O "sim" ainda vibrava nos lábios de Selena quando Lucian a puxou para um beijo faminto, como se aquele simples som tivesse rompido qualquer controle que ele ainda tinha. Seus corpos se colaram, e o mundo ao redor desapareceu. Agora, só existia o calor — dele, dela — e o desejo pulsando entre os dois como um chamado primal.
Lucian a conduziu até o quarto, as mãos não se separando das curvas dela nem por um instante. Assim que a porta se fechou atrás deles, ele a encostou ali mesmo, contra a madeira fria, o contraste fazendo Selena arfar. — Você tem ideia do que faz comigo? — ele murmurou contra o pescoço dela, a voz rouca e baixa como um trovão prestes a explodir. — Mostra pra mim... — ela sussurrou, cravando os dedos nos cabelos dele. Ele não precisou de mais incentivo. A boca dele desceu para o colo dela enquanto as mãos desfaziam o fecho do vestido com precisão e urgência. A peça deslizou por seu corpo como seda, revelando sua pele aos poucos, deixando Lucian hipnotizado. Ele a admirou por um momento, os olhos dourados escurecidos pelo desejo. — Perfeita — murmurou, antes de se ajoelhar diante dela e beijar o ventre, as coxas, os lugares mais sensíveis, arrancando suspiros e gemidos da garganta dela. Selena desfez os botões da camisa dele com dedos trêmulos, revelando o peito firme, quente, que ela já conhecia, mas que agora parecia ainda mais seu. Quando ele a ergueu no colo e a levou até a cama, ela se sentiu segura — e selvagem ao mesmo tempo. Deitados entre os lençóis, o ritmo entre eles se tornou mais intenso, mais cru, mais real. Lucian explorava cada parte dela como se estivesse redescobrindo seu território. Os corpos se entrelaçaram em movimentos precisos, famintos, mas também cheios de carinho. Ele a tocava com reverência, mas sem delicadeza desnecessária. Ela o puxava para si, querendo tudo, sem censura, sem barreiras. Os sussurros foram trocados entre beijos ofegantes. Os gemidos preenchiam o quarto enquanto a paixão aumentava, cada estocada profunda ecoando entre os dois como uma batida de tambor. Selena o envolvia com as pernas, o corpo pedindo mais, querendo se fundir completamente ao dele. — Você é minha — ele rosnou contra a pele dela, mordiscando seu pescoço com os caninos quase à mostra. — Sempre fui — ela respondeu, puxando-o para mais um beijo desesperado. O clímax veio como uma tempestade — quente, intensa, avassaladora. Ambos chegaram juntos, os corpos vibrando com a energia que parecia quase mágica, ancestral. Caíram um sobre o outro, ofegantes, os corações acelerados em sincronia. Lucian passou os dedos pelos cabelos dela, e Selena repousou a cabeça em seu peito, ouvindo as batidas firmes que pareciam dizer "você está em casa." — Essa noite foi minha promessa pra você — ele murmurou. — E eu vou cumpri-la todos os dias. Selena sorriu, exausta e plena. — Eu não preciso de promessas, Lucian. Só de você. Ele a apertou contra si, os corpos ainda entrelaçados sob os lençóis bagunçados. Do lado de fora, a noite continuava calma. Mas ali dentro, tudo havia mudado. Eles não eram mais apenas companheiros. Agora... eram um só. A primeira luz do sol entrou suavemente pelas cortinas, tingindo o quarto com tons dourados e cálidos. O ar ainda carregava o perfume da noite passada — mistura de desejo, amor e promessas seladas entre lençóis. Selena se remexeu sob os lençóis, sentindo o calor familiar ao seu lado. Quando abriu os olhos, Lucian já a observava, encostado no travesseiro, os cabelos um pouco bagunçados e um sorriso preguiçoso nos lábios. — Bom dia, minha futura esposa — ele disse com a voz grave e rouca de sono, os olhos brilhando de ternura. Selena sorriu, esticando o braço para tocar o rosto dele. — Acho que esse é o melhor “bom dia” da minha vida. Lucian se inclinou para beijar a testa dela, e depois os lábios, num gesto suave e cheio de carinho. Passou a ponta dos dedos pelo braço nu dela, como se desenhasse sua pele. — Fica aqui comigo. Não quero que esse momento acabe tão cedo. — Eu também não... — ela respondeu, aconchegando-se ainda mais no peito dele. — Já que a noite foi minha surpresa pra você... a manhã também será — ele disse com um olhar brincalhão, antes de pegar o celular do criado-mudo e fazer uma ligação rápida. — Tragam o café da manhã para o quarto. Completo. Sim, com frutas, ovos, torradas, café... e aquele croissant com recheio que ela ama. Obrigado. Selena riu contra o peito dele. — Você está mesmo me mimando hoje... — E vou continuar — ele disse, acariciando seus cabelos. — Você me deu tudo, Selena. Amor, força, nossa