POV de Dilan Eu estava sentado no carro de Melissa, estacionado em uma lanchonete próximo ao curso da menina que era babá do meu filho, e eu nem sabia o nome! Olhei para o Cris dormindo na cadeirinha. E pensei que ainda bem ele ser um menino, porque a vida era muito engraçada: eu era um viúvo, pai de menino, e mesmo assim era dominado pelas mulheres. A começar por Marie Jane, que foi embora sem nem me dar tchau, igual eu fiz no dia que conheci o pai da babá. Ela decidiu que era hora de eu interagir com o meu filho e simplesmente foi embora, me deixando com ele, decidindo a minha vida e como eu reagiria as minhas dores. Depois tinha a babá, Allister, uma moça que me lembrei que tinha 21 anos, segundo o pai dela, mas parecia menos: tinha um rostinho de 17 anos, era linda, meiga e doce. Até abrir a boca, aí se via que era uma Fiona: uma princesa ogra. Já estava dominando meus pensamentos e manipulando minhas ações. Agora tinha Debby Silver, que de outro país, outro continente, me dava o
POV de Alysson Quando o senhor Dilan pigarreou na sala, tive a noção de que estava em posição sedutora. Tratei de me recompor rapidamente. Não queria que ninguém associasse o que eu fazia antes com a minha profissão atual. Eu estou feliz! Estudando o que sempre quis, cuidando de um bebê como era meu desejo. Bem empregada, vivendo bem na casa dos Stain. Mesmo que eu me irrito com as atitudes do senhor Dilan para o complexo B, não posso ser injusta. Conversei com Soraya por chamada de vídeo no dia anterior, ela me disse: — Os despejos foram cancelados sem previsão de retorno, estamos vivendo nossas vidas e os aluguéis foram suspensos porque a ordem de despejo foi emitida. Continuamos vivendo aqui, gratuitamente. Até alguns moradores que saíram no susto com a ordem de despejo para a casa de parentes, voltaram com o comunicado que é oficial e até saiu no jornal. Verdade seja dita, por enquanto, Dilan Stain até melhorou nossa vida. — Aquele homem não tem coração, Soraya. Deve ser
POV de Alysson Discutimos naquela noite, depois que eu coloquei Cris para dormir. Falei pra ele que não tinha o direito de me buscar em meus compromissos, mesmo porque eu já trabalhava sem folgas e eu tinha o direito de uma vida pessoal, independente deles. No dia seguinte, Dilan não foi trabalhar e Mary Jane veio nos visitar: — O que você está fazendo em casa, Dilan. — Com licença, vou dar privacidade para vocês conversarem. — Não! Você fica. Eu vim aqui pra conversar com você e não com esse daí, que nem sabia que estava faltando no serviço! — Eu deveria estar na Europa, se lembra? Vou aproveitar esse tempo sem avisar na empresa que voltei. Mas depois de ontem, percebo que vou precisar tirar uma licença — É mesmo? E por que? — Eu preciso parar, Marie Jane. Não adianta ir pra Europa, Inglaterra nem qualquer outro lugar do mundo. A dor está aqui dentro e eu não posso fugir dela! Os dois se abraçaram e meus olhos encheram d'água. Estou há bastante tempo julgando
POV de Alysson O apartamento de Dilan ficava a duas quadras do Central Park. Do quarto de Cris, dava pra ver a mata fechada e é uma visão espetacular. Fomos andando até o parque e Dilan foi empurrando o carrinho. Eu preparei água pra nós, mamadeira para o Cris e peguei uns chocolates na geladeira, caso desse fome. O passeio foi muito agradável, passamos muito da hora do almoço, passeando com o Cris no carrinho. Descobri que Dilan era uma pessoa muito agradável e a conversa fluiu bastante. E principalmente, sabia sorrir! Fui ao banheiro, fazer a troca do Cris e percebi quanto o meu rosto estava vermelho de andarmos no sol. Eu tinha passado protetor antes de sair, em mim e no Cris, mas só trouxe na bolsa o protetor solar para criança. Apliquei no nos bracinhos e perninhas dele, enquanto sorria pra mim. Brinquei com ele, que parece que gostou do geladinho do protetor no corpo. Terminei de trocar ele, pensando em perguntar para Dilan se iríamos demorar pra voltar. Porque eu já estava
