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Capítulo 21 - Um Reencontro de Almas

Selena havia contado tudo. A dor, a fuga, os anos de ausência. Agora, era a vez de Lucian.

Ele ajeitou um dos bebês nos braços, olhando para os pequenos olhos sonolentos com um carinho silencioso. Então, com a voz baixa, começou a falar:

— Foram dois anos longos demais sem você — ele começou, a voz baixa, quase rouca. — No início, eu me recusei a aceitar que você tinha partido. Passava dias e noites procurando rastros, tentando entender o que havia acontecido. Mas era como tentar tocar fumaça.

Selena apertou os lábios, sentindo o coração se apertar ao ver a dor nos olhos dele.

— Perdi Alina pouco depois — ele continuou. — Minha beta, minha amiga mais leal. Ela foi como uma irmã, especialmente depois que você desapareceu naquela manhã. Me ajudou a manter a cabeça no lugar…

Lucian fez uma pausa, os olhos perdidos por um instante.

— Me joguei no trabalho pra manter a sanidade. O reino precisava de estabilidade. A alcatéia, de liderança. Eu me tornei... alguém que respirava dever e sufocava qualquer esperança de te ver de novo.

— Mas entre uma obrigação e outra… encontrei tempo. Encontrei tempo pra montar o quarto dos nossos filhos. Alina me ajudou no começo, e depois Lívia me deu apoio pra terminar. Cada detalhe foi pensando neles. E em você.

Selena sentiu os olhos marejarem. Lucian olhou para ela com suavidade e disse:

— Fiquem no palácio. Você, sua mãe, sua irmã. Descansem aqui… esse lugar é de vocês também.

Helena se levantou logo em seguida, ajeitando o casaco.

— Acho que vou procurar Isla… com toda a confusão, a deixamos no salão do baile.

— E nós também vamos — disse Celeste, puxando Rylan pela mão. — Vocês merecem um momento só de vocês.

Quando todos saíram, a sala ficou em silêncio. Apenas eles dois... e os dois bebês dormindo nos braços dos pais.

Lucian olhou para Selena e segurou sua mão.

— Quer conhecer o quarto deles?

Ela assentiu com um sorriso, e os dois subiram com os pequenos no colo.

O quarto dos bebês era um sonho. Suave, acolhedor, com tons claros e detalhes feitos à mão. Dois berços enfeitados com delicadeza ocupavam o centro do cômodo. Selena ficou sem palavras.

— É… perfeito — murmurou.

Ela ajudou Lucian a deitar as crianças nos berços. Ele mostrou cada cantinho: a estante de livros, os brinquedos, as almofadas bordadas com os nomes deles.

Mas o que chamou atenção de Selena foi uma porta lateral.

— É uma passagem para o quarto principal — disse Lucian, abrindo-a.

Selena olhou a porta, depois para ele, compreendendo a implicação. Suas bochechas coraram.

Lucian deu uma risada baixa, sincera e um tanto divertida. Aproximou-se, envolveu-a num abraço caloroso e disse em seu ouvido:

— Só se você quiser… dormirmos juntos. Só dormir. — A última parte veio com um sorriso maroto.

Ela riu, sem jeito, e deu um tapinha no braço dele.

— Você não presta, Lucian.

— Eu sei. — Ele piscou. — Mas você me ama assim mesmo.

Eles atravessaram a porta até o quarto dele — ou melhor, o quarto deles. Era imenso, com uma sala de estar anexa decorada com tons sóbrios e elegantes. Uma porta adiante revelava um closet generoso, onde Selena entrou curiosa.

De um lado, roupas masculinas impecáveis. Do outro, vestidos elegantes, trajes casuais refinados e... belas camisolas.

Ela parou, surpresa. Tocou um dos vestidos com cuidado, como se fosse algo frágil.

— Eu…? — começou a perguntar.

Lucian entrou atrás dela e respondeu antes que ela terminasse:

— Enquanto fazia compras pros bebês, vi algumas peças que me fizeram pensar em você. Só imaginei... que um dia você poderia usá-las.

Ela se virou devagar, com os olhos brilhando, profundamente tocada pelo gesto.

— Você pensou em tudo isso… mesmo sem saber se um dia eu voltaria?

— Sim — ele respondeu, firme. — Porque parte de mim nunca acreditou que você realmente estivesse perdida pra sempre.

Selena deu dois passos e o abraçou. Forte. Como se não quisesse mais soltar. E então, o beijo veio.

Lento. Profundo.

Como se os dois estivessem contando, sem palavras, tudo que não puderam dizer nos últimos dois anos.

E naquele momento, no coração do palácio, o tempo pareceu finalmente se alinhar para eles.

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