POV de Dilan Assim que Allysson saiu, liguei para Marie Jane: — Allysson tirou a noite de folga. Eu gostaria de sair também, mas tem o Cris...— Pare de loucura, homem. Pra você sair, namorar , tirar o atraso, eu sempre vou cuidar do meu neto!— Não se trata disso, Marie Jane. Mel morreu a ...— Eu sei a quanto tempo minha filha morreu, Dilan. Não foi só você quem a perdeu! Não tem um dia que eu não pense nela. Mas você está vivo, filho. É homem, jovem. Precisa encontrar uma boa mulher pra te ajudar a criar seu filho. Allysson é muito boa pra ele, mas é só a babá. Uma hora ela se enfeza e vai embora. É muito jovem para assumir essa responsabilidade. Mas vamos conversar depois, agora, vá se divertir. Coloque aquela calça de brim bege e aquela camiseta de gola alta preta de mangas cumpridas que você tem. E coloque sapatênis, pelo amor de Deus. — Que isso, Marie Jane? Quer que eu saia parecendo um cantor de rap? — Não. Quero que você se vista igual um rapaz de 32 anos que está à caça
Arrastei aquele homem gostoso e cheiroso pro beco escuro mesmo! Não queria nem ver a cara dele, só queria dar uns amassos. Parei e encostei minhas mãos na parede. Novamente ele tentou me virar e eu falei: — Quero só dar uns amassos, não quero saber seu nome e nem trocar telefone. Pode ser? Ele colocou a mão em minha cintura e me puxou para ele, beijando de novo meu pescoço. Eu senti uma coisa diferente, estava me sentindo muito úmida. Quando chegou em meu ouvido, ele falou com a voz rouca de desejo: — Aqui mesmo? Não quer ir pra um lugar mais confortável? Caralhö, eu devia estar ficando insana, mas a voz do desconhecido parecia a voz do Dilan! Lembrei de todos os idiotas sem pegada que espantei por não conseguir ir até o fim, e de todas os pensamentos libidinosos que tive com meu patrão. Era óbvio que eu estava somatizando meus pensamentos com aquela boca gostosa e aquelas mãos enormes. Dei um sorriso: podia ser errado, mas o babaca gostoso que estava atrás de mim roçando cuidados
POV de DilanEssa mulher está me levando à loucura! Essa é a realidade. Pensei que quando chegássemos lá fora no beco, ao ar livre, sem respirar aquele ambiente, ela voltaria a razão, veria que era eu, iria levantar o queixo e me xingar todinho por estar perseguindo ela. Pelo contrário, a doida propõe sair comigo dali sem nem olhar pra minha cara! Achei interessante a ousadia dela. Acreditei que ela tinha reconhecido minha voz, comecei a fazer um monte de teorias na minha cabeça! Eu não estava agindo direito, eu não sei o que ela estava fazendo comigo. Me fazia sentir um menino, solteiro, não sei. Me fazia esquecer a responsabilidade. Nunca que eu sairia de uma boate, com uma desconhecida! Mas ao invés de negar aquela loucura, estava eu mandando mensagem pra Jones de que ela tinha bebido demais e que eu a levaria para meu apartamento ali perto. Melissa era a responsável por essa parte dos nossos negócios. Ela sempre reservava a cobertura de cada unidade para nós. Eram compras exorb
Eu acordei e demorei pra me situar. Mas quando percebi, senti que estava no peito de um homem! As lembranças da noite vieram todas em minha cabeça. Com cuidado, levantei, joguei minhas pernas pra fora da cama e quando estava de costas para o homem na cama, tirei minha blusa e vesti, percebendo que estava toda amarrotada. Mas não me importava. Olhei em volta do quarto, de uma mobília de extremo bom gosto, vi minha saia no chão perto da bolsa, duas embalagens de preservativos e as roupas dele amontoadas no pé da cama. Não achei minha calcinha e tinha certeza que deveria estar por debaixo dos lençóis. Nem me preocupei, vesti minhas saia, levantei, peguei minha bolsa e saí do apartamento, desorientada. Lembrei como cheguei ali. Chamei o elevador e só quando estava lá dentro, peguei meu celular. Eu estava apavorada de que o homem saísse do quarto e me pegasse fugindo. Eu lutei muito contra a vontade de dar uma espiada nele e ver o rosto de quem me proporcionou a melhor noite da minha
