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Capítulo 17 – O Encontro Inesperado

(Perspectiva de Lucian)

O salão do baile estava iluminado com lustres dourados, refletindo um brilho quente sobre os convidados que conversavam e brindavam. O cheiro de perfumes caros e especiarias se misturava ao ar, enquanto a música suave tocava ao fundo.

Ao lado de Rylan, entrei no salão com a postura ereta, como um rei deveria. Mas no momento em que meus olhos percorreram a multidão, senti algo diferente.

Meu lobo rugiu dentro de mim.

Era um chamado primitivo, uma necessidade que quase me fez perder o fôlego.

E então, eu a vi.

No instante em que nossos olhares se cruzaram, tudo ao meu redor desapareceu. A música, as vozes, as luzes, nada mais existia. Apenas ela.

O tempo não havia apagado sua beleza. Pelo contrário, parecia que a lua havia banhado cada traço seu, tornando-a ainda mais deslumbrante. Seu vestido realçava suas curvas, e seus olhos brilhavam com algo que eu não sabia decifrar.

Depois de quase três anos.

Depois de noites em claro, me perguntando onde ela estava.

Depois de revirar cada canto do continente em busca daquela mulher.

A mulher daquela noite.

A mãe dos meus filhos.

Lembro-me exatamente da primeira vez que a vi, naquela noite sob a lua cheia, quando meu lobo soube, antes mesmo de mim, que ela era minha. O destino a colocou no meu caminho, mas antes que eu pudesse reivindicá-la, ela desapareceu sem deixar rastros.

A dor da perda foi insuportável, a frustração de não encontrá-la corroeu minha alma.

Mas agora ela estava aqui.

E eu não pretendia perdê-la de novo.

Sem dizer uma palavra a ninguém, caminhei em sua direção. Não me importei com os olhares surpresos, com os murmúrios crescendo ao redor. O protocolo, o falatório… tudo isso poderia ser lidado depois. Nada mais importava além dela.

Ao me aproximar da mesa onde ela estava sentada, Selena se levantou.

Mas ao contrário do que eu esperava, ela não veio até mim.

Seus olhos se fixaram nos meus por um breve instante, e então, sem uma palavra, ela virou-se e saiu em direção ao jardim.

Meu corpo ficou tenso. O que diabos acabou de acontecer?

Meu lobo rosnou dentro de mim, inquieto. Isso não era como eu imaginava.

Sem hesitar, segui seus passos, o coração martelando no peito.

As surpresas dessa noite estavam apenas começando.

O ar fresco da noite envolvia o jardim, carregado com o perfume das flores e o sutil aroma da terra úmida. Meus passos eram firmes, determinados, enquanto avançava entre as sombras criadas pela iluminação suave do baile.

E então, eu a vi.

Erin—ou Selena, como agora era chamada—estava ali, parada de costas para mim. Seus ombros estavam tensos, sua respiração sutilmente alterada, como se já soubesse que eu a havia seguido.

Aproximei-me devagar, absorvendo cada detalhe dela. Mesmo depois de tanto tempo, seu cheiro era inconfundível para mim, um misto de baunilha e flores silvestres.

— Erin. — Suaquele nome escapou dos meus lábios antes que eu pudesse me conter.

Ela virou-se lentamente, os olhos arregalados, a boca entreaberta como se quisesse dizer algo, mas nenhuma palavra saiu.

A emoção no olhar dela foi a única resposta que precisei.

Antes que ela pudesse reagir, fechei o espaço entre nós e a abracei com força.

Ela era real. Ela estava aqui.

Meu lobo uivou dentro de mim, finalmente sentindo-se completo após tanto tempo de vazio e incerteza.

Eu não precisava de explicações. Não precisava de palavras. Tudo que importava era que, depois de anos de procura, ela estava em meus braços novamente.

Selena não resistiu ao abraço. Pelo contrário, senti seus dedos se fecharem ao redor da minha camisa, como se temesse que eu desaparecesse de novo.

O momento foi interrompido por um som discreto de tosse, como se alguém quisesse lembrar que não estávamos sozinhos.

Minha postura ficou rígida.

Olhei ao redor, meus sentidos já alertas, até que meus olhos pousaram em uma mulher um pouco mais velha do que me lembrava, mas ainda assim inconfundível.

Helena.

O choque percorreu meu corpo.

Os cabelos dela tinham fios prateados agora, mas o rosto era o mesmo da mulher que sempre vi como uma lenda—a Luna que perdeu seu companheiro para salvar minha vida.

Mas o que diabos ela estava fazendo aqui?

E, mais importante… como ela conhecia Erin?

Meu olhar voltou para Selena, e a pergunta estava evidente em meus olhos.

— Vocês… se conhecem? — Minha voz soou mais áspera do que eu pretendia, carregada de confusão e expectativa.

Selena desviou o olhar, mordendo o lábio inferior como se ponderasse o que dizer.

Helena, por outro lado, sustentou meu olhar com firmeza.

— Ela é minha filha.

O choque me atingiu como um soco.

Minha mente parecia incapaz de processar aquelas palavras.

Filha? Erin—Selena—era a filha de Helena e Luke? O mesmo Luke que morreu para salvar minha vida?

Eu a encarei, o coração batendo mais forte.

A mulher que eu passei anos procurando, a mãe dos meus filhos, era a herdeira da Alcatéia da Lua Escarlate.

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