A Maldição de Dirt'alrus (Parte I)

A Maldição de Dirt'alrus (Parte I)PT

Fantasia
L.L.Santos  concluído
goodnovel16goodnovel
10
3 Avaliações
26Capítulos
2.8Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

Nico de Ellefen é um rapaz humilde do reino de Ertiron que nunca conheceu suas origens, grande e forte, é um verdadeiro lutador da Arena do Lustre de Ferro, embora não tenha se tornado tão bem sucedido quanto esperava no início. Millena Leviance compartilha não conhecer suas raízes, mas cresceu em um ambiente completamente oposto: no reino de Wendevel, que não só abriga imensas fortunas, como também conhecimentos que nenhuma outra civilização possui, o Nono Pilar é sua casa desde que consegue lembrar. Ambos entram em uma jornada perigosa e inesperada, onde podem descobrir a estranha ligação que parece existir entre eles, enquanto uma guerra se forma por revanchismo e ganância entre os reinos mais poderosos do continente. No meio disso tudo, terão de lidar com o passado que os assombra como fantasmas e perseguições das quais não veem escapatória, o Lobo de Dirt’alrus surge nessa história épica cheia de reviravoltas para causar ainda mais tragédias, uma maldição que precisa ser aniquilada.

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Yasmin Da Silva
Muito bem escrito e cheio de detalhes, a história te prende do início ao fim.
2024-10-03 06:38:41
1
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Glória Alves
Impressionante!! Li o prólogo e estou com altíssimas expectativas sobre o restante da obra. Meus parabéns ao autor!
2022-05-23 10:28:06
1
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RavenMoon
Eu simplesmente amo tudo o que ele escreve, e esse livro, c7, é mais uma perfeição. Escrita perfeita, toda vez que leio algo seu, é como se estivesse dentro da história. Parabéns
2022-01-22 09:08:23
1
26 chapters
Prólogo
O crepúsculo morreu aos poucos em suas cores vermelhas. Pôs-se o sol novamente, escondendo-se em um horizonte invisível após o mar. Erensiel, com suas grandes asas deslizando pelo céu noturno, sobrevoava um manto de ondas escuras e pacíficas, logo deixadas para trás ao atravessarem a paisagem de uma praia vazia. Eram as terras de um continente marcado, suas cicatrizes ganhavam forma à medida que avançavam. Os rochedos e depressões simbolizavam sua força, pequenos riachos lembravam o sangue que foi e ainda era derramado. O céu repleto de estrelas, adornado com o sorriso de uma lua minguante, era o reflexo de que ainda havia esperança sobre aquele mundo.O voo castigava o rosto cansado de Morgan. Um ardor crescia em seus olhos e seus cabelos negros esvoaçavam com força, sentia um frio incômodo nas orelhas e o vento sussurrava algo incompreensível. Um forte calafrio percorreu seu corpo, consideraria isso um aviso na suspeita noite que o cobria.Erensiel avistou o acampamento e pousou na p
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Capítulo I: O ouro no mundo
As vozes nasciam da imensidão acima. A multidão se agitava, a expectativa aumentava à medida que seus passos progrediam no corredor escuro. Embora o percurso tivesse se tornado familiar, sentia-se perdido, como se o caminho único pudesse se ramificar em vários e levá-lo a um calabouço frio onde se encolheria pela eternidade. Lembrou-se da primeira vez em que seus pés pisaram naquele lugar. De como o ímpeto de voltar e desistir era grande, cada batimento era um “não vá”. Não se sentia um lutador da Arena, mas um garoto perdido na vastidão de um mundo onde as sombras reinavam.Naquela noite, sua primeira em Cinstrice, ele enfrentou um adversário experiente, bem maior do que esperava. Todos diziam seu nome e o incentivavam a acabar logo com o novato magrelo. Via a si mesmo como pequeno e incapaz, apesar de sempre tentar parecer o contrário. Seus pés se moviam como se dominados por uma entidade desconhecida, era um espectador no seu próprio corpo, distante e ao mesmo tempo presente. O calo
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Capítulo II: Pinturas e retratos