POV de DilanForam dez dias de silêncio total de Debby sobre o caso. No segundo dia, mandei mensagem para ela, que me mandou calar os dedos e deixar ela trabalhar, que quando tivesse novidades, me diria! Eu não sabia mais quanto tempo ia aguentar aquilo. Enfiado dentro de casa, com uma menina que me fazia tomar banho gelado a todo momento! Não sei o que estava acontecendo comigo! Eu nunca fui tão ligado em sexö dessa forma. Tinha meus desejos, reação natural do corpo, Mel e eu tínhamos uma boa relação nesse sentido, com uma frequência boa, acho que normal. Não pensava muito nisso, nunca traí minha mulher. Tive um caso passageiro com duas mulheres antes dela, com sexö bom, mas eu não era do tipo que queria nada diferente do tradicional. Mel era uma criança de 13 anos e eu 18 quando começamos a namorar. Eu tinha medo de ela virar estatística, de estragar o futuro dela. Planejamos tudo como deveria ser em nossas vidas. Desde o princípio, nada era no susto, no atropelo ou impulso. Apren
POV de Alysson Eu estava dentro do carro, me acabando de rir de Soraya, que estava dizendo que a gente estava muito chique andando de carro do ano com motorista. Aliás, até o motorista olhava pra nós e ria, e mentalmente, agradeço aos céus por meu pai estar a serviço da Marie Jane e não me ver vestida daquele jeito. Quando me acalmei, comentei com Soraya:— Vi Sammuel hoje. — Eu sei, ele me ligou. Estava esperando você começar.— Ele te ligou pra falar de mim? E você não me disse nada porquê?— Porque você tem o direito de falar quando estiver confortável. — E o que ele disse? — Perguntou se você está mesmo casada com o bacana que comprou o B. — E o que você respondeu? — Que não é da conta dele. Mas na verdade, nem eu sabia, não é? — Aí amiga, pare de loucura! Claro que isso não é verdade. Dilan sentiu que o clima não era bom entre Sammuel e eu, e preferiu inventar essa história pra encurtar o assunto. — É mesmo? Que pena! Já achei que ia ser amiga da rica, tomar banho de pis
POV de Dilan Assim que Allysson saiu, liguei para Marie Jane: — Allysson tirou a noite de folga. Eu gostaria de sair também, mas tem o Cris...— Pare de loucura, homem. Pra você sair, namorar , tirar o atraso, eu sempre vou cuidar do meu neto!— Não se trata disso, Marie Jane. Mel morreu a ...— Eu sei a quanto tempo minha filha morreu, Dilan. Não foi só você quem a perdeu! Não tem um dia que eu não pense nela. Mas você está vivo, filho. É homem, jovem. Precisa encontrar uma boa mulher pra te ajudar a criar seu filho. Allysson é muito boa pra ele, mas é só a babá. Uma hora ela se enfeza e vai embora. É muito jovem para assumir essa responsabilidade. Mas vamos conversar depois, agora, vá se divertir. Coloque aquela calça de brim bege e aquela camiseta de gola alta preta de mangas cumpridas que você tem. E coloque sapatênis, pelo amor de Deus. — Que isso, Marie Jane? Quer que eu saia parecendo um cantor de rap? — Não. Quero que você se vista igual um rapaz de 32 anos que está à caça
Arrastei aquele homem gostoso e cheiroso pro beco escuro mesmo! Não queria nem ver a cara dele, só queria dar uns amassos. Parei e encostei minhas mãos na parede. Novamente ele tentou me virar e eu falei: — Quero só dar uns amassos, não quero saber seu nome e nem trocar telefone. Pode ser? Ele colocou a mão em minha cintura e me puxou para ele, beijando de novo meu pescoço. Eu senti uma coisa diferente, estava me sentindo muito úmida. Quando chegou em meu ouvido, ele falou com a voz rouca de desejo: — Aqui mesmo? Não quer ir pra um lugar mais confortável? Caralhö, eu devia estar ficando insana, mas a voz do desconhecido parecia a voz do Dilan! Lembrei de todos os idiotas sem pegada que espantei por não conseguir ir até o fim, e de todas os pensamentos libidinosos que tive com meu patrão. Era óbvio que eu estava somatizando meus pensamentos com aquela boca gostosa e aquelas mãos enormes. Dei um sorriso: podia ser errado, mas o babaca gostoso que estava atrás de mim roçando cuidados