A vida tranquila da professora Jhulietta Duarte vira de cabeça para baixo ao encontrar Ethan, um menino perdido que a chama de "mamãe". O que começa como um aparente engano a lança no mundo do bilionário Nicolas Santorini, um homem frio e marcado por traumas do passado. Determinada a ajudar o solitário Ethan, Jhulietta se vê cada vez mais envolvida na vida dos dois. À medida que segredos do passado de Nicolas vêm à tona e desafios inesperados testam os limites de Jhulietta, um amor improvável floresce entre eles.
Ler maisEnquanto ele saía do quarto, Renata virou-se para mim e forçou um sorriso.— Me desculpa, Jhulie. Eu não queria estragar o momento de vocês.Toquei sua mão e apertei de leve.— Você não estragou nada. Ela suspirou e fechou os olhos por um instante.— As vezes sinto que estou carregando o mundo nas costas.Entendi perfeitamente o que ela queria dizer. Antes que eu pudesse responder, Nicolas voltou com um frasco pequeno nas mãos. Ele se aproximou da cama e entregou a Renata.— Aqui, você pode tomar esse sem preocupação. A Laura sempre tomava quando estava com dor durante a gravidez.Renata pegou o frasco com um olhar surpreso e agradecido.— Nicolas... Obrigada. De verdade.Ele sorriu de lado.— De nada. Agora descansa um pouco. Você precisa se cuidar.Ela assentiu e engoliu um comprimido com um gole d’água. Em seguida, acomodou-se melhor na cama e suspirou, fechando os olhos por um instante.Olhei para Nicolas e sorri. Apesar do jeito às vezes direto e inconveniente, ele sempre se pre
No outro dia abri os olhos sentindo cada músculo do meu corpo reclamar. Minhas pernas pareciam feitas de chumbo, minhas costas estavam doloridas e meus braços, bem, eu nem sabia que se podiam sentir dores nos braços depois de esquiar. Se era assim que atletas se sentiam após um dia intenso de treinos, eu respeitava ainda mais o trabalho duro deles.Virei-me na cama com um gemido de dor e percebi que Nicolas já estava acordado. Ele se apoiava na cabeceira, com um sorriso divertido no rosto, segurando o celular.— Bom dia, esquiadora profissional! — ele brincou, rindo ao me ver me contorcendo na cama.Fechei os olhos por um instante e fiz uma careta ao tentar sentar.— Não me zoa, Nicolas. Estou destruída. Minhas pernas não querem me obedecer.— Isso se chama dor da experiência. — Ele riu e, sem aviso, jogou um travesseiro em mim. — E você deve estar orgulhosa, porque ontem você foi um show à parte.Joguei o travesseiro de volta nele, mas sem força, porque, honestamente, meu corpo se re
Acordei com a sensação de que o dia prometia ser repleto de risadas, tombos e, é claro, mais momentos que seriam lembrados para sempre. O sol ainda estava fraco, mas já refletia na neve, tornando o ambiente perfeito para o que eu sabia que seria uma aventura com minha turma. O plano era claro: esquiar. Eu e Nicolas já havíamos concordado que passaríamos o dia na estação de esqui, curtindo a neve e tentando aproveitar ao máximo o que restava da viagem.Quando saímos do quarto, encontrei Renata já na sala, com um casaco de esqui e uma expressão um tanto pensativa. Ela estava quieta, observando algo pela janela. Vi que Ethan estava agitado, dando pulinhos de excitação, e Eduardo, bem, Eduardo estava ali, com um olhar de sono profundo. Ele ainda não tinha recuperado completamente da noitada, e sua cara de sono não passava despercebida.— Bom dia, turma! — Disse eu, tentando animar o ambiente. — Preparados para encarar a neve?Eduardo soltou um bocejo exagerado e me olhou com um sorriso me
Após um longo e cheio de aventuras dia, estávamos finalmente prontos para encerrar a tarde. Ethan estava com uma energia contagiante, mas a noite estava se aproximando, e os sinais de cansaço já se faziam presentes. Nicolas e eu estávamos a caminho do restaurante, já discutindo onde iríamos comer, quando ele parou de repente, me olhando com aquele sorriso de quem estava prestes a perguntar algo.— E a Renata? — ele perguntou, como se lembrasse da amiga que ainda não havia se juntado a nós. — Não vai sair?Suspirei, pensando no dia dela.— Ela disse que estava muito cansada, precisava descansar antes de sair de novo. — Respondi, sei bem como é querer um pouco de paz após um dia agitado. — E você, o que aconteceu com o Eduardo? Ele não veio com a gente?Nicolas deu uma risada baixa, claramente sabendo onde aquilo iria dar.— Ah, ele foi para uma boate local se divertir um pouco. Acho que não está tão cansado assim... — Ele deu de ombros, com um sorriso travesso.Eu não pude evitar solt
