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Capítulo 18 – Destinos Entrelaçados

(Perspectiva de Rylan e Celeste)

O salão de baile fervilhava com murmúrios e olhares curiosos. O retorno da filha perdida da Luna Helena já era um evento marcante, mas outra cena chamava a atenção de alguns convidados.

Rylan parou no meio do caminho para sua mesa, o coração acelerado como se tivesse levado um golpe invisível. Seus olhos haviam se fixado na mulher sentada à mesa próxima, e algo dentro dele rugiu em reconhecimento.

A mulher o encarava de volta, a incerteza dançando em seus olhos castanhos.

Sem perceber que havia prendido a respiração, ele viu quando ela se levantou hesitante e caminhou em sua direção.

Rylan não precisou perguntar. Seu lobo já sabia.

Companheira.

A palavra ecoou em sua mente como um trovão.

Ela parou diante dele, os lábios se entreabrindo, como se quisesse falar algo, mas não soubesse por onde começar.

Tomando cuidado para não assustá-la, Rylan estendeu a mão e tocou seu braço levemente.

— Gostaria de conversar? A sós? — Sua voz saiu baixa, suave, como se não quisesse quebrar o momento.

Celeste hesitou por um segundo. Ele sentiu seu nervosismo, o cheiro leve da ansiedade misturado ao aroma floral doce que emanava dela.

Mas, mesmo com o medo evidente, ela assentiu.

— Sim.

Saíram do salão juntos, ignorando os olhares que os seguiam. Os murmúrios aumentaram, mas nenhum dos dois se importou.

No jardim, a lua iluminava as flores e lançava sombras suaves pelo caminho. Caminharam em silêncio até um banco de pedra afastado, onde se sentaram lado a lado.

Rylan segurou a mão dela sem pensar, sentindo a suavidade da pele dela contra a sua. Ele precisava desse contato.

Celeste, no entanto, interpretou errado o gesto.

Ela puxou a mão de volta e se levantou bruscamente, os olhos cheios de uma tristeza resignada.

— Não precisa me dizer nada. Eu entendo. — Sua voz tremeu levemente, mas ela manteve a cabeça erguida. — Sei que já teve uma companheira antes. Sei o que aconteceu. Se você quiser me rejeitar, eu aceito. Não precisa me dar explicações.

Ela virou-se para sair.

O pânico atravessou Rylan.

— Não!

Movendo-se por puro instinto, ele se levantou e segurou seu pulso com delicadeza, puxando-a para perto antes que ela fosse embora.

Ele não pensou. Apenas agiu.

Seu braço envolveu a cintura dela, e ele a puxou contra seu peito, inalando seu cheiro viciante.

Celeste ficou rígida, surpresa, mas não recuou.

— Eu não tenho intenção de rejeitar você. — Sua voz estava rouca, carregada de emoção. — Eu só… queria conversar. Explicar que, desde que perdi minha primeira companheira, não sou mais o mesmo. Estou tentando me reencontrar, tentando seguir em frente.

Ele respirou fundo, segurando-a firme como se temesse que ela desaparecesse.

— Só quero que tenha paciência comigo. Se eu disser ou fizer algo que a desagrade, não é porque não quero você. É porque ainda estou me ajustando.

Celeste não respondeu imediatamente.

Mas, depois de um momento, seus braços subiram lentamente e o abraçaram de volta.

Seu toque foi hesitante no início, mas logo ela se permitiu relaxar em seus braços.

— Tudo bem. — Ela sussurrou contra seu peito. — Eu espero.

Rylan fechou os olhos por um segundo, deixando que o peso daquela promessa aliviasse a dor que carregava há tanto tempo.

Talvez, só talvez, Alina estivesse certa.

Talvez fosse a hora de se permitir ser feliz de novo.

Rylan recuou levemente, apenas o suficiente para olhar Celeste nos olhos. O abraço tinha sido intenso, cheio de emoção, mas agora ele precisava saber mais sobre ela.

— Então, minha companheira… quem é você? De onde vem? — Sua voz estava mais suave do que ele imaginava, carregada de um sentimento que ele ainda não sabia nomear.

Celeste sorriu de leve, como se ainda estivesse processando tudo aquilo.

— Sou Celeste. Filha de Helena e Luke. Minha mãe é Luna da Lua Escarlate.

Rylan arqueou uma sobrancelha, absorvendo a informação. O nome de Helena era bem conhecido entre os líderes de alcatéia, mas ele ainda estava assimilando o que aquilo significava.

— E suas irmãs? — Ele perguntou, curioso.

Celeste relaxou um pouco e riu baixinho.

— Bom, tem Isla, a caçula… Ela é um furacão ambulante. E Selene… — Ela hesitou e corrigiu-se rapidamente. — Quero dizer, Erin.

O nome atingiu Rylan como um choque.

Seus olhos se arregalaram, e ele sentiu sua respiração falhar por um momento.

— Erin? Você disse Erin? — Sua voz gaguejou levemente, um traço incomum para ele.

Celeste franziu a testa, surpresa pela reação dele.

— Sim… Quer dizer, agora ela decidiu usar seu nome de nascimento, Selena. Mas por que—?

Ela parou ao ver a expressão atordoada de Rylan.

Na mente do beta, as peças finalmente começaram a se encaixar.

O desaparecimento repentino de Erin.

A busca interminável de Lucian.

A falta de qualquer vestígio dela, como se tivesse sumido no ar.

E onde tudo isso aconteceu?

Em frente a um hotel de luxo.

O mesmo hotel onde Erin, agora Selena, estava com Lucian aquela noite.

Rylan sentiu seu coração disparar.

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