Contando ao meus filhos

Capitulo 4

Contando aos meus filhos.

Isso explica a distância dele Day tinha enviado uma foto nua, e as mensagens acima estavam revelando a verdade escondida, Jean estava me traindo...

Me traindo com essa mulher muito mais nova que ele, ela deve ter uns 20 anos no máximo...

Eu não sei nem como agir diante disso, não sei se o confronto, se consigo continuar ao lado dele e focar no meu tratamento eu juro que não sei o que fazer, sinto meu corpo todo tremer são tantos anos juntos, isso terminou de quebrar o que ainda tinha inteiro dentro de mim.

Não eu não vou conseguir acordo ele empurrando na cama e ele acorda assustado gritando:

-O que houve?

-O que houve Jean, o que houve? Você está me traindo a quanto tempo com aquela ninfeta loira Jean, justo agora que eu tanto preciso!

-Do que está falando Gisele?

Joguei o celular na cara dele aberto na foto dela, ele olha e tenta se fazer de desentendido.

-Ela deve estar bêbada Gisele.

-Não se fassa de sonso Jean, eu li a sua conversa!

-Isso esta errado não pode mexer assim no meu celular.

-A Jean pare com isso apenas assuma o que fez!

-Gisele por favor pare de gritar vai acordar as crianças, pense nelas.

-Eu pensar nelas, e você pensou nelas?

Levanto em um solavanco da cama e vou até meu closet preciso sair daqui.

-O que está fazendo?

-Eu vou sair preciso ficar longe de você que está me dando enjoo olhar essa sua cara de pal!

-É madrugada Gisele pra onde vai essa hora?

-Não interessa Jean! Só me deixe em paz!

Visto um casaco e desci as escadas com ele gritando atrás de mim:

-Gisele pare de ser louca onde vai essa hora e doente, pare com isso.

-Posso estar doente mas tenho decência diferente de você.

-Pela manhã eu venho falar com meus filhos.

-Talvez seja bom você arejar a cabeça porque não vamos nos separar por uma bobagem dessa.

Olho pra ele sem acreditar na audácia dele, e menos ainda por falar que a traição é uma bobagem depois de tantos anos juntos eu realmente desconheço o homem com quem me casei...

Pego a chave do meu carro e saio andando pelas ruas de Itararé sem um rumo certo depois de um tempo e com a cabeça mil eu estaciono e desabo a exaustão, a dor, a tristeza e o medo de tudo que ainda irei enfrentar está me destruindo sinto meu corpo se desfalecer de tanta dor, sinto que estou prestes a arrebentar a qualquer segundo.

Encostei minha cabeça no volante e deixei as lágrimas rolarem soltas até que a exaustão terminou de me derrubar e adormeci ali do mesmo modo que iniciei o choro...

Acordei com a luz do sol invadindo as janelas do carro.

Até me assustei antes de lembrar de como vim parar aqui, preciso voltar e falar com as crianças, ligo pra Dona Rute e peço que não vá embora até que eu chegue...

Dirigi novamente até em casa parei em frente aquela enorme casa de que valeu tudo isso?

Respiro fundo entro em casa ainda estava tudo em silêncio fui até o banheiro do quarto do meu studio tenho algumas roupas lá então evita que eu tenho que ver o Jean antes de falar com as crianças.

Fui até a mesa do café e ajudei a preparar com tudo que eles gostam, dona Rute chegou e estava agoniada com certeza ouviu os gritos pela madrugada...

-As crianças estão descendo.

-Vamos tomar café, e depois vamos conversar...

Falei seria pra dona Rute, e sorri assim que as crianças entraram.

-Bom dia meus amores, vamos tomar café.

Assim fizemos Jean apareceu estavamos saindo da mesa já, ele vem até a mim e tenta me beijar e eu o rejeito, passando por ele.

As crianças me seguem, até a sala de tv.

-A mamãe precisa conversar com vocês sobre uma coisa muito importante e muito séria.

As crianças me olham com curiosidade, seus olhinhos inocentes sem nem imaginar a seriedade da situação. Eu respiro fundo, tentando encontrar as palavras certas, mas tudo parece tão doloroso e esmagador. Não sei por onde começar, e sinto a minha garganta se fechar.

-Eu amo muito vocês. Isso nunca vai mudar...

Tento iniciar com algo que eles compreendam, mas a verdade é dura demais para ser suavizada. Eles continuam me observando, totalmente atentos.

-O que aconteceu, mamãe?

Livia me pergunta, sempre a mais sensível, já percebendo que algo está muito errado.

Sento-me no sofá e faço sinal para eles se aproximarem. Eles vêm até mim, e eu os abraço forte, como se pudesse proteger eles de todo o mal com aquele gesto.

Meu coração parece se despedaçar a cada batida...

-A mamãe...

Faço uma pausa, tentando conter as lágrimas, e então prossigo...

-Bem eu estou doente, muito doente.

-Eu tenho câncer...

As palavras saem quase num sussurro, mas reverberam na sala como um trovão. Eles olham para mim, confusos. Meu pequeno Luan franze a testa.

-Câncer, mamãe? Você vai morrer?

As palavras me atingem como um soco no estômago, tento sorrir, mesmo que o medo esteja me corroendo por dentro.

-Eu não sei, filho.

Engulo em seco.

-Mas a mamãe vai lutar muito, com todas as forças, para ficar bem. Eu prometo pra vocês meus amores.

A sala ficou em silêncio por um momento. Posso ver as diferentes reações se formando em cada um deles. Lívia abaixa a cabeça, tentando segurar as lágrimas, enquanto meu menino parece confuso, sem entender o que isso realmente significa. Meu pequeno Luan sempre o mais quieto, nem sabe o que dizer.

-E o papai?

Livia pergunta, com sua voz embargada.

-Ele já sabe mamãe?

Meu coração se aperta novamente, mas não posso envolver as crianças nos problemas entre mim e Jean agora. Isso teria que ser resolvido depois, em outro momento.

-Sim, filha ele sabe.

Respondo suavemente.

-E ele também vai estar aqui para ajudar vocês. A gente vai passar por isso juntos, como uma família.

Faço uma pausa, olhando para cada um deles. Quero que eles saibam que não importa o que aconteça, eu estarei com eles, lutando.

-Vai ser uma fase difícil, eu não vou mentir.

-Alguns dias a mamãe pode estar cansada, com dor, mas eu sempre estarei aqui. Vocês sempre podem falar comigo, perguntar o que quiserem, eu vou responder, mamãe vai ter que viajar para fazer a cirurgia mas o restante do tratamento a mamãe vai tentar fazer aqui.

Meu filho finalmente fala, sua voz doce, mas trêmula.

-A gente pode te ajudar, mamãe?

Eu não consigo mais segurar as lágrimas e as deixo cair. Abraço-os com força.

-Só de estarem aqui comigo já estão ajudando muito, meus amores. A gente vai passar por isso juntos...

Jean entra na sala e observo nós tres abraçados e dona Rute estava no canto chorando em estado de choque, Jean se aproximou da mãe mas ela se afasta dele e vem até mim nos abraçando.

Essa luta vai ser longa...Mas agora sei que eles estão comigo...

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