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Capítulo 12 - Luto e Vingança

A lua cheia pairava sobre a Alcatéia do Rio Sombrio quando Lucian e Caden chegaram com um grupo de guerreiros. A viagem foi silenciosa, pesada. Todos sabiam que não estavam apenas ali para exterminar renegados, mas para trazer Alina de volta para casa—mesmo que apenas seu corpo.

O cheiro de sangue impregnava o ar. Corpos de renegados estavam espalhados pelo campo de batalha, suas carcaças dilaceradas sem piedade. Não havia sobreviventes.

Lucian olhou para o caos ao redor, os olhos brilhando em fúria. Ele não precisou perguntar o que aconteceu.

Rylan estava de pé no centro do massacre, coberto de sangue, a respiração pesada. Seus olhos, antes vivos, agora estavam vazios.

Caden foi o primeiro a se aproximar, colocando a mão no ombro do beta.

— Rylan…

O lobo apenas fechou os olhos e soltou um suspiro trêmulo.

— Eles se foram. Todos eles.

— Você… os matou sozinho? — Lucian perguntou, cruzando os braços.

Rylan assentiu lentamente.

— Eles não mereciam viver.

Nenhum dos guerreiros questionou. Eles entendiam. Quem já teve uma companheira sabia que perder uma significava perder metade da própria alma.

Lucian olhou para o alfa da Alcatéia do Rio Sombrio, Darius, que observava a cena em silêncio.

— Obrigado por cuidar dele. Agora nós o levamos para casa.

Darius apenas assentiu.

A tensão no ar era palpável quando Caden e outros guerreiros carregaram o corpo de Alina, coberto por um manto escuro. O luto era visível em cada olhar.

Sem mais palavras, partiram.

De Volta à Alcatéia Real

O funeral aconteceu sob a luz da lua, com apenas os mais próximos presentes. A pedido de Rylan, a cerimônia foi íntima.

Lívia, a gama feminina, permaneceu ao lado de Caden em silêncio, enquanto a família de Rylan chorava sua perda.

Quando a cerimônia terminou, Lucian se afastou para enviar um comunicado a todas as alcatéias.

O e-mail era direto e sem rodeios:

"Estamos em luto pela perda de Alina, beta da Alcatéia Real. Sua morte é um lembrete do perigo que espreita nas sombras. Qualquer sinal de ataque de renegados deve ser imediatamente comunicado à Alcatéia Real. A segurança de todos depende disso."

Lucian enviou a mensagem e olhou pela janela.

Alcatéia da Lua Escarlate...

Na sala de estar da casa principal, Helena lia os e-mails em seu tablet, os olhos marejando discretamente. Ao terminar, suspirou profundamente, deixando o aparelho sobre a mesa.

— Alina… — murmurou. — Que a Deusa da Lua guie sua alma.

Celeste e Isla estavam por perto quando ouviram o tom grave da mãe. Erin entrou logo depois com Lucy no colo e Luke cochilando no carrinho. Ela notou o clima estranho no ambiente.

— O que houve, mãe?

Helena passou a mão pelo rosto e se recompôs antes de responder.

— Acabei de ler um comunicado da Alcatéia Real. Alina, a beta, faleceu num ataque de renegados.

Erin arregalou os olhos, chocada.

— Eu… eu não sabia. Que tristeza…

Helena assentiu com pesar.

— Não tive a chance de conhecê-la. Mas Rylan… — ela sorriu levemente, saudosa — conheci quando ele ainda era filhote. Cresceu ao lado de Lucian, os dois inseparáveis. Eram como irmãos. Ele sempre teve um coração gentil, mesmo sendo forte demais para a idade. Saber que ele perdeu sua companheira assim… parte o coração.

Celeste pegou Luke no colo e se sentou ao lado de Erin, tentando amenizar o clima pesado.

— Eles vão superar. De alguma forma, vão.

Erin ficou em silêncio, acariciando os cabelinhos de Lucy enquanto pensava em Lucian.

Um Mês Depois…

Na manhã ensolarada de um domingo calmo, Helena abriu o e-mail com o selo dourado da Alcatéia Real. Após ler, chamou as filhas com um leve pesar na voz.

— Meninas, chegaram novas notícias da corte.

As três irmãs pararam o que estavam fazendo e se aproximaram.

— Não teremos o Baile dos Companheiros este ano — anunciou, com um olhar compreensivo. — O luto pela beta Alina ainda está recente, e a família pediu que o evento fosse adiado.

Erin suspirou, forçando um pequeno sorriso.

— Eu entendo… só que… — hesitou por um segundo — eu tinha uma pontinha de esperança, sabe? Talvez esse fosse o ano em que eu o reencontraria. O pai dos meus filhos.

Celeste abraçou a irmã pelos ombros, enquanto Isla segurava sua mão.

Helena, com um sorriso cheio de carinho, se aproximou e tocou o rosto da filha.

— Não perca a fé, minha querida. A Deusa da Lua tem seus próprios caminhos e tempos. No próximo ano você irá, e sei que será abençoada.

— E quem sabe — completou Isla com um sorriso brincalhão — no próximo baile, você vá com Luke e Lucy nos braços e eles encantem meio salão antes do pai deles sequer chegar perto.

Erin riu, o coração mais leve.

— Eu só quero que, onde quer que ele esteja, ele pense na gente às vezes…

Lá longe, no palácio real, Lucian montava silenciosamente mais uma pequena estante no quarto dos bebês. E embora não soubesse o motivo exato, ele sentia... que precisava estar preparado. Para quando os visse pela primeira vez. Para quando finalmente os tivesse nos braços.

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