Depois de um banho relaxante e um tempo escolhendo o que vestir, finalmente me olhei no espelho, ajeitando os últimos detalhes. Optei por um vestido preto de alças finas, que moldava meu corpo de forma elegante, e combinei com um salto discreto. Meu cabelo estava solto, com ondas leves caindo sobre os ombros, e a maquiagem destacava meus olhos, deixando-me com um ar sofisticado, mas sem exageros. Respirei fundo, satisfeita com o resultado, e peguei minha clutch antes de sair do quarto.Assim que abri a porta, dei de cara com Nicolas, que parecia prestes a bater. Ele parou no mesmo instante, me olhando de cima a baixo, e um sorriso se formou lentamente no canto de seus lábios. — Uau... — Ele passou a língua pelos lábios antes de me puxar pela cintura. — Você está absolutamente deslumbrante. Senti um calor subir pelo meu corpo com a forma como ele me olhava, como se eu fosse a única mulher no mundo. — Obrigada. — Sorri, deslizando as mãos pelos ombros dele. — Você também não está na
Voltar para o hotel depois de uma manhã incrível explorando a Suíça deveria ser o momento perfeito para relaxar, mas assim que Renata abriu a porta do quarto, eu soube que alguma coisa estava errada.Seus olhos evitavam os meus, e seu rosto trazia uma expressão indecifrável, uma mistura de preocupação e confusão. Ela tentou disfarçar, forçando um sorriso, mas eu a conhecia bem demais para cair naquilo.Troquei um olhar rápido com Nicolas, e ele entendeu na hora.— Ethan, vem comigo. Vamos para o quarto trocar de roupa — ele disse, pegando o filho pela mão.Ethan olhou para mim, como se questionasse se tudo estava bem, e eu apenas sorri.— Te encontro daqui a pouco, pequeno — garanti, vendo os dois saírem do quarto.Assim que a porta se fechou, virei-me para Renata e cruzei os braços.— Agora, desembucha, amiga. O que aconteceu?Ela soltou um suspiro pesado e afundou-se na poltrona próxima à janela, passando as mãos pelos cabelos.— Eu estou fodida, Jhulie — murmurou, balançando a cabe
Jhulietta DuarteO calor suave dos lábios de Nicolas contra minha pele foi o que me despertou. Pequenos beijos eram espalhados pelo meu pescoço, subindo até minha mandíbula, e depois descendo novamente. Um sorriso preguiçoso se formou em meus lábios antes mesmo de abrir os olhos.— Você realmente não cansa, não é? — murmurei, sentindo um arrepio gostoso percorrer meu corpo.— Nunca quando se trata de você, meu amor. — A voz dele era rouca, ainda carregada pelo sono.Abri os olhos devagar, encontrando os dele me observando com um brilho intenso. Nicolas apoiava o rosto sobre uma das mãos, debruçado ao meu lado, enquanto seus dedos deslizavam preguiçosamente pelo meu braço.— Devíamos levantar. — Minha voz saiu arrastada, sem muita convicção.— Para quê? — Ele arqueou uma sobrancelha.— Para buscar Ethan e explorar a Suíça! — anunciei, animada, espreguiçando-me.Nicolas franziu o cenho e fez um som de desagrado.— Ou… podemos aproveitar um pouco mais a nossa manhã. — O sorriso travesso
Renata SouzaEu estava quieta, observando tudo ao meu redor, sem me esforçar para interagir. Ethan, por outro lado, estava animado como sempre. Seus olhos brilhavam enquanto se divertia com o padrinho.Eduardo, descontraído, brincava com o garoto de forma leve, mas ainda exalava aquela energia irreverente que eu já conhecia bem. Ethan parecia se divertir com o clima, mas eu… eu estava diferente.— Ei, Ethan! Adivinha o que eu vou te contar? — Eduardo disse, animado, cheio de expectativa.Eu sabia o que viria em seguida. Ele ia soltar mais uma daquelas piadinhas que, sinceramente, já não me arrancavam nem um mísero sorriso.— O quê, tio Edu? — Ethan perguntou, visivelmente empolgado.Balancei a cabeça e, com um suspiro, deixei escapar um “idiota”, sem me importar com quem pudesse ouvir. Eduardo, claro, não ligou. Ele fazia questão de ser o centro das atenções, mesmo que suas piadas não tivessem o efeito desejado.— Bem, você sabe o que dizem, né? — Eduardo começou, com um sorriso trave
Jhulietta DuarteO vento fresco da noite acariciava minha pele enquanto Nicolas guiava-me pelo píer até o barco. As luzes suaves refletiam na água tranquila, criando uma atmosfera mágica e intimista. Eu sentia meu coração acelerar, tomada por uma mistura de surpresa e encantamento.— Você realmente se superou dessa vez, Senhor Santorini — murmurei, entrelaçando meus dedos aos dele.Ele sorriu de canto, aquele sorriso presunçoso que tanto me tirava do sério, mas que também me fazia perder o fôlego.— Eu sempre me supero quando se trata de você, minha musa.Meu peito se aqueceu com suas palavras, e antes que pudesse responder, ele me ajudou a subir no barco. A embarcação balançou levemente, mas Nicolas segurou minha cintura, firme e protetor, garantindo que eu me sentisse segura.— Tudo bem? — ele perguntou, estudando meu rosto.— Sim, mas confesso que estou surpresa. Como conseguiu organizar tudo isso sem que eu suspeitasse?Ele piscou, travesso.— Eu sou um homem cheio de truques.O