POV de DilanForam dez dias de silêncio total de Debby sobre o caso. No segundo dia, mandei mensagem para ela, que me mandou calar os dedos e deixar ela trabalhar, que quando tivesse novidades, me diria! Eu não sabia mais quanto tempo ia aguentar aquilo. Enfiado dentro de casa, com uma menina que me fazia tomar banho gelado a todo momento! Não sei o que estava acontecendo comigo! Eu nunca fui tão ligado em sexö dessa forma. Tinha meus desejos, reação natural do corpo, Mel e eu tínhamos uma boa relação nesse sentido, com uma frequência boa, acho que normal. Não pensava muito nisso, nunca traí minha mulher. Tive um caso passageiro com duas mulheres antes dela, com sexö bom, mas eu não era do tipo que queria nada diferente do tradicional. Mel era uma criança de 13 anos e eu 18 quando começamos a namorar. Eu tinha medo de ela virar estatística, de estragar o futuro dela. Planejamos tudo como deveria ser em nossas vidas. Desde o princípio, nada era no susto, no atropelo ou impulso. Apren
POV de Alysson Eu estava dentro do carro, me acabando de rir de Soraya, que estava dizendo que a gente estava muito chique andando de carro do ano com motorista. Aliás, até o motorista olhava pra nós e ria, e mentalmente, agradeço aos céus por meu pai estar a serviço da Marie Jane e não me ver vestida daquele jeito. Quando me acalmei, comentei com Soraya:— Vi Sammuel hoje. — Eu sei, ele me ligou. Estava esperando você começar.— Ele te ligou pra falar de mim? E você não me disse nada porquê?— Porque você tem o direito de falar quando estiver confortável. — E o que ele disse? — Perguntou se você está mesmo casada com o bacana que comprou o B. — E o que você respondeu? — Que não é da conta dele. Mas na verdade, nem eu sabia, não é? — Aí amiga, pare de loucura! Claro que isso não é verdade. Dilan sentiu que o clima não era bom entre Sammuel e eu, e preferiu inventar essa história pra encurtar o assunto. — É mesmo? Que pena! Já achei que ia ser amiga da rica, tomar banho de pis
POV de Dilan Assim que Allysson saiu, liguei para Marie Jane: — Allysson tirou a noite de folga. Eu gostaria de sair também, mas tem o Cris...— Pare de loucura, homem. Pra você sair, namorar , tirar o atraso, eu sempre vou cuidar do meu neto!— Não se trata disso, Marie Jane. Mel morreu a ...— Eu sei a quanto tempo minha filha morreu, Dilan. Não foi só você quem a perdeu! Não tem um dia que eu não pense nela. Mas você está vivo, filho. É homem, jovem. Precisa encontrar uma boa mulher pra te ajudar a criar seu filho. Allysson é muito boa pra ele, mas é só a babá. Uma hora ela se enfeza e vai embora. É muito jovem para assumir essa responsabilidade. Mas vamos conversar depois, agora, vá se divertir. Coloque aquela calça de brim bege e aquela camiseta de gola alta preta de mangas cumpridas que você tem. E coloque sapatênis, pelo amor de Deus. — Que isso, Marie Jane? Quer que eu saia parecendo um cantor de rap? — Não. Quero que você se vista igual um rapaz de 32 anos que está à caça
Arrastei aquele homem gostoso e cheiroso pro beco escuro mesmo! Não queria nem ver a cara dele, só queria dar uns amassos. Parei e encostei minhas mãos na parede. Novamente ele tentou me virar e eu falei: — Quero só dar uns amassos, não quero saber seu nome e nem trocar telefone. Pode ser? Ele colocou a mão em minha cintura e me puxou para ele, beijando de novo meu pescoço. Eu senti uma coisa diferente, estava me sentindo muito úmida. Quando chegou em meu ouvido, ele falou com a voz rouca de desejo: — Aqui mesmo? Não quer ir pra um lugar mais confortável? Caralhö, eu devia estar ficando insana, mas a voz do desconhecido parecia a voz do Dilan! Lembrei de todos os idiotas sem pegada que espantei por não conseguir ir até o fim, e de todas os pensamentos libidinosos que tive com meu patrão. Era óbvio que eu estava somatizando meus pensamentos com aquela boca gostosa e aquelas mãos enormes. Dei um sorriso: podia ser errado, mas o babaca gostoso que estava atrás de mim roçando cuidados