Tivemos uma manhã tão agradável, que eu me surpreendi. Aquele arrogante do meu patrão estava me tratando bem? Até com delicadeza? Estranhei e muito, mas depois me convenci de que era por causa da Soraya. Ele queria mostrar pra visita que era gentil comigo, aquele idiotä! Eu só mantive a farsa porque, virava e mexia, perdia a concentração nos dois, me lembrando das sensações que ele provocou em meu imaginário na noite anterior. Me obriguei a parar de pensar naquilo, ou então eu mesma acabaria acreditando que fodï a noite inteira com meu patrão que eu detestava! Mas também, quem mandava ele ser gostoso daquele jeito e ter aquela boca que era um convite a mocinhas como eu ter pensamentos sórdidos? Soraya me cutucou e novamente me forcei a prestar atenção, enquanto Dilan falava: — Preciso ir no escritório. Tenho alguns documentos pra assinar. Vou aproveitar e almoçar com o Michael, então vocês podem ficar à vontade, tudo bem? — Que horas Mary Jane vai trazer o Cris? — Amanhã de manhã,
POV de Dilan Quando cheguei no escritório, de surpresa por que não avisei ninguém, como Debby me orientou, percebi o carro de Michael em minha vaga. Folgado! Entrei e todos me cumprimentaram normalmente. Quando entrei em minha sala, Michael estava ao telefone, sentado em minha cadeira de costas pra porta. — Desliga e saí da minha cadeira. — Falei bravo. Michael virou a cadeira pra mim, desligando o aparelho sem nem dar tchau pro interlocutor, me olhando assustado e levantando de um salto. Sorri, toquei na mão dele e puxei para um abraço: — Tá devendo, pra estar tão assustado? — Claro que não. Só não sabia que você tinha voltado. Mas vou tirar minhas coisas daqui e voltar para minha sala agora mesmo...— Pare, Michael. Você está me representando durante meu luto, você pode usar minha sala. — Eu não quis sentar na mesa dela...— Tá tudo bem, cara. Pede pra sua secretária me trazer os documentos pra assinar, vim apenas para resolver algumas coisas e almoçar com você. Tenho coisas
POV de Dilan Quando cheguei em casa, Soraya ainda estava lá com ela. Não quis incomodar, então fui pro escritório, ligar para Debby. Antes liguei minhas câmeras que cobriam a piscina, o quarto do Cris e a do corredor do escritório. Tentei me convencer de que não queria ser pego de surpresa falando com Debby, mas não tirava os olhos do corpo de Allysson, e tendo memórias de beijar cada pedacinho dele na noite anterior. Droga, já tinha uma ereção se formando ali. Que mulher gostosa. Mas será que ela realmente não estava tentando me seduzir de propósito? Ela não sabia que era eu? Impossível, eu acho. Eu reconheço o cheiro dela! E minha voz? Ela não reconheceu minha voz? Meu telefone tocou. Olhei no visor e sorri com a coincidência: — Debby? Estava me preparando para te ligar. — Manda! — Se a sua vigilância está ativa, você sabe o que aconteceu ontem? — Não. Não vamos falar de sua vida pessoal e suas noites tórridas, Dilan. Preciso que me diga a impressão que teve no escritório. —
POV de Hillary Aquele jantar foi um caos. Dilan e eu discutimos o tempo todo, principalmente por ele insistir tanto em saber da minha noite, e eu deixar claro que não era da conta dele! Eu entrei na defensiva, essa é a verdade! Como eu iria explicar para o meu patrão que eu transei a noite inteira com um homem que eu nem vi a cara, imaginando que fosse ele? Pra mim, aquela noite tinha sido tão surreal, que nem eu me reconhecia! Soraya adorou tudo, só não o fato de eu não ter visto o homem e pego o telefone pra fazer repeteco. Mas Soraya não contava! Ela é doidinha e não tem o menor pudor com as coisas. No dia seguinte, quando Cris finalmente voltou, minha vida parecia que ficou completa de novo! Dilan ainda não o encarava e isso me incomodava muito. Mary Jane disse pra eu ter paciência e me desarmar com o pai do bebê que eu cuidava, mas eu não estava aguentando nada disso. E expressei minha opinião: — Mary Jane, ele precisa olhar para o menino. Precisa de um choque de realidade.