Dilan sofreu um grave acidente enquanto uma viatura socorria sua esposa em trabalho de parto. Quando acordou, Melissa tinha partido, de forma bastante suspeita, e o bebê sobreviveu. Agora Dilan, sempre muito sério, precisa de uma pessoa para cuidar de seu filho, e está sobrecarregado para resolver tudo, pois além de esposa, Melissa era sua sócia, e deixou uma bomba para ele resolver. Ele contrata Jhon Allister como seu motorista e sua filha, Alysson, como babá. E logo ele percebe que arrumou uma grande dor de cabeça! Alysson morava no Complexo residencial de baixa renda que Melissa comprou pra derrubar e construir um shopping, e dançava em uma boate para sobreviver. Essa compra, não autorizada por Dilan, mudou a vida de toda uma população, e Alysson odeia Dilan por isso. Agora, eles vão ter que aprender a lidar com o ódio palpável que existe entre os dois, enquanto equilibram a tensão sexual e a criação do pequeno bebê!
Ler maisPOV de Bruce Eu estava no apartamento de Mary Jane com Jhon Allister, e não me sentia confortável perto dele. De repente, não sei porque, me sentia como uma adolescente visitando o pai da minha pretendida! E pior, Alysson tinha 22 anos, doze a menos do que eu e parecia uma criança. Ainda era uma menina, sem bagagem, com o histórico de um único namorado, que não foi nada agradável. Como eu, viúvo, mais velho, pai, vou explicar para o meu segurança que estou dormindo com a filhinha dele? Eu sabia que deveria aproveitar esse tempo que nós dois tínhamos, mas não achava jeito de começar o assunto. Mas Jhon logo achou a deixa: — Como vocês pretendem fazer para separar Alysson e Cris, depois que tudo isso terminar? — Separar? Não. Alysson não vai deixar de ser a babá dele…— Por favor, Dilan. Não me trate feito um boçal. Alysson nasceu pra ser grande. Quando ela tiver mais calma, vocês verão…— Você não está bravo por ela não querer falar com você? — Não. Conheço minha filha. Alysson
POV de AlyssonQuando Mary Jane chegou, a tensão no ambiente era palpável. Não quis rodeios nem amenidades; ela precisava ouvir o que eu tinha a dizer.— Mary, precisa contar para o meu pai que ele era pai de Melissa e avô do Cris.Ela cruzou os braços, o rosto fechando numa expressão de firmeza.— Eu sei de tudo o que você passou, minha linda, mas não pode voltar decidindo como vou fazer as coisas. Trata-se da minha vida e do meu segredo, e só eu tenho que decidir qual o melhor momento de seu pai saber.As palavras dela me atingiram como uma bofetada. Não era o momento de me conter.— Não, Mary. Não se trata mais de você ou da sua vida. Toda essa merda, inclusive a morte da Melissa, ocorreu por causa do seu segredo.A respiração dela ficou pesada. Pude ver os olhos dela ficarem úmidos, mas não fraquejaram. Havia muito mais em jogo do que as emoções de cada uma de nós.Contei para Mary e Debby sobre a briga idiota dos meus avós. Como eles usaram esse segredo como arma em uma guerra qu
POV de Alysson Os dias se passaram e Dilan não deixava a detetive Debby chegar perto de mim. Eu ouvia do meu quarto a discussão dos dois, pois todos os dias ela ia lá tomar o meu depoimento. Naquele dia, eu estava no quarto do Cris. Tinha acabado de colocar ele pra dormir, e ouvi a chegada de Debby. Peguei a babá eletrônica, baixei o volume e fiquei do corredor escutando a conversa deles: — Dilan, não faz sentido você esconder a menina de todo mundo dessa forma. Faz dez dias que Michael morreu. Você a trouxe para seu apartamento, mandou Mary Jane e o pai dela embora e vocês estão presos em uma bolha dentro desse apartamento sem ver mais ninguém. — Como sem ver mais ninguém? Você vem aqui todos os dias nos encher o saco! — Eu preciso saber o que aconteceu naquele dia, Dilan! Pra fechar esse caso! — Michael morreu e o sequestro da Alysson provou bem quem foi que matou a Melissa! — Não, Dilan. O sequestro da Alysson foi todo orquestrado por Michael sim, temos provas. Mas o da Meli
POV de Alysson Ao contrário do que desejava, eu acordei e estava no mesmo lugar, do mesmo jeito. Eu pensei que iria acordar no paraíso, vestida de branco, nem saberia com Michael me matou, mas como nada é como sonhamos, Michael jogou água fria em meu rosto, me tirando da inconsciência que o soco, mais cansaço, mais fome, mais fortes remoções me colocou. Senti duas coisas quando fui desperta: o gosto de sangue em minha boca. Acho que na hora em que ele me bateu, devo ter mordido minha língua! E a outra foi fome, e evitei revirar os olhos pra mim mesma. Quem, em uma situação como a minha, sentia fome ou pensava em comida, pelo amor de Deus? Michael estava me olhando, parecia alegre. Quando ele começou a falar, senti vontade de vomitar:— Eu quero é assim. Você acordada. Deveria se ver, Alysson. Pena você não ter um espelho em sua bolsa! Você não é uma mulher convencional, não é mesmo? Até Melissa, que era uma mulher casada e bem resolvida, tinha uma nécessaire cheia de produtos de be
