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Capítulo 15 – O Retorno da Filha Perdida

O salão estava impecável. As enormes portas douradas se abriram, e fomos conduzidas para dentro por um dos organizadores do baile. Lustres majestosos iluminavam o espaço, enquanto uma orquestra tocava uma melodia suave e elegante. Cada detalhe da decoração exalava sofisticação — flores brancas e douradas enfeitavam as mesas, e um tapete aveludado percorria o centro do salão até o trono real, onde em breve o rei alfa faria sua entrada.

Ao nosso lado, Isla soltou um assobio baixo.

— Isso é muito mais bonito do que eu imaginava. Vocês têm certeza que a gente pertence a esse lugar? — brincou, com um sorriso malicioso.

— Isla, comporte-se. — Celeste revirou os olhos, tentando conter o riso.

Seguimos até nossa mesa, localizada em uma posição de destaque, bem próxima da mesa real. Isso chamou nossa atenção. Por que estávamos sentadas ali? Antes que pudéssemos comentar, os murmúrios começaram ao nosso redor.

— Olhe, são elas!

— A filha perdida da Luna Helena e do Alfa Luke… eu achava que ela nunca voltaria.

— Dizem que ela cresceu entre humanos.

— Não é só isso! Ela tem filhos! Dois bebês!

— Mas e o companheiro?

— Não tem.

— Como assim?

Os sussurros aumentavam a cada passo que dávamos. Meu peito se apertou. O olhar de todos pesava sobre mim. Mantive a cabeça erguida, tentando ignorar os cochichos, mas era impossível não ouvir.

— Ela voltou com dois filhos, mas sem o companheiro? Estranho…

— Talvez ele tenha morrido.

— Ou… talvez ele nunca tenha existido.

— Será que a Luna Helena vai contar a história completa?

Minha mãe, que caminhava ao meu lado, apertou levemente meu braço em um gesto de apoio. Ela não demonstrava incômodo, mas eu sabia que também ouvia tudo.

Celeste, percebendo minha expressão tensa, inclinou-se para mim e sussurrou:

— Respira fundo. Não deixe que isso te abale.

Isla, por outro lado, cruzou os braços e revirou os olhos.

— Nossa, que povo fofoqueiro! Eles nunca viram uma mulher criar filhos sozinha, não?

— Eles só não entendem… — murmurei, sentindo um nó se formar em minha garganta.

Minha mãe, sempre serena, finalmente decidiu intervir. Ela se virou para mim e sorriu suavemente.

— Eles vão entender, Selena. Hoje, todos vão saber quem você é.

O nome me pegou desprevenida. Era a primeira vez que ela me chamava de Selena em público. Meus olhos se voltaram para ela, e a vi com uma expressão firme e cheia de orgulho.

— Você está pronta? — perguntou ela.

Engoli em seco, mas então assenti.

— Sim.

Nos sentamos à mesa, e notei que a mesa real ainda estava vazia. O rei ainda não havia aparecido, o que apenas aumentava a tensão no ar. Todos pareciam ansiosos pela sua chegada.

Isla olhou para a mesa vazia e sorriu de lado.

— E eu achando que ia ter que me comportar agora que estamos tão perto da realeza… mas nem rei tem ali ainda.

Celeste deu uma risada baixa.

— Você acha mesmo que ele ia chegar cedo? Aposto que o rei faz uma entrada dramática.

— Será que ele é tão charmoso quanto dizem? — Isla apoiou o rosto nas mãos, fingindo um suspiro sonhador.

Eu revirei os olhos e tentei focar no jantar que logo seria servido. Mas, no fundo, não pude evitar de pensar no rei. No alfa supremo. No homem que, sem saber, era o pai dos meus filhos.

O que aconteceria quando ele finalmente aparecesse?

Os cochichos ainda corriam pelo salão, mas, para minha surpresa, uma alcatéia sentada em uma mesa próxima se levantou e caminhou em nossa direção. Diferente da maioria dos presentes, que apenas nos observavam de longe, eles pareciam genuinamente felizes em nos ver.

Um homem alto, com cabelos escuros e olhos penetrantes, liderava o grupo. Ele carregava uma aura de autoridade, mas seu sorriso era amigável. Ao seu lado, uma mulher de postura elegante, com longos cabelos castanhos e olhar acolhedor, parecia igualmente satisfeita com nossa presença.

Minha mãe foi a primeira a reconhecê-los e se levantou para cumprimentá-los com um sorriso caloroso.

— Alfa Tobias, Luna Camille, é uma honra revê-los.

— O prazer é nosso, Luna Helena. — Tobias respondeu, fazendo uma leve reverência. Seus olhos se voltaram para mim, Celeste e Isla. — E, claro, em finalmente conhecer suas filhas.

— É uma alegria ver sua família completa novamente. — Camille acrescentou gentilmente.

Meu peito se aqueceu ao perceber a sinceridade em suas palavras.

Tobias olhou para os bebês e sorriu.

— E esses são seus netos, certo?

Minha mãe assentiu com orgulho.

— Sim, meus pequenos milagres.

Camille se abaixou um pouco para olhar melhor as crianças, que estavam aconchegadas em nossos braços.

— Eles são adoráveis. — Ela olhou para mim com um olhar compreensivo. — Imagino que sua jornada até aqui não tenha sido fácil.

Senti um nó na garganta, mas retribuí o sorriso.

— Não foi, mas estou feliz por estar aqui agora.

Camille assentiu, como se entendesse exatamente o que eu queria dizer. Tobias, por sua vez, se virou para minha mãe.

— Se precisar de qualquer coisa, nossa alcatéia está à disposição. A Lua Escarlate sempre foi uma grande aliada, e ficamos felizes em poder recebê-las como parte de nossa história também.

O gesto deles, tão diferente da curiosidade e julgamento que havíamos recebido até agora, me fez relaxar um pouco.

Celeste e Isla também pareciam mais confortáveis, e Isla, claro, não perdeu a oportunidade de brincar:

— Acho que finalmente encontramos algumas pessoas normais por aqui.

Camille riu suavemente.

— Sempre há aqueles que julgam antes de compreender. Mas tenho certeza de que, com o tempo, todos verão a força de vocês.

Aquelas palavras, vindas de uma Luna respeitada, significavam muito. Eu sorri para ela, sentindo que, pela primeira vez desde que entrei no salão, não estava sendo vista apenas como um mistério ou objeto de fofoca.

A conversa continuou por alguns minutos, até que um burburinho ainda maior tomou conta do salão. Todos começaram a olhar para a entrada, e meu coração acelerou.

A mesa real não estava mais vazia.

O rei alfa Lucian havia finalmente chegado.

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