A vida tranquila da professora Jhulietta Duarte vira de cabeça para baixo ao encontrar Ethan, um menino perdido que a chama de "mamãe". O que começa como um aparente engano a lança no mundo do bilionário Nicolas Santorini, um homem frio e marcado por traumas do passado. Determinada a ajudar o solitário Ethan, Jhulietta se vê cada vez mais envolvida na vida dos dois, descobrindo que o coração de Nicolas é um território difícil de conquistar. À medida que segredos do passado de Nicolas vêm à tona e desafios inesperados testam os limites de Jhulietta, um amor improvável floresce entre eles. Agora, ela precisa decidir se está pronta para assumir o papel que o destino lhe reservou: a peça que faltava para completar a família que Ethan tanto deseja.
Ler maisNicolas Santorini Após o café chegarmos à escola, percebi imediatamente os olhares dos funcionários ao nos verem. Sabia exatamente o que aquela expressão significava: respeito… e um pouco de medo. O nome Santorini carregava um peso, e eu não hesitaria em usá-lo se fosse necessário. Fomos recebidos por uma assistente que nos levou até a sala da diretora. Ethan segurava a mão de Jhulietta, e eu sentia a tensão dele ao meu lado. Quando entramos, a diretora levantou-se, ajeitando os óculos no rosto. — Senhor Santorini, senhorita Duarte — ela nos cumprimentou, forçando um sorriso. — Sei por que estão aqui. Cruzei os braços, sem paciência para formalidades. — Ótimo. Então me diga, o que será feito sobre isso? Ela pigarreou, ajeitando-se na cadeira. — Conversei com a senhorito Duarte ontem e garanti que a escola tomaria providências. Estamos investigando… Soltei uma risada seca, sem um pingo de humor. — Investigando? — repeti. — Me poupe. Você não vai averiguar nada, dir
Um arrepio percorreu minha espinha ao sentir sua respiração quente contra minha pele. Meu coração acelerou, e eu engoli em seco, sentindo o peso da tensão que Nicolas criava entre nós com apenas um sussurro. Ele segurou meu queixo com delicadeza, obrigando-me a encará-lo. Seus olhos tinham aquele brilho intenso, carregado de desejo e determinação. — Você fica tão linda quando fica tímida assim — murmurou, traçando um caminho lento com a ponta dos dedos pela lateral do meu rosto até minha clavícula. Minha pele se arrepiou sob seu toque, e eu mordi o lábio inferior, tentando controlar a onda de calor que tomou conta de mim. — Nicolas… — minha voz saiu fraca, quase um sussurro. Ele sorriu, aquele sorriso torto e provocador que me deixava sem ar. — Sim, meu amor? Antes que eu pudesse formular uma resposta coerente, Nicolas segurou minha cintura e me puxou para seu colo, me acomodando sobre ele com facilidade. Minhas mãos foram instintivamente para seus ombros, sentindo a fir
A noite caiu silenciosa sobre a casa, mas minha mente estava inquieta. Depois de tudo que aconteceu na escola de Ethan, eu sabia que precisaria conversar com Nicolas. Ele precisava saber o que tinha acontecido. Passei a noite ao lado de Ethan, garantindo que ele estivesse confortável. Pedi à dona Neuza que preparasse seu prato favorito para o jantar, ele pediu que eu lesse uma história e assim o fiz até que seus olhinhos cansados se fechassem. Ele ainda parecia abalado, mas pelo menos estava mais tranquilo do que à tarde. Quando me certifiquei de que ele estava profundamente adormecido, saí do quarto em silêncio e fui até o escritório de Nicolas. Bati de leve na porta e ouvi sua voz. — Entre. Abri a porta e o encontrei sentado atrás da mesa, concentrado em alguns papéis. Mas assim que me viu, seu semblante suavizou, e ele largou tudo, me dando sua atenção. — Aconteceu alguma coisa? — perguntou, franzindo o cenho aí ver meu semblante. Fechei a porta e me aproximei, sentan
Jhulietta DuarteDois meses passaram como um piscar de olhos. Depois de tudo que aconteceu, Nicolas, Ethan e eu finalmente estávamos vivendo uma rotina tranquila ou o mais tranquila possível. Nosso relacionamento só se fortalecia a cada dia, e o laço entre mim e Ethan se tornava cada vez mais natural. Ele me chamava de “mamãe” sem hesitação, e cada vez que ouvia essa palavra saindo de sua boca, meu coração se aquecia. No entanto, nem tudo eram flores. Se existia algo que realmente me incomodava e muito era a maldita imprensa. Repórteres eram como abutres, sempre rondando, esperando por uma mínima brecha para conseguirem um furo de reportagem. Queriam saber sobre meu relacionamento com Nicolas, sobre meu papel na vida de Ethan, sobre como eu havia entrado na família. Eles inventavam boatos, deturpavam fatos e, o pior de tudo, tentavam afetar Ethan. Foi por isso que Nicolas redobrou a segurança. Assim que saímos da mansão, Manolo dirigiu até a escola de Ethan. — Ficaremos aqui me