Manhãs que começavam sem a voz de Mercstzine reverberando pela estalagem eram motivo de preocupação, coisas boas não vinham quando ela ficava muito pensativa. Seu marido diria que o silêncio dela machucava mais do que as palavras, porém o que ela fazia bastante desde que Endrick e Nico praticamente foram morar lá era falar.— Essa foi a terceira vez que vocês se arriscaram em vão até Cinstrice — começou ela, ao ver Endrick entrar na cozinha. — Você ensinou esse garoto direito?— Não se pode ganhar todas — disse ele, a voz branda.Ela largou a faca com a qual cortava suas verduras e olhou para ele.— Também não se pode perder todas. Vocês precisam pagar por ficarem aqui. Os cobradores de impostos não serão tolerantes comigo da mesma forma que eu sou com vocês.— Sabemos disso. Não queremos abusar da sua paciência, mas precisamos de mais tempo.Mercstzine assentiu e cruzou os braços.— Você acha certo?— O quê?— Acha certo ficar levando o garoto para aquele lugar?Uma espécie de culpa p
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Capítulo III: A noite conhece seu tempo
A cidade de Elisesile ficava ao leste de Ellefen, não muito distante. Poucas árvores margeavam o caminho, a vegetação rasteira era parca e as colinas escondiam perigos que poderiam se revelar quando a noite deixasse suas primeiras horas para trás. O pio de uma coruja lembrou Nico de que criaturas observavam nas sombras. A estrada que percorriam costumava estar movimentada a essa hora do dia com o retorno dos mercadores de Ellefen e de outros vilarejos da região. Estranhamente, isso não acontecia.— Voltaram mais cedo por causa do tempo — disse Endrick, quando Nico perguntou.O sol se pôs sem ser visto. Felizmente, Endrick não se esquecera da lamparina. As árvores se apresentavam na forma de silhuetas tortas e perdidas em meio a uma delicada cortina de névoa. O vento soprava, vindo de longe, das Montanhas Farynan ao norte de Ertiron. Vistas dali, as elevações eram mais negras que a noite, belas e sólidas, perseguindo-os imóveis. O atrito das rodas da carroça com o chão era o único som q
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Capítulo IV: O Nono Pilar
Não foi dita uma palavra desde que se sentara. Apenas suspiros de descontentamento e o incessante som de pena riscando papel circulavam o aposento, que possuía a doce essência das ervas-séias de Ciusimur. Os olhos verdes e incisivos de um gato preto a encaravam, sacolejava a cauda de forma lenta deitado sobre uma caminha almofadada de veludo azul. Se bem escutara, chamava-se Calaithto. Nome do primeiro Eldenzor que se sentara no trono de Wendevel há quinhentos anos. Uma simples forma de homenagear a família real, até o mais tolo poderia ver, entretanto olhares diferentes poderiam ver o ato como um insulto. Ela não dava importância para isso, Calaithto era um nome bonito para um belo felino. O gato deu uma piscadela, como se apreciasse seus pensamentos.Millena nunca estivera no Palácio Lirnansio do lorde Syafer de Lirnans, mas a sua grandiosidade e reputação construída ao longo dos séculos a levaram a crer que existisse algo de fato acolhedor por trás de seus muros. Em parte, estava ce
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Capítulo V: Na sombra do salgueiro
O chão do refeitório estava engordurado próximo à mesa de onde encontraram as crianças. Ela não saberia dizer se os restos de comida era o que restara de um porco ou de um frango, nem perdeu tempo pensando nisso. As crianças acenaram ao vê-la, quanta audácia de agirem naturalmente após terem feito o que fizeram. Mesmo irritada, ela retribuiu e riu das bochechas delas, lambuzadas de molho vermelho que torceu para que não saísse com facilidade.— Aí estão seus alunos, Mestre Armoni — virou-se para o Mestre de Ensinos. — Não os perca de vista novamente.— Peço desculpas, senhorita Leviance, em nome da Academia de Venelvor.Drafindel e os gêmeos riram da cara do homem, Diarne se retirou com um suspiro, dizendo que faria umas anotações. Millena se despediu, abraçou Drafindel e os irmãos e continuou seu trajeto.— Praguinhas famintas — sussurrou ao olhar para a mesa novamente. Esperava que levassem um sermão.Chegando ao balcão de pedra da cozinha, o cheiro dos assados a deixou com água na b
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Capítulo VI: Amargos devaneios