POV de DilanEssa mulher está me levando à loucura! Essa é a realidade. Pensei que quando chegássemos lá fora no beco, ao ar livre, sem respirar aquele ambiente, ela voltaria a razão, veria que era eu, iria levantar o queixo e me xingar todinho por estar perseguindo ela. Pelo contrário, a doida propõe sair comigo dali sem nem olhar pra minha cara! Achei interessante a ousadia dela. Acreditei que ela tinha reconhecido minha voz, comecei a fazer um monte de teorias na minha cabeça! Eu não estava agindo direito, eu não sei o que ela estava fazendo comigo. Me fazia sentir um menino, solteiro, não sei. Me fazia esquecer a responsabilidade. Nunca que eu sairia de uma boate, com uma desconhecida! Mas ao invés de negar aquela loucura, estava eu mandando mensagem pra Jones de que ela tinha bebido demais e que eu a levaria para meu apartamento ali perto. Melissa era a responsável por essa parte dos nossos negócios. Ela sempre reservava a cobertura de cada unidade para nós. Eram compras exorb
Eu acordei e demorei pra me situar. Mas quando percebi, senti que estava no peito de um homem! As lembranças da noite vieram todas em minha cabeça. Com cuidado, levantei, joguei minhas pernas pra fora da cama e quando estava de costas para o homem na cama, tirei minha blusa e vesti, percebendo que estava toda amarrotada. Mas não me importava. Olhei em volta do quarto, de uma mobília de extremo bom gosto, vi minha saia no chão perto da bolsa, duas embalagens de preservativos e as roupas dele amontoadas no pé da cama. Não achei minha calcinha e tinha certeza que deveria estar por debaixo dos lençóis. Nem me preocupei, vesti minhas saia, levantei, peguei minha bolsa e saí do apartamento, desorientada. Lembrei como cheguei ali. Chamei o elevador e só quando estava lá dentro, peguei meu celular. Eu estava apavorada de que o homem saísse do quarto e me pegasse fugindo. Eu lutei muito contra a vontade de dar uma espiada nele e ver o rosto de quem me proporcionou a melhor noite da minha
Tivemos uma manhã tão agradável, que eu me surpreendi. Aquele arrogante do meu patrão estava me tratando bem? Até com delicadeza? Estranhei e muito, mas depois me convenci de que era por causa da Soraya. Ele queria mostrar pra visita que era gentil comigo, aquele idiotä! Eu só mantive a farsa porque, virava e mexia, perdia a concentração nos dois, me lembrando das sensações que ele provocou em meu imaginário na noite anterior. Me obriguei a parar de pensar naquilo, ou então eu mesma acabaria acreditando que fodï a noite inteira com meu patrão que eu detestava! Mas também, quem mandava ele ser gostoso daquele jeito e ter aquela boca que era um convite a mocinhas como eu ter pensamentos sórdidos? Soraya me cutucou e novamente me forcei a prestar atenção, enquanto Dilan falava: — Preciso ir no escritório. Tenho alguns documentos pra assinar. Vou aproveitar e almoçar com o Michael, então vocês podem ficar à vontade, tudo bem? — Que horas Mary Jane vai trazer o Cris? — Amanhã de manhã,
POV de Dilan Quando cheguei no escritório, de surpresa por que não avisei ninguém, como Debby me orientou, percebi o carro de Michael em minha vaga. Folgado! Entrei e todos me cumprimentaram normalmente. Quando entrei em minha sala, Michael estava ao telefone, sentado em minha cadeira de costas pra porta. — Desliga e saí da minha cadeira. — Falei bravo. Michael virou a cadeira pra mim, desligando o aparelho sem nem dar tchau pro interlocutor, me olhando assustado e levantando de um salto. Sorri, toquei na mão dele e puxei para um abraço: — Tá devendo, pra estar tão assustado? — Claro que não. Só não sabia que você tinha voltado. Mas vou tirar minhas coisas daqui e voltar para minha sala agora mesmo...— Pare, Michael. Você está me representando durante meu luto, você pode usar minha sala. — Eu não quis sentar na mesa dela...— Tá tudo bem, cara. Pede pra sua secretária me trazer os documentos pra assinar, vim apenas para resolver algumas coisas e almoçar com você. Tenho coisas