POV de DilanO Central Park, àquela hora da noite, mais parecia um labirinto envolto por sombras e incertezas. Sob a luz amarelada dos refletores improvisados, a central de operações parecia uma ilha de atividade frenética em meio à escuridão. Tendas montadas às pressas abrigavam computadores, rádios, e oficiais que falavam em tons urgentes. O murmúrio constante de vozes e o estalar de teclas preenchiam o ar, criando uma atmosfera sufocante. De pé, ao lado de uma mesa carregada de mapas e monitores, eu tentava ignorar o peso que apertava meu peito.A detetive Debby estava a poucos passos de mim, consultando um dos agentes. Ela virou-se ao perceber minha aproximação, mas antes que pudesse abrir a boca, eu disparei:— Isso não devia estar acontecendo. Tudo isso por causa daquele maldito dispositivo que você colocou no celular dela! — Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, mas não me importei.Debby respirou fundo, mantendo a calma que sempre demonstrava, mas seu olhar denunciava
POV de Alysson A compreensão tomou conta de mim, e eu nem precisava de explicação, mas Michael deu assim mesmo: — Eu sabia de uma casa noturna do A, muito boa. Frequentava de vez em quando e já tinha visto Soraya. Quando não consegui nada no B, fui relaxar na Blue e Soraya não estava naquele dia. Já fazia um bom tempo que eu não ia nesses lugares. Meio que eu tinha acabado de ficar viúvo também. Mas eu vi Sammuel lá, com uma galera, se despedindo do A. A família dele iria voltar no dia seguinte para o B. Ouvi eles conversando sobre isso. Dilan viu o vídeo muito rápido, o celular dele ficou destruído no acidente que matou Melissa, mas eu tenho salvo o vídeo que ele me enviou. Eu reconheceria o filho da puta que sequestrou Melissa em qualquer lugar. — Sammuel…— Sim. Consegui jogar com ele algum tempo, pensando que era a mando do velho pai. Ele me contou da prima que dançava na Blue,que era a melhor amiga da “nova mulher” do Dilan. Depois que comecei a sair com Soraya, queria saber c
POV de Alysson — Estou vendo as dúvidas e não entendimento em sua fisionomia, Alysson. Não se sinta pouco inteligente. Melissa e eu levamos séculos pra entender também. Mas resumindo: os velhos começaram a brigar entre si e medir forças. Toda a confusão do Complexo B foi um efeito colateral. O velho mãe, como a gente chamava pra não se confundir, decidiu que mesmo o pai de Melissa podendo ser um pseudo genro dele, era tudo o que ele podia tirar do velho pai, então começou a confusão. — Pseudo? Você disse que o rapaz casou com a filha branca e sumiu, sendo encontrado anos depois no complexo. — O velho mãe queria usar a guerra no complexo B pra recuperar a filha. Ele queria nos usar para fomentar a confusão no complexo B, e fazer o pai de Melissa odiar tanto o próprio pai, que ficaria do lado dele. E ele ia promover o encontro de Melissa com o pai, para mostrar boa vontade. — Então, mesmo sabendo que Melissa podia ser neta dele, ele resolveu usar ela? O que deu errado? — M
POV de Alysson — Você deve estar imaginando que enganamos Dilan esse tempo todo, não é? Tentei esconder o horror das minhas feições. Michael se virou muito rápido e eu estava chocada demais pra disfarçar. Mas ele chegou bem perto de mim e segurou meu queixo: — Não éramos monstros, Alysson. Nos apaixonamos. Eu amava Melissa mais que tudo em minha vida. E amava Dilan também. E Melissa a mesma coisa. — E vocês acharam que viver em um triângulo amoroso sem avisar o Dilan era o melhor pra todos? — Não consegui evitar expressar opinião. Depois que falei, me encolhi, achando que Michael fosse me bater. Mas ele me olhou com um olhar triste: — Esse segredo estava nos matando. A gente não queria ficar longe, também não queríamos enganar o Dilan. Ao mesmo tempo, não podíamos destruí-lo. Melissa era a visão da perfeição para ele. Quando ele soubesse o quanto vil nós dois fomos com ele, Dilan iria cair por terra. Era nossa obrigação proteger ele do que estava acontecendo. Muitas vezes
POV de Hillary Michael voltou a se levantar e foi para a janela novamente. Enquanto ele fazia seu relato, eu tentava me controlar para não interromper, dando graças a Deus que ele estava de costas pra mim, fitando o nada enquanto falava, ou perceberia minhas expressões cada vez mais chocadas. Ou será que ele estava fitando o escuro através da janela de vidro, vendo as cenas que me me falava, como um filme passando, de costas pra mim realmente para não ver minhas expressões? “Nós éramos um trio inseparável. Fui eu quem apresentei Dilan e Melissa. A gente era tudo criança e eu tinha uma paixonite por ela. Mas do jeito que Mary Jane falava, eu entendia que ela nunca deixaria a princesa dela namorar com um branco. Eles começaram a ficar e estava tudo bem, depois começaram a namorar e quando se casaram, brigaram para decidir de qual dos dois eu seria padrinho. Enquanto a gente crescia, Mary Jane tratava todos os três como filhos, muitas vezes encontrei no colo dela o que não encontrei