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Capítulo 24 - Minha Rainha, Meu Mundo.

luz da manhã começou a tocar as cortinas do nosso quarto, filtrando-se em feixes dourados que pareciam abençoar tudo o que alcançavam.

Acordei primeiro, como sempre. Ainda meio deitado, apoiei meu corpo sobre o braço esquerdo e me permiti observar minha família. Meu mundo.

Selena dormia com um dos braços estendido por cima de Lucy, o rosto sereno, os cabelos bagunçados pela noite, espalhados sobre o travesseiro. Os lábios entreabertos e a expressão tranquila a faziam parecer ainda mais bonita do que qualquer lembrança que eu guardei.

Se eu já não estivesse perdido de amor por ela, tenho certeza que nesse exato momento, observando esse sorriso suave mesmo dormindo… eu teria me apaixonado de novo.

Ao meu lado, Luke começou a se remexer, os olhinhos piscando devagar até que as mãozinhas começaram a se mover no ar, como se ele quisesse pegar a luz. Um de seus bracinhos bateu levemente em Selena.

Ela resmungou baixinho antes de abrir os olhos com lentidão. E quando o fez… aquele sorriso. Aquele sorriso que me desarmava.

— Bom dia — murmurei, quase num sussurro.

Ela olhou pra mim e esticou a mão, tocando meu rosto de leve.

— Bom dia, meu rei.

Antes que eu pudesse responder, um biquinho dramático surgiu no rostinho de Lucy. A pequena princesa virou-se resmungando em busca da mãe. Selena se sentou com cuidado, pegando Lucy nos braços.

Uma batida suave na porta interrompeu aquele momento. Me levantei, ainda com um sorriso no rosto, e fui atender.

Era Merla, com um sorriso maternal e duas mamadeiras mornas nas mãos.

— Achei que talvez precisassem disso — disse ela, olhando para os pequenos em nossos braços.

— Você leu meus pensamentos, Merla. Obrigado — agradeci, pegando as mamadeiras.

Fechei a porta com o pé e voltei para a cama. Entreguei uma das mamadeiras para Selena, que já embalava Lucy com carinho, e me sentei com Luke no colo.

— Vamos lá, meu garotão — murmurei, e ele logo se agarrou à mamadeira com entusiasmo.

Enquanto dávamos as mamadeiras e trocávamos olhares ternos, um sentimento profundo me atingiu. Aquela cena… aquilo era tudo. Era o que eu nem sabia que precisava até tê-lo.

Depois da mamada e da higiene matinal, nos aprontamos e descemos juntos até o grande salão de jantar.

As mesas já estavam postas, repletas de frutas, pães frescos e pratos quentes, e vários membros da corte e convidados circulavam ali, trocando cumprimentos e risadas.

Acompanhei Selena até onde estavam meu gama e sua companheira.

— Caden, Lívia, quero que conheçam minha companheira… Selena. E nossos filhos, Luke e Lucy.

Lívia, com seus olhos brilhando e um sorriso largo no rosto, rapidamente tomou Lucy de meus braços, como se tivesse esperado por isso desde a noite anterior.

— Ela é perfeita! — exclamou, aninhando Lucy com tanta naturalidade que parecia ter nascido para cuidar de bebês.

Logo em seguida, Rylan entrou com Celeste e, como se tivessem combinado, ele caminhou direto até Selena, pegando Luke nos braços com um sorriso encantado.

— Já estou pegando prática com bebês, hein? — disse, piscando para Selena, que apenas riu.

Aproveitei a leve distração e segurei a mão de Selena, conduzindo-a até seu lugar ao meu lado — no assento destinado à rainha.

Porque era isso que ela era. A minha rainha. Não por título. Mas por essência.

Helena e Isla já estavam à mesa. Cumprimentei-as com carinho e perguntei como haviam passado a noite.

— Dormi como uma pedra — respondeu Helena, tranquila. — A cama era deliciosa.

— Eu amei tudo! — disse Isla, entusiasmada. — O quarto parecia de princesa! Nunca vi uma banheira tão grande! Eu queria morar aqui, inclusive. Já falei. Se tiver um castelo sobrando... me avisa!

Todos riram, inclusive Selena, que segurava o riso com a mão.

— Isla, você passou uma noite e já está se sentindo da realeza — brinquei.

— Ora, eu sou da realeza por tabela, não sou? — respondeu ela com uma piscadela.

Helena apenas suspirou e balançou a cabeça, mesmo sorrindo.

— Veremos quando você encontrar seu companheiro — comentou, com esperança nos olhos.

Isla bufou, teatral como sempre.

— A deusa da lua tá me deixando de castigo, mãe.

— Talvez ela ainda esteja procurando alguém disponível para ser atropelado — respondeu Selena, provocando risos gerais.

A mesa se encheu de conversa e gargalhadas, e naquele instante, olhando para cada um deles, senti uma paz tão profunda que quase me emocionou.

Observei meus filhos sendo mimados por todos, ouvi as risadas, senti a mão de Selena sobre a minha.

Era tudo real.

E, por um momento, fechei os olhos, como quem grava uma memória com o coração.

Hoje, pela primeira vez em anos, eu me sentia completo.

Se isso for um sonho... que eu nunca acorde.

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