Diogo LimaA fumaça do meu cigarro subia lentamente enquanto eu observava o jogo de sinuca acontecendo à minha frente. O bar estava meio escuro, com um cheiro de bebida misturado ao suor dos caras que riam alto e faziam apostas. Não estava exatamente me divertindo, mas também não tinha outro lugar para estar. Meus negócios estavam indo bem, e isso era tudo que importava.— Ei, Diogo — um dos caras me chamou, segurando um celular na mão. Ele tinha um sorriso sacana no rosto. — Não é tua filha, não?Franzi a testa e peguei o aparelho. Quando meus olhos bateram na tela, senti meu sangue gelar por um instante.Era ela.Minha filha.E ao lado dela, um sujeito, um riquinho bem vestido, daqueles que exalam dinheiro e poder. Meus olhos correram rapidamente para a legenda da matéria. Uma única palavra chamou minha atenção.BILIONÁRIO.Soltei uma risada baixa, sem humor.— Então é assim, hein, minha querida? Arranjou um bom peixe.— Parece que agora ela tem grana, hein? — um dos caras comentou,
Jhulietta DuarteO jantar com Nicolas estava sendo mais agradável do que eu poderia imaginar. Sentada à mesa, de frente para ele, observava como sua presença parecia iluminar o ambiente. O restaurante à beira-mar tinha um clima tranquilo, com luzes suaves e o som das ondas ao fundo, tornando tudo mais íntimo.Conversávamos sobre assuntos leves, rindo de algumas histórias e aproveitando o momento sem pressa. Ele era encantador de uma maneira que me desconcertava. Havia algo nele, uma segurança e um charme natural que me faziam baixar a guarda sem perceber.Estava tão envolvida na conversa que só percebi que Nicolas tinha tirado algo do bolso quando ele segurou minha mão e deslizou algo em meu dedo. Pisquei algumas vezes, surpresa, e olhei para a pequena joia reluzindo à luz branda do restaurante.— O que significa isso? — perguntei, sentindo meu coração acelerar.Ele sorriu de lado, aquele sorriso que fazia meu estômago revirar.— O que você acha que significa?Engoli em seco. Eu sabia
Nicolas Santorini O dia transcorria de maneira surpreendentemente leve. Depois do almoço, passamos um tempo à beira-mar, observando Ethan brincar na areia enquanto Renata se distraía conversando com algumas pessoas que conheceu. Eu, por outro lado, estava focado em algo mais importante: Jhulietta.Ela estava sentada na areia, olhando o mar com um sorriso tranquilo nos lábios. O vento brincava com seus cabelos, e o sol dourado iluminava sua pele de um jeito lindo, ela parecia uma pintura. Eu já tinha me acostumado a vê-la com Ethan, ao jeito como meu filho se apegou a ela, mas agora… agora era diferente. Eu queria Jhulietta só para mim, ao menos por algumas horas.Aproveitei um momento em que ela estava distraída e me aproximei de Renata.— Preciso de um favor.Ela arqueou a sobrancelha, curiosa.— De mim? — Ela perguntou e assenti. — Você me convidou para esse paraíso, então te devo uma, manda aí.— Quero levar a Jhulietta para ver o pôr do sol comigo e jantar mais tarde. Você pode f
Minha amiga cismou que eu estava debochando dela e precisei reprimi a vontade de rir e disse que não estava debochando dela, então ela pôs as mãos no rosto.— Miga! Somos duas fodidas. — Ela disse, balançando a cabeça com um suspiro dramático.— Você não lembra de nada, não é? Por que não pergunta para o Eduardo?— Jhulie, eu tentei, mas ele estava pior que eu. Por que você não me arrancou daquela festa e me mandou dormir?— Amiga, eu te procurei por toda a festa, mas você já tinha sumido. Tentei te ligar várias vezes e nada.Ela me encarou enquanto tomava mais um gole da sua água de coco, parecendo pensativa.— Melhor esquecer, né, miga?— Infelizmente, nessa eu não posso te ajudar.Ela assentiu devagar, como se estivesse aceitando que certas respostas nunca viriam.— Vamos ficar aqui apenas olhando aqueles dois se divertindo ou vamos nos divertir também?Antes que eu pudesse responder, minha amiga me puxou para levantar, chamando a atenção de alguns homens ao redor. Os olhares indes
A manhã chegou com o suave toque do sol penetrando pelas cortinas, anunciando um dia perfeito para aproveitar cada segundo no resort. Nicolas já estava acordado, seus beijos matinais e carícias suaves despertavam minha alma com uma doçura que eu raramente experimentava. Ele me puxava para si, beijando-me com uma ternura que derretia até a maior parte dos meus receios.— Bom dia, minha princesa — sussurrou, os olhos dele brilhando com a promessa de um novo dia repleto de amor e cumplicidade.Ainda sonolenta, com os lençóis desalinhados e os cabelos bagunçados, levantei-me devagar. Nicolas, com sua voz grave e acolhedora, comentou que o pequeno já havia se arrumado e estava esperando para tomar o café da manhã. Depois de um banho rápido que me despertou completamente, Nicolas me avisou que apoveitariamos a viagem e iríamos para a praia. Então escolhi um maiô comportado e vesti uma saída de praia, peguei tudo que precisaria para aproveitar o sol e descemos para tomar café, após o café