enquanto caminhávamos até o consultório.A médica, Dra. Camila, era atenciosa e paciente. Assim que o aparelho começou a mostrar imagens no monitor, senti meu coração acelerar. Lá estava ele ou ela, tão pequenino, mas já tão amado. -Tudo está perfeito.Disse a médica, sorrindo. -E, se quiserem saber, acho que consigo ver o sexo.Rodrigo e eu nos entreolhamos,
Capítulo 37 – Novas DescobertasA festa de 15 anos da Júlia havia sido um sucesso absoluto. Cada sorriso dela, cada gargalhada da Lívia, e até as corridas do pequeno Luan com seu assoprador de bolhas fizeram tudo valer a pena. O cansaço do planejamento era grande, mas a felicidade superava tudo.Quando Rodrigo me entregou a taça de champanhe no final da festa, eu estava prestes a brindar com ele, mas algo me impediu. Uma ideia me atingiu como um relâmpago: meu ciclo estava atrasado. Não era algo que eu havia notado com clareza antes. Com toda a correria, não parei para pensar em mim. Mas ali, com as crianças brincando e Rodrigo ao meu lado, a possibilidade começou a se formar.“Será?”A noite seguiu normalmente. Apesar do cansaço, meu coração estava inquieto. Depois que colocamos Lívia e Luan para dormir, Rodrigo e eu nos deitamos. Ele adormeceu rapidamente, como sempre fazia após dias intensos. Eu, porém, permaneci acordada, olhando para o teto e fazendo cálculos mentais. Meu atraso
Capítulo 36 15 anos JuliaDois meses se passaram desde que Jean foi preso. Foi um período de reflexões intensas e, principalmente, de decisões difíceis. Coloquei alguns imóveis à venda, e parte do dinheiro foi destinada ao tratamento psicológico dele. Não foi uma decisão fácil, e muita gente poderia me julgar por isso, mas fiz o que achei certo. Apesar de tudo, ele é o pai das crianças. Não posso apagar os bons momentos que tivemos nem ignorar o fato de que ele me deu os maiores tesouros da minha vida: Júlia e Lívia.Mesmo deixando claro para dona Rute que não quero mais qualquer vínculo emocional com ele, sabia que ela não poderia enfrentar tudo sozinha. Decidi ajudá-la como pude, não por ele, mas por ela e pelas crianças, que são pequenas demais para entender o que está acontecendo.Dona Rute, sempre tão forte e orgulhosa, optou por morar sozinha, mas decidiu ficar próxima de nós. Respeitei sua escolha, e confesso que fiquei aliviada em tê-la por perto. Ela se tornou uma mais que um
Capítulo 35 – A Obsessão de JeanJeanO som do motor do barco quebrava o silêncio da noite que se iniciava, misturado com o som das ondas contra o casco. A cada curva, o vento frio parecia soprar mais forte, mas isso não me incomodava. Minha mente estava fervilhando, consumida pelo ódio e pela obsessão.Gisele e Rodrigo estavam ali, tão próximos, tão distraídos, confiando cegamente. Era quase irônico. Mal sabiam o que os aguardava.Enquanto eu pilotava o barco, mantinha meus olhos na escuridão à frente, mas meu coração e minha mente estavam presos no passado. Não era para ser assim. Gisele era minha. Minha. Nós tínhamos uma vida, um plano, e ela deveria ser eternamente grata por tudo que eu fiz por ela. Mas então, ela adoeceu, e tudo desmoronou.No início, eu tentei. Juro que tentei. Acompanhei algumas consultas, segurei sua mão em algumas noites em que ela chorava, aterrorizada pela possibilidade de não ver as crianças crescerem. Mas era demais, eu vi sua força se esvaindo e dia após