As engrenagens giravam no interior da caixinha de madeira, resultando em música e um leve tremor sobre o seu peito. O compasso criado junto aos seus batimentos acalmava, o toque melancólico ordenava para que fechasse os olhos. Ela era teimosa, observava o dossel da cama, vagueando em pensamentos criados por uma trilha sonora de toques mecânicos. Havia um casal que girava à medida que a melodia progredia, de início curvados, mas vagarosos se erguiam em uma dança. Agora estavam perdidos em algum lugar distante, assim como muitas coisas da sua infância. Coisas que envolviam a sua memória.O dossel caiu sobre seus olhos e as cortinas a envolveram tão subitamente quanto a caixinha que se fechou e deixou de tocar. Millena estava em Nivins, a ilha. Sabia que estava, poderia ser diferente? Tinha mais uma vez cinco anos, era óbvio. Qual pessoa não saberia a própria idade? Sentia-se bem e olhava o oceano, não havia praia. Pisava nas pedras descalça sem se incomodar. Estava livre, o vento forte e
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Capítulo VII: Herança roubada
— Meu nome é Alec — respondeu, após Endrick perguntar pela segunda vez.Sentava-se em uma cadeira próxima a lareira, assistia a lenha sendo abraçada pelas chamas e se transformando aos poucos em um resquício distante do que era. Ele recusara comida ou roupas secas, apenas quis ficar perto do fogo. Uma fina linha de sangue escorria do canto da sua boca, mas Mercstzine não o convenceu a deixá-la cuidar do ferimento. Apenas isso maculava o rosto pálido de Alec, porém ele estava mais ferido do que aparentava. Mancava um pouco com a perna esquerda, Nico serviu de apoio para carregá-lo até onde estava, e mantinha a mão colada ao lado do corpo. Se tivesse a sorte que Endrick acreditava, talvez nenhuma costela estivesse quebrada. Seu cabelo negro caía sobre seus olhos cinzentos e pensativos.Ele não devia ser muito mais velho que Nico, cuja altura era a mesma. Tinha uma voz grave, possuía um certo ritmo ao pronunciar as palavras. Um sotaque que ninguém reconhecia ou apenas uma maneira própria
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Capítulo VIII: Uma sombra viva
Era um sonho antigo e recorrente. Se eram lembranças do seu passado esquecido, ele não sabia, no entanto o sonho nunca estivera tão nítido quanto naquele momento. Sentia tudo de forma concreta, era ele, uma criança entregue aos soluços do seu pranto. Nico duvidava que sua mente fosse capaz de criar uma ilusão tão perfeita em seu subconsciente, porém relutava em acreditar que realmente era uma cena ocorrida no seu passado.O aperto no peito era intenso e doloroso, não havia nada que pudesse ser feito. O medo, Nico pensou pela primeira vez em como o medo podia deixar alguém sem uma fração de si. As lágrimas enchiam os olhos e percorriam o curto caminho da sua face como um rio cristalino em direção aos seus lábios, o sofrimento era salgado. Veio então o nome pela primeira vez.De tantos sonhos confusos e indistintos, esse foi o único que permitiu relembrar o nome do garoto que morria: Leone. Um nome que achou bonito. Agora era tão óbvio que Nico se perguntou como não conseguiu se lembrar
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Capítulo IX: Milhares de luas
Nico mordiscava os pães, comumente ignorando o chá de Mercstzine servido a sua frente. Estava pensativo e pouco à vontade diante dos outros. O sonho com Leone, a aparição de Johen, seguido do roubo da misteriosa caixa de Tarci, que ele provavelmente roubara primeiro, foram tantos acontecimentos antes que o dia começasse que sua mente o fazia crer que nem tudo havia acontecido mesmo. Em especial a parte de quase ter sido morto. A adaga voava em sua direção, o tempo ganhou diferentes engrenagens e ele se via incapaz de fazer o simples ato de piscar. Porém o giro do cabo e da lâmina não terminaria como qualquer pessoa pudesse prever, o vento veio e mudou tudo.Endrick se recusou a falar sobre o que fez. No entanto, Nico sabia que uma hora ele atenderia a obrigação de conversar sobre o assunto. Embora o amigo contasse bastante sobre sua vida, reconhecia que inúmeros segredos eram guardados, mas magia estava longe de qualquer suspeita. Isso o levava a criar muitos questionamentos; se Endric
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