família... você merece cada mimo que eu puder oferecer — disse com sinceridade, olhando profundamente em seus olhos. O silêncio que se seguiu foi confortável. Eles apenas ficaram ali, abraçados, trocando carícias leves, ouvindo o som tranquilo da manhã se instalando no castelo. Logo, uma batida discreta na porta os interrompeu. Lucian se levantou, vestindo apenas a calça do pijama, e foi até a porta pegar a bandeja. Voltou com ela nas mãos, equilibrando com facilidade e aquele sorriso bobo de homem apaixonado. — Sua realeza, o café está servido — disse, colocando a bandeja sobre a cama diante dela. Havia flores frescas, frutas cortadas com cuidado, ovos quentinhos, suco natural e o famoso croissant que ela amava. Selena arregalou os olhos, encantada. — Você vai me fazer mal acostumar assim... — Essa é a ideia — ele disse, se acomodando ao lado dela e oferecendo um morango com a mão. — Um dia a gente vai contar pros nossos filhos que começamos o dia assim, com carinho e café da manhã na cama. — E com amor — completou Selena, antes de morder o morango da mão dele e sorrir. Eles se alimentaram entre risadas, beijos e olhares cúmplices. Era o início de um novo capítulo na vida dos dois — e o amor estava em cada gesto, em cada detalhe daquela manhã dourada.Selena descia lentamente os degraus da escada principal, sua mão entrelaçada à de Lucian. A luz da manhã filtrava pelas janelas do grande salão, iluminando os cabelos dourados dela como uma coroa natural. Lucian a observava com aquele sorriso que ela já começava a conhecer como exclusivo — reservado apenas para ela.Quando chegaram ao térreo, o som suave de risadas infantis os guiou até a sala da frente. Celeste estava sentada no chão, cercada por almofadas e brinquedos espalhados, enquanto Rylan equilibrava com cuidado uma das crianças nos ombros.— Bom dia, majestades sonolentos — brincou Celeste, levantando uma sobrancelha para a irmã. — Dormiram bem… ou nem dormiram?Selena corou imediatamente, dando um leve tapa no ombro da irmã.— Celeste!Lucian apenas riu, abraçando Selena pela cintura.— Se serve de consolo, a surpresa foi ideia minha.— Ah, nós sabemos — disse Rylan, pegando o bebê que tentava agarrar o cabelo
O salão estava voltando ao seu ritmo festivo após o breve susto, mas a energia não era mais a mesma. A presença do grupo recém-chegado pairava como uma nuvem escura sobre todos.Lucian se manteve em pé, a mão de Selena ainda entrelaçada à sua. Seus olhos estavam fixos na mulher que liderava o grupo.Alta, com cabelos longos e escuros presos em um coque elegante, seus olhos cinzentos varriam o salão como se tudo aquilo lhe pertencesse. Estava vestida com roupas finas demais para alguém que não havia sido convidada — como se soubesse que teria atenção.— Maedra... — disse Lucian, com um tom controlado, mas carregado de desprezo.A mulher sorriu de lado, como se o nome na boca do rei fosse uma melodia nostálgica.— Sobrinho — respondeu, com um leve aceno de cabeça. — Que cerimônia encantadora... embora um pouco simples para algo tão grandioso quanto a coroação de uma rainha.— Não me lembro de ter enviado um convite — rebateu Lucian
O bar estava lotado como sempre. Erin deslizava entre as mesas, equilibrando bandejas cheias de cerveja, ouvindo as risadas roucas e os comentários sussurrados dos clientes. O cheiro de álcool, fumaça e algo mais — algo selvagem — impregnava o ar. Ela se acostumara com isso. Trabalhar em um bar de lobisomens não era para qualquer um, mas Erin não conhecia outro lar.Então, ela sentiu.O olhar.Forte, intenso, queimando sua pele como fogo.Ela se virou, o coração batendo rápido. Encostado no balcão, um homem a observava com uma atenção que a deixou sem ar.Ele era alto, de ombros largos, a sombra da barba marcando seu maxilar. O cabelo escuro caía de forma rebelde sobre sua testa, e seus olhos dourados pareciam brilhantes demais sob as luzes fracas do bar. Um uísque repousava em sua mão, intocado.Mas ele só olhava para ela.Erin tentou ignorar. Continuou atendendo, rindo de piadas sem graça, desviando de clientes embriagados. Mas sempre que olhava para o balcão, lá estava ele.Na terc
O sol ainda não havia surgido completamente quando Erin abriu os olhos.Por um momento, ela não reconheceu onde estava. Lençóis macios, um colchão absurdamente confortável, um aroma amadeirado e masculino preenchendo o ar. Então, a memória da noite passada a atingiu como um raio.Lucian.Ela virou a cabeça devagar e viu o homem dormindo ao seu lado. Mesmo adormecido, ele exalava poder. O lençol cobria parte de seu corpo, mas ela podia ver os músculos definidos, os traços fortes, a pele quente contra a luz fraca do amanhecer.Seu coração acelerou.O que diabos ela tinha feito?Uma onda de pânico tomou conta dela. Ela nunca tinha feito algo assim. Passara a vida toda se protegendo, construindo barreiras para que ninguém se aproximasse. E agora… havia se entregado a um estranho.Um estranho que, claramente, era rico.Seus olhos percorreram o quarto luxuoso. O lustre no teto, os móveis de design sofisticado, a vista imponente da cidade. Ele não era um lobo comum. Não era um cliente qualqu
Rylan e Caden estavam sentados na luxuosa sala de estar da suíte do hotel, observando o rei com cautela.Lucian andava de um lado para o outro, visivelmente irritado.— Então… — Rylan começou, escolhendo as palavras com cuidado. — Quem é Erin?Lucian parou e lançou um olhar afiado para ele.— Isso não é da sua conta.Caden trocou um olhar rápido com Rylan antes de tentar outra abordagem.— Certo, mas… você quer que a encontremos. Isso significa que ela é importante. Só precisamos entender o quão importante.Lucian passou a mão pelos cabelos e respirou fundo, controlando a frustração.— Eu não sei quem ela é. Mas… ela é minha.Rylan e Caden franziram a testa ao mesmo tempo.— Sua… como? — Rylan perguntou, cruzando os braços.Lucian não respondeu de imediato. O silêncio prolongado apenas aumentou a tensão no ar.— Apenas encontrem-na — ele ordenou, a voz firme, deixando claro que não havia mais espaço para perguntas.Os dois assentiram, sabendo que o rei raramente ficava tão perturbado
Erin sentia sua mente girar.O silêncio no quarto era quase palpável enquanto ela absorvia o que acabara de ouvir.— Você… está dizendo que sou sua irmã? — sua voz saiu hesitante, como se o simples ato de falar as palavras tornasse tudo mais real.Celeste assentiu, seus olhos brilhando com emoção.— Não apenas minha irmã… minha irmã gêmea.O coração de Erin martelava em seu peito.— E você é minha mãe? — Ela olhou para Helena, que sorriu suavemente, com os olhos marejados.— Sim, minha querida. Você é minha filha.Isla, a mais nova, se aproximou com um sorriso caloroso.— E eu sou sua irmã caçula.Erin piscou algumas vezes, tentando processar tudo. Por anos, ela se perguntou quem eram seus pais, de onde veio… e agora, a verdade estava bem diante dela.Helena suspirou e pegou a mão de Erin com delicadeza.— Vou te contar tudo.Ela respirou fundo antes de continuar.— Quando você e Celeste tinham quatro anos, houve uma guerra. Nossa matilha, a Matilha da Lua Escarlate, foi chamada para
Lucian sentou-se na cabeceira da grande mesa do conselho, entediado antes mesmo da reunião começar.O salão da Matilha Real estava repleto de anciões e líderes de matilhas menores que vieram para a reunião anual. Ele já sabia quais seriam os assuntos: Segurança das fronteiras, Alianças com outras matilhas e O futuro do trono – esse era o tema que ele mais odiava.— Majestade — começou o ancião Alaric, um dos mais velhos e respeitados do conselho. — Já está com 29 anos. A linhagem real precisa ser assegurada.Lucian bufou, sem esconder sua irritação.— Já falamos sobre isso antes. Não vou escolher uma parceira aleatoriamente.— Mas precisa haver um plano! — insistiu outro ancião. — Se não encontrar sua companheira, deve escolher uma loba adequada para acasalar e garantir a continuidade da linhagem real.Lucian cruzou os braços.— Eu vou encontrar minha companheira.— Tem certeza de que ela existe? — um ancião perguntou com cautela.Lucian rosnou, sua paciência se esgotando.Ele não tin
Erin ainda estava sentada na cama, processando a notícia de sua gravidez. Sua mente girava, e o peso da revelação deixava seu peito apertado.Celeste e Isla estavam sentadas ao seu lado, enquanto Helena permanecia perto da porta, observando-a com carinho e paciência.— Então… — Celeste começou, inclinando-se para frente. — Como você conheceu o pai do bebê?Erin engoliu em seco, sentindo suas bochechas queimarem.— Bom… — Ela olhou para as irmãs, hesitante. — Foi em um bar…Isla arregalou os olhos, animada.— Um bar? Isso já está ficando interessante!Helena franziu levemente a testa, mas não disse nada. Erin sabia que sua mãe não a julgaria, mas ainda se sentia estranha contando aquela história.— Eu… — Erin respirou fundo. — Eu estava trabalhando no bar onde servia drinks e ele apareceu. Um homem alto, forte, de presença marcante. Eu juro, assim que bati os olhos nele, foi como se o ar tivesse ficado pesado.Celeste sorriu de canto.— Atração instantânea?Erin revirou os olhos